O Senhor ordenou a Noé que construísse uma arca na qual sua família e “tudo o que vive, de toda a carne” (Gênesis 6:19) fossem salvos do Dilúvio. As águas do Dilúvio destruíram os iníquos e todas as criaturas que viviam na terra, exceto as que estavam na arca. Quando as águas do Dilúvio baixaram, Noé e sua família saíram da arca. O Senhor deu-lhes mandamentos e estabeleceu com eles o convênio que havia feito com Enoque.
Noé obedece ao mandamento do Senhor de construir uma arca
Mostre as gravuras A Construção da Arca e Noé e a Arca com os Animais (Livro de Gravuras do Evangelho, 2009, nº 7, 8; ver também o site LDS.org). Peça aos alunos que descrevam as diferenças que eles notaram entre as duas gravuras.
Que tipos de expressão vocês veem no rosto das pessoas a quem Noé tentou advertir?
O que essas gravuras sugerem a respeito de como as pessoas reagiram às instruções do Senhor?
Peça aos alunos que reflitam sobre o que podem aprender com o exemplo de Noé e sua família durante a lição de hoje.
Peça a um aluno que leia Gênesis 6:13–16 em voz alta. (Você pode explicar que Gênesis 6:13 assinala o fim da parte da Tradução de Joseph Smith que conhecemos como o livro de Moisés.) Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique as instruções específicas que o Senhor deu a Noé para que se preparasse para a destruição. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem. Você pode ter que explicar que o termo “betumar” significa cobrir a arca com uma substância semelhante ao piche para vedá-la e torná-la impermeável.
Para ajudar os alunos a entender o tamanho da arca, explique-lhes que um cúbito era uma unidade de medida usada pelos hebreus nos tempos bíblicos. A medida se baseia na distância entre o cotovelo e a ponta do dedo mais longo de um adulto. Você pode medir essa distância em alguns de seus alunos. Saliente que geralmente se estima que um cúbito meça entre 46 e 56 centímetros. Peça a um aluno que calcule o tamanho aproximado da arca em medidas modernas. Por exemplo: usando 46 centímetros como um cúbito, a arca tinha cerca de 140 metros de comprimento, cerca de 25 metros de largura e cerca de 15 metros de altura.
Que desafios Noé deve ter enfrentado ao construir a arca?
Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de Gênesis 6:17–22. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que mais o Senhor ordenou que Noé fizesse.
Que outros desafios Noé pode ter enfrentado ao obedecer a essas instruções do Senhor?
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Presidente Spencer W. Kimball. Peça à classe que ouça atentamente e reflita sobre as maneiras pelas quais Noé demonstrou fé no Senhor ao preparar a arca.
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Presidente Spencer W. Kimball
“Naquela época ainda não havia evidências de chuva nem de Dilúvio. O povo de Noé zombou dele e chamou-o de louco. Ninguém lhe deu ouvidos. Suas advertências foram consideradas irracionais. Nada do gênero jamais ocorrera antes; nunca se tivera notícia de que um Dilúvio pudesse cobrir a Terra. Que tolice construir uma arca em terra seca, com o sol brilhando e a vida prosseguindo como de costume!” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Spencer W. Kimball, 2006, p. 157.)
Quais são algumas maneiras pelas quais Noé demonstrou sua fé no Senhor? (Depois que os alunos responderem, escreva a seguinte declaração incompleta no quadro: Se agirmos com fé obedecendo aos mandamentos do Senhor …)
Como Noé seria abençoado por agir com fé para construir a arca quando parecia não haver nenhum perigo?
Quais são algumas coisas que o Senhor nos pediu que fizéssemos que podem parecer tolas para os outros? (Anote as respostas dos alunos no quadro.)
Por que precisamos ter fé para obedecer ao Senhor?
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Presidente Thomas S. Monson, que falou da fé exercida por Noé ao guardar o mandamento de Deus:
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Presidente Thomas S. Monson
“Noé teve a fé inquebrantável para seguir os mandamentos de Deus. Que possamos agir sempre da mesma forma. Lembremos que a sabedoria de Deus, às vezes, parece tolice aos homens, mas a maior lição que podemos aprender na mortalidade é que, quando Deus fala e nós obedecemos, estaremos sempre certos” (“Eles Traçaram o Caminho para Nós”, A Liahona, outubro de 2007, p. 2).
Lembre aos alunos que o Senhor enviou Noé para pregar arrependimento ao povo, que era iníquo. Noé os advertiu de que, se não se arrependessem, seriam destruídos por um Dilúvio.
