Isaías predisse a Grande Apostasia e a Restauração do evangelho, bem como o surgimento do Livro de Mórmon. Ele profetizou que o Livro de Mórmon corrigiria doutrinas errôneas e daria alegria aos que o lessem e vivessem segundo seus ensinamentos.
Isaías profetiza o surgimento do Livro de Mórmon e a Restauração
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dois pedaços de madeira com um prego
Mostre aos alunos dois pedaços de madeira do mesmo comprimento. Coloque uma madeira sobre a outra e prenda-as com um prego em uma das extremidades, de forma que a madeira gire. Explique-lhes que o prego representa a Bíblia, a madeira de baixo representa a doutrina de Cristo e a de cima representa as possíveis interpretações da Bíblia. Gire a madeira de cima, parando-a em diversas posições.
Por que existem tantas igrejas cristãs se todas acreditam na Bíblia? (Cada Igreja cristã interpreta a Bíblia e a doutrina de Cristo a seu modo.)
Como é possível saber qual é a verdadeira doutrina do Senhor se há tantas formas de interpretar a Bíblia?
Peça aos alunos que, ao estudar Isaías 29, procurem princípios que os ajudem a reconhecer a verdadeira doutrina do Senhor.
Para resumir Isaías 29:1–8, diga que Isaías predisse a destruição de Jerusalém, que ocorreu devido à iniquidade de seus habitantes. Além disso, ele citou a nação nefita, que também seria destruída devido à iniquidade. Chame a atenção dos alunos para a frase: “Será a tua voz debaixo da terra, como a de um que tem espírito familiar, e a tua fala assobiará desde o pó”(versículo 4). Explique-lhes que essa profecia diz respeito ao surgimento do Livro de Mórmon, que foi traduzido de placas que haviam sido escondidas e enterradas por Morôni. A voz do povo nefita fala a nós, hoje, das páginas desse livro. Diga que Isaías também falou das condições que existiriam nos últimos dias (ver os versículos 5–10).
Peça a um aluno que leia Isaías 29:9–10 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Isaías profetizou que aconteceria depois que o povo do Senhor fosse derrotado por seus inimigos.
De acordo com o versículo 10, o que Isaías disse que aconteceria depois que o povo do Senhor fosse derrotado por seus inimigos? (Reinaria entre eles um “espírito de profundo sono” e seus profetas e videntes seriam “vendados”, ou seja, não haveria mais profetas e videntes entre o povo.)
Diga que sem profetas nem videntes e devido ao povo do Senhor ter-se afastado da verdade, o mundo entraria em um estado de trevas espirituais. Esse afastamento da verdade é chamado de apostasia.
Escreva a Grande Apostasia no quadro. Diga que as palavras de Isaías nos versículos 9–10 se referem a um período chamado de a Grande Apostasia e que ocorreu após a morte do Salvador e de Seus apóstolos. Com o tempo as pessoas alteraram muitos princípios e ordenanças, bem como a organização da Igreja do Salvador. Por isso, o Senhor retirou da Terra a autoridade e as chaves de Seu sacerdócio. Além disso, muitas partes “claras e preciosas” da Bíblia foram alteradas ou perdidas e as pessoas deixaram de ter um entendimento correto de Deus (ver 1 Néfi 13:26–29). Com o tempo, muitas igrejas foram criadas, mas sem ter a autoridade para realizar as ordenanças do sacerdócio nem para interpretar corretamente a Bíblia.
Escreva esta doutrina no quadro: Durante um período de grande apostasia, as pessoas ficaram sem a orientação divina revelada por meio de profetas e apóstolos vivos.
Qual é a relação entre a grande apostasia e o exemplo dos pedaços de madeira unidos por um prego?
Diga que Isaías também predisse os acontecimentos dos últimos dias que contribuiriam para o fim da Grande Apostasia.
Se possível, distribua aos alunos cópias da seguinte tabela ou copie-a no quadro, antes do início da aula.
