Por se recusarem a adorar uma imagem de ouro feita à imagem do rei Nabucodonosor, Sadraque, Mesaque e Abednego foram lançados numa fornalha ardente. O Senhor os livrou miraculosamente. Daniel interpretou o sonho de Nabucodonosor de uma grande árvore e muitos anos depois, para o rei Belsazar, interpretou a escrita divina na parede em relação à conquista do reino babilônico pelos Medos e os Persas.
O Senhor livra Sadraque, Mesaque e Abednego miraculosamente da Fornalha Ardente
A fim de preparar os alunos para ver a relevância das verdades que eles vão aprender hoje, divida-os em grupos de dois ou três e dê a cada grupo uma cópia da seguinte tabela (ou copie-a no quadro). Peça aos alunos que escrevam as consequências positivas e negativas que podem resultar de cada escolha.
Não se unir aos colegas quando for convidado a colar em uma tarefa escolar
Não aderir às tendências da moda que são contrárias aos padrões do Senhor
Sair de um cinema que está passando um filme com conteúdo inadequado
Depois que os alunos tiverem tido tempo suficiente para preencher sua tabela, peça a alguns alunos que relatem o que os grupos escreveram.
Como pensar sobre as possíveis consequências influencia suas escolhas?
Peça à classe que identifique as verdades ao estudar Daniel 3 que possam ajudá-los a obedecer ao Senhor, a despeito dos resultados.
Resuma Daniel 3:1–5 explicando aos alunos que o rei Nabucodonosor tinha uma grande imagem ou estátua de ouro que media aproximadamente 27 metros de altura e 2 metros de largura. O rei então reuniu os líderes de seu reino para a inauguração da estátua. Na dedicação, uma ordem foi dada de que quando a música tocasse, todos deveriam curvar-se e adorar a imagem de ouro.
Peça a um aluno que leia Daniel 3:6–7 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique a consequência de não adorar a imagem conforme ordenado.
Qual era a consequência de não adorar a imagem de ouro?
Peça a cinco alunos que venham para a frente da classe. Designe um deles para ser um babilônico proeminente, um para ser Nabucodonosor e os outros três, Sadraque, Mesaque e Abednego.
Resuma Daniel 3:8–11, explicando-lhes que um grupo de babilônicos proeminentes foi até Nabucodonosor relatar algo que haviam observado. Peça ao aluno que está representando o babilônico proeminente que leia Daniel 3:12 com um tom acusador dirigindo-se ao aluno que está representando Nabucodonosor.
O que Sadraque, Mesaque e Abednego recusaram-se a fazer quando ouviram a música?
O que vocês acham que os judeus menos fiéis podem ter dito a Sadraque, Mesaque e Abednego por recusarem-se a curvar-se e adorar a imagem?
Leia Daniel 3:13 e o começo de Daniel 3:14 em voz alta e peça ao aluno que está representando Nabucodonosor que leia o restante de Daniel 3:14–15 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Nabucodonosor disse a Sadraque, Mesaque e Abednego.
Que escolha Nabucodonosor deu a esses três judeus?
O que ele perguntou a respeito do Deus deles?
Peça aos alunos que estão representando Sadraque, Mesaque e Abednego que cada um leia um versículo de Daniel 3:16–18. (Você pode ler o começo de Daniel 3:16–18.) Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique as frases importantes na resposta dos homens ao rei.
Você pode explicar que a resposta “não necessitamos de te responder sobre este negócio” (Daniel 3:16) também poderia ser interpretada como “não precisamos falar sobre isso” porque eles estavam totalmente decididos a não adorar a imagem. Depois que os alunos tiverem terminado de ler, peça-lhes que voltem para seus lugares.
Em que Sadraque, Mesaque e Abednego tinham confiança? (Deus poderia livrá-los da morte.)
O que eles não sabiam? (Eles não sabiam se Deus os livraria. Você pode sugerir que os alunos marquem a frase “E, se não” no versículo 18.)
