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CAPÍTULO QUARENTA: OS SANTOS DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL


CAPÍTULO QUARENTA

OS SANTOS DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

O MUNDO AINDA estava-se1recuperando dos efeitos da Grande Depressão quando estourou a Segunda Guerra Mundial na Europa. Sob o domínio de Adolf Hitler e do Terceiro Reich, a Alemanha passou a ampliar suas fronteiras. Ao mesmo tempo, o Japão também estava expandindo seu império no Pacífico em busca de domínio político, matéria prima e novos mercados para suas indústrias. Em pouco tempo, o mundo inteiro foi envolvido na guerra. Assim como a depressão afetou de modo significativo os santos dos últimos dias durante a década de 1930, a Segunda Guerra Mundial e suas conseqüências tiveram enorme influência sobre a Igreja e seus membros na década seguinte.

A IGREJA E O TERCEIRO REICH

Durante as décadas de 1920 e 1930, as missões alemãs da Igreja alcançaram sucesso nunca visto, particularmente nas províncias do leste. Quando o partido nacional socialista, ou nazista, obteve o controle da Alemanha em 1933, os membros da Igreja passaram a tornar-se cada vez mais cuidadosos com o que diziam. Os agentes da Gestapo freqüentemente observavam as reuniões da Igreja, e a maioria dos líderes dos ramos e da missão foram exaustivamente interrogados pela polícia a respeito das doutrinas, crenças e práticas mórmons e admoestados a permanecerem afastados de questões políticas. Na metade da década de 30, as reuniões dos santos dos últimos dias eram freqüentemente canceladas durante comícios nazisas, e a Igreja foi forçada a abandonar seu programa de escotismo devido ao Movimento da Juventude Hitleriana.

Os ensinamentos do evangelho a respeito de Israel contradiziam a atitude anti-semita dos nazistas, por isso exemplares do popular livro de doutrina de James E. Talmage, Regras de Fé, foram confiscados. Em certa cidade, a polícia rasgou todos os hinos que se referiam a esse tema dos hinários da Igreja. Preocupados e incomodados com essa situação, alguns membros da Igreja pararam de freqüentar as reuniões a fim de evitar problemas com a polícia. Outros santos alemães mostraram maior interesse em emigrar do país.

A Igreja nunca foi oficialmente banida da Alemanha, como aconteceu com outros grupos religiosos. De fato, a Igreja recebeu publicidade favorável quando o governo nazista convidou os élderes mórmons a ajudar a treinar algumas das equipes de basquete alemãs para as Olimpíadas de Berlim, em 1936. Além disso, como os nazistas enfatizavam a pureza racial, eles promoviam a pesquisa genealógica. As autoridades governamentais, que antes haviam considerado os mórmons como uma seita indesejável e por isso lhes negara acesso aos registros vitais, passaram a respeitá-los por seu interesse pela genalogia.2Apesar disso, a situação da Igreja e de seus missionários tornou-se gradualmente mais difícil no final da década de 1930.

A ascenção do nazismo na Alemanha também afetou a atividade da Igreja na América do Sul, onde havia grandes colônias de imigrantes alemães. No Brasil, o governo, temendo a ameaça subversiva de simpatizantes do nazismo, baniu o uso do alemão em reuniões públicas e a distribuição de material impresso naquela língua. Durante sua primeira década no Brasil, os missionários SUD haviam trabalhado exclusivamente entre a minoria que falava alemão, por isso a maioria das reuniões dos ramos era realizada naquela língua. Sob pressão do governo, a polícia local até mesmo forçou os santos a entregarem suas escrituras em alemão, que foram queimadas em público. Diante dessa situação ocorrida no final da década de 1930, os missionários direcionaram seu trabalho à maioria de falantes da língua portuguesa, estabelecendo desse modo o alicerce para o grande crescimento da Igreja no país observado nas últimas décadas.

A RETIRADA DOS MISSIONÁRIOS

Desde o outono de 1937, Adolf Hitler propôs-se a expandir seu domínio anexando os povos de língua alemã da Áustria e do oeste da Checoslováquia.

Em março de 1938, a Alemanha conseguiu anexar a Áustria, e em setembro, Hitler acusou os checos de perseguirem a minoria alemã em seu país, e insistiu em seu direito de intervir. Quando os exércitos alinharam-se em ambos os lados da fronteira entre a Checoslováquia e a Alemanha, a guerra parecia inevitável. Com o aumento da tensão na Europa, as Autoridades Gerais ficaram cada vez mais preocupadas com a segurança dos missionários que lá serviam. Em 14 de setembro de 1938, a Primeira Presidência ordenou a evacuação de todos os missionários desses dois países. Em uma reunião realizada em Munique, Alemanha, a Inglaterra e a França concordaram com que Hitler anexasse a região ocidental da Checoslováquia, sob a condição de que não houvesse qualquer outra agressão. A guerra foi temporariamente evitada, e a Primeira Presidência permitiu que os missionários evacuados retornassem ao campo de trabalho.