Divida a classe em duplas. Peça a cada dupla que leia as referências da tabela e, na coluna central, resuma a profecia a que cada uma se refere e seu cumprimento nos últimos dias. (Sugere-se que você explique aos alunos que Néfi também registrou as palavras de Isaías em 2 Néfi 27:6–10, 15–20. O texto de Néfi é mais detalhado do que o texto de Isaías que se encontra na Bíblia.) Após dar-lhes tempo suficiente, pergunte:
Quem entregou a cópia dos caracteres do Livro de Mórmon a alguém que sabia lê-los?
Quem era essa pessoa que sabia ler, mas que disse que não podia ler um livro selado?
Lembre aos alunos que uma parte das placas de ouro estava selada e o Profeta Joseph Smith recebeu ordem de não traduzi-la.
Por que alguém com pouca instrução formal, como Joseph Smith, poderia estar mais bem qualificado para traduzir o Livro de Mórmon do que um estudioso como Charles Anthon?
Peça a um aluno que leia Isaías 29:13 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que o Senhor disse que as pessoas fariam durante a Grande Apostasia.
Em sua opinião, o que significa aproximar-se do Senhor com a boca, mas afastar o coração para longe Dele?
Diga que a frase “seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído” quer dizer que a forma como as pessoas adoravam a Deus havia sido corrompida devido a ensinamentos falsos.
Peça a um aluno que leia Isaías 29:14 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que o Senhor disse que faria para sobrepujar os efeitos da apostasia.
O que o Senhor disse que faria para sobrepujar os efeitos da Apostasia?
O que é “a obra maravilhosa e o assombro” que Isaías profetizou?
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Élder Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos. Peça à classe que preste atenção no que o Élder Nelson disse ser essa obra maravilhosa e esse assombro.
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Élder Russell M. Nelson
“Isaías previu que Deus realizaria ‘uma obra maravilhosa e um assombro’ nos últimos dias (Isaías 29:14). (…) Essa obra maravilhosa incluiria o surgimento do Livro de Mórmon e a Restauração do evangelho” (“Testemunhas das Escrituras”, A Liahona, novembro de 2007, p. 43, nota 26).
De acordo com o versículo 14, qual será o efeito da Restauração e do Livro de Mórmon na sabedoria do mundo?
Escreva este início de frase no quadro: A Restauração do evangelho, inclusive o surgimento do Livro de Mórmon, é a obra maravilhosa que …
De acordo com os versículos 13–14, como poderíamos completar essa frase? (Os alunos podem dar muitas respostas corretas, mas certifique-se de que não falte esta verdade: A Restauração do evangelho, inclusive o surgimento do Livro de Mórmon, é a obra maravilhosa que corrige ensinamentos incorretos e neutraliza a sabedoria do mundo. Complete a frase do quadro usando as palavras dos alunos.)
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dois pedaços de madeira com dois pregos
Mostre aos alunos um segundo prego e diga-lhes que representa o Livro de Mórmon. Alinhe os pedaços de madeira e pregue o segundo prego na extremidade oposta à do primeiro. Mostre aos alunos que as madeiras não giram mais.
Como o Livro de Mórmon ajuda a corrigir as doutrinas falsas e a neutralizar a sabedoria do mundo?
Peça a cada aluno que conte a outro aluno algumas das bênçãos que recebeu devido à Restauração do evangelho e ao surgimento do Livro de Mórmon.
Para resumir Isaías 28:15–17, diga que Isaías profetizou que o Livro de Mórmon seria revelado em uma época em que muitas pessoas tentariam esconder suas ações de Deus e na qual muitos não reconheceriam a mão de Deus em sua vida.
Isaías prediz a repercussão positiva do evangelho restaurado e do Livro de Mórmon
Mostre um exemplar do Livro de Mórmon aos alunos.
Se vocês quisessem que alguém se interessasse em ler o Livro de Mórmon, o que diriam a essa pessoa?