Para ajudar os alunos a descobrir o que aconteceu a Noé e às pessoas para quem ele pregou, peça que respondam ao seguinte questionário com verdadeiro ou falso. (Antes da aula, prepare uma cópia do questionário para cada aluno.) Diga aos alunos que respondam o questionário sem consultar as escrituras. Depois, peça que leiam Gênesis 7 sozinhos ou com um colega para verificar as respostas. Quando os alunos terminarem, repasse as respostas com a classe.
Noé levou sete de alguns animais para a arca.
Noé tinha 60 anos quando veio o Dilúvio.
A chuva foi a única fonte da água que inundou a Terra.
A chuva não parou por 40 dias.
Oito pessoas foram salvas na arca.
Além da família de Noé e dos animais que estavam na arca, outra família também sobreviveu ao Dilúvio, permanecendo no alto de uma montanha.
Respostas: 1 é verdadeira (ver Gênesis 7:2–3. Você pode ter que explicar que animais limpos e não limpos se referem aos animais considerados aceitáveis ou inaceitáveis para comer e para ser sacrificados a Deus naquela época); 2 é falsa (ver Gênesis 7:6, 11); 3 é falsa (ver Gênesis 7:11); 4 é verdadeira (ver Gênesis 7:4, 17); 5 é verdadeira (ver Gênesis 7:7, 13; I Pedro 3:20); 6 é falsa (ver Gênesis 7:19–23).
Depois de repassar as respostas do questionário com a classe, peça aos alunos que relatem o que acharam interessante em Gênesis 7.
Se você estivesse no lugar de uma das pessoas que não estavam na arca, o que poderia ter pensado e sentido quando as águas do Dilúvio subiram?
Se você estivesse no lugar de uma das pessoas que estavam na arca, o que poderia ter pensado e sentido quando as águas subiram?
Com base no que aprenderam em Gênesis 7, como completariam a declaração que está no quadro? (Você pode pedir aos alunos que escrevam suas respostas no quadro. Os alunos podem identificar vários princípios, mas você pode salientar o seguinte: Se agirmos com fé obedecendo aos mandamentos do Senhor, poderemos receber Suas bênçãos e Sua proteção.)
Para ajudar os alunos a perceber a verdade e a importância desse princípio, comente algumas coisas que os alunos mencionaram ter o Senhor nos pedido para fazer, que possam parecer tolice para outras pessoas. Para cada resposta, pergunte:
Quando foi que vocês foram abençoados ou protegidos por obedecer ao Senhor dessa forma?
Para ajudar os alunos a aplicar o princípio identificado anteriormente, peça-lhes que respondam à seguinte pergunta no caderno ou no diário de estudo das escrituras:
Qual é uma maneira pela qual você vai agir com fé obedecendo ao Senhor hoje?
Você pode incentivar os alunos a colocar em prática o que escreveram e prestar testemunho das bênçãos ou da proteção que receberam por obedecer aos mandamentos do Senhor.
Noé e sua família saem da arca, e o Senhor estabelece Seu convênio com Noé
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arco-íris
Desenhe um arco-íris no quadro.
No que pensam quando veem um arco-íris no céu?
Explique-lhes que, depois do Dilúvio, apareceu um arco-íris. Esse arco-íris tinha um significado especial para Noé e sua posteridade. Peça aos alunos que, ao estudarem Gênesis 8–9, procurem por que o arco-íris foi importante para Noé.
Resuma Gênesis 8:1–9:7 e explique que as águas da Terra baixaram gradativamente e que a arca repousou sobre as montanhas de Ararate. (Muitos acreditam que esse local fica na atual Turquia.) Noé enviou pássaros para determinar até onde havia baixado o nível da água. Quando uma pomba voltou com uma folha de oliveira, Noé soube que as águas haviam baixado. Depois que Noé e sua família tinham estado na arca por cerca de um ano, Deus os instruiu a sair da arca. Noé ofereceu sacrifícios de animais ao Senhor, deu graças e pediu ao Senhor que não voltasse a amaldiçoar a terra por causa do homem [ver Tradução de Joseph Smith, Gênesis 9:4–6 (na Bíblia SUD em inglês)]. O Senhor ordenou a Noé e sua família que se multiplicassem e enchessem a Terra, instruindo-os sobre como tratar as coisas vivas, e ordenou-lhes que não derramassem o sangue do homem (assassinato). A tradução do Profeta Joseph Smith esclareceu esses versículos, mostrando que Deus nos considera responsáveis pelo modo como tratamos a vida dos animais e que Deus ordenou explicitamente à família de Noé que preservasse a vida de outros seres humanos — “pois o homem não derramará o sangue do homem” [ver Tradução de Joseph Smith, Gênesis 9:10–15 (no Guia para Estudo das Escrituras)].
