Seminário
Lição 123: Isaías 30–35


Lição 123

Isaías 30–35

Introdução

Em vez de confiar no Senhor, o povo de Judá pediu a ajuda do Egito para defender-se da Assíria. Isaías profetizou que o povo de Judá seria disperso por causa de sua rebeldia. Além disso, fez profecias relativas à Apostasia, à Restauração e à Segunda Vinda do Senhor Jesus Cristo. Isaías testificou que o Senhor viria salvar Seu povo.

Sugestões Didáticas

Isaías 30–31

Isaías exorta Judá a não confiar no Egito, mas, sim, no Senhor

Peça aos alunos que pensem em alguém a quem conhecem e que obedece de boa vontade a todas as palavras do profeta, bem como aos padrões do livreto Para o Vigor da Juventude.

  • Quais são algumas bênçãos que recebemos quando obedecemos às palavras dos profetas?

  • O que pode acontecer com as pessoas que se recusam a seguir os conselhos dos profetas do Senhor?

Peça aos alunos que, ao estudar Isaías 30–31, procurem um princípio que os ajude a entender o que pode acontecer caso se recusem a seguir os conselhos dos profetas do Senhor.

Explique-lhes que Isaías 30–31 contém uma mensagem de alerta de Isaías ao povo de Judá, que estava pensando em aliar-se aos egípcios para enfrentar o exército assírio.

Peça a um aluno que leia Isaías 30:1–3, 7 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como o povo de Judá se rebelou contra o Senhor quando se viu ameaçado.

  • Como o povo se rebelou contra o Senhor?

  • Em sua opinião, por que se aliar ao Egito poderia ser considerado um ato de rebeldia contra o Senhor?

  • De acordo com o versículo 7, o que Isaías disse que aconteceria se o povo de Judá pedisse ajuda aos egípcios?

Chame a atenção dos alunos para a frase “no estarem quietos será a sua força”, do versículo 7, e explique-lhes que ela significa que os judeus receberiam a força de que precisavam se depositassem sua confiança no Senhor.

Diga que Isaías 30:8 contém o mandamento do Senhor de que Isaías escrevesse em um livro aquilo que o Senhor disse quanto à rebeldia do povo. Peça a um aluno que leia Isaías 30:9–11 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que o Senhor mandou que Isaías escrevesse. Diga que as “coisas aprazíveis”, citadas no versículo 10, são referência a falsas doutrinas e palavras aduladoras.

  • De que outras formas o povo estava sendo rebelde?

Peça a um aluno que leia a seguinte declaração do Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos. Peça à classe que preste atenção na comparação que o Élder Holland faz entre as pessoas de hoje e as do tempo de Isaías.

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Élder Jeffrey R. Holland

“Infelizmente os mensageiros dos mandamentos divinos, em geral, não são mais populares hoje do que eram antigamente (…)

Infelizmente, (…) uma característica de nossa época é que, quando as pessoas desejam algum deus, querem que sejam deuses que não exijam muito, deuses confortáveis, deuses suaves, que não apenas não incomodam, mas também não fazem nada, deuses que nos afagam a cabeça e nos fazem rir e depois nos dizem para ir correr e apanhar flores” (ver “O Custo — e as Bênçãos — do Discipulado”, A Liahona, maio de 2014, p. 6).

  • De acordo com o Élder Holland, em que as pessoas de hoje se assemelham às do tempo de Isaías?

Peça a um aluno que leia Isaías 30:12–14 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que a rebelião de Judá acarretaria.

Diga que a palavra “brecha” se refere a uma rachadura ou abertura em um muro. Nos tempos de Isaías, era comum construírem-se muralhas como proteção contra os inimigos.

  • O que acontece com a estrutura de um muro se ele tem uma rachadura? (Fica fraca.)

  • Por que uma rachadura ou brecha em um muro seria uma boa metáfora para o pecado?

