Jeremias lamentou a destruição de Jerusalém e a aflição do povo. Mas, mesmo em seu pesar, Jeremias testificou sobre a compaixão do Senhor. Jeremias comparou a vida do povo quando eles estavam justos à vida deles quando estavam iníquos. Jeremias suplicou ao Senhor que perdoasse o povo de Judá e os trouxesse de volta para Ele.
Jeremias fala da tristeza e aflição que resultam do pecado
Peça aos alunos que imaginem que um rapaz tem alguns amigos que tentam convencê-lo a quebrar um mandamento. Peça aos alunos que descrevam o que os amigos poderiam dizer para convencê-lo a quebrar o mandamento. Escreva as respostas dos alunos no quadro.
O que vocês diriam a seus amigos a fim de convencê-los a não pecar?
Peça à classe que, ao estudar Lamentações 1, identifique verdades que possam ajudá-los a entender por que não devemos pecar.
Relembre aos alunos que por causa da escolha do povo de Judá de ignorar as advertências de Jeremias e de outros profetas e desobedecer a seus ensinamentos, escolhendo a iniquidade, os babilônicos destruíram Jerusalém. Algum tempo depois de Jerusalém ter sido destruída, Jeremias escreveu o livro de Lamentações. O termo lamentação refere-se a palavras que expressam profunda tristeza ou pesar.
Peça a alguns alunos que se revezem para ler em voz alta Lamentações 1:1–5. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Jeremias lamentou. Explique aos alunos que os temos ela e a nesses versículos se referem a Jerusalém.
Saliente as frases “tornou-se como viúva” no versículo 1 e “não tem quem a console entre todos os seus amantes; todos os seus amigos se houveram aleivosamente com ela” no versículo 2.
O que significam essas frases? (Se necessário, explique aos alunos que essas frases significam que Jerusalém estava abandonada e sozinha.)
Peça aos alunos que examinem Lamentações 1:1–5, procurando palavras ou frases que nos ajudem a identificar algumas das consequências do pecado. Você pode marcar essas palavras ou frases em suas escrituras. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem. Escreva as respostas dos alunos no quadro.
Explique-lhes que, em Lamentações 1:6–11, lemos que Jeremias continuou a lamentar a destruição de Jerusalém. Lamentações 1:12–22 inclui lamentações escritas da perspectiva de Jerusalém, como se a cidade estivesse falando. Peça a um aluno que leia Lamentações 1:16, 18, 20 e 22 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique outras consequências do pecado.
Saliente que a frase “as minhas virgens e os meus jovens foram levados para o cativeiro” no versículo 18 refere-se à perda da nova geração. A frase “turbadas estão as minhas entranhas” no versículo 20 refere-se à angústia mental e espiritual que sentimos ao pecar.
Que palavras ou frases dos versículos 16, 18, 20 e 22 podem nos ajudar a entender o que acontece quando pecamos? (Acrescente as respostas dos alunos à lista no quadro. Você pode incentivar os alunos a marcar essas palavras ou frases.)
Chame atenção para a lista que está no quadro. Peça aos alunos que usem o que aprenderam em Lamentações 1 para escrever um princípio que resuma as consequências de cometermos pecados. Depois de dar-lhes tempo suficiente, peça aos alunos que conversem com um colega sobre o que escreveram. Depois peça a vários alunos que relatem para a classe o que escreveram. Depois que os alunos relatarem, escreva o seguinte princípio no quadro: Quando pecamos, sofremos. Explique aos alunos que esse é apenas um dos muitos possíveis princípios que podemos aprender com Lamentações 1.
Em sua opinião, por que nos sentimos tristes e angustiados quando pecamos?
Para ajudar os alunos a entender melhor esse princípio, peça a um aluno que leia em voz alta a declaração a seguir do Presidente Ezra Taft Benson:
Imagem
Presidente Ezra Taft Benson
“Você não pode fazer o que é errado e se sentir bem. É impossível! Anos de felicidade podem ser perdidos na gratificação tola de um desejo momentâneo de prazer. Satanás quer que você acredite que a felicidade vem apenas quando você se entrega às tentações dele, mas é só olhar para a vida despedaçada daqueles que violam as leis de Deus para saber por que Satanás é chamado de o pai das mentiras” (“Mensagem à Geração Que Se Forma”, A Liahona, fevereiro de 1978, p. 41).
