Por meio do Profeta Moisés, o Senhor ordenou aos filhos de Israel que edificassem um tabernáculo que seria um santuário onde o Senhor poderia habitar entre Seu povo. Ele deu instruções detalhadas para a construção de cada item de mobília do tabernáculo (ver Guia para Estudo das Escrituras, “Tabernáculo”).
O Senhor instrui os filhos de Israel sobre como edificar um santuário
Antes da aula, localize o relatório estatístico apresentado na sessão da tarde de sábado da conferência geral de abril mais recente. Você poderá encontrá-lo na edição de maio mais recente da revista A Liahona.
Exponha gravuras de templos à frente da classe e faça aos alunos algumas perguntas sobre os templos, com base no relatório estatístico. Por exemplo, pergunte-lhes quantos templos estavam em funcionamento no final do ano anterior, se algum templo foi recentemente anunciado, quais templos estão em construção, e assim por diante.
Escreva a seguinte pergunta no quadro:
De que maneira somos abençoados pela construção de templos?
Peça aos alunos que procurem respostas para essa pergunta ao estudarem Êxodo 25–27, 30. Você pode se referir ao material “Manifestações de Jeová a Moisés e a Israel no Monte Sinai” (ver lição 48) e explicar-lhes que, depois de Moisés e outros 73 homens subirem à montanha, Moisés pediu-lhes que ficassem num determinado ponto, enquanto ele subia mais alto para falar com o Senhor.
Peça a um aluno que leia Êxodo 25:1–8 em voz alta. Convide a classe para acompanhar a leitura e identificar o que o Senhor ordenou aos filhos de Israel que fizessem. Peça-lhes que relatem o que encontraram.
Explique-lhes que santuário é um lugar santo ou um lugar de segurança. O Senhor instrui os filhos de Israel sobre como edificar um tabernáculo (ou santuário). Atualmente, o templo é considerado um santuário.
De acordo com o versículo 8, por que o Senhor ordenou aos israelitas que construíssem um tabernáculo? O que podemos aprender sobre os templos modernos nesses versículos? (Os alunos devem identificar a seguinte verdade: O Senhor nos manda construir templos para poder habitar entre nós.)
Explique-lhes que, embora o tabernáculo que o Senhor ordenou que Moisés construísse fosse semelhante aos templos modernos (pelas ordenanças do sacerdócio que são realizadas em ambos), o tabernáculo funcionava sob a lei mosaica e, assim, diferia substancialmente dos templos modernos. Contudo, tanto o tabernáculo antigo quanto os templos modernos são a casa do Senhor, onde o povo do Senhor pode se sentir perto do Pai Celestial e de Jesus Cristo.
Para ajudar os alunos a entender esse princípio acerca dos templos, peça a um aluno que leia em voz alta a declaração abaixo, do Élder David E. Sorensen, dos Setenta. Peça à classe que identifique o que significa para o Senhor habitar entre nós porque construímos templos.
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Élder David E. Sorensen
“Os templos sempre simbolizaram o fato de estarmos na presença do Senhor. (…) Há uma proximidade com Deus que advém da frequência regular à casa do Senhor. Podemos vir a conhecê-Lo e nos sentir à vontade, ‘em casa’, no templo, a Sua casa.
(…) A simples existência de um templo deve servir-nos de lembrança dos convênios que fizemos, da necessidade de sermos íntegros e do fato de que Deus nunca está distante” (“Templos Pequenos, Grandes Bênçãos”, A Liahona, janeiro de 1999, p. 74).
Vocês já se sentiram próximos a Deus por causa do templo? De que maneira vocês ou conhecidos seus já foram abençoados por frequentar o templo e participar de ordenanças sagradas?