O acordo de Munique, porém, não garantiu a paz permanente. Em 1939, Hitler voltou seu interesse para a Polônia, exigindo maior acesso através do corredor polonês até a Prússia Oriental, de língua alemã. Repetindo as acusações feitas contra a Checoslováquia um ano antes, Hitler procurou justificar sua intervenção militar acusando a Polônia de maltratar a minoria alemã. Quando a tensão aumentou, a experiência diplomática do Presidente J. Reuben Clark foi de grande valor para a Igreja. Por meio de seus contatos no Departamento de Relações Exteriores, ele manteve os líderes da Igreja informados a respeito dos acontecimentos na Europa, quase de hora em hora. Por fim, em 24 de agosto de 1939, quinta-feira, a Primeira Presidência, pela segunda vez, ordenou a retirada de todos os missionários da Alemanha e da Checoslováquia. O Élder Joseph Fielding Smith, que estava na Europa em visita anual às missões, recebeu instruções de assumir o controle da situação.

A retirada dos missionários, em particular os que trabalhavam na Missão da Alemanha Oriental, foi bastante problemática e deu oportunidade para que ocorressem várias manifestações notáveis de auxílio divino.

O telegrama da Primeira Presidência chegou à Alemanha na manhã da sexta-feira, 25 de agosto. O Élder Joseph Fielding Smith e M. Douglas Wood, Presidente da missão, estavam realizando conferências em Hanover, mas o Presidente Wood e sua esposa retornaram imediatamente à sede da missão em Frankfurt. Na tarde da sexta-feira, eles telegrafaram a todos os missionários, ordenando-lhes que partissem imediatamente para a Holanda. Na manhã do sábado, um missionário ligou da fronteira para informar- lhes que os Países Baixos haviam fechado suas fronteiras a quase todos os estrangeiros, temendo que a entrada de milhares de refugiados esgotasse seu já reduzido suprimento de alimentos. Enquanto isso, boletins transmitidos pelas emissoras de rádio alemãs avisaram que no domingo à noite todas as ferrovias passariam a ser controladas pelos militares, não havendo mais garantias de livre acesso para as viagens de civis.

Quando a Holanda fechou suas fronteiras, a crise resultante desafiou a engenhosidade do Presidente Wood e de seus missionários. Sabendo que não poderiam levar dinheiro alemão para fora do país, quase todos os missionários haviam gastado o excedente na compra de câmeras e outros artigos que poderiam levar consigo. Por esse motivo, não tinham dinheiro suficiente para comprar passagens para Copenhagen, Dinamarca, a alternativa para o retorno. Com isso, vários missionários ficaram retidos na fronteira holandesa.

Em Frankfurt, o Presidente Wood deu a um de seus missionários, o Élder Norman George Seibold, ex-jogador de futebol americano em Idaho, uma designação especial:

“Eu disse: ‘Élder, temos 31 missionários perdidos em algum lugar entre aqui e a fronteira com a Holanda. Sua missão será encontrá-los e cuidar para que saiam do país’.

Depois de viajar por quatro horas de trem, ele chegou a Colônia, que fica a cerca de meia hora da fronteira com a Holanda. Havíamos-lhe instruído a seguir sua inspiração, pois não tínhamos a menor idéia de em que cidade os 31 élderes estariam. Seu destino não era Colônia, mas ele teve o sentimento de que deveria descer do trem alí. A estação ferroviária era enorme, e havia milhares de pessoas ali. (…) O Élder desceu naquela estação e começou a assobiar nosso hino missionário: ‘Faze o Bem, os Efeitos Espera’.” Desse modo conseguiu localizar oito missionários.3

Em algumas cidades, o Élder Seibold permaneceu no trem, mas em outras ele sentiu que devia descer. Em uma pequena comunidade ele relembra: “Eu tive o sentimento de que deveria sair da estação e da cidade. Pareceu- me algo tolo na ocasião, mas como tínhamos que esperar algum tempo até a partida do trem, eu fui. Passei por uma Gasthaus, um restaurante, entrei e encontrei dois missionários ali. Foi fantástico, pois eles me conheciam e ficaram muito felizes em me ver. (…) Fui guiado até lá, como se alguém me tivesse levado pela mão”. Em Copenhagen, na segunda-feira, 28 de agosto, o Presidente Wood ficou sabendo que quatorze dos trinta e um missionários haviam entrado na Holanda em segurança. Naquela tarde, ele recebeu um telegrama do Élder Seibold informando que os dezessete restantes iriam chegar à Dinamarca naquela noite.4

Enquanto os missionários da Alemanha Oriental tentavam chegar à Dinamarca, um drama bastante diferente ocorria na Checoslováquia. Em 11 de julho, quatro missionários foram presos pela Gestapo alemã e encarcerados na Prisão Pankrac, onde ficavam os criminosos políticos. Nas seis semanas seguintes, o presidente da missão, Wallace Toronto, esforçou-se diligentemente para conseguir que fossem libertados. Ele não teve sucesso até 23 de agosto de 1939, o dia em que a Missão Checa recebeu a instrução de retirar os missionários. A maioria dos missionários, bem como a síster Toronto e os filhos da família Toronto, partiram imediatamente para a Dinamarca. O Presidente Toronto, porém, permaneceu no país para ajudar os élderes que haviam estado na prisão a recuperar seus passaportes e posses.

Quando os exércitos de Hitler prepararam-se para invadir a Polônia, as comunicações com a Checoslováquia foram cortadas. A irmã Toronto conta: “Vendo que eu estava muito preocupada e cada vez mais ansiosa, o Presidente [Joseph Fielding] Smith aproximou-se de mim, colocou um braço protetor em meus ombros e disse: “Irmã Toronto, esta guerra não terá início enquanto o irmão Toronto e seus missionários não chegarem a esta terra da Dinamarca’”.

