Neemias liderou os judeus na reconstrução dos muros de Jerusalém. Posteriormente, Esdras fortaleceu os judeus usando as escrituras para ensiná-los e Neemias procurou ajudá-los a guardar os convênios assumidos.
Neemias dirige os judeus na reconstrução dos muros de Jerusalém apesar da oposição
Antes da aula, escreva no quadro a seguinte declaração do Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos: (Esta declaração se encontra em “Não Rejeiteis, Pois, a Vossa Confiança”, A Liahona, junho de 2000, p. 38.)
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Élder Jeffrey R. Holland
“[A] oposição aparece sempre que algo de bom acontece” (Élder Jeffrey R. Holland).
Peça a um aluno que leia a declaração em voz alta. Para ilustrar essa declaração, peça aos alunos que expliquem como as pessoas nas situações a seguir podem enfrentar oposição:
Um jovem decidiu servir uma missão de tempo integral e está se preparando com muito entusiasmo.
Uma jovem traçou a meta de guardar o Dia do Senhor em casa, ainda que alguns familiares não sejam membros ativos da Igreja.
Um rapaz decidiu ajudar todos os integrantes de seu quórum do sacerdócio a participar das reuniões e atividades da igreja.
Saliente que, no livro de Neemias, lemos sobre a oposição que ele enfrentou e como a venceu. Incentive os alunos a procurarem princípios que os ajudem a vencer a oposição em sua vida ao estudarem o livro de Neemias.
Explique-lhes que Neemias era judeu e servia como copeiro do rei da Pérsia (ver Neemias 1:11). Como copeiro, cabia a ele proteger a taça do rei para que não fosse envenenada. Neemias tinha um cargo de confiança e honra diante do rei.
Peça a um aluno que leia Neemias 1:3 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Esdras ficou sabendo sobre o restante dos judeus (ou grupo de judeus) que estavam vivendo em Jerusalém.
O que Neemias ficou sabendo sobre os judeus em Jerusalém e sobre as condições da cidade?
Lembre aos alunos que, cerca de 90 anos antes, o rei persa, Ciro, tinha permitido o retorno de muitos judeus a Jerusalém para reconstruir o templo e estabelecer uma comunidade lá. Sem muro, não era seguro morar em Jerusalém, e o templo corria o risco de ser destruído novamente.
Peça a um aluno que leia Neemias 1:4 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Neemias fez após ouvir essa notícia. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.
Resuma Neemias 1:5–11, explicando que esses versículos contêm uma oração de Neemias pelos judeus em Jerusalém. Orou também para que o Senhor o favorecesse ao pedir ajuda ao rei persa Artaxerxes.
Peça a vários alunos que se revezem na leitura em voz alta de Neemias 2:1–6. Peça aos demais que acompanhem a leitura e descubram qual foi a reação do rei ao pedido de Neemias de permitir que ele fosse ajudar a reconstruir os muros de Jerusalém.
O que o rei notou acerca de Neemias?
De que modo a reação do rei foi uma resposta às orações de Neemias?
Resuma Neemias 2:7–16, explicando que Neemias pediu que o rei escrevesse cartas aos governadores das províncias persas, para que eles permitissem que Neemias passasse por suas terras a caminho de Jerusalém. O rei também forneceu os materiais de que Neemias precisava para reconstruir os muros e os portões da cidade.
Peça a um aluno que leia Neemias 2:17–19 em voz alta. Peça à classe que identifique o que Neemias anunciou ao chegar a Jerusalém e qual foi a reação do povo.
O que Neemias anunciou ao povo de Jerusalém?
De acordo com o versículo 18, como os judeus reagiram às palavras de Neemias?
Segundo o versículo 19, de que modo Sambalate, Tobias e Gesém se opuseram a Neemias? (Explique-lhes que esses três homens eram líderes influentes de outros grupos de pessoas que estavam morando perto de Jerusalém. Sambalate era o governador persa da Samaria e se opunha a todas as obras de Neemias.)
Peça aos alunos que leiam Neemias 2:20 em silêncio e identifiquem o que Neemias fez depois que zombaram dele.
O que os impressiona na resposta de Neemias às pessoas que se opuseram a ele?
Escreva a seguinte declaração incompleta no quadro: Realizaremos a obra do Senhor, apesar da oposição, se…
Peça aos alunos que procurem formas de completar esse princípio ao estudarem Neemias 3–6.
Peça a vários alunos que se revezem na leitura em voz alta de Neemias 3:1–3, 12–16. Explique-lhes que muitos grupos de judeus trabalhavam cada um em diferentes partes do muro.