  • Com base nessa metáfora, o que acontece conosco quando pecamos e rejeitamos as palavras dos profetas? (Os alunos podem dar várias respostas, mas certifique-se de que fique claro que, se nos rebelarmos contra Deus e rejeitarmos as palavras dos profetas, seremos enfraquecidos. Escreva esse princípio no quadro.)

  • De que maneira ficamos mais fracos quando rejeitamos as palavras dos profetas?

Peça aos alunos que pensem em situações nas quais viram pessoas se rebelarem contra o Senhor e rejeitarem as palavras dos profetas.

  • De acordo com o versículo 14, o que acontecerá se a rachadura ou brecha não for consertada?

  • Com base no versículo 14, o que acontecerá às pessoas que continuarem a rejeitar as palavras dos profetas? (Depois que os alunos responderem, acrescente estas palavras ao princípio do quadro: …e se continuarmos a rejeitá-las seremos destruídos espiritualmente.)

Saliente que nem sempre as consequências ocorrem imediatamente depois de pecarmos. Há casos em que só sofreremos as consequências após esta vida.

Peça a um aluno que leia Isaías 30:15 em voz alta. Peça à classe que procure o que o Senhor prometeu se as pessoas se arrependessem e recorressem à proteção Dele.

  • O que o Senhor prometeu se as pessoas se arrependessem e confiassem em Sua proteção?

Para resumir o restante de Isaías 30, diga que o povo de Judá não se arrependeu. Isaías profetizou que Judá seria derrotada pela Assíria. Profetizou também que Israel seria coligada nos últimos dias e que receberia tanto bênçãos materiais como espirituais. Isaías 31 registra como o Senhor reprovou Israel por recorrer à ajuda do Egito em vez de confiar em Seu divino auxílio e Sua proteção. Esse capítulo também contém a profecia reconfortante de que, nos últimos dias, o Senhor defenderia os justos de Sião.

Isaías 32–34

Isaías prediz a Restauração e a Segunda Vinda de Jesus Cristo

Escreva estas perguntas no quadro: Se eu estivesse diante de Deus, será que me sentiria digno de estar em Sua presença? Por que sim? Ou por que não?

Peça aos alunos que pensem em como responderiam a essas perguntas.

Peça-lhes que, ao estudar Isaías 32–34, procurem um princípio que nos ensine o que podemos fazer para ser dignos de estar na presença de Deus.

Para resumir Isaías 32, diga que Isaías profetizou a Restauração do evangelho e o reinado milenar do Salvador. Em Isaías 33:1–9, lemos que Isaías predisse a iniquidade do mundo antes da Segunda Vinda do Salvador.

Peça a um aluno que leia Isaías 33:10–13 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como Isaías descreve a Segunda Vinda de Jesus Cristo. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.

Explique-lhes que a afirmação que “os povos (…) arderão no fogo”, no versículo 12, significa que os iníquos serão destruídos pelo resplendor da glória do Salvador, quando Ele voltar (ver D&C 5:19).

Peça a um aluno que leia a primeira frase de Isaías 33:14 em voz alta. Saliente que, quando Isaías menciona “os pecadores de Sião”, ele se refere a certos membros da Igreja.

  • Como essas pessoas reagirão à Segunda Vinda do Salvador?

Peça a um aluno que leia em voz alta as perguntas feitas em Isaías 33:14. Depois, pergunte:

  • Em sua opinião, o que essas perguntas significam?

Diga que o Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou-nos que esse trecho questiona quem será digno de herdar o Reino Celestial (ver “Think on These Things” [Pense sobre Estas Coisas], Ensign, janeiro de 1974, p. 47).

Peça aos alunos que façam a leitura silenciosa de Isaías 33:15–16 e identifiquem quem será digno de receber a vida eterna.

  • De acordo com o versículo 15, o que precisamos fazer para ser dignos da vida eterna? (Anote as respostas dos alunos no quadro.)

Para ajudar os alunos a entender o versículo 15, peça-lhes que expliquem cada resposta anotada no quadro e como podemos viver de acordo com esses padrões hoje.