Peça a um aluno que leia Êxodo 25:9 em voz alta. Explique aos alunos que o tabernáculo que Moisés foi instruído a construir era um templo portátil. Leia em voz alta a seguinte declaração do Élder L. Tom Perry, do Quórum dos Doze Apóstolos:
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Élder L. Tom Perry
“O Senhor disse a Moisés que construísse um tabernáculo para que eles tivessem um local central para adoração, que fosse o centro de suas atividades. O tabernáculo foi o precursor do templo, era portátil e, assim, podiam carregá-lo com facilidade” (“Cremos em Tudo o Que Deus Revelou”,A Liahona, novembro de 2003, p. 85).
O Senhor revela detalhes para a construção da arca do convênio
Explique aos alunos que a primeira peça de mobília do tabernáculo, que Moisés foi instruído a construir, chamava-se arca. Ressalte a palavra arca em Êxodo 25:10.
Peça aos alunos que leiam Êxodo 25:17. Explique-lhes que a palavra em hebraico que foi traduzida como “propiciatório” também pode ser traduzida como “cobertura da expiação”.
Convide os alunos para ler Êxodo 25:10–21 em silêncio e desenhar numa folha de papel como acham que a arca era. Você pode convidá-los para trabalhar em duplas, em que um dos alunos lê os versículos em voz alta e o outro faz o desenho. Antes da leitura, explique-lhes que a palavra testemunho neste caso se refere ao convênio e à lei que Moisés receberia do Senhor; que o termo propiciatório se refere à cobertura da arca; e que as palavras querubins e querubim referem-se às figuras que representam criaturas ou seres celestiais, neste caso, com asas. (A palavra querubins é a forma plural, significando mais de uma criatura celestial. Ver o Guia para Estudo das Escrituras, “Querubins”;)
Dê-lhes tempo suficiente e, depois, peça aos alunos que mostrem seus desenhos. Peça a um aluno que leia Êxodo 25:22 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique por que a arca era importante para Israel.
Por que a arca era importante para Moisés e os filhos de Israel?
Com base no que lemos no versículo 22, de que maneira o Senhor nos abençoa quando O adoramos no templo? (Depois de os alunos responderem, escreva a seguinte verdade no quadro: Quando O adoramos no templo, o Senhor nos abençoa comunicando-nos ali Seus convênios e mandamentos.)
Explique-lhes que somente nos templos podemos receber algumas das ordenanças necessárias para nossa exaltação e aprender verdades sagradas sobre o Plano de Salvação.
O Senhor revela o padrão da construção do tabernáculo e do mobiliário em seu interior
Mostre-lhes a gravura A Pia Batismal do Templo (Livro de Gravuras do Evangelho, 2009, nº 121; ver também LDS.org).
O que vocês acham que representam os 12 bois em torno da pia batismal? Qual vocês acham que é o propósito dos símbolos usados no templo?
Convide os alunos para ponderar sobre os possíveis significados do simbolismo do tabernáculo enquanto estudam Êxodo 25–27, 30. Desenhe no quadro somente a linha externa do tabernáculo (em azul), como mostra o diagrama desta lição.
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diagrama do tabernáculo
Explique aos alunos que, em Êxodo 26, lemos que o Senhor ordenou a Israel que construísse a tenda do tabernáculo com tábuas e cortinas. Ele também lhes ordenou que fizessem uma cortina chamada véu para dividir o tabernáculo em duas salas. Desenhe no quadro e escreva Véu para criar duas salas como mostra o diagrama. Depois, peça a um aluno que leia Êxodo 26:33–34 em voz alta. Convide a classe para acompanhar a leitura e identificar como eram chamadas as duas salas.
Como se chamavam as duas salas? (Escreva Santuário e O Lugar Santíssimo como mostra o diagrama. Explique-lhes que o Lugar Santíssimo é comumente chamado de O Santo dos Santos.)
Em qual sala deveria ficar a arca? (No lugar santíssimo. Escolha um dos desenhos da arca feito pelos alunos e coloque-o na área do esboço denominada O Lugar Santíssimo.)
