Depois da morte de Saul, o reino de Israel foi dividido em duas partes: o reino do norte, também conhecido como Israel, e o reino do sul, também conhecido como Judá. Davi tornou-se o rei de Judá, e o filho de Saul, Is-Bosete, tornou-se o rei de Israel. Os dois reinos travaram uma longa guerra. Os exércitos de Davi prevaleceram, e Davi foi ungido rei de toda a Israel. Um homem chamado Uzá foi morto pelo Senhor porque, sem autoridade para fazê-lo, segurou a arca da aliança quando ela estava sendo transportada para Jerusalém. O Senhor instruiu Davi a não construir um templo, e o Senhor abençoou Davi enquanto ele governava em retidão como rei.
Davi torna-se rei de toda a Israel e leva a arca da aliança para Jerusalém
Leve duas gravatas para a sala de aula. Convide um aluno que não saiba dar nó em gravata que tente fazê-lo corretamente. Depois que ele tentar, pergunte ao aluno o que ele poderia fazer para conseguir dar um nó na gravata. Diga ao aluno que peça a outro membro da classe que saiba dar nó de gravata que demonstre como fazê-lo usando a segunda gravata. Depois que o primeiro aluno conseguir dar um nó na gravata, pergunte a ele:
Por que foi mais fácil dar um nó na gravata quando você pediu ajuda para outra pessoa?
Explique-lhes que, à medida que os alunos estudarem II Samuel 1–10, verão como Davi buscou a orientação do Senhor para conseguir cumprir o que o Senhor lhe pedira que fizesse. Peça aos alunos que ponderem por um momento sobre sua própria vida e identifiquem áreas nas quais gostariam de receber a orientação do Senhor. Incentive-os a procurar identificar verdades nesses capítulos que possam ajudá-los a buscar a orientação do Senhor.
Resuma II Samuel 1–5 explicando que, depois de Davi chorar a morte de Saul e Jônatas, ele foi ungido rei da tribo de Judá. Um dos filhos de Saul, Is-Bosete, tornou-se rei das tribos restantes, e os exércitos dele travaram uma longa guerra contra os de Davi. Depois que Davi e seus exércitos prevaleceram, Davi foi ungido rei de toda a Israel.
Explique-lhes que uma das primeiras dificuldades de Davi como rei de Israel foi a de batalhar contra os filisteus. Escreva as seguintes perguntas no quadro:
O que Davi perguntou e o que o Senhor disse a ele?
O que Davi fez e qual foi o resultado?
Peça aos alunos que leiam II Samuel 5:18–21 em silêncio, procurando respostas para as perguntas do quadro. Divida os alunos em duplas e peça a eles que compartilhem suas respostas um com o outro.
Peça a um aluno que leia II Samuel 5:22–25 em voz alta. Peça aos alunos que acompanhem a leitura e identifiquem o que o Senhor disse a Davi quando os filisteus voltaram a batalhar contra ele pela segunda vez.
De acordo com o versículo 23, o que o Senhor disse que Davi deveria fazer? (Você pode ter que explicar que o Senhor disse a Davi que instruísse seus exércitos a rodear os filisteus por trás e a atacar quando ouvissem o vento soprando nas árvores.)
Por que Davi teve sucesso em sua campanha militar contra os filisteus? (Ele consultou o Senhor sobre o que deveria fazer e depois colocou em prática a instrução que recebeu. Você pode sugerir que os alunos marquem as frases “Davi consultou ao Senhor” nos versículos 19 e 23 e “fez Davi assim como o Senhor lhe tinha ordenado” no versículo 25.)
Que princípio podemos aprender com o exemplo de Davi de consultar o Senhor e seguir as instruções Dele? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas certifique-se de que identifiquem o seguinte princípio: Se consultarmos o Senhor e seguirmos Sua orientação, Ele pode guiar-nos e ajudar-nos a ter sucesso em nossos empreendimentos dignos.)
Por que vocês acham que é importante não apenas consultar o Senhor pedindo orientação, mas também seguir Suas instruções?
Peça aos alunos que respondam às seguintes perguntas no caderno ou no diário de estudo das escrituras (anote as perguntas no quadro):
Quando você pediu e recebeu orientações do Senhor? O que foi inspirado a fazer? Qual foi o resultado de colocar em prática a inspiração recebida?