Na Checoslováquia, o Presidente Toronto e seus missionários terminaram seus negócios na quinta-feira, 31 de agosto. Pouco antes de partirem, porém, um dos missionários foi novamente preso e jogado na prisão. A rápida e inspirada intervenção do Presidente Toronto permitiu-lhe mostrar às autoridades alemãs que se tratava de um caso de identidade trocada, e o élder foi rapidamente libertado. Naquela noite, o grupo embarcou em um trem especialmente enviado para retirar a delegação britânica. Aquele foi o último trem a deixar a Checoslováquia. Eles passaram por Berlim na manhã do dia seguinte, e à tarde embarcaram na última balsa que sairia da Alemanha para a Dinamarca.5AAlemanha invadiu a Polônia naquele mesmo dia, que é considerado geralmente como o início da Segunda Guerra Mundial. A profética promessa do Élder Joseph Fielding Smith à irmã Toronto foi cumprida com precisão.

Em Salt Lake City, a Primeira Presidência acompanhava de perto o progresso da crise e logo ordenou a saída de todos os missionários da Europa. A maioria dos missionários cruzaram o oceano Atlântico em navios cargueiros com acomodações improvisadas para centenas de passageiros. Foram colocados vários beliches nos compartimentos dos navios, com apenas uma cortina separando os homens das mulheres. O Presidente J. Reuben Clark Jr. considerou a retirada dos missionários como um fato verdadeiramente milagroso:

“Todo o grupo de missionários saiu da Europa em três meses, numa época em que dezenas de milhares de americanos apinhavam-se diante dos postos de venda das grandes companhias de navios a vapor à procura de passagens, e os élderes não tinham feito nenhuma reserva. Toda vez que um grupo estava pronto para embarcar, havia espaço suficiente, mesmo quando as tentativas de reserva de lugar feitas algumas horas antes tinham fracassado (…)

Este grande empreendimento foi realmente abençoado pelo Senhor.”6

Em 1940, mais países foram arrastados para a guerra que se expandia rapidamente. A Bélgica, a Holanda e a França rapidamente caíram sob o domínio alemão, e a Inglaterra preparou-se para lutar por sua sobrevivência. Como resultado, as colônias ultra-marinhas desses países tornaram-se vulneráveis ao ataque. Em setembro de 1940, o Japão assinou um tratado de assistência mútua de dez anos com a Alemanha e a Itália, passando então a ocupar a Indochina Francesa.

Esses acontecimentos levaram a Primeira Presidência a retirar todos os missionários SUD do sul do Pacífico e da África do Sul no mês seguinte. As comunicações entre essas regiões e a sede da Igreja na América não foram interrompidas como aconteceu na Europa, e os presidentes de missão tiveram permissão de ficar em suas áreas. Os missionários não foram retirados da América do Sul, mas depois de 1941 nenhum novo missionário foi enviado àquele continente. Em 1943 não havia mais nenhum missionário servindo ali. Naquela época, o proselitismo realizado por missionários de tempo integral ficou restrito à América do Norte e ao Havaí. Mesmo nessas áreas, o número de missinários foi drasticamente reduzido, à medida que mais e mais rapazes eram convocados para o serviço militar.

OS SANTOS EUROPEUS DÃO CONTINUIDADE AO TRABALHO DA IGREJA

Quando os missionários e seus líderes foram retirados, os santos europeus ficaram sozinhos, geralmente em condições de isolamento. Muitos deles testemunharam pessoalmente cenas de destruição e morte. Mesmo fora das zonas de combate, a preocupação com a guerra era avassaladora, fazendo diminuir o interesse das pessoas por coisas espirituais. Os membros da Igreja dos países ocupados e da Alemanha enfrentaram também outro tipo de problema. Enquanto alguns acharam que seria mais sensato cooperar com os nazistas, outros sentiram que era seu dever patriótico participar da resistência. Helmuth Hubener, um membro adolescente da Igreja de Hamburgo, por exemplo, ousou distribuir cópias das notícias que havia captado por ondas curtas transmitidas pela emissora de rádio BBC de Londres, que apresentavam um ponto de vista contrário à propaganda nazista. Por esse motivo, ele foi decapitado em uma prisão da Gestapo.7

Os missionários retirados foram incentivados a escrever cartas cheias de fé e esperança para os membros dos países em que serviram, e os presidentes de missão receberam a designação especial de manter correspondência com os líderes locais a que haviam deixado encarregados de cuidar dos membros. Infelizmente, porém, a guerra interrompeu o serviço de correios, e nem mesmo da neutra Suíça foram recebidas qualquer carta por dois anos. Sob essas circunstâncias, os líderes locais aprenderam a confiar na revelação pessoal para obter orientação.

Apesar de ter havido algumas exceções isoladas, a maioria dos santos europeus tornou-se mais obediente às doutrinas e princípios da Igreja durante a guerra. Em várias regiões, os dízimos, as ofertas de jejum e a freqüência às reuniões da Igreja aumentaram. Na Suíça, os membros missionários locais passavam duas noites por semana trabalhando no proselitismo e batizaram mais conversos do que os missionários de tempo integral tinham conseguido antes do início da guerra. Durante os anos anteriores à guerra, os presidentes de missão haviam-se esforçado dedicadamente para preparar os santos para o isolamento que teriam de enfrentar. Várias vezes em sua visita à Europa, em 1937, o Presidente Heber J. Grant, com visão profética, pediu aos membros que assumissem a responsabilidade do trabalho e não dependessem tanto dos élderes da América. Max Zimmer, que liderou a missão suíça durante a guerra, é um bom exemplo desses líderes muito capazes. Ele realizou excelentes programas de treinamento para os líderes locais do sacerdócio e auxiliares e distribuiu as revistas da Igreja para os santos.