Explique-lhes que a arca (chamada, às vezes, de arca do convênio ou arca do testemunho) era o objeto mais importante do tabernáculo. Era colocada no Santo dos Santos, que representava a presença do Senhor.
Explique-lhes que Êxodo 27:9–18 contém as instruções do Senhor de que fossem colocadas cortinas de linho entre os pilares para criar um pátio com um portão em torno do tabernáculo. Desenhe no quadro os limites do pátio externo.
Chame alguns alunos para ler e desenhar um dos seguintes itens encontrados no tabernáculo. (Você pode escrever essa lista no quadro.) Peça-lhes que observem onde cada item deveria ser colocado. Eles podem trabalhar em duplas ou grupos pequenos.
Depois de dar-lhes tempo suficiente, convide cada aluno ou grupo para falar sobre o item que estudou, mostrando seu desenho e explicando alguma coisa que encontrou sobre seu propósito e sua localização no tabernáculo. Coloque o desenho de cada item feito por um aluno no diagrama do quadro, no devido local. Você pode escrever o nome de cada item.
Ressalte que os itens sagrados do tabernáculo vão do portão até o lugar santíssimo, onde fica a arca. Explique-lhes que esses itens e as ordenanças realizadas com eles eram simbólicos e tinham o objetivo de ensinar Israel a realizar a jornada da vida e voltar para Deus. Convide os alunos para sugerir quais aspectos de nossa jornada de volta para Deus são representados pelos itens no tabernáculo. Eles podem sugerir os possíveis significados simbólicos abaixo. (Se os alunos tiverem dificuldade para sugerir os significados, você pode alistar alguns dos seguintes itens abaixo no quadro e deixar que os alunos encontrem a correspondência entre os significados e os itens no tabernáculo.)
Candelabro (com sete lâmpadas): A Luz de Cristo e o Espírito Santo
Mesa do pão da proposição: O corpo do Salvador (similar ao significado simbólico do sacramento)
Altar do sacrifício: Entregar-nos completamente a Deus, abandonar o pecado e confiar no grande e último sacrifício da Expiação de Jesus Cristo
Altar do incenso: Oração (podemos aproximar-nos de Deus pela oração)
Pia de cobre (pia de água): Purificação, como a que ocorre por meio do arrependimento e do batismo
Explique aos alunos que, embora os templos atuais pareçam diferentes do tabernáculo, eles ainda contêm ordenanças e símbolos que nos ajudam a preparar-nos para voltar à presença de Deus.
Como vocês resumiriam o que as ordenanças e os símbolos do templo nos ensinam? (Depois de os alunos responderem, escreva a seguinte verdade no quadro: As ordenanças e os símbolos do templo nos ensinam a proceder fielmente nesta vida e, por fim, entrar na presença de Deus.)
Para ajudar os alunos a entenderem mais sobre o simbolismo do tabernáculo, você pode exibir o vídeo “O Tabernáculo” (7:18), em que o narrador conduz os visitantes numa representação de como teria sido a aparência do tabernáculo. Você pode usar esse vídeo como revisão ou no lugar do debate dos alunos sobre o simbolismo do tabernáculo. Esse vídeo pode ser encontrado nos DVDs de Recursos Visuais do Velho Testamento e no site LDS.org.
Convide os alunos para compartilhar como o templo os ajudou a se aproximarem mais do Pai Celestial e do Salvador.
Para concluir, incentive-os a lembrar-se do simbolismo do tabernáculo antigo na próxima vez que forem ao templo. Você pode compartilhar seu testemunho sobre a adoração no templo.
Desde o início, o Senhor ordenou a Seu povo que construísse templos — estruturas sagradas onde Ele pudesse ensinar, guiar e abençoá-los (ver Guia para Estudo das Escrituras, “Templo, A Casa do Senhor”). O Senhor disse aos israelitas que construíssem um tabernáculo portátil que seria seu templo enquanto viajassem pelo deserto (ver Êxodo 25–27; 40:34; Guia para Estudo das Escrituras, “Tabernáculo”). Para mais informações sobre os templos modernos, visite a seção Templos do site LDS.org.