Peça a um aluno que leia Gênesis 9:8–11 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique um convênio que Deus fez com Noé e seus filhos. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.
Peça a alguns alunos que se revezem na leitura de Gênesis 9:12–17 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que um arco-íris tem a ver com o convênio que Deus fez com Noé. (Explique-lhes que um sinal é um lembrete ou símbolo.)
O que um arco-íris tem a ver com o convênio que Deus fez com Noé? [O arco-íris é um sinal do convênio eterno — um lembrete das promessas de Deus, incluindo a de nunca inundar a Terra novamente. Esse sinal foi dado primeiramente para Enoque (ver Moisés 7:50–51) e depois o convênio e o sinal foram renovados com Noé.]
Escreva a seguinte verdade no quadro: Deus usa sinais como lembretes de convênios. Explique-lhes que o arco-íris se tornou um símbolo e lembrete da misericórdia de Deus para com Seus filhos na Terra.
Que outros sinais Deus nos deu que podem lembrar-nos de nossos convênios com Ele e de Sua misericórdia? (Os exemplos incluem as ordenanças do batismo e do sacramento.)
Explique-lhes que Gênesis 9:18–29 contém o relato de algo que aconteceu com Noé e seus filhos. Esse relato pode ser de difícil entendimento. Aparentemente, Cão havia desrespeitado algo sagrado. Embora saibamos que as ações de Cão foram deliberadas e que as consequências foram severas, provavelmente não dispomos de todos os detalhes relevantes dessa história. Portanto, não sabemos exatamente o que aconteceu nem o significado do que transcorreu.
Encerre a aula convidando os alunos a compartilharem quaisquer outras coisas que aprenderam com a vida de Noé. Você pode compartilhar suas próprias reflexões.
Em Gênesis 6:16, a palavra janela é a tradução da palavra hebraica tsohar. Alguns rabinos acreditam que essa palavra se referia a “uma pedra preciosa que brilhava na arca” (ver Gênesis 6:16, nota de rodapé a na Bíblia SUD em inglês). Compare isso com o que aconteceu com os jareditas, que viajaram mais tarde através do oceano em barcos iluminados por pedras que brilhavam no escuro (ver Éter 2:23–24; 3:4; 6:2–3).
O Dilúvio, como o batismo, representou um novo início para a Terra. O Élder John A. Widtsoe, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou:
“Os santos dos últimos dias consideram a Terra um organismo vivo, que está cumprindo gloriosamente ‘a medida de sua criação’. Eles consideram o Dilúvio como o batismo da Terra, simbolizando uma purificação das impurezas do passado e o início de uma nova vida” (Evidences and Reconciliations [Evidências e Reconciliações], comp. G. Homer Durham, 3 vols. em 1, 1960, p. 127).
Gênesis 9:9. “E eu, eis que estabeleço a minha aliança convosco”
Havia mais no convênio que Deus fez com Noé além da promessa de não inundar mais a Terra. A Tradução de Joseph Smith nos ajuda a entender que Deus estava renovando o mesmo convênio que fizera com Enoque [ver Tradução de Joseph Smith, Gênesis 9:21–25 (no Guia para Estudo das Escrituras)]. Esse convênio era o de que, quando a posteridade de Noé obedecesse a todos os mandamentos de Deus, os céus e a Terra se regozijariam e a cidade de Enoque, Sião, voltaria à Terra.
Nosso entendimento do que aconteceu em Gênesis 9:18–27 é limitado. Embora saibamos que as ações de Cão foram deliberadas e que as consequências foram severas, alguns incorretamente usaram a maldição lançada por Noé em seu neto Canaã, registrada em Gênesis 9:25–27, para justificar a escravidão — principalmente das pessoas descendentes de africanos. Contudo, desde o início da Restauração, o Senhor ensinou: “Não é certo que homem algum seja escravo de outro” (D&C 101:79). Todas as teorias que sugeriram no passado que a pele negra é uma maldição e um indício de indignidade na vida pré-mortal, que os relacionamentos inter-raciais são um pecado ou que as pessoas de qualquer raça ou origem étnica são inferiores a quaisquer outras não são doutrina verdadeira. Os líderes da Igreja hoje condenam inequivocamente todo racismo, passado ou presente, em todas as suas formas.