Vários membros alemães do sexo masculino, tanto casados quanto solteiros, foram convocados para servir nas forças armadas de seu país. Isso reduziu o número de portadores do sacerdócio nos ramos, que havia aumentado bastante em algumas áreas durante o final da década de 1930. Muitos dos irmãos deixaram esposa e filhos em casa. Nos primeiros meses da guerra, a maioria dos santos alemães acreditava estar lutando em uma guerra justa, mas com o transcorrer da guerra e o aumento das atrocidades, um número cada vez maior de membros da Igreja começou a orar para que os aliados vencessem a guerra. Na frente de batalha oriental, o sofrimento e a matança foram especialmente atrozes quando o exército russo marchou impiedosamente para dentro da Alemanha. Vários soldados SUD somente voltaram para junto da família depois de passar muitos anos em campos de prisioneiros, e alguns jamais retornaram.

Um membro admirável que morreu na guerra foi Herbert Klopfer, que havia sido chamado como presidente da Missão Alemanha Oriental em 1940. Naquele mesmo ano o irmão Klopfer também foi convocado para o serviço militar e designado a servir em Berlim. Desse modo, ele conseguiu dirigir os negócios da missão de seu escritório militar. Três anos mais tarde, ele foi enviado à frente de batalha ocidental. Ele deixou os negócios da missão nas mãos de seus dois conselheiros, que também cuidaram de sua família. Ele passou algum tempo na Dinamarca, onde visitou alguns santos dinamarqueses. Os dinamarqueses temeram-no a princípio, por causa de seu uniforme, mas passaram a confiar nele quando ele lhes prestou seu testemunho da veracidade do evangelho. Em julho de 1944, Herbert Klopfer foi incluído na lista dos soldados desaparecidos em combate na frente de batalha oriental. Depois da guerra, ficou-se sabendo que ele morreu em março de 1945 em um hospital russo.

Outro soldado SUD, Hermann Moessner, de Stuttgart, teve experiências diferentes na guerra. Enquanto lutava na Europa Ocidental, ele tornou- se prisioneiro dos ingleses, foi levado para a Inglaterra e colocado em um campo de prisioneiros. Não tendo muito o que fazer, o irmão Moessner começou a compartilhar o evangelho com seus companheiros de prisão. Quatro homens aceitaram sua mensagem e pediram para ser batizados. O Élder Moessner escreveu para a sede da Igreja em Londres pedindo orientação sobre o que deveria fazer. Pouco depois, o Élder Hugh B. Brown visitou o jovem Moessner no campo de prisioneiros e autorizou-o a batizar os conversos. Muitos anos depois, Hermann Moessner foi chamado para servir como presidente da estaca Stuttgart, Alemanha.

Mesmo os santos alemães que não estavam servindo nas forças armadas sofreram muito, especialmente nas regiões que foram bombardeadas. Os líderes locais sentiram que foram muitas vezes inspirados ao cumprirem suas responsabilidades em meio a essas difíceis condições. Por exemplo: Hamburgo foi bombardeada 104 vezes durante um período de dez dias, em 1943. Durante as reuniões da Igreja era necessário manter o rádio ligado para ouvir os informes a respeito dos ataques aéreos. Certo domingo, o presidente do ramo não havia ouvido nenhum alerta de ataque, mas sentiu que devia cancelar imediatamente a reunião e enviar sua congregação para o abrigo mais próximo, que ficava a uma distância de dez minutos a pé. Os membros do ramo haviam acabado de chegar ao abrigo quando a região começou a ser bombardeada.8

Quando os locais de reunião normais foram destruídos, os santos passaram a realizar os serviços religiosos em seu próprio lar. Em certa missão, porém, 95 por cento dos membros haviam perdido suas casas. Os líderes locais iniciaram diversos programas de auto-ajuda para atender às emergências. Instruíram os membros a levarem alimentos, roupas e suprimentos para serem guardados nos locais de reunião do ramo. Os santos atenderam de boa vontade ao pedido, concordando que todas as pessoas deveriam compartilhar tudo o que lhes fosse possível. “Família após outra levaram todo o seu armazenamento doméstico para compartilhar com seus irmãos e irmãs necessitados.” Todos contribuíram para um fundo que a Sociedade de Socorro usou para comprar material de costura e conserto de roupas.9Os membros de Hamburgo também participaram do Loeffelspende (uma colher de contribuição), que significava que todos deveriam levar uma colher de açúcar ou de farinha para cada reunião a que assistissem. A princípio, essa quantia minúscula pareceu quase ridícula para os membros, mas logo ‘essa colher multiplicada por 200 mostrou-se suficiente para fazer um bolo para o casamento de um jovem casal ou para dar a uma mãe que iria dar à luz um bebê ou que estivesse amamentando.’”10

