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Capítulo 18: Doutrina e Convênios 46–49


Capítulo 18

Doutrina e Convênios 46–49

Introdução e cronologia

No inverno de 1831, alguns membros da Igreja em Kirtland, Ohio, ficaram preocupados quando viram alguns recém-conversos agindo de modo bizarro, afirmando estar sob a influência do Espírito. O profeta Joseph Smith perguntou ao Senhor sobre esse comportamento e também sobre a prática dos santos de Kirtland de excluir os não membros das reuniões sacramentais e outras reuniões da Igreja. Em resposta, em 8 de março de 1831, o Senhor deu a revelação que hoje se encontra em Doutrina e Convênios 46. Nessa revelação, o Senhor explicou como dirigir as reuniões da Igreja e como não ser enganados ao buscar os dons do Espírito.

Antes de março de 1831, Oliver Cowdery tinha sido o escrevente de Joseph Smith e registrador da Igreja. Contudo, quando ele foi chamado para uma missão, já não podia realizar esses deveres. Na revelação que se encontra em Doutrina e Convênios 47, o Senhor chamou John Whitmer para tomar o lugar de Oliver e registrar a história da Igreja. Durante esse período, os santos de Ohio também quiseram saber como deviam ajudar os membros da Igreja que estavam chegando de Nova York. Na revelação que se encontra em Doutrina e Convênios 48, o Senhor disse aos santos como auxiliar esses conversos que estavam chegando.

Leman Copley, recém-converso à Igreja, queria que os missionários pregassem o evangelho para membros de seu antigo grupo religioso, os shakers. No entanto, ele continuava a se apegar a algumas das falsas crenças daquela religião. Preocupado com as crenças persistentes de Leman, Joseph Smith perguntou ao Senhor no dia 7 de maio de 1831 e recebeu a revelação que se encontra em Doutrina e Convênios 49. Nessa revelação, o Senhor esclareceu Sua verdadeira doutrina e denunciou várias crenças falsas dos shakers.

Primavera de 1831Recém-conversos de Kirtland, Ohio, vivenciam falsas manifestações espirituais.

8 de março de 1831Doutrina e Convênios 46 é recebida.

8 de março de 1831Doutrina e Convênios 47 é recebida.

10 de março de 1831Doutrina e Convênios 48 é recebida.

Março de 1831John Whitmer foi designado a servir como historiador e registrador da Igreja.

Final de março de 1831Parley P. Pratt retornou a Kirtland de uma missão no território indígena e Missouri.

7 de maio de 1831Doutrina e Convênios 49 é recebida.

7 de maio de 1831Sidney Rigdon, Parley P. Pratt e Leman Copley partem de Kirtland para visitar uma comunidade de shakers.

Doutrina e Convênios 46: Informações históricas adicionais

Nos primeiros dias da Igreja, os santos de Kirtland, Ohio, não estavam permitindo que pessoas de outras religiões participassem das reuniões de adoração. Isso contradizia a instrução dada no Livro de Mórmon que ensina especificamente que os seguidores de Cristo não devem proibir ninguém de se reunir com os santos (ver 3 Néfi 18:22). Além disso, em junho de 1829, quando Oliver Cowdery compilou um documento chamado “Regras da Igreja de Cristo” (que foi redigido para orientar os fiéis até que a Igreja fosse oficialmente organizada), ele fez alusão a essa instrução que se encontra no Livro de Mórmon ao escrever: “‘E a igreja se reunirá com frequência para orar [e] suplicar, não expulsando ninguém de seus lugares de adoração, mas, sim, convidando-os a participar’ [‘Regras da Igreja de Cristo’, junho de 1829, p. 372 do documento]” (em The Joseph Smith Papers, Documents, Volume 1: julho de 1828–junho de 1831, ed. Michael Hubbard MacKay e outros, 2013, p. 281; ortografia padronizada). A prática de excluir não membros das reuniões públicas era, portanto, uma preocupação, e de acordo com John Whitmer, “o Senhor considerou importante manifestar-Se sobre esse assunto, para que Seu povo chegasse a um entendimento” (em The Joseph Smith Papers, Histories, Volume 2: Assigned Histories, 1831–1847, ed. Karen Lynn Davidson e outros, 2012, p. 34). A revelação que se seguiu (Doutrina e Convênios 46) deixou clara a vontade do Senhor. Ele deu aos santos o mandamento de “jamais excluir quem quer que seja de [suas] reuniões públicas” (D&C 46:3).