Como essa verdade pode ajudar alguém que esteja sendo tentado a pecar?
Peça aos alunos que ponderem por um tempo em como se sentiram tristes depois de pecar. Peça aos alunos que evitem pecar para que eles não tenham que sentir essas consequências.
Jeremias confia que o Senhor vai ter compaixão de Israel
Durante o estudo de Lamentações 2–3, incentive-os a procurar princípios que nos ajudem quando nos sentirmos tristes e angustiados depois de pecar.
Explique aos alunos que, em Lamentações 2, lemos o registro de Jeremias sobre a miséria e tristeza que o povo de Jerusalém sentiu depois que a cidade foi destruída.
Explique-lhes que Lamentações 3 registra que Jeremias lamentou a destruição de Jerusalém da perspectiva do povo de Judá. Lamentações 3:1–18 descreve o povo iníquo de Judá e seu relacionamento com Deus. Peça a vários alunos que se revezem para ler em voz alta Lamentações 3:1, 3, 7–9, 11 e 18. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como os pecados do povo afetaram seu relacionamento com Deus.
Como os pecados do povo afetaram seu relacionamento com Deus? (Ajude os alunos a entender que, em seu estado pecaminoso, o povo sentiu que o Senhor os havia abandonado. Na realidade, foi o povo que se afastou de Deus.)
Explique-lhes que, em razão de o povo ter arruinado seu relacionamento com Deus, eles sentiram profundo desespero. Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de Lamentações 3:19–26. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique uma verdade que pode ter ajudado o povo de Judá. Explique-lhes que a frase “do absinto e do fel” no versículo 19 refere-se a um sofrimento doloroso.
Que razões deu Jeremias para explicar por que o povo ainda podia ter esperança depois de passar por grande desespero?
De acordo com o versículo 25, a quem o Senhor ajuda?
Que princípio podemos aprender com esses versículos sobre por que devemos ter esperança mesmo depois de pecarmos? (Os alunos podem sugerir uma variedade de princípios, mas assegure-se de que eles identifiquem a seguinte verdade: Por causa da compaixão do Senhor, podemos encontrar esperança em saber que Ele vai nos ajudar se O buscarmos. Escreva esse princípio no quadro.)
Sublinhe as seguintes palavras da frase no quadro: compaixão, esperança e ajuda. Peça aos alunos que expliquem o que acham que essas palavras significam.
Como o entendimento desse princípio pode ajudar alguém que se sente desesperado ou está pesaroso por causa de seus pecados?
Resuma Lamentações 3:31–39 explicando aos alunos que Jeremias disse que o Senhor não tem prazer em castigar as pessoas. Peça a um aluno que leia Lamentações 3:40–41 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que as aflições que enfrentamos, como resultado do pecado, podem nos inspirar a fazer.
O que as aflições que enfrentamos, como resultado do pecado, podem nos inspirar a fazer? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas assegure-se de que esteja claro que as aflições que enfrentamos, como resultado do pecado, podem ajudar a nos motivar a buscar o Senhor novamente. Você pode anotar essa verdade no quadro.)
De que maneira vocês acham que as aflições que enfrentamos, como resultado do pecado, podem ajudar a nos inspirar a nos aproximarmos do Senhor?
Explique aos alunos que, em Lamentações 3:42–66, aprendemos que Jeremias continuou a lamentar a condição do povo de Judá, mas reconheceu novamente que o Senhor vai Se achegar àqueles que O buscarem.
Jeremias compara a vida do povo quando eles estavam justos à vida deles no cativeiro
Pergunte aos alunos se eles já se indagaram como a vida deles poderia ser diferente se eles escolhessem ser iníquos em vez de ser justos.
Como vocês acham que a sua vida seria diferente?
Explique aos alunos que, em Lamentações 4, lemos que Jeremias comparou a vida das pessoas justas que viviam em Judá no passado à vida do povo iníquo de Judá que vivia em sua época.
Peça a um aluno que leia Lamentações 4:1–2 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como Jeremias descreveu o povo quando eles eram justos e quando eram iníquos.