A IGREJA MANIFESTA-SE COM RESPEITO À GUERRA

O Japão lançou um ataque contra a base naval dos Estados Unidos em Pearl Harbor, Havaí, em 7 de dezembro de 1941. Quando os Estados Unidos reagiram no dia seguinte declarando guerra ao Japão e em seguida à Alemanha, muitos santos dos últimos dias vieram a tomar parte direta no conflito. Os santos foram novamente obrigados a analisar seus sentimentos com relação à guerra. Eles guiaram-se pelos ensinamentos do Livro de Mórmon, que condenavam a guerra ofensiva mas permitiam que se lutasse “ainda que fosse necessário derramar sangue” para defender o lar, o país, a liberdade ou a religião (Alma 48:14; ver também 43:45–47.) Em sua mensagem anual de Natal, publicada uma semana depois do ataque a Pearl Harbor, a Primeira Presidência declarou que somente pelo cumprimento do evangelho de Jesus Cristo haveria paz duradoura no mundo. Repetindo o conselho dado pelo Presidente Joseph F. Smith no início da Primeira Guerra Mundial, a Presidência exortou os membros que serviam nas forças armadas a manter “toda a crueldade, ódio e assassinato” longe do coração, mesmo durante a batalha.11

Esses mesmos princípios foram incluídos na declaração oficial da Primeira Presidência lida na conferência geral de abril de 1942. Essa declaração era uma análise abrangente e autorizada da atitude da Igreja em relação à guerra e foi amplamente distribuída por meio de panfletos. Foi dito aos santos que apesar de “o ódio não ter lugar na alma dos justos”, os santos “fazem parte do estado” e devem obedecer lealmente às autoridades que os governam. A Primeira Presidência prosseguiu sua mensagem: “Os membros da Igreja sempre se sentiram na obrigação de defender o seu país, quando convocados”. Se durante uma batalha os soldados “tirarem a vida dos que lutam contra eles, isso não os tornará assassinos nem os sujeitará às penalidades que Deus decretou para aqueles que matam. (…) Pois somente um Deus cruel puniria Seus filhos como ofensores morais por atos realizados como instrumentos inocentes de um soberano a quem o próprio Deus ordenara que obedecessem e a quem não tinham o poder de resistir. (…)

(…) Esta é uma Igreja mundial. Existem membros devotos seus lutando de ambos os lados”, declarava a mensagem. A Primeira Presidência também prometeu aos soldados que tivessem uma vida limpa, guardassem os mandamentos e orassem constantemente que o Senhor estaria com eles e nada lhes aconteceria que não fosse para a honra e glória de Deus e para sua salvação e exaltação”.12Seguindo o conselho de seus líderes da Igreja, os santos dos últimos dias atenderam ao chamado quando foram convocados para o serviço militar.

OS SANTOS NAS FORÇAS ARMADAS

Apesar de grupos de recrutas SUD já terem sido organizados durante a Guerra Hispano–Americana e o Élder B. H. Roberts ter servido como capelão durante a Primeira Guerra Mundial, o desenvolvimento pleno dos programas da Igreja para os que servem nas forças armadas não ocorreu até o início da Segunda Guerra Mundial.

Em abril de 1941, apenas nove meses antes de os Estados Unidos entrarem oficialmente na Segunda Guerra Mundial, a Primeira Presidência anunciou a nomeação de Hugh B. Brown como coordenador dos membros que serviam nas forças armadas. Tendo-se tornado major do exército canadense durante a Primeira Guerra Mundial, seu posto permitiu-lhe entrar em contato com as autoridades militares. O Élder Brown viajou muito durante a guerra, reunindo-se com os membros da Igreja que serviam nas forças armadas para dar-lhes incentivo. Sua personalidade calorosa e sua profunda espiritualidade fizeram dele uma pessoa particularmente bem adequada para a designação.

O Comitê da Igreja para os membros que servem nas forças armadas foi organizado em outubro de 1942, com o Élder Harold B. Lee, que acabara de ser chamado para o Quórum dos Doze, como presidente. O comitê trabalhou junto aos oficiais militares dos Estados Unidos para garantir que fossem chamados capelães santos dos últimos dias. Isso mostrou-se um desafio quase insuperável. Os oficiais do exército e da marinha mostraramse relutantes em designar capelães que não fossem ministros profissionais, como era o costume. Não obstante, o Chefe dos Capelães do Exército tivera uma experiência positiva ao observar como um bispo mórmon local cuidara do bem-estar espiritual dos que serviam nas forças armadas em sua área. Como resultado disso, os oficiais militares gradualmente passaram a aprovar a designação de capelães SUD, e até o final da Segunda Guerra Mundial, 46 membros haviam servido ou estavam servindo nesse posto.13

Para ajudar o tabalho desses capelães, o Comitê de Membros nas Forças Armadas designou aproximadamente mil “líderes de grupo”. Assim que eram designados, esses homens oficiavam em qualquer lugar que seu serviço fosse necessário. Cada um recebia um certificado que o identificava como “Élder da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Líder de Grupo autorizado da Associação de Melhoramentos Mútuos da dita Igreja para servir entre seus companheiros santos dos últimos dias que estejam servindo nas forças armadas. Ele está autorizado, depois de recber a devida permissão dos devidos oficiais militares, a dirigir grupos de estudo e outras reuniões de adoração”.14

A Igreja promoveu diversas outras medidas para beneficiar os membros em serviço. Foram abertas casas em Salt Lake City e na Califórnia nas quais os integrantes das forças armadas podiam se hospedar em um ambiente saudável enquanto viajavam de uma designação para outra. “Cartões de orçamento” tornaram-se passaportes para saudáveis atividades recreativas ou sociais patrocinadas pela Igreja para os militares longe de casa. Os membros que ingressavam no serviço militar recebiam exemplares de bolso do Livro de Mórmon e uma publicação da Igreja intitulada Princípios do Evangelho. Eles também recebiam uma edição miniaturizada do Church News, que publicava mensagens de inspiração, reportagens sobre as atividades dos militares e outros anúncios importantes.