Além dessas práticas de exclusão, alguns dos membros novos da Igreja estavam manifestando um comportamento incomum como parte de sua adoração. John Whitmer escreveu: “Alguns fantasiavam serem portadores da espada de Labão (ver 1 Néfi 4:8–9), e a empunhavam com a habilidade de um [soldado], (…) alguns se arrastavam ou deslizavam… [no] chão, com a rapidez de uma serpente, explicando que estavam viajando de barco para pregar o evangelho aos lamanitas. E muitas outras coisas tolas e estúpidas, que não vale a pena mencionar. Assim, o diabo cegava os olhos de alguns bons e honestos discípulos” (em The Joseph Smith Papers, Histories, Volume 2: Assigned Histories, 1831–1847, p. 38). Na revelação que se encontra em Doutrina e Convênios 46, o Senhor ensinou aos santos como discernir entre a influência do Espírito e a de espíritos falsos, esclarecendo o verdadeiro propósito e a natureza dos dons do Espírito.

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Mapa 5: A região de Nova York, Pensilvânia e Ohio nos EUA

Doutrina e Convênios 46

O Senhor instrui os santos no tocante às reuniões da Igreja e aos dons do Espírito

Doutrina e Convênios 46:2. “[Devem] dirigir todas as reuniões conforme inspirados e guiados pelo Santo Espírito”

Na época em que a Igreja foi organizada, o Senhor ordenou a Seus santos que “se [reunissem] amiúde” (D&C 20:55). Em cumprimento a esse mandamento, os santos se reuniam frequentemente para reuniões sacramentais e ocasionalmente para conferências. Também se reuniam para “reuniões de confirmação”, nas quais as pessoas que tinham sido batizadas recentemente eram confirmadas membros da Igreja (ver D&C 46:6). Aqueles primeiros membros tinham lido que os seguidores de Cristo, no Livro de Mórmon, realizavam suas reuniões “segundo as manifestações do Espírito (…) porque se o poder do Espírito Santo os levava a pregar ou a exortar ou a orar ou a suplicar ou a cantar, assim o faziam” (Morôni 6:9). O Senhor voltou a enfatizar esse princípio em nossos dias, ordenando que as reuniões fossem realizadas “conforme [os líderes da Igreja fossem] inspirados e guiados pelo Santo Espírito” (D&C 46:2; ver também D&C 20:45).

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representação do profeta Joseph Smith dirigindo uma reunião

Os líderes da Igreja devem “[dirigir] todas as reuniões conforme inspirados e guiados pelo Santo Espírito” (D&C 46:2).

Doutrina e Convênios 46:3–6. “Jamais excluir quem quer que seja”

Em Doutrina e Convênios 46:3–6, o Senhor corrigiu a prática dos primeiros santos de excluir pessoas de outras religiões das reuniões sacramentais e das reuniões de confirmação. Os membros da Igreja devem ajudar todos os que desejarem assistir às reuniões públicas da Igreja a sentirem-se bem-vindos. O presidente Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou: “Uma vez que convidamos todos a virem a Cristo, os amigos e vizinhos são sempre bem-vindos, mas não se espera que tomem o sacramento. Contudo, isso não é proibido. A escolha é deles. Esperamos que os visitantes que se encontram entre nós sempre se sintam bem-vindos e à vontade. As crianças pequenas, por serem inocentes beneficiários da Expiação do Senhor, podem participar do sacramento, em preparação para os convênios que farão mais tarde em sua vida” (“Adoração na reunião sacramental”, A Liahona, agosto de 2004, p. 14).

Doutrina e Convênios 46:7–8. “Para que não sejais enganados, procurai com zelo os melhores dons”

Alguns membros da Igreja, em Kirtland, Ohio, estavam manifestando comportamentos estranhos quando frequentavam as reuniões da Igreja, afirmando que suas ações eram inspiradas pelo Espírito Santo. Alguns membros acreditaram neles, ao passo que outros sentiram que aqueles comportamentos não eram de Deus. Um dia antes de ser dada a revelação que se encontra em Doutrina e Convênios 46, o profeta Joseph Smith recebeu a revelação que se encontra em Doutrina e Convênios 45. Nessa revelação o Senhor lembrou aos membros da Igreja que eles podem evitar ser enganados se tiverem “tomado o Santo Espírito por seu guia” (D&C 45:57). O adversário procura enganar os santos para poder “destruir a obra de Deus” e “a alma dos homens” (D&C 10:23, 27). Suas táticas incluem o uso de “espíritos malignos, ou (…) doutrinas de demônios, ou (…) mandamentos de homens” (D&C 46:7). Mas o Senhor prometeu que não seremos enganados se fizermos as coisas “em toda santidade de coração, andando retamente perante [Ele]” e “[procurando] com zelo os melhores dons” (D&C 46:7–8). Os “melhores dons” se referem aos dons espirituais que estão ao alcance daqueles que receberam o dom do Espírito Santo.