  • Que princípio relativo a como ser digno de habitar na presença de Deus aprendemos nos versículos 15–16? (O princípio citado pelos alunos deve assemelhar-se a este: Se praticarmos a retidão em palavras e ações e não participarmos de coisas más, seremos dignos de habitar na presença de Deus.)

Ajude os alunos a entender esse princípio dizendo que, se praticarmos a retidão em palavras e ações e não participarmos de coisas más, passaremos a ser mais semelhantes a Deus. A medida que, diariamente, tentamos ser mais semelhantes a Deus, tornamo-nos dignos de voltar a Sua presença

Peça aos alunos que olhem as respostas anotadas no quadro e pensem no que precisam fazer para se tornarem mais semelhantes a Deus para, assim, serem dignos de habitar em Sua presença. Peça-lhes que escolham um dos itens listados no quadro e, no caderno ou no diário de estudos das escrituras, escrevam uma meta de como se aperfeiçoar na área escolhida.

Para resumir Isaías 33:17–24, diga que Isaías profetizou como Sião seria gloriosa no Milênio. Diga que Isaías 34 contém as profecias de Isaías relativas à Segunda Vinda do Senhor e à destruição dos iníquos.

Isaías 35

Isaías profetiza que o Senhor voltará para salvar Seu povo

Peça aos alunos que imaginem que um parente ou amigo está cansado de tentar ser reto. Pergunte-lhes o que fariam para ajudar essa pessoa.

Peça-lhes que, ao estudar Isaías 35, procurem um princípio que os ajude a descobrir como ajudar esse parente ou amigo.

Diga-lhes que Isaías 35 contém as profecias de Isaías quanto à coligação de Israel nos últimos dias. Peça a um aluno que leia Isaías 35:3–6 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que o Senhor ordenou.

  • O que significa “[fortalecer] as mãos fracas” e “[firmar] os joelhos trementes”? (Isaías 35:3). (Fortalecer a fé dos que estão cansados, desanimados ou temerosos.)

  • De acordo com o versículo 4, o que podemos fazer para fortalecer a fé das outras pessoas?

  • Que princípio esses versículos ensinam quanto à questão de fortalecer a fé do próximo? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas certifique-se de que fique bem claro que, quando testificamos que o Senhor virá salvar-nos e curar-nos, podemos fortalecer a fé de outras pessoas.)

  • Como o ato de prestar nosso testemunho do Senhor ajuda a fortalecer a fé de outras pessoas?

Peça aos alunos que falem de uma ocasião em que foram fortalecidos graças ao testemunho de outra pessoa. Desafie-os a prestarem seu testemunho para, assim, fortalecer a fé das pessoas que os rodeiam.

Para resumir Isaías 35:7–10, diga que Isaías profetizou que, nos últimos dias, os fiéis receberiam grandes bênçãos.

Comentários e Informações Históricas

Isaías 30–31. Informações contextuais

“Os governantes de Judá procuraram aliar-se ao Egito contra a Assíria, contrariando o conselho do Senhor [(Isaías) 30:1–2]. Agora, Isaías prometia que sua aliança com o Egito seria infrutífera e acarretaria sua queda (30:3). Devido à iniquidade de Judá e sua rebeldia contra Deus, sua destruição aconteceria subitamente (30:13). (…)

Judá recusou-se a seguir os conselhos do Senhor quanto a suas relações com a Assíria e, por isso, acabou sob o domínio assírio. O povo de Judá tentou livrar-se da ameaça assíria por meio de uma aliança com o Egito, mais uma vez ignorando os conselhos do Senhor e, portanto, acrescentando ‘pecado sobre pecado’ (Isaías 30:1). Nós também acrescentamos pecado sobre pecado quando, primeiro, rejeitamos a voz do Senhor e, depois, trilhamos nosso próprio caminho, contrário ao Dele” (Donald W. Parry, Jay A. Parry e Tina M. Peterson, Understanding Isaiah [Como Entender Isaías], 1998, pp. 275, 277).