Muitos dos santos dos últimos dias que serviam nas forças armadas deram notáveis exemplos de devoção e fé. As autoridades militares freqüentemente ficavam espantadas com a iniciativa e a habilidade dos soldados mórmons em dirigir seus próprios serviços de adoração sem a necessidade de um ministro profissional. Na ilha de Saipan, L. Tom Perry (que posteriormente foi chamado para o Quórum dos Doze Apóstolos) e outros fuzileiros navais SUD não tinham um lugar para reunirem-se, por isso começaram a construir uma capela. Os soldados alemães SUD durante a ocupação da Noruega compartilharam seu alimento com os membros necessitados daquele país. De modo semelhante, os soldados americanos ajudaram os santos alemães a reconstruir o país, quando se aproximava o fim da guerra. Sempre desejosos de compartilhar o evangelho, os membros da Igreja aproveitavam todas as oportunidades para fazê-lo, mesmo em tempo de guerra. O Élder Ezra Taft Benson lamentou a redução no número de missionários de tempo integral, mas ficou convencido de que os militares SUD foram responsáveis por “mais trabalho missionário do que já se fez em toda a história da Igreja. (…)

Um dos [militares] disse: ‘Irmão Benson, é como estar em outra missão. As condições são diferentes, mas temos oportunidades de pregar o evangelho, e estamos fazendo uso delas’”.15

Diversos militares foram influenciados pelo exemplo de seus companheiros mórmons. A vida de Neal A. Maxwell, de dezenove anos, que serviu nas forças armadas dos Estados Unidos, em Okinawa, foi um grande exemplo para seus companheiros de armas. Um amigo em particular lembra-se do exemplo que Neal deu ao dividirem uma trincheira em Okinawa. Neal A. Maxwell viria a tornar-se membro do Quórum dos Doze Apóstolos, não precisou pregar o mormonismo, porque vivia sua religião da maneira correta. Enquanto estava em um campo de prisioneiros na Alemanha, um membro da Igreja holandês compartilhou o evangelho com seu companheiro de prisão Jay Paul Jongkees. Seu amigo filiou-se à Igreja e veio a tornar-se o primeiro presidente de estaca de sua terra natal.

Os militares SUD também foram responsáveis pela introdução do evangelho em novas áreas do mundo. Por exemplo: eles proporcionaram o primeiro contato da Igreja com as ilhas filipinas.16

No final da guerra, o número de santos dos últimos dias nas forças armadas chegava a quase cem mil, quase um décimo do número de membros da Igreja. Apesar de alguns terem sido milagrosamente protegidos, nem todas as vidas foram poupadas. O Élder Harold B. Lee procurou consolar aqueles que haviam perdido um ente querido na guerra. Ele disse: “Estou certo de que a praga devastadora desta guerra, na qual centenas de milhares estão sendo mortos, muitos dos quais não são mais responsáveis pelas causas da guerra do que nossos próprios rapazes, aumentou a necessidade do trabalho missionário no mundo espiritual, e muitos de nossos rapazes que portam o Santo Sacerdócio e que são dignos estão sendo chamados para fazer o trabalho missionário entre aqueles que partiram desta vida”.17

O IMPACTO CAUSADO NA IGREJA NA AMÉRICA DO NORTE

Apesar de os santos da América do Norte não sofrerem tanto quanto os da Europa, a guerra exerceu forte influência sobre os membros e os programas da Igreja. No início da Segunda Guerra Mundial, os estaleiros, fábricas de construção de aviões e outras indústrias bélicas de defesa criaram muitos empregos na costa oeste dos Estados Unidos. Essas oportunidades econômicas levaram muitas famílias da região montanhosa dos Estados Unidos para a costa do Pacífico. O posterior estabelecimento de indústrias bélicas em Utah e nas vizinhanças, porém, fez com que muitos santos voltassem para lá.

Essas migrações populacionais provocadas pela guerra criaram vários problemas para a Igreja. Jovens mórmons solteiros estavam entre os que eram empregados na indústria de defesa. Por esse motivo, no final da guerra um número crescente de jovens estavam morando longe da influência benéfica do lar e da família.18As Autoridades Gerais incentivaram os líderes da Igreja das áreas às quais esses rapazes e moças estavam indo que dedicassem um cuidado especial para eles. A chegada de novas indústrias a regiões de população predominantemente mórmon também resultou em súbito influxo de moradores que não eram mórmons em certas comunidades de Utah. Apesar de alguns dos antigos residentes ficarem preocupados com a chegada de grande número de “forasteiros”, os líderes da Igreja incentivaram os santos a fazerem amizade com os recém-chegados e compartilhar o evangelho com eles sempre que possível. Isso criou um fértil campo para as missões de estaca, que haviam sido estabelecidas na década de 1930.