Escreva esta frase no quadro: Se o estudarmos, o Livro de Mórmon pode ajudar-nos a…
Peça a um aluno que leia Isaías 29:18–19 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e verifique o que o Livro de Mórmon pode fazer por aqueles que o estudam com o desejo sincero de entender seus ensinamentos. Você pode sugerir que os alunos marquem o que encontrarem.
O que as figuras de linguagem usadas por Isaías nesses versículos nos ensinam sobre a forma como o Livro de Mórmon pode nos ajudar? (Faça uma lista das respostas dos alunos no quadro para completar a frase.)
Peça a um aluno que leia Isaías 29:22–24 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Isaías profetizou que o Livro de Mórmon faria pela posteridade de Jacó. Diga que a expressão “casa de Jacó”, usada no versículo 22, refere-se ao povo do convênio do Senhor.
De acordo com os versículos 23–24, o que o Livro de Mórmon faria pela posteridade de Jacó nos últimos dias? (Anote as respostas dos alunos no quadro.)
Chame a atenção dos alunos para a expressão “temerão ao Deus de Israel”, usada no versículo 23, e explique-lhes que isso significa encarar Deus e Seus convênios com reverência e respeito. Peça aos alunos que poderem o princípio relativo ao Livro de Mórmon anotado no quadro.
Quais dessas promessas os inspirariam a ler o Livro de Mórmon? Por quê?
Sugere-se que você preste testemunho do seguinte princípio: Se estudarmos o livro de Mórmon, isso nos ajudará a ter alegria, a ter reverência a Deus e a entender as doutrinas verdadeiras.
Sugira aos alunos que contem à classe as bênçãos que receberam por meio do Livro de Mórmon. Se desejar, conte uma experiência sua.
Incentive os alunos a assumirem o compromisso de ler o Livro de Mórmon, de maneira que possam receber essas bênçãos. Considere a possibilidade de desafiá-los a dar um exemplar do Livro de Mórmon a um parente ou amigo e a explicar a essa pessoa as bênçãos que Isaías prometeu a quem o estudasse.
Esta atividade pode ser usada nesta aula ou em outro dia em que haja tempo para rever Isaías 29:13–14:
Para ajudar os alunos perceberem que as doutrinas ensinadas em Isaías 29:13–14 são verdadeiras e importantes, peça a cada um que escreva o próprio nome num papel, bem como uma ou duas razões por que o evangelho restaurado e o Livro de Mórmon são uma obra maravilhosa e um assombro para eles. Após dar-lhes tempo suficiente, peça aos alunos que passem para outro aluno o que escreveram. Peça a cada aluno que escreva no papel de um colega uma ou duas razões por que acham o evangelho maravilhoso. Considere a possibilidade de repetir o processo diversas vezes. Para encerrar a atividade, peça aos alunos que passem cada papel de volta ao aluno original. Peça-lhes que leiam o que os colegas escreveram. Convide alguns alunos a prestarem testemunho das razões por que consideram o evangelho maravilhoso.
O Élder LeGrand Richards, do Quórum dos Doze Apóstolos, comentou a dualidade da profecia que se encontra em Isaías 29:1–4:
“Lendo [Isaías 29:1–2] com atenção, percebemos que [Isaías] não só viu a destruição de Jerusalém como também a destruição de outro grande centro, semelhante a Jerusalém. Ele, em seguida, acrescentou:
‘Então serás abatida, falarás de debaixo da terra, e a tua fala desde o pó sairá fraca, e será a tua voz debaixo da terra, como a de um que tem espírito familiar, e a tua fala assobiará desde o pó’ (Isaías 29:4).
Ninguém neste mundo poderia explicar esse trecho de forma plausível nem entender que povo semelhante ao de Jerusalém Isaías viu, exceto com o Livro de Mórmon (ver 2 Néfi 26:15–17). (…)
Como Joseph Smith poderia saber disso quando o Livro de Mórmon foi publicado antes mesmo da organização desta Igreja se não fosse pelo fato de que o Livro de Mórmon é o registro que Deus prometeu que traria à luz e uniria ao registro de Judá? Como alguém haveria de entender essa profecia de Isaías sem a explicação contida no Livro de Mórmon?” (Conference Report, abril de 1963, p. 118.)