Isaías 30:9–11. “Dizei-nos coisas aprazíveis, e vede para nós enganos”

O Presidente Ezra Taft Benson explicou o seguinte:

“O modo como reagimos às palavras de um profeta vivo quando ele nos diz o que precisamos saber, mas preferiríamos não ouvir, é um teste da nossa fidelidade” (“Fourteen Fundamentals in Following the Prophet” [Quatorze Princípios Fundamentais para Seguir o Profeta], devocional da Universidade Brigham Young, 26 de fevereiro de 1980, p. 28, speeches.byu.edu).

Isaías 33:14–15. “Quem dentre nós habitará com o fogo consumidor?”

O Profeta Joseph Smith ensinou que “habitar com o fogo consumidor”, ou com os “fulgores eternos”, é uma referência ao ambiente em que Deus vive (ver Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 234).

O Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos, citou Isaías 33:14–16 e, depois, falou como podemos aplicar as palavras de Isaías:

“Se me permitem, gostaria de passar a estas palavras de Isaías, ditas com o poder do Espírito Santo quando foram proferidas, e dar algumas sugestões de como se aplicam a nós e a situação em que nos encontramos.

Primeiro: ‘O que anda em justiça, e o que fala com retidão’. Isso se refere a alicerçar-se no Sacrifício Expiatório do Senhor Jesus Cristo: temos que cumprir os mandamentos. Temos que dizer a verdade e agir com retidão. Seremos julgados por nossos pensamentos, palavras e ações.

Segundo: ‘O que rejeita o ganho da opressão’. Isso quer dizer que temos que agir com equidade e justiça para com o próximo. Foi o próprio Senhor quem disse que, no dia de Sua vinda, será rápido em testificar contra os que defraudam o diarista [o trabalhador] de seu salário.

Terceiro: ‘O que sacode das suas mãos todo o presente [ou seja, a propina]’. Isto é, temos que rejeitar todas as tentativas de compra de influência e, em vez disso, temos que tratar o nosso próximo com imparcialidade e justiça. Deus não faz acepção de pessoas. Ele considera toda carne igualmente e somente quem cumpre Seus mandamentos é favorecido por Ele. A salvação é gratuita, não se pode comprá-la com dinheiro e só serão salvos aqueles que cumprirem a lei na qual essa bênção se baseia. O suborno e a propina são coisas do mundo.

Quarto: ‘O que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de derramamento de sangue e fecha os seus olhos para não ver o mal’. Ou seja, não devemos concentrar-nos no que é mal e iníquo. Temos que parar de procurar defeitos e procurar o que há de bom no governo e no mundo. Temos que adotar uma atitude positiva e sadia em relação a tudo” (“Think on These Things” [Pense sobre Estas Coisas], Ensign, janeiro de 1974, pp. 55–56).

Isaías 35:1. “O ermo exultará e florescerá como a rosa”

“Várias autoridades gerais consideram a colonização dos vales das Montanhas Rochosas pelos santos dos últimos dias como um cumprimento desses versículos de Isaías (ver Milton R. Hunter, Conference Report, outubro de 1965, p. 81; LeGrand Richards, Conference Report, outubro de 1966, p. 42; Smith, Doutrinas de Salvação, vol. III, pp. 349–350; Orson Pratt, Journal of Discourses, vol. XVIII, p. 145). Quando os santos lá chegaram, em julho de 1847, o Vale do Lago Salgado poderia ser chamado de ‘deserto’ e ‘lugar solitário’ (Isaías 35:1). Os santos se puseram a trabalhar imediatamente e, em pouco tempo, os vales ermos de Utah começaram a ‘florescer como a rosa’ (v. 1). Essa profecia, porém, pode ter sido igualmente cumprida pelo assentamento dos judeus modernos na Terra Santa, onde está acontecendo uma situação semelhante” (ver O Velho Testamento, Manual do Aluno: I Reis a Malaquias, manual do Sistema Educacional da Igreja, 1984, p. 168).