As condições de guerra influenciaram os programas patrocinados pela Igreja de outras maneiras. Em janeiro de 1942, apenas um mês depois que os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial, a Primeira Presidência anunciou que todas as reuniões de liderança da estaca deveriam ser supensas imediatamente até o final da guerra. Essa interrupção no treinamento de liderança chegou em uma época na qual as atividades da Igreja precisavam tornar-se mais eficazes do que nunca, para conseguir alcançar o crescente número de membros afastados da influência orientadora e fortalecedora da família. A Primeira Presidência deu ênfase ao seguinte: “Essa medida coloca maior responsabilidade sobre as organizações auxiliares da ala e ramo para que seu trabalho não seja prejudicado, mas aumente em intensidade, melhore na qualidade e, de modo geral, seja mais eficaz”. As juntas gerais das auxiliares mantiveram contato com os líderes locais e instruíram-nos por correspondência, e o lar foi evidenciado como local de fundamental importância para a conservação da fé entre os jovens.19

A Primeira Presidência também limitou a freqüência às conferências gerais para somente os líderes do sacerdócio especificamente convidados. O Tabernáculo foi fechado ao público, pois os programas semanais do Coro do Tabernáculo eram transmitidos sem audiência ao vivo. A comemoração do centenário da Sociedade de Socorro teve que ser adiada e a apresentação teatral ao ar livre realizada todos os anos no monte Cumora precisou ser cancelada durante o período de guerra.

Em 27 de abril de 1942, o Presidente dos Estados Unidos, Franklin D. Roosevelt, falou da necessidade de aumentar os impostos, controlar os salários e os preços, racionar a gasolina e outros materiais estratégicos. Os líderes dos santos dos últimos dias já haviam tomado as medidas necessárias para adaptar os programas da Igreja às condições da guerra.

O Élder Harold B. Lee tinha certeza de que a causa de as precauções da Igreja terem sido tão oportunas havia sido resultado de revelação. Referindo- se às medidas restritivas tomadas pela Igreja em janeiro de 1942 referentes às viagens e reuniões das auxiliares, ele declarou: “Quando se lembarem de que tudo isso aconteceu de oito meses a quase um anos antes do início do racionamento da borracha e gasolina, poderão entender se ponderarem um pouco a esse respeito que novamente a voz do Senhor falou a Seu povo, procurando prepará-los para o programa de racionamento que lhes seria imposto um ano depois. Ninguém naquela época poderia ter previsto com certeza que os países que produziam certos artigos seriam dominados causando escassez desses artigos em nosso país”.

Além disso, o Élder Lee estava convencido de que os líderes da Igreja haviam sido inspirados quando, no início de 1937, aconselharam os santos a produzir e armazenar alimentos para um ano. Ele acreditava que isso ajudou a preparar os membros da Igreja para o racionamento e a escassez, antecipando a ênfase dada pelo governo no programa de hortas para a vitória.20

Devido aos esforços de guerra “as atividades da Igreja ficaram prejudicadas também de outras maneiras. Como o material de construção foi desviado para uso militar, a construção de capelas e até mesmo do templo de Idaho Falls foi interrompida. Talvez nenhuma outra atividade da Igreja sofreu maior impacto decorrente da guerra do que o programa missionário. Em 1942, a Igreja decidiu não chamar para a missão rapazes em idade de ser convocados para o serviço militar. Por esse motivo, o número de missionários em campo ficou muito reduzido. Em 1941, haviam sido chamados 1.257 novos missionários de tempo integral, mas dois anos depois, somente 261 receberam seu chamado. Antes da guerra, cinco sextos de todos os missionários eram rapazes que possuíam o ofício de élder ou setenta. Em 1945, a maioria dos novos missionários eram mulheres ou sumos sacerdotes. Os membros que moravam nas missões novamente assumiram maiores responsabilidades, assim como havia acontecido quando o número de missionários diminuiu durante a Grande Depressão ocorrida uma década antes. Por toda a América do Norte os santos aceitaram chamados como missionários locais de tempo parcial e assumiram maiores responsabilidades na organização dos ramos e distritos.

“A Igreja patrocinou vários programas especiais de tempo de guerra e incentivou seus membros de outras maneiras a apoiarem patrioticamente os esforços de guerra. O primeiro domingo de 1942 foi designado como dia especial de jejum e oração. Assim como haviam feito durante a Primeira Guerra Mundial, as Autoridades Gerais novamente aconselharam os santos a contribuírem generosamente para a Cruz Vermelha e outros fundos de caridade. As mulheres da Sociedade de Socorro juntaram estojos de primeiros socorros para uso doméstico e prepararam ataduras e outros materiais necessários para a Cruz Vermelha. Durante o inverno de 1942–1943, as abelhinhas de doze e treze anos da Igreja doaram 228.000 horas de serviço voluntário, recolhendo pedaços de metal, graxa e outros materiais necessários, fazendo álbuns de recortes, assando biscoitos para os soldados, cuidando das crianças cujas mães trabalhavam nas indústrias de defesa. Um prêmio especial chamado ‘Abelhinha de Honra’ foi oferecido por esse serviço. Em 1943, os jovens da Associação de Melhoramentos Mútuos dos Estados Unidos e Canadá arrecadaram mais de três milhões de dólares para a compra de cinqüenta e cinco barcos de resgate para salvar a vida de pilotos abatidos”.21

Enquanto trabalhavam patrioticamente no lar ou no serviço militar, em ambos os lados do conflito, os santos dos últimos dias ansiavam pela paz. Apesar de algumas atividades terem-se perpetuado durante a guerra, os esforços de defesa prejudicaram o trabalho da Igreja. Somente depois do tão esperado fim da guerra, ocorrido em 1945, a Igreja pôde retomar seu progresso.

NOTAS

  1. Este capítulo foi escrito para o Sistema Educacional da Igreja; também publicado em Richard O. Cowan, The Church in the Twentieth Century (Salt Lake City: Bookcraft, 1985), pp. 175–76, 178–92.