Doutrina e Convênios 46:9–11. Os dons espirituais são dados para o benefício daqueles que amam a Deus e procuram guardar Seus mandamentos

Deus não força Seus dons espirituais a Seus filhos, mas convida-os a “[procurá-los] com zelo” (D&C 46:8). O Senhor explicou que esses dons são para o benefício daqueles que O amam e se esforçam para cumprir Seus mandamentos (ver D&C 46:9). Ele concede dons espirituais para abençoar as pessoas e a Igreja como um todo (ver D&C 46:12), e não para provar a veracidade do evangelho para aqueles que buscam sinais.

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moça sendo confirmada

Os dons do Espírito são dados àqueles que receberam o dom do Espírito Santo (ver D&C 46:9–11).

O élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou quem pode receber dons espirituais:

“O Espírito de Cristo é dado a todos os homens e mulheres para que saibam discernir o bem do mal, e as manifestações do Espírito Santo são dadas para conduzir ao arrependimento e batismo daqueles que buscam sinceramente. Esses são dons preparatórios. A expressão dons espirituais vem em seguida.

Os dons espirituais são dados aos que recebem o dom do Espírito Santo. Como ensinou o profeta Joseph Smith, os dons do Espírito ‘são obtidos por esse meio’ [o Espírito Santo] e ‘não podem ser desfrutados sem o dom do Espírito Santo’ (…) (Teachings of the Prophet Joseph Smith, comp. Joseph Fielding Smith, Salt Lake City: Deseret Book Co., 1938, pp. 243, 245; ver também élder Marion G. Romney em Conference Report, abril de 1956, p. 72)” (“Spiritual Gifts” [Dons espirituais], Ensign, setembro de 1986, p. 68).

Todos os membros da Igreja têm ao menos um dom espiritual. Embora “a todos não são dados todos os dons” (D&C 46:11), todos os dons espirituais são encontrados coletivamente entre os membros da Igreja, “para que desse modo todos sejam beneficiados” (D&C 46:12). O élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou como podemos buscar os dons do Espírito:

“Um pré-requisito para buscar os dons pode requerer que saibamos quais são os dons que recebemos. (…)

Para descobrir os dons que recebemos, precisamos orar e jejuar. Com frequência, nossa bênção patriarcal nos diz quais são os dons que recebemos e declara a promessa dos dons que podemos receber se os procurarmos. Exorto cada um de vocês a descobrirem seus dons e a buscarem aqueles que vão guiá-los no trabalho de sua vida e ajudar o trabalho dos céus” (“Gifts of the Spirit” [Dons do Espírito], Ensign, fevereiro de 2002, p. 16).

A concessão de dons do Espírito é uma das maneiras pelas quais o Pai Celestial nos ajuda a tornar-nos mais semelhantes a Ele. O presidente George Q. Cannon (1827–1901), da Primeira Presidência, explicou: “Se todos nós somos imperfeitos, é nosso dever orar pelo dom que nos tornará perfeitos. Tenho imperfeições? Estou cheio delas. Qual é meu dever? Orar para que Deus me conceda os dons que vão corrigir essas imperfeições. Se sou irritado, é meu dever orar por caridade, que é sofredora e benigna. Sou um homem invejoso? É meu dever buscar caridade, que não inveja. O mesmo acontece com todos os dons do evangelho. Eles existem para esse propósito. Nenhum homem deve dizer: ‘Ah, não consigo evitar; é de minha natureza’. Ninguém é justificado nisso, porque Deus prometeu nos fortalecer para corrigir essas coisas, e nos dar dons que vão acabar com elas. Se um homem tem falta de sabedoria, é seu dever pedir sabedoria a Deus. O mesmo se dá com tudo o mais. Esse é o desígnio de Deus em relação a Sua Igreja. Ele quer que Seus santos sejam aperfeiçoados na verdade. Para esse propósito Ele dá esses dons e os concede aos que os buscam, para que sejam um povo perfeito sobre a face da Terra, a despeito de suas muitas fraquezas, porque Deus prometeu conceder os dons necessários para o aperfeiçoamento deles” (“Discourse by President George Q. Cannon”, Millennial Star, 23 de abril de 1894, pp. 260–261).