Isaías 29:4 (2 Néfi 26:15–16). “E será a tua voz debaixo da terra, como a de um que tem espírito familiar”
Néfi escreveu: “Os que forem destruídos falar-lhes-ão da terra e sua fala será fraca desde o pó e a sua voz será como a de alguém que evoca espíritos” (2 Néfi 26:16). A expressão “espírito familiar” refere-se ao espírito dos mortos que vêm orientar ou consolar os vivos. Ainda que nos soe estranho hoje, antigamente esse termo era muito usado para dar a ideia de que os espíritos dos mortos podem influenciar-nos do além-túmulo. Em certo sentido, os nefitas, que permaneceram “adormecidos no pó” durante séculos (ver 2 Néfi 27:9), agora sussurram ou assobiam-nos desde o pó (ver Isaías 29:4) por meio do Livro de Mórmon.
O Élder Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou por que o Livro de Mórmon soa familiar a muitas pessoas hoje:
“Isaías descreveu o espírito do Livro de Mórmon como sendo ‘familiar’ (Isaías 29:4). Ele soa familiar a quem conhece o Velho Testamento, principalmente a quem é conhecedor do hebraico nele empregado. O Livro de Mórmon é rico em hebraísmos, sejam tradições, simbologia, expressões ou formas literárias. Ele soa familiar porque mais de 80% de suas páginas vêm do mesmo período histórico de certas partes do Velho Testamento” (“O Êxodo na Israel Antiga e Moderna”, A Liahona, abril de 2002, p. 30).
O Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos, descreveu o papel do Livro de Mórmon na Restauração do evangelho nos últimos dias:
“Poucos homens na Terra, seja dentro ou fora da Igreja, captaram a visão integral do que é o Livro de Mórmon. Raros são os homens que conhecem o papel que desempenhou e ainda desempenhará na preparação do caminho para a vinda Daquele de quem o livro é outra testemunha. (…)
O Livro de Mórmon afetará os homens de tal maneira que a Terra inteira e todos os seus povos serão influenciados e governados por ele. (…)
Não existe questão maior com a qual a humanidade nos tempos modernos se defronte do que esta: Será o Livro de Mórmon o pensamento, a vontade e a voz do Senhor para todos os homens? Se é, isso significa que Joseph Smith foi um profeta, que seu testemunho de Jesus Cristo a nós é verdadeiro e que o Plano de Salvação estabelecido pelo Grandioso Deus está em pleno andamento” (The Millennial Messiah: The Second Coming of the Son of Man [O Messias Milenar: A Segunda Vinda do Filho do Homem], 1982, pp. 159, 170, 179–180).
Emma Smith que, para ajudar o marido, Joseph Smith, serviu-lhe de escrevente em certos períodos da tradução do Livro de Mórmon, atestou o seguinte:
“Estou convencida de que nenhum homem poderia ter ditado o conteúdo dos manuscritos a não ser por inspiração; pois, quando lhe servi de escrevente, [Joseph] ditava para mim por horas a fio e, ao voltar das refeições ou de outras interrupções, ele retomava o trabalho exatamente onde parara, sem nem sequer olhar o manuscrito ou pedir que lhe lesse trecho algum. (…) Seria improvável que uma pessoa instruída conseguisse fazer isso, e para alguém tão (…) inculto como ele, seria simplesmente impossível.
Joseph Smith (…) não era capaz nem de escrever nem de ditar uma carta coerente e bem escrita, muito menos de ditar um livro como o Livro de Mórmon. E, apesar de minha participação ativa nos fatos ocorridos, para mim eles são ‘uma obra maravilhosa e um assombro’ que me deixam tão surpresa quanto qualquer outra pessoa” (“Last Testimony of Sister Emma” [O Último Testemunho da Irmã Emma], The Saints’ Herald, 1º de outubro de 1879, p. 290).