Como vocês resumiriam a resposta deles ao rei nos versículos 17–18?
O que chama sua atenção na fé que eles tinham no Senhor?
Peça aos alunos que escrevam no caderno ou diário de estudo das escrituras um princípio que aprenderam com o exemplo de Sadraque, Mesaque e Abednego. Depois de um tempo suficiente, chame alguns alunos para relatar o que escreveram. Os alunos podem usar palavras diferentes, mas certifique-se de que eles identifiquem a seguinte verdade: Demonstramos nossa fé no Senhor escolhendo obedecê-lo, a despeito das consequências.
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte declaração do Élder Dennis E. Simmons, dos Setenta: Peça à classe que observe como a fé demonstrada por Sadraque, Mesaque e Abednego se relaciona a nossa vida:
Imagem
Élder Dennis E. Simmons
“Nossas escrituras e nossa história estão repletas de relatos de grandes homens e mulheres de Deus que acreditaram que Ele os livraria — e, se não, mostraram que eram dignos de confiança e leais.
Ele tem o poder de fazê-lo — mas esse é o nosso teste.
O que o Senhor espera de nós em relação a nossos problemas? Espera que façamos tudo que pudermos (…)
Precisamos ter a mesma fé que tinham Sadraque, Mesaque e Abednego.
Nosso Deus irá livrar-nos da ridicularização e da perseguição — e, se não (…) da doença e da enfermidade — e, se não (…) da solidão, depressão ou medo — e, se não (…) das ameaças, acusações e insegurança — e, se não (…) nossos entes queridos da morte ou debilitação — e, se não, (…) confiaremos no Senhor.
(…) Teremos fé no Senhor Jesus Cristo, sabendo que se fizermos tudo o que pudermos, em Seu próprio tempo e à Sua maneira, seremos libertados e receberemos tudo que Ele possui” (“E, Se Não (…)”, A Liahona, maio de 2004, p. 75).
Como podemos desenvolver esse mesmo tipo de fé no Senhor?
Relembre os alunos das escolhas apresentadas no início da aula. Peça-lhes que ponderem se eles demonstrariam sua fé ao fazer escolhas justas a despeito dos resultados negativos ou das “fornalhas ardentes” que poderiam enfrentar.
Peça a um aluno que leia Daniel 3:19–20 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como o rei Nabucodonosor reagiu à resposta de Sadraque, Mesaque e Abednego.
Se vocês fossem um desses homens, o que vocês poderiam estar pensando e sentindo ao ver a fornalha ser aquecida?
Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de Daniel 3:21–27. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que aconteceu quando Sadraque, Mesaque e Abednego foram lançados na fornalha.
O que Nabucodonosor viu quando ele olhou para a fornalha?
Que princípios podemos aprender sobre o que o Senhor vai fazer por nós se escolhermos obedecer-Lhe a despeito dos resultados? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas certifique-se de que eles entendam que se escolhermos obedecer ao Senhor, Ele estará conosco. Escreva esse princípio no quadro.)
De que maneiras o Senhor mostra que Ele está com aqueles que O obedecem?
Para ajudar os alunos a sentir a veracidade e a importância dos princípios que eles identificaram, discuta as perguntas a seguir:
Quando vocês ou alguém que vocês conhecem demonstraram fé no Senhor ao escolher obedecer a Ele a despeito dos resultados? Como o Senhor mostrou que Ele estava com vocês ou com a pessoa que vocês conhecem?
Peça aos alunos que escrevam no caderno ou no diário de estudo das escrituras como eles se sentem inspirados a aplicar as verdades que eles identificaram ao estudar essa experiência de Sadraque, Mesaque e Abednego. Você pode convidá-los a escrever como vão mostrar a fé que eles têm no Senhor na próxima vez que se depararem com a escolha de obedecer ou desobedecer a um de Seus mandamentos.
Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de Daniel 3:28–30. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique os resultados positivos da aflição de Sadraque, Mesaque e Abednego.
Quais foram os resultados positivos da aflição desses três homens?
Daniel interpreta o sonho do rei Nabucodonosor da grande árvore
Resuma Daniel 4 explicando aos alunos que Daniel interpretou outro sonho do rei Nabucodonosor. O sonho era uma profecia da remoção do rei de seu trono e de sua loucura. Um ano depois, enquanto se vangloriava de suas realizações no reino, os acontecimentos do sonho se cumpriram. Com o sofrimento que Nabucodonosor enfrentou, ele aprendeu várias lições sobre o Senhor.
Peça a alguns alunos que se revezem na leitura em voz alta de Daniel 4:34–37. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique algumas das lições que Nabucodonosor aprendeu.
O que Nabucodonosor aprendeu a respeito de Deus? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas certifique-se de que identifiquem a seguinte verdade: Deus tem poder para fazer o orgulhoso tornar-se humilde.)
Por que vocês acham que Deus Se importa se somos humildes?
Daniel interpreta os escritos na parede e a Babilônia é conquistada pelos Medos e os Persas
Explique aos alunos que a lição que Nabucodonosor aprendeu sobre orgulho e humildade seria importante para um futuro rei da Babilônia.
Resuma Daniel 5:1–21 explicando-lhe que mais de 20 anos após a morte de Nabucodonosor, Belsazar, o rei da Babilônia na época, deu um banquete para os líderes do reino. No banquete, Belsazar usou os jarros que haviam sido tirados do templo em Jerusalém. O rei e o povo zombavam do Senhor ao beber vinho nesses jarros enquanto louvavam seus falsos deuses. Durante o banquete, uma mão apareceu e escreveu em uma parede do palácio do rei. Belsazar ficou muito preocupado e quando ninguém mais foi capaz de interpretar o que estava escrito, ele chamou Daniel. Antes de interpretar o escrito, Daniel falou a Belsazar sobre o que seu predecessor Nabucodonosor havia experimentado quando seu espírito “se endureceu em soberba” (Daniel 5:20).
Peça a um aluno que leia Daniel 5:22–23 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Daniel ensinou a Belsazar sobre suas ações.
Mesmo sabendo o que acontecera com Nabucodonosor, do que Belsazar se esqueceu?
Resuma o restante de Daniel 5 explicando aos alunos que Daniel interpretou o escrito na parede, que era uma declaração de que Deus havia julgado Belsazar e que a Babilônia seria entregue aos Medos e os Persas. Mesmo que Daniel não tenha aceito pagamento por dar a interpretação (ver Daniel 5:17), Belsazar promoveu Daniel a ser o terceiro no governo do reino. Naquela noite, Belsazar foi morto e o império babilônico foi conquistado.
Peça aos alunos que pensem sobre o que podem aprender com as decisões orgulhosas de outras pessoas para evitarem cometer erros semelhantes.
Comentários e Informações Históricas
Daniel 3:17–18. A verdadeira fé é no Senhor e não depende dos resultados
O Élder Dennis E. Simmons, dos Setenta, ensinou sobre a verdadeira fé ao usar o exemplo de Sadraque, Mesaque e Abednego:
“A verdadeira fé é a fé no Senhor Jesus Cristo. É a confiança em Jesus Cristo que nos leva a segui-Lo”. Depois de citar Daniel 3:17–18 e enfatizar a declaração “E, se não”, o Élder Simmons acrescentou:
“Essa foi uma declaração de fé verdadeira.
[Sadraque, Mesaque e Abednego] sabiam que podiam confiar em Deus, mesmo que as coisas não saíssem da maneira que esperavam. (…)
A fé em Jesus Cristo significa confiarmos plenamente Nele.
Sadraque, Mesaque e Abednego sabiam que podiam confiar sempre Nele porque conheciam Seu plano e sabiam que Ele não muda” (“E, Se Não (…)” A Liahona, maio de 2004, p. 73).
O Élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou o seguinte sobre a fé:
“Como filhos de Deus, sabendo de Seu grande amor e de Seu conhecimento supremo do que é melhor para nosso bem-estar eterno, confiamos Nele. O primeiro princípio do evangelho é fé no Senhor Jesus Cristo, e fé significa confiança. Senti essa confiança em um discurso feito por meu primo no funeral de uma adolescente que morreu de uma doença grave. Ele proferiu estas palavras, que a princípio me surpreenderam, e, depois me edificaram: ‘Sei que foi da vontade do Senhor que ela morresse. Ela recebeu bons cuidados médicos. Recebeu bênçãos do sacerdócio. Seu nome foi colocado na lista de orações do templo. Ela foi o enfoque de centenas de orações para que sua saúde fosse restabelecida. E sei que havia suficiente fé em sua família para que ela fosse curada, a menos que fosse da vontade do Senhor levá-la de volta para casa nesta ocasião’. Senti essa mesma confiança nas palavras do pai de outra adolescente cuja vida foi levada por um câncer. Ele declarou: ‘Nossa família tem fé em Jesus Cristo, e essa fé não depende dos resultados’”. (“Curar os Enfermos”, A Liahona, maio de 2010, p. 50).
O Élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, contou-nos uma experiência na qual visitou um jovem casal recém-casado no hospital. O marido estava sofrendo de câncer e no final da conversa, ele pediu uma bênção ao Élder Bednar. O Élder Bednar concordou em dar a bênção, mas primeiro fez as seguintes perguntas que não havia planejado perguntar e sobre as quais não havia refletido antes:
“Você tem fé para não ser curado? Se for da vontade do Pai Celestial que você seja transferido pela morte em sua juventude para o mundo espiritual a fim de continuar seu ministério, tem fé para submeter-se à vontade Dele e não ser curado?”
O Élder Bednar acrescentou:
“Reconhecemos um princípio que se aplica a todo discípulo devotado: a forte fé no Salvador aceita com submissão à vontade e ao tempo Dele em nossa vida — mesmo se o resultado não for o que esperávamos ou queríamos” (“Para Que ‘Não (…) [Recuemos]’ (D&C 19:18)” [Devocional do Sistema Educacional da Igreja para jovens adultos, 3 de março de 2013]; LDS.org).
Daniel 3:25. Se escolhermos obedecer ao Senhor, Ele estará conosco
O Presidente Thomas S. Monson afirmou que o Senhor vai estar conosco se escolhermos obedecer-Lhe:
“Em nossa vida cotidiana, é quase inevitável que nossa fé seja questionada. Podemos, às vezes, estar cercados de pessoas e, ainda assim, ser a minoria ou até ficar sozinhos em relação ao que é aceitável e o que não é. Será que temos coragem moral para defender firmemente nossas crenças, mesmo que para isso tenhamos de ficar sozinhos? (…)
Que sempre sejamos corajosos e estejamos preparados para defender nossa crença. E, se for preciso ficar sozinho nesse processo, que o façamos com coragem, fortalecidos pelo conhecimento de que, na realidade, nunca estamos sozinhos quando nos colocamos ao lado de nosso Pai Celestial” (“Ouse Ficar Sozinho”, A Liahona, novembro de 2011, p. 67).
O Élder Neal A. Maxwell, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou o seguinte sobre nossa libertação de nossos problemas:
“Ter esperança absoluta não significa que seremos sempre salvos dos problemas imediatos, mas que seremos salvos da morte eterna! Enquanto isso, a esperança absoluta possibilita-nos proferir as mesmas três palavras usadas séculos atrás por três homens valorosos. Eles sabiam que Deus poderia libertá-los do forno ardente, se o desejasse. ‘E, se não’, disseram eles, apesar de tudo iriam servi-Lo!” (“Esplendor de Esperança”, A Liahona, janeiro de 1995, p. 35).