Zacarias teve uma visão da primeira vinda do Messias à Terra e da rejeição Dele pelo Seu povo. Numa visão subsequente, Zacarias viu a Segunda Vinda do Messias, quando Ele retornará à Terra e salvará Seu povo das nações reunidas para guerrear contra ele. Nessa época, os judeus vão reconhecer Jesus Cristo como o Messias e adorá-Lo.
Zacarias profetiza que o Messias virá a Jerusalém e será rejeitado pelo Seu povo
Observação: Antes da aula, coloque uma pequena gravura de Jesus Cristo em algum lugar da sala de aula onde esteja visível, porém não de modo muito óbvio. Você vai debater sobre essa gravura posteriormente na aula.
Mostre a gravura A Entrada Triunfal (Livro de Gravuras do Evangelho, 2009, nº 50; ver também LDS.org) e peça aos alunos que observem a emoção retratada no rosto das pessoas.
Em sua opinião, por que as pessoas desta gravura estão tão felizes?
Explique aos alunos que a gravura mostra um acontecimento chamado de entrada triunfal. Quando Jesus Cristo entrou em Jerusalém montado num jumento, Ele cumpriu uma profecia feita pelo Profeta Zacarias centenas de anos antes.
Explique aos alunos que Zacarias 9:9 aborda a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, sendo uma das profecias mais amplamente citadas sobre o Messias na Bíblia. Forneça o contexto dessa passagem e explique que, conforme lemos em Zacarias 9:1–8, Zacarias profetizou sobre uma época em que Jerusalém estaria ameaçada e que as pessoas buscariam a ajuda do Senhor para serem salvas das nações que as oprimiam.
Peça a um aluno que leia Zacarias 9:9 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o motivo pelo qual o povo de Jerusalém se regozijou com a entrada triunfal de Jesus Cristo.
Por que o povo de Jerusalém se regozijou?
Explique aos alunos que, na época do Novo Testamento, “muitos judeus aguardavam apenas um libertador que os livrasse do jugo romano e trouxesse maior prosperidade nacional”. Quando Jesus Cristo entrou em Jerusalém montado num jumento, muitos judeus O aclamaram como “um messias”, ou libertador político, não necessariamente o Messias, que lhes traria a salvação eterna. O título Messias significa “o Profeta Ungido, Sacerdote, Rei e Libertador ungido, cuja vinda os judeus ansiosamente esperavam” (Guia para Estudo das Escrituras, “Messias”; scriptures.lds.org).
O que pode ter sido significativo no fato de que Jesus Cristo entrou em Jerusalém montado num jumento em vez de num grande e majestoso cavalo?
Explique aos alunos que, embora algumas pessoas acreditassem que Jesus Cristo fosse o Messias, muitos ficaram desapontados quando Ele não derrubou os romanos que os governavam. Alguns líderes dos judeus O invejavam e O rejeitaram tanto como um libertador quanto como o Messias, por isso tramaram Sua morte. Eles persuadiram a multidão reunida na corte de Pilatos a exigir a libertação de Barrabás, em lugar de Jesus Cristo, o que resultou na crucificação do Salvador (ver Mateus 27:17–20).
A fim de preparar os alunos para estudarem Zacarias 9:10–12, peça-lhes que ergam a mão se notaram a outra gravura do Salvador que você colocou na sala. Peça aos alunos que ainda não a notaram que vejam se conseguem encontrá-la. (Se alguns alunos tiverem dificuldade para encontrá-la, peça a um aluno que a aponte para o restante da classe.)
Por que alguns de vocês não notaram a gravura?
Por que algumas pessoas de hoje não encontram Jesus Cristo e Seu evangelho?
Peça a um aluno que leia Zacarias 9:10–12 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que o Senhor faria pelas pessoas descritas nesses versículos como “os gentios” (pessoas que não acreditavam Nele) e pelos “presos”.
Ao fazer as perguntas a seguir, peça aos alunos que reflitam sobre o poder que Jesus Cristo tem para salvar. (Lembre os alunos de que Jesus Cristo pode salvar e libertar não apenas os que estão presos pelo pecado na mortalidade, mas também os que estão presos no mundo espiritual.)
De acordo com o versículo 10, o que o Senhor fará pelos “gentios”?
De que maneira Jesus Cristo poderia anunciar ou proporcionar paz aos “gentios”?
De acordo com o versículo 11, o que possibilita que os presos sejam libertados?
Para ajudar os alunos a entender melhor o versículo 11, peça a um aluno que leia a seguinte declaração do Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos:
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Élder Bruce R. McConkie
“‘Por causa do sangue da tua aliança’ — ou seja, por causa do convênio do evangelho, que é eficaz por causa do derramamento do sangue de Cristo — ‘libertei os teus presos da cova em que não havia água’ (Zacarias 9:11–16). ‘Em que não havia água’ — com que propriedade e concisão isso cristaliza o pensamento de que a água de salvação, que é o batismo, constitui uma ordenança terrena que não pode ser realizada pelos seres espirituais enquanto habitarem no mundo espiritual” (The Promised Messiah: The First Coming of Christ [O Messias Prometido: A Primeira Vinda de Cristo], 1978, p. 241).