Como Jeremias descreveu o povo quando eles eram justos e quando eram iníquos?
Em Lamentações 4:3–10, Jeremias fez mais declarações comparando a condição do povo quando eles estavam justos ao estado deles quando estavam iníquos. Por exemplo, ele disse que quando eles eram justos eles tinham o suficiente para comer, viviam confortavelmente e gozavam de boa saúde. Jeremias disse que, quando eles eram iníquos eles passaram fome, não tinham uma casa para morar e estavam doentes.
O que causou essas mudanças na vida das pessoas? (A iniquidade do povo, que resultou na destruição de Jerusalém.)
Que princípio podemos aprender com esses versículos sobre o que acontece quando vivemos retamente em vez de escolher pecar? (Os alunos podem dar várias respostas, mas assegure-se de que eles identifiquem que, quando vivemos retamente, nossa vida é melhor do que se escolhêssemos pecar.)
De que maneira a vida das pessoas pode ser melhor se elas viverem retamente?
Peça aos alunos que contem exemplos de pessoas das escrituras cuja vida foi melhor porque elas escolheram viver retamente. Saliente que, por vivermos retamente, não significa que não passaremos por provações e tristezas na vida. Também não significa que todos os que de alguma forma passam por provações as mereçam por causa de iniquidade. Entretanto, quando somos justos o Senhor nos dá força, paz e bênçãos para ajudar-nos tanto física quanto espiritualmente (ver Mosias 2:41).
Resuma o restante de Lamentações 4, explicando aos alunos que Jeremias continuou a descrever a condição lamentável daqueles que escolheram ser iníquos.
Jeremias suplica ao Senhor que perdoe Israel e os traga de volta para Ele.
Explique-lhes que Lamentações 5 registra uma das orações de Jeremias ao Senhor. Resuma Lamentações 5:1–18 explicando que na oração de Jeremias ele reconheceu os pecados do povo e as consequências que o povo sofreu pelos pecados.
Peça a um aluno que leia Lamentações 5:19–21 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique pelo que mais Jeremias orou.
O que chama a atenção de vocês na oração de Jeremias?
Saliente a frase “renova os nossos dias como dantes” (versículo 21), e explique aos alunos que Jeremias suplicou ao Senhor que perdoasse o povo e o purificasse, como ele havia sido antes.
Peça aos alunos que meditem sobre o que podem fazer para seguir mais plenamente ao Senhor a fim de serem renovados.
O Élder Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou que podemos evitar o pesar e a tristeza resultantes do pecado se guardarmos os mandamentos e confiarmos nos méritos do Salvador:
“As profecias e lamentações de Jeremias são importantes para os santos dos últimos dias. Jeremias e a Jerusalém de seus dias são o pano de fundo dos capítulos iniciais do Livro de Mórmon. Jeremias era contemporâneo do Profeta Leí (ver 1 Néfi 5:13; 1 Néfi 7:14). (…)
Aprendemos lições inestimáveis com esse período trágico. Devemos fazer tudo a nosso alcance para abster-nos do pecado e da rebelião que conduzem ao cativeiro (ver D&C 84:49–50). (…)
O cativeiro, a subjugação, os vícios e a servidão vêm de muitas formas. Podem ser uma escravidão literal e física, mas também pode ser a perda total ou parcial do arbítrio moral que pode impedir nosso progresso. Jeremias deixou bem claro que a iniquidade e a rebelião foram os motivos principais da destruição de Jerusalém e do cativeiro na Babilônia. (…)
Nosso desafio é evitar todo tipo de cativeiro, ajudar o Senhor a reunir Seus eleitos e sacrificar-nos pela nova geração. Precisamos nos lembrar sempre de que não salvamos a nós mesmos. Somos libertados pelo amor, pela graça e pelo Sacrifício Expiatório do Salvador. (…) Se formos fiéis a Sua luz, seguirmos Seus mandamentos e confiarmos em Seus méritos, evitaremos o cativeiro espiritual, físico e intelectual, bem como as lamentações de ter que vagar pelo nosso próprio deserto, porque Ele é poderoso para salvar” (“Lamentações de Jeremias: Cuidado com o Cativeiro”, A Liahona, novembro de 2013, pp. 88, 89, 91).