Depois de alguns minutos, peça a alguns alunos que compartilhem com a classe o que escreveram. Convide alguns alunos que desejarem fazê-lo a compartilharem seu testemunho. Incentive os alunos a sempre buscarem a orientação do Senhor e a estarem dispostos a segui-la.
A fim de preparar os alunos para estudarem II Samuel 6, convide um aluno a se dirigir até a frente da sala. Coloque suas escrituras numa mesa ou escrivaninha e comece a empurrá-las para fora da mesa. Pergunte aos alunos:
Se essas escrituras começarem a cair, qual seria sua reação natural?
Peça aos alunos que expliquem como reagiriam se as escrituras caíssem e que um aluno as pegasse, mas fosse punido por fazê-lo. Explique-lhes que algo semelhante aconteceu quando Davi estava transportando a arca da aliança de Gibeá para sua nova capital, Jerusalém. Peça a um aluno que leia II Samuel 6:3–7 em voz alta. Peça aos alunos que ponderem por que Uzá foi ferido por fazer algo que parecia útil.
Por que vocês acham que a consequência de tentar endireitar a arca quando os bois tropeçaram foi tão severa?
Peça a um aluno que leia em voz alta as declarações a seguir. Peça aos alunos que procurem identificar qualquer coisa que os ajude a entender melhor essa história:
“A arca era um objeto tangível que simbolizava a presença de Deus, Seu trono, Sua glória e divina majestade. Quando Israel a recebeu pela primeira vez, ela foi colocada no Santo dos Santos do tabernáculo, e nem mesmo ao sacerdote era permitido aproximar-se dela. Apenas o sumo sacerdote, que era uma representação de Cristo, poderia fazê-lo, e isso somente depois de realizar um complicado ritual de purificação pessoal e expiação de seus pecados” (Doutrina e Convênios, Manual do Aluno, Manual do Sistema Educacional da Igreja, 1984, p. 188). Ao mover a arca, exigia-se que os sacerdotes usassem varas passadas por aros que ficavam dos lados para carregá-la. De acordo com Números 4:15, a consequência de tocar a arca sem autorização era a morte.
O Élder Neal A. Maxwell, do Quórum dos Doze Apóstolos, disse:
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Élder Neal A. Maxwell
“Alguns podem alegar que [Uzá] estava apenas tentando ajudar — embora de modo errado. Mas tendo em vista as inúmeras vezes em que o Senhor havia salvado e poupado Israel, incluindo os grandes dramas do Mar Vermelho e do maná do céu, sem dúvida Ele [o Senhor] sabia como manter a arca equilibrada!” (Meek and Lowly, 1987, p. 15.)
Por que vocês acham que Uzá foi punido por firmar a arca?
Explique-lhes que o ato de firmar a arca pode ser comparado ao de tentar corrigir algo na Igreja sem ter recebido autoridade para fazê-lo. Forneça aos alunos uma cópia da seguinte declaração do Presidente David O. McKay e peça a um aluno que a leia em voz alta. Peça aos alunos que acompanhem a leitura e identifiquem outros perigos decorrentes da tentativa de corrigir ou orientar os líderes ou membros da Igreja sem a autoridade para fazê-lo.
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Presidente David O. McKay
“Corremos certo risco ao nos desviarmos de nossa esfera de ação e tentarmos dirigir, sem autorização, os assuntos concernentes à vida de outro irmão. Lembrem-se do caso de Uzá, que estendeu a mão para firmar a arca. Ele achava que tinha o direito de erguer a mão e segurar aquele símbolo do convênio no momento em que os bois tropeçaram. Hoje em dia, julgamos que seu castigo foi por demais severo. Mesmo que tenha sido, o incidente todo transmite uma lição de vida. Olhemos ao nosso redor e observemos como rapidamente as pessoas que tentam firmar a arca sem possuírem a devida autoridade morrem espiritualmente. Sua alma se torna amargurada, sua mente desajustada, suas concepções enganosas e seu espírito deprimido. Essa é a lamentável condição dos homens que, negligenciando suas próprias responsabilidades, passam o tempo encontrando defeitos nos outros” (Conference Report, abril de 1936, p. 60).