Doutrina e Convênios 46:13–27. Dons espirituais

Doutrina e Convênios 46:13–27 relaciona vários dons espirituais importantes, semelhantes aos relacionados em 1 Coríntios 12:8–11 e Morôni 10:8–17. Os primeiros santos necessitavam de um entendimento adequado dos dons espirituais para corrigir as expressões espirituais falsas que alguns dos recém-conversos de Kirtland, Ohio, tinham manifestado por meio de comportamentos religiosos extremos. O Senhor explicou que se os membros da Igreja se lembrassem desses dons e os buscassem, não seriam enganados (ver D&C 46:7–8). Ele ordenou aos santos que “sempre [retivessem na mente] o que são esses dons dados à igreja” (D&C 46:10). Anos mais tarde, o profeta Joseph Smith voltou a afirmar a importância dos dons espirituais na Igreja, ao redigir a sétima regra de fé, que cita vários desses dons.

Os dons do Espírito podem manifestar-se de inúmeras maneiras em nossa vida. Embora Doutrina e Convênios 46:13–27 cite aproximadamente 14 dons espirituais, conforme declarou o élder Bruce R. McConkie (1915–1985), do Quórum dos Doze Apóstolos: “Esses não são, de modo algum, todos os dons. Em seu sentido mais pleno, eles são infinitos em número e infindáveis em suas manifestações” (Mormon Doctrine, 2ª ed., 1966, p. 315).

Falando de dons espirituais adicionais, o élder Marvin J. Ashton (1915–1994), do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou:

“Citarei alguns dons que, apesar de nem sempre serem evidentes ou notados, são muito importantes. Entre esses dons podem estar os seus — dons não tão visíveis, mas ainda assim reais e valiosos.

Examinemos alguns desses dons menos perceptíveis: o dom de pedir, o dom de ouvir, o dom de escutar e acatar a voz mansa e delicada, o dom de chorar, o dom de evitar contendas, o dom de ser agradável, o dom de evitar vãs repetições, o dom de buscar a retidão, o dom de não julgar, o dom de buscar a orientação de Deus, o dom de ser discípulo, o dom de se importar com o próximo, o dom da ponderação, o dom de orar, o dom de prestar um testemunho poderoso e o dom de receber o Espírito Santo” (“Pois há muitos dons”, A Liahona, janeiro de 1988, p. 18).

Doutrina e Convênios 46:13–14. “A alguns é dado saber, pelo Espírito Santo, (…) A outros é dado crer nas palavras deles”

O Senhor ensinou aos santos de Kirtland, Ohio, que alguns são abençoados com o dom de saber, pelo poder do Espírito Santo, que Jesus é o Cristo (ver D&C 46:13). Outros são abençoados com o dom de acreditar nas palavras deles (ver D&C 46:14) até virem a saber por si mesmos. A crença, e não a dúvida, sempre é o primeiro passo rumo ao testemunho e à convicção. A crença no testemunho de outros é um dom do Espírito.

Doutrina e Convênios 46:23, 27. O dom do discernimento

Pelo dom do Espírito Santo, podemos tornar-nos dignos da orientação e da visão espiritual para discernir ou ver as coisas claramente. O presidente George Q. Cannon explicou por que é importante que os membros da Igreja procurem ter o dom do discernimento: “O dom do discernimento de espíritos não concede aos homens e às mulheres que o possuem apenas o poder de discernir o espírito com o qual outras pessoas possam estar possuídas ou influenciadas, mas dá-lhes o poder de discernir o espírito que influencia a eles próprios. Eles são capazes de detectar um falso espírito e também saber quando o Espírito de Deus reina dentro deles. Na vida particular, esse dom é de grande importância para os santos dos últimos dias. A posse e o exercício desse dom não permitirão que nenhuma influência maligna entre em seu coração ou inspire seus pensamentos, palavras ou ações. Eles vão repeli-lo. E se por acaso um espírito assim vier a possuí-los, assim que testemunharem seus efeitos eles o expulsarão, ou em outras palavras, eles se recusarão a ser conduzidos ou inspirados por ele” (Gospel Truth: Discourses and Writings of George Q. Cannon, comp. Jerreld L. Newquist, 1987, p. 157).