  2. Ver Gilbert W. Scharffs, Mormonism in Germany (O Mormonismo na Alemanha) (Salt Lake City: Deseret Book Co., 1970), pp. 86–88.

  3. M. Douglas Wood, Conference Report, abr. 1940, pp. 79–80.

  4. David F. Boone, “The Worldwide Evacuation of Latter-day Saint Missionaries at the Beginning of World War II” (A Retirada Mundial dos Missionários SUD no Início da Segunda Guerra Mundial), tese de mestrado, Brigham Young University, 1981, pp. 39–40; ver também pp. 35–43.

  5. Martha Toronto Anderson, A Cherry Tree behind the Iron Curtain: The Autobiography of Martha Toronto Anderson (Uma Cerejeira atrás da Cortina de Férro: Autobiografia de Martha Toronto Anderson) (Salt Lake City: Martha Toronto Anderson, 1977), pp. 31–32.

  6. Conference Report, abr. 1940, p. 20.

  7. Ver Scharffs, Mormonism in Germany, pp. 102–3.

  8. Ver Scharffs, Mormonism in Germany, pp. 104–10.

  9. Ver Frederick W. Babbel, On Wings of Faith (Nas Asas da Fé) (Salt Lake City: Bookcraft, 1972), pp. 110–111.

  10. Scharffs, Mormonism in Germany, p. 111.

  11. James R. Clark, comp. Messages of the First Presidency of The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, 6 vols. (Salt Lake City: Bookcraft, 1965–75), 6:141.

  12. Conference Report, abr. 1942, pp. 90, 92–95.

  13. Ver Joseph F. Boone, “The Roles of The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints in Relation to the United States Military, 1900–1975” (O Papel da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em Relação às Forças Armadas dos Estados Unidos), tese de doutorado, Brigham Young University, 1975, pp. 548–552.

  14. Boone, “Roles of the Church,” pp. 698–99.

  15. Conference Report, abr. 1945, pp. 108–109.

  16. Ver Lowell E. Call, “Latter-day Saint Servicemen in the Philippine Islands” (Militares SUD nas Filipinas), tese de mestrado, Brigham Young University, 1955, pp. 98, 103.

  17. Conference Report, out. 1942, p. 73.

  18. Ver relatório de Lee A. Palmer ao Bispado Presidente, 21 set. 1944, Subject files of LeGrand Richards, 1937–1947, LDS Historical Department, Salt Lake City.

  19. Ver Boletim da Primeira Presidência para os líderes da Igreja, 17 jan. 1942, Cartas Circulares, 1889–1985, LDS Historical Department, Salt Lake City.

  20. Conference Report, abr. 1943, p. 128; ver também p. 126.

  21. Cowan, (A Igreja no Século XX) (Salt Lake City: Bookcraft, 1985), pp. 186–187.

Cronologia

Data

 

Evento Importante

24 ago. 1939

A Primeira Presidência ordena a retirada dos missionários da Europa

1º set. 1939

A invasão da Polônia por Hitler marca o início da Segunda Guerra Mundial na Europa

1940

Hugh B. Brown é nomeado coordenador dos recrutas SUD

1940

Os missionários são retirados do Pacífico e da África do Sul

7 dez. 1941

O ataque japonês a Pearl Harbor faz com que os Estados Unidos declarem guerra

Abr. 1942

A Primeira Presidência define a posição da Igreja com relação à guerra

Out. 1942

Organizado o Comitê de Recrutas

14 ago. 1945

Fim da Segunda Guerra Mundial

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map of 1938 European missions

European missions, 1938

Northern Ireland

Ireland

Scotland

British Mission

England

London

Norwegian Mission

Norway

Sweden

Oslo

Stockholm

Swedish Mission

Copenhagen

Danish Mission

Denmark

Netherlands Mission

Belgium

Holland

Amsterdam

Hanover

Germany

Cologne

Frankfurt

West German Mission

Munich

Berlin

East German Mission

Poland

Prague

Czechoslovakian Mission

Czechoslovakia

Austria

Zurich

Switzerland

Swiss-Austrian Mission

French Mission

France

Paris

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Norman George Seibold

Norman George Seibold was born 18 October 1915 and is currently (1989) living in Rupert, Idaho.

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Wallace F. Toronto

Wallace F. Toronto (1907–1968) was called to the German-Austrian Mission in 1928. In July of 1929, Elder John A. Widtsoe dedicated Czechoslovakia as a mission of the Church. He traveled there in company with six missionaries, one of whom was Wallace Toronto. Elder Toronto was then asked to labor in the new mission.

In 1936, Elder Toronto was called back to Europe as president of the Czechoslovakia Mission along with his wife, Martha. They labored there until World War II broke out. In 1946, President Toronto was asked to return to Czechoslovakia and resume duties as mission president.

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Helmuth Hubener

Helmuth Hubener (1925–42) was a German Latter-day Saint who lost his life during Hitler’s regime.

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Hugh B. Brown

During World War II, Hugh B. Brown (1883–1975) served as the servicemen’s coordinator for the entire Church. He was an officer in the Canadian armed forces, a lawyer, an educator, an orator, and an ecclesiastical leader.

Elder Brown was called to be a General Authority in 1953. He served as an Assistant to the Quorum of the Twelve Apostles, as a member of the Quorum of the Twelve Apostles, and as a member of the First Presidency of the Church.