Quais são as consequências de procurarmos “firmar a arca” ou tentar orientar ou corrigir os líderes da Igreja?
Que princípios podemos aprender com a história de Uzá? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas certifique-se de que identifiquem o seguinte princípio: Aqueles que tentam dirigir a obra de Deus sem Sua autoridade trazem sobre si a morte espiritual. Escreva esse princípio no quadro.)
Como as pessoas de nossos dias tentam corrigir ou dirigir a obra de Deus mesmo que não tenham autoridade para fazê-lo? (Alguns exemplos podem incluir exigir que as mulheres sejam ordenadas ao sacerdócio e criticar a Igreja por somente aprovar o casamento entre um homem e uma mulher. Você pode discutir outros exemplos que sejam mais relevantes a seus alunos, como criticar os líderes locais.)
Você pode testificar que podemos evitar a morte espiritual e as outras consequências de tentar firmar a arca confiando no Senhor e em Seus servos escolhidos. Peça aos alunos que ponderem como eles podem abster-se de tentar firmar a arca.
Resuma II Samuel 6:8–23 explicando que, depois desse incidente, Davi levou a arca para Jerusalém em meio a grande alegria e celebração. A esposa de Davi, Mical, criticou o comportamento alegre de Davi, o que teve um efeito negativo em seu relacionamento.
Davi obedece ao mandamento de não construir um templo e é abençoado em seu governo como rei
Você pode fazer um desenho simples de uma casa e uma tenda no quadro.
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casa
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tenda
Peça aos alunos que leiam II Samuel 7:1–2 em silêncio, procurando onde Davi morava e o que o preocupava.
De acordo com o versículo 2, o que Davi sentia que não estava certo?
O que vocês acham que Davi queria fazer?
Peça a um aluno que leia II Samuel 7:5, 12–13 em voz alta. Peça aos alunos que acompanhem a leitura e identifiquem o que o Senhor disse a Davi sobre a construção de um templo. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.
Explique-lhes que o Senhor disse ao Profeta Natã que Davi não devia construir um templo. Contudo, o Senhor disse que estabeleceria a casa de Davi (seu trono e reinado) para sempre. Também disse que um dos descendentes de Davi construiria um templo. Em II Samuel 7:18–29, lemos que Davi expressou seu sincero assombro e sua gratidão pelo fato de o Senhor o abençoar tanto.
Resuma II Samuel 8–10 explicando que o Senhor abençoou e preservou Davi enquanto ele reinou em retidão. Davi honrou o convênio que havia feito com Jônatas — ele recebeu o filho de Jônatas em sua casa e deu-lhe toda a herança que pertencia à casa de Saul.
Encerre prestando testemunho das verdades que discutiram na aula de hoje.
O Presidente Brigham Young ensinou o seguinte sobre a tentativa de firmar a arca: “Deixem o reino em paz, o Senhor firma a arca; e se ela balançar e parecer que precisa ser firmada, se estiver às vezes um pouco de lado e tiver toda a aparência de que vai cair, tomem cuidado com o modo com que estendem a mão para firmá-la; que não seja de modo demasiadamente intrusivo a ponto de interferir em coisas que não nos concernem; deixem-na em paz, é a obra do Senhor” (Discourses of Brigham Young, sel. John A. Widtsoe, 1954, p. 66).
“Numa revelação moderna, o Senhor Se referiu a esse incidente a fim de ensinar o princípio de que ele não precisa do auxílio dos homens para defender o seu reino (ver D&C 85:8). Não obstante, em nossa própria época, vemos aqueles que temem que a arca esteja balançando e se dispõem a firmá-Ia em sua posição original” (Doutrina e Convênios, Manual do Aluno, Manual do Sistema Educacional da Igreja, 1984, p. 188). Alguns membros da Igreja veem alguns problemas e se sentem frustrados pela maneira como acham que seus líderes ou outras pessoas lidam com eles. Talvez sintam que, embora não possuam a devida autoridade, precisam corrigir o curso de sua ala ou mesmo o curso da Igreja. Contudo, “as melhores intenções não justificam tal interferência nos planos do Senhor” (Doutrina e Convênios, Manual do Aluno, p. 188).