Quais seriam as vantagens de ter muitos grupos de pessoas trabalhando em diferentes partes da muralha?
Com base no exemplo das pessoas que fizeram os reparos nos muros de Jerusalém, como vocês completariam a frase do quadro? (Os alunos devem identificar um princípio como o seguinte: Realizaremos a obra do Senhor, apesar da oposição, se cada um fizer a sua parte. Escreva esse princípio no quadro.)
Peça aos alunos que deem exemplos de pequenas coisas que eles podem fazer para ajudar a realizar a obra do Senhor.
Divida os alunos em duplas. Designe um aluno de cada dupla para ler Neemias 4:6–9, 14–17 em silêncio e identificar outras maneiras de completar a frase escrita no quadro. Designe o outro aluno da dupla para ler Neemias 6:1–9 e identificar também outras maneiras de completar a frase no quadro. Peça-lhes que escrevam em uma folha de papel como completariam a frase com base no que leram.
Depois de dar-lhes tempo suficiente, peça aos alunos que mostrem ao colega o que escreveram. Depois que ambos tiverem mostrado sua frase, pergunte à classe:
Com base em Neemias 4 e Neemias 6, como vocês completariam a declaração no quadro? (À medida que os alunos relatarem os princípios que identificaram, enfatize o seguinte: Realizaremos a obra do Senhor, apesar da oposição, se orarmos e dermos ouvidos à inspiração que recebermos e se mantivermos o foco nessa obra. Escreva esses princípios no quadro.)
Volte às situações discutidas no início da aula e peça aos alunos que expliquem como os princípios identificados poderiam ajudar essas pessoas nas situações descritas.
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Presidente Dieter F. Uchtdorf, da Primeira Presidência:
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Presidente Dieter F. Uchtdorf
“Considerem o poder que teríamos como indivíduos (…) se, em resposta a cada tentativa de desviar nosso foco ou baixar nossos padrões, os padrões de Deus, respondêssemos: ‘Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer’” (“Fazemos uma Grande Obra, de Modo Que Não Poderemos Descer”, A Liahona, maio de 2009, p. 62).
De que modo o Presidente Uchtdorf disse que devemos agir quando nos defrontarmos com oposição ou tentação? (Você pode sugerir aos alunos que marquem a frase em Neemias 6:3 que o Presidente Uchtdorf citou.)
Peça aos alunos que reflitam sobre uma ocasião em que eles ou alguém que conheçam foram fortalecidos fazendo a vontade do Senhor quando enfrentaram oposição. Convide alguns alunos para compartilhar suas experiências com a classe. Incentive-os a ponderar a frase “faço uma grande obra, de modo que não poderei descer” da próxima vez que enfrentarem oposição ao fazer a obra do Senhor.
Peça aos alunos que leiam Neemias 6:15–16 em silêncio e identifiquem o que os judeus conseguiram realizar vivendo os princípios escritos no quadro. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.
O sacerdócio é negado aos sacerdotes sem registros genealógicos
Resuma Neemias 7, explicando que o Senhor inspirou Neemias a traçar a genealogia dos israelitas que voltaram a Jerusalém. Alguns homens alegavam que eram da tribo de Levi, mas não tinham registros genealógicos para provar sua linhagem e, a estes, o sacerdócio foi negado.
Explique aos alunos que os judeus que estavam morando em Jerusalém na época de Neemias tinham ficado fracos espiritualmente, por vários anos, devido ao fato de não haverem sido nutridos pelas escrituras ou ordenanças sagradas.
O que vocês fariam para ajudar a restaurar a saúde espiritual deles?
Saliente que o sacerdote Esdras vivia em Jerusalém na mesma época que Neemias. Peça aos alunos que leiam Neemias 8:1–3 em silêncio e identifiquem o que Esdras fez para ajudar o povo a recuperar a saúde espiritual.
O que Esdras fez para ajudar as pessoas a recuperar sua espiritualidade?
Peça a um aluno que leia Esdras 8:3, 6 e 12 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como o povo reagiu quando ouviu e compreendeu as escrituras.
O que as pessoas sentiram e fizeram?
Resuma o restante de Neemias 8, explicando que, depois de terem entendido as escrituras, os judeus bendisseram o nome de Deus e começaram imediatamente a obedecer à lei.
Explique-lhes que, em Neemias 9, lemos que os judeus jejuaram, confessaram seus pecados e recontaram sua história. Anote as seguintes referências das escrituras no quadro: Neemias 9:15–17; Neemias 9:18–20; Neemias 9:24–27. Peça aos alunos que escolham uma das passagens e leiam-na silenciosamente, identificando as bênçãos que os judeus reconheceram terem recebido de Deus ao orar. Diga-lhes que relatem o que encontrarem.