Para os líderes da Igreja, o Senhor concede o dom de “discernir todos esses dons, para que ninguém haja entre vós que, sem ser de Deus, professe tê-los” (D&C 46:27). Esse dom especial permite que aqueles que presidem a Igreja saibam discernir os espíritos falsos das legítimas manifestações do Espírito Santo.

Doutrina e Convênios 46:24. O dom das línguas

Há diferentes manifestações do dom das línguas.

  • Houve ocasiões ao longo da história da Igreja em que pessoas foram movidas pelo Espírito para falar a língua de Deus — a língua adâmica descrita na revelação moderna como “pura e impoluta” (Moisés 6:5–6, 46). Durante os acontecimentos que acompanharam a dedicação do Templo de Kirtland, muitos santos falaram e interpretaram línguas.

  • No dia de Pentecostes, quando o dom do Espírito Santo foi derramado de maneira extraordinariamente vigorosa, homens e mulheres receberam por meio do Espírito a capacidade de falar e entender línguas estrangeiras porém conhecidas (ver Atos 2:1–6). Com regularidade, os servos do Senhor, no mundo inteiro, recebem privilégios especiais no aprendizado de línguas, falando-as fluentemente e comunicando a mensagem de salvação a pessoas de todas as nações, tribos, línguas e povos.

  • As pessoas falam em línguas quando falam pelo poder do Espírito Santo, quando “[falam] na língua de anjos”, ou em outras palavras, “falam (…) as palavras de Cristo” (2 Néfi 31:13; 32:2–3).

O élder Robert D. Hales resumiu algumas precauções em relação ao dom de línguas:

“Foi-nos dito pelos profetas desta dispensação que a revelação para dirigir a Igreja não será dada por meio do dom de línguas. O motivo disso é que é muito fácil para Lúcifer reproduzir falsamente o dom de línguas e confundir os membros da Igreja.

Satanás tem o poder de nos iludir no tocante a alguns dos dons do Espírito. Um deles com o qual ele mais nos engana é o dom de línguas. Joseph Smith e Brigham Young (…) explicaram a necessidade de sermos cautelosos ao lidar com o dom de línguas.

‘Vocês podem falar em línguas para sua própria comodidade, mas dou-lhes isto como regra, que, se algo for ensinado pelo dom de línguas, não deve ser recebido como doutrina’ (Teachings of the Prophet Joseph Smith [Ensinamentos do Profeta Joseph Smith], sel. Joseph Fielding Smith, 1976, p. 229).

‘Não falem com o dom de línguas sem compreender ou sem interpretação. O diabo pode falar em vários idiomas’ (Teachings, p. 162).

‘O dom de línguas não (…) tem poder para ditar regras (…) à Igreja. Todos os dons e todas as investiduras concedidos pelo Senhor aos membros de Sua Igreja não são dados para controlar a Igreja, mas estão sob o controle e orientação do sacerdócio, e são por ele julgados’ (Discursos de Brigham Young, comp. John A. Widtsoe, 1941, p. 343)” (“Gifts of the Spirit”, pp. 14–15).

Doutrina e Convênios 47: Informações históricas adicionais

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John Whitmer

John Whitmer foi chamado para servir como historiador e registrador da Igreja (ver D&C 47).

John Whitmer, uma das Oito Testemunhas do Livro de Mórmon, havia auxiliado o profeta Joseph Smith como escrevente durante parte da tradução do Livro de Mórmon e posteriormente durante a tradução inspirada da Bíblia feita pelo profeta. Os deveres de John aumentaram depois que Oliver Cowdery partiu em outubro de 1830 para sua missão entre os lamanitas. John ajudou a fazer anotações nas conferências da Igreja e continuou a compilar as revelações que Joseph Smith havia recebido e a copiá-las em um livro de registros manuscritos que se tornaria conhecido como o Livro de Mandamentos e Revelações. Em março de 1831, o profeta Joseph Smith designou John Whitmer a escrever a história da Igreja. Mais tarde, John relatou: “Eu preferia não fazê-lo, mas cumprirei a vontade do Senhor, e se Ele assim o quer, desejo que Ele manifeste isso por meio de Joseph, o vidente” (em The Joseph Smith Papers, Histories, Volume 2: Assigned Histories, 1831–1847, p. 36). A revelação subsequente ao profeta confirmou o chamado de John Whitmer para “[escrever e conservar] uma história regular” da Igreja (D&C 47:1). John aceitou a vontade do Senhor e, por fim, preparou “uma narrativa histórica de 96 páginas que descrevia basicamente os acontecimentos ocorridos desde o outono de 1830 até meados da década de 1830” (em The Joseph Smith Papers, Documents, Volume 1: julho de 1828–junho de 1831, p. 285).