De onde os presos são libertados?
O que torna possível essa libertação?
Em suas próprias palavras, como vocês resumiriam o princípio que aprendemos em Zacarias 9:11? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas devem identificar o seguinte princípio: Graças à Expiação de Jesus Cristo, a salvação está ao alcance de toda a humanidade e aqueles que morreram sem ter sido batizados podem ser libertados da prisão espiritual.)
Para ajudar os alunos a entender como Jesus Cristo possibilitou aos que morrem sem conhecer o evangelho que eles sejam libertados da prisão espiritual, peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Élder D. Todd Christofferson, do Quórum dos Doze Apóstolos:
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Élder D. Todd Christofferson
“Enquanto estava aqui na Terra, Jesus profetizou que também pregaria aos mortos. Pedro nos diz que isso ocorreu no intervalo entre a crucificação e a Ressurreição do Salvador (ver I Pedro 3:18–19). O Presidente Joseph F. Smith (…) testemunhou em visão que o Salvador visitou o mundo espiritual e ‘dentre os [espíritos] justos, organizou suas forças e designou mensageiros, revestidos de poder e autoridade, e comissionou-os para levar a luz do evangelho aos que estavam nas trevas. (…)
A esses foi ensinada a fé em Deus, o arrependimento do pecado, o batismo vicário para remissão de pecados, e o dom do Espírito Santo pela imposição de mãos’ (D&C 138:30, 33). (…)
Jesus Cristo é o divino Redentor de toda a humanidade. Sua graça e Suas promessas alcançam até mesmo aqueles que em vida não O encontraram. Por causa Dele, os prisioneiros serão libertados” (“A Redenção dos Mortos e o Testemunho de Jesus” A Liahona, janeiro de 2001, pp. 10, 13).
Como podemos ajudar nossos antepassados falecidos a receber as ordenanças necessárias para a salvação?
Que sentimentos vocês tiveram ao realizar o trabalho do templo e da história da família?
Resuma Zacarias 10–11 e explique que Zacarias profetizou que o povo do Senhor seria disperso e depois reunido nos últimos dias. Zacarias também profetizou que o Messias seria traído por 30 moedas de prata (ver Zacarias 11:12). Essa profecia se refere à traição cometida pelo Apóstolo Judas, que entregou Jesus por 30 moedas de prata na última semana da vida mortal do Salvador (ver Mateus 26:14–16). Zacarias também viu que, como parte dessa traição, Jesus Cristo seria ferido e Seus seguidores seriam dispersos (ver Zacarias 13:7; Mateus 26:31).
Jesus Cristo salvará Jerusalém das nações que vão se reunir para guerrear contra ela
Explique aos alunos que depois de profetizar sobre o ministério mortal do Senhor, Zacarias profetizou sobre a Segunda Vinda.
De que maneira a Segunda Vinda de Jesus Cristo será diferente de Seu ministério mortal?
Explique aos alunos que Zacarias 12 registra a profecia de Zacarias sobre uma grande batalha (a batalha de Armagedom) que precederá a Segunda Vinda de Jesus Cristo.
Peça a um aluno que leia Zacarias 12:2–3 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique contra quem todas as nações vão lutar nessa batalha.
Contra quem todas as nações vão se reunir para lutar nessa batalha?
Peça a um aluno que leia Zacarias 12:8–9 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que o Senhor fará pelos habitantes de Jerusalém.
O que o Senhor fará pelo povo de Jerusalém?
Resuma Zacarias 12:10–14:5 e explique que Zacarias descreveu outros acontecimentos significativos que farão parte dessa batalha. Para ajudar os alunos a entender essa sequência de acontecimentos, peça a um aluno que leia Zacarias 14:2 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que acontecerá aos habitantes de Jerusalém antes de serem salvos. Peça aos alunos que relatem o que encontraram.
Peça a outro aluno que leia Zacarias 14:3–5 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que acontecerá que vai permitir que o povo de Jerusalém seja salvo.
O que Jesus Cristo fará para salvar Seu povo?
Peça a um aluno que leia Zacarias 13:6 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que os judeus vão perceber em relação ao aparecimento de Jesus Cristo.
O que os judeus vão perceber em relação ao aparecimento de Jesus Cristo quando Ele vier livrá-los de seus inimigos?
Explique aos alunos que a revelação moderna confirma e esclarece essa profecia. Peça a um aluno que leia Doutrina e Convênios 45:51–52 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que os judeus vão reconhecer a respeito de Jesus Cristo.
O que os judeus vão reconhecer na Segunda Vinda? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas certifique-se de que fique claro que, na Segunda Vinda, os judeus em Jerusalém vão reconhecer Jesus Cristo como o Messias.)
Em sua opinião, como será esse momento para os judeus?
Peça a um aluno que leia Zacarias 12:10 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que os judeus farão quando reconhecerem que Jesus Cristo é o Messias. Explique-lhes que a palavra traspassaram refere-se à crucificação de Jesus Cristo (ver João 19:37).