“A arca do convênio era um baú, ou caixa, feita de madeira de acácia e recoberta de ouro. Media aproximadamente um metro de comprimento por 68 cm de largura e 68 cm de altura. Dois varais de madeira, um de cada lado da arca, permitiam que os sacerdotes a levassem sem precisar tocá-la. Em seu interior eram guardadas as tábuas da lei recebidas por Moisés no Monte Sinai (ver versículo 16). Por isso, era chamada de arca do testemunho, ou arca do convênio. Mais tarde, foram também colocados ali um vaso contendo maná e a vara de Aarão, que florescera miraculosamente (ver Hebreus 9:4). A arca era colocada no aposento mais interno do tabernáculo, conhecido como o lugar santíssimo, ou Santo dos Santos. Os israelitas a tratavam com profunda reverência e, cada vez que era necessário mudá-la de lugar, proferiam orações antes de fazê-lo (ver Números 10:35–36).
A tampa, ou cobertura da arca acha-se descrita em Êxodo 25:17–22. A versão do Rei Jaime da Bíblia traduz a palavra hebraica kapporeth (que significa ‘assento da expiação’) como ‘propiciatório’. A cobertura era feita de ouro maciço e, em cima, havia a figura de dois querubins cujas asas se estendiam cobrindo a tampa ou propiciatório.
A palavra querubim geralmente se refere aos guardiões das coisas sagradas. Embora não saibamos o significado exato da palavra, a maioria dos estudiosos concorda que eles representavam ‘a humanidade redimida ou glorificada’ ou ‘santos e anjos glorificados’ (Wilson, Old Testament Word Studies, verbete ‘querubim’, p. 75). Considerando que os santos dos últimos dias não acreditam que anjos possuam asas, como são apresentados nas obras artísticas cristãs, o mandamento de formar asas nos querubins pode certamente levantar algumas controvérsias. Outra revelação indica, todavia, que as asas representam simbolicamente o poder de se mover e agir (ver D&C 77:4). O Senhor disse a Moisés que viria falar e Se comunicar com ele no meio desses querubins, sobre o propiciatório. As revelações modernas declaram que os anjos permanecem como sentinelas, guardando a presença de Deus (ver D&C 132:19).
O sangue do cordeiro de Jeová era espargido sobre o propiciatório durante o sagrado dia da Expiação. (…) Tanto Paulo como João disseram que Jesus é ‘a propiciação’ pelos nossos pecados (ver I João 2:2; 4:10; Romanos 3:25). (…)
Assim, evidentemente, a arca do convênio era um dos objetos mais importantes do tabernáculo, tanto pela sua importância para a antiga Israel como pelo valor simbólico” (Velho Testamento, Gênesis a II Samuel, Manual do Aluno, Manual do Sistema Educacional da Igreja, 1984, p. 148).
Êxodo 25–27, 30. Os símbolos do templo nos ensinam a verdade
A irmã Silvia H. Allred, da presidência geral da Sociedade de Socorro, testificou que aprendemos no templo por meio dos símbolos e do poder do Espírito:
“O templo é uma casa de aprendizado. Muitas instruções dadas no templo são simbólicas e são aprendidas pelo Espírito. Isso significa que somos ensinados do alto. Os convênios e as ordenanças do templo são um poderoso símbolo de Cristo e de Sua Expiação. Todos nós recebemos as mesmas instruções, porém a nossa compreensão do significado das ordenanças e dos convênios aumentará ao frequentarmos o templo com desejo de aprender e em atitude de contemplação das verdades eternas ensinadas ali” (“Templos Santos, Convênios Sagrados”,A Liahona, novembro de 2008, p. 112).