Peça a um aluno que leia Neemias 9:38 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que os judeus prometeram fazer devido ao que aprenderam nas escrituras sobre Deus e Suas bênçãos.
Com base nesse relato, o que pode acontecer conosco ao lermos nas escrituras sobre Deus e suas bênçãos? (Escreva o seguinte princípio no quadro: Ao lermos nas escrituras sobre Deus e Sua bondade, temos um desejo maior de fazer e guardar Seus convênios.)
Que histórias das escrituras já os ajudaram a ter mais vontade de obedecer a Deus e de ser fiel aos seus convênios?
Incentive os alunos a se comprometerem a estudar ou continuar a estudar as escrituras diariamente para ajudá-los a fortalecer seu desejo de obedecer a Deus e de fazer convênios com Ele.
Resuma Neemias 10 explicando que, após entenderem as escrituras, os israelitas fizeram convênio de não se casarem com não israelitas e de guardarem o Dia do Senhor.
São dedicados os muros do templo, e Neemias volta a Jerusalém e corrige abusos à lei de Moisés
Resuma Neemias 11–12 explicando que, após as pessoas determinarem quem moraria em Jerusalém e quem iria para outras cidades, os muros de Jerusalém foram dedicados.
Resuma Neemias 13 explicando que, enquanto Neemias esteve fora de Jerusalém por vários anos, muitos judeus se esforçaram para viver de acordo com os convênios. Neemias voltou para Jerusalém e ajudou-os a cumprir seus convênios, retirando as más influências e reinstituindo a observância do Dia do Senhor.
“Além de proteção, as muralhas eram igualmente um importante símbolo material da existência dos judeus como povo. A cidade santa tornou-se uma força unificadora ao sortearem famílias que nela viriam a residir (ver Neemias 1:1–2). Sambalate e os demais inimigos de Judá compreendiam perfeitamente a importância dos muros e da liderança aglutinadora de Neemias. É por isso que se opunham com tamanha persistência” (Velho Testamento, Manual do Aluno: I Reis a Malaquias, manual do Sistema Educacional da Igreja, 1984, p. 336).
Sambalate era governador da Samaria. Reinava um profundo ressentimento entre os samaritanos e os judeus que haviam retornado a Jerusalém. A animosidade começou quando os judeus não permitiram que os samaritanos ajudassem a reconstruir o templo porque tinham se casado fora do convênio e incorporado crenças pagãs em sua adoração a Jeová (ver Esdras 4:1–10). “O retorno de Neemias com plenos poderes do rei da Pérsia para refazer as fortificações de Jerusalém representou um grave revés para os samaritanos” (ver Velho Testamento, Manual do Aluno: I Reis a Malaquias, manual do Sistema Educacional da Igreja, 1984, p. 335).
Neemias 8:1–12. O estabelecimento da sinagoga e a instituição da festa
“A leitura do livro da lei por Esdras para o povo é de particular importância, pois, aparentemente, era a primeira vez que se estabelecia em Jerusalém, após o retorno da Babilônia, um lugar para se ler e explicar as escrituras. Um estudioso da Bíblia comenta o versículo 8 como se segue: ‘Os israelitas, trazidos há pouco tempo do cativeiro na Babilônia, que se estendera por 70 anos, de acordo com a predição de Jeremias, (25:11), não só estavam extremamente corrompidos como aparentemente tinham, de um modo geral, esquecido o hebraico antigo, a ponto de não entenderem o livro da lei quando foi lido; por isso, certos levitas ficavam explicando-lhes o sentido, isto é, traduziam para o dialeto caldeu. (…) Parece que o povo desconhecia não só sua antiga língua como igualmente os ritos e as cerimônias de sua religião, devido à longa permanência na Babilônia, onde não lhes fora permitido observá-los. Assim sendo, não apenas o idioma tinha de ser interpretado, mas explicado também o significado dos ritos e das cerimônias; pois, pelos versículos 13 a 18 deste capítulo, vemos que se haviam esquecido até mesmo da festa dos tabernáculos e de tudo referente a esta cerimônia’ (Adam Clarke, The Holy Bible (…) with a Commentary and Critical Notes, [A Bíblia Sagrada (…) com Notas e Comentários], vol. II, pp. 781-782)” (Velho Testamento, Manual do Aluno: I Reis a Malaquias, manual do Sistema Educacional da Igreja, 1984, pp. 336–337).