Doutrina e Convênios 47

O Senhor chama John Whitmer para registrar a história da Igreja e ser o escrevente do profeta

Doutrina e Convênios 47:1. “Escreva e conserve uma história regular”

O Senhor ordenou que a Igreja mantivesse registros precisos (ver D&C 21:1; 47:1–3; 72:5–6; 123:1–6; 127:6–9; 128:4–9). Atualmente, a manutenção e preservação de registros é uma alta prioridade na Igreja. Em 2009, a Igreja dedicou uma nova Biblioteca de História da Igreja, com o propósito de preservar manuscritos, livros, registros da Igreja, fotografias, histórias orais, bênçãos patriarcais, croquis, folhetos, jornais, periódicos, mapas, microfilmes e materiais audiovisuais. O élder Marlin K. Jensen, dos setenta, explicou por que continuam os esforços em preservar a história da Igreja:

“O objetivo primordial da história da Igreja é ajudar os membros a edificar a fé em Jesus Cristo e cumprir os convênios sagrados que fizeram. Para cumprir esse propósito, somos guiados por três importantes considerações:

Primeiro: buscamos prestar testemunho e defender as verdades fundamentais da Restauração.

Segundo: desejamos ajudar os membros da Igreja a se lembrarem das coisas maravilhosas que Deus já fez por Seus filhos.

Terceiro: temos o encargo escritural de ajudar a preservar a ordem revelada do reino de Deus. Isso inclui as revelações, os documentos, procedimentos, processos e padrões que estabelecem a ordem e a continuidade do exercício das chaves do sacerdócio, o adequado funcionamento dos quóruns do sacerdócio, a realização das ordenanças, e assim por diante — coisas essenciais para a salvação” (“Um registro será escrito entre vós”, A Liahona, dezembro de 2007, pp. 26–27).

Doutrina e Convênios 48: Informações históricas adicionais

Edward Partridge tinha sido chamado por revelação para ser o primeiro bispo da Igreja, sendo-lhe dada responsabilidade de “[administrar] aos pobres e necessitados” (D&C 42:34; ver também D&C 41:9). Antecipando a chegada dos santos que emigravam de Nova York, o bispo Partridge estava “ansioso para saber algo” sobre como se preparar para atender às necessidades deles (John Whitmer, em The Joseph Smith Papers, Histories, Volume 2: Assigned Histories, 1831–1847, p. 35). Surgiram também perguntas referentes ao local em que a cidade de Sião deveria ser estabelecida. Os membros novos da Igreja se perguntavam se deveriam planejar ficar permanentemente em Ohio ou preparar-se para mudarem-se novamente para onde quer que Sião estaria localizada. Por esses motivos, o profeta Joseph Smith buscou a orientação do Senhor e consequentemente recebeu a revelação que se encontra em Doutrina e Convênios 48.

Doutrina e Convênios 48

O Senhor diz aos santos como auxiliar os membros da Igreja que se mudariam de Nova York para Ohio

Doutrina e Convênios 48:1–3. Repartir com os outros

O Senhor aconselhou os santos de Kirtland a usar seus meios para ajudar os recém-conversos que chegariam a Ohio. Essa instrução deu aos membros da Igreja a oportunidade de praticar os princípios de consagração explicados em revelações prévias (ver D&C 38:24–25, 35; 41:5; 42:30). O presidente Thomas S. Monson contou uma experiência que ilustra como podemos ajudar os necessitados em nossos dias:

“Em uma fria noite do inverno de 1951, alguém bateu à minha porta. Um irmão alemão que morava em Ogden, Utah, apresentou-se e disse, ‘Você é o bispo Monson?’ Respondi que sim. Ele começou a chorar e disse: ‘Meu irmão, a esposa dele e a família estão chegando da Alemanha. Eles vão morar na sua ala. Você poderia vir conosco para ver o apartamento que alugamos para eles?’

A caminho do apartamento, ele me contou que não via seu irmão