O que os judeus farão quando reconhecerem que Jesus Cristo é o Messias?
Por que os judeus prantearão?
Divida os alunos em duplas. Peça-lhes que leiam Zacarias 14:6–9 juntos e identifiquem os acontecimentos que vão ocorrer como parte da Segunda Vinda do Senhor. Peça aos alunos que relatem o que encontraram.
O que aprendemos sobre Jesus Cristo no versículo 9? (Os alunos devem identificar a seguinte doutrina: Jesus Cristo será o Rei de toda a Terra).
Resuma Zacarias 14:10–19 e explique que a batalha chegará ao fim, muitos daqueles que lutaram contra Jerusalém serão destruídos e os que restarem vão “adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos” (versículo 16) ou sofrer secas e pragas.
Como podemos nos beneficiar por saber que um dia Jesus Cristo reinará sobre toda a Terra?
Testifique aos alunos que Jesus Cristo retornará um dia e que todas as pessoas vão honrá-Lo como seu Rei.
Peça aos alunos que ponderem o que podem fazer a fim de preparar-se para o dia em que o Salvador voltar. Incentive-os a agir conforme a inspiração que receberem do Espírito Santo.
Comentários e Informações Históricas
Zacarias 9:9. “O teu rei virá (…) montado sobre um jumento”
Esse versículo é uma das profecias mais amplamente citadas sobre o Messias na Bíblia. O Élder James E. Talmage, do Quórum dos Doze Apóstolos, escreveu o seguinte sobre a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém:
“Que a ocasião não foi um acontecimento acidental e fortuito do qual Ele tirara vantagem sem intenção preconcebida, é evidente. Ele sabia de antemão o que estava para acontecer e o que deveria fazer. Não se tratava de representação sem significado, e sim do próprio advento do Rei à Sua cidade real, e Sua entrada no templo, a casa do Rei dos reis. Ele viera montado num jumento, em sinal de paz, (…) não em corcel ajaezado com a panóplia [armadura completa] de combate e com o acompanhamento do toque de clarins e a fanfarra de trombetas. (…) O jumento tem sido designado literariamente como o ‘antigo símbolo da realeza judaica’, e o que o cavalga como a representação do progresso pacífico” (Jesus, o Cristo, 3ª ed., 1916, pp. 498–499).
Nesse versículo, “os gentios” refere-se aos que não eram contados entre o povo do convênio do Senhor. Esse termo é frequentemente usado para se referir a esse grupo de pessoas. Essa profecia foi parcialmente cumprida quando o Senhor revelou ao Apóstolo Pedro, por meio de visão, que o tempo havia chegado para “anunciar paz aos gentios” ou começar a pregar às pessoas que não eram descendentes de Israel (ver Atos 10).
Falando do Messias, Jesus Cristo, Zacarias registrou as palavras do Senhor declarando a traição cometida por Seu povo. Eles rejeitaram Jeová como seu pastor e protetor. Como resultado, perderam as bênçãos que receberiam por manter o relacionamento de convênio com Ele. Jeová referiu-se a duas varas que representavam esse relacionamento de convênio. Uma representava a “Graça” (Zacarias 11:7, 10) das promessas feitas a eles como Seu povo escolhido do convênio. A outra representava a “União” (Zacarias 11:7, 14) da irmandade entre as nações de Judá e Israel. O povo O rejeitou pagando 30 moedas de prata para encerrar Seu serviço como protetor deles. O Senhor então simbolicamente quebrou as varas ao meio, simbolizando que o povo não mais desfrutaria as bênçãos de um relacionamento de convênio com Ele. Essa profecia se refere à traição cometida pelo Apóstolo Judas ao entregar Jesus aos principais dos sacerdotes por 30 moedas de prata na última semana da vida mortal do Salvador.
Zacarias profetizou que, na Segunda Vinda de Jesus Cristo, os mortos seriam ressuscitados e todos os santos (ou todos os justos, tanto vivos quanto os que foram ressuscitados) se reuniriam com o Senhor no céu e desceriam com Ele (ver Zacarias 14:5; I Tessalonicenses 4:14; D&C 88:96–97). Na noite do dia em que Ele vier, “haverá luz” (Zacarias 14:7), como aconteceu nas Américas na noite da véspera do nascimento do Salvador (ver 3 Néfi 1:13–15). Zacarias também confirmou que a visão de Ezequiel de águas que fluiriam do templo não era unicamente simbólica. Ele escreveu que “águas vivas” fluiriam de Jerusalém e sarariam o Mar Morto (Zacarias 14:8; ver Ezequiel 47:1–12).
O Élder Neal A. Maxwell, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou que não devemos esperar até a Segunda Vinda para reconhecer Jesus Cristo como nosso Senhor e Rei:
“Se vocês sentem que um dia todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor, por que não fazê-lo agora? Porque na ocasião dessa confissão coletiva, terá muito menos significado ajoelhar-nos quando já não será possível levantar-nos!” (“Por Que Não Agora?”, A Liahona, abril de 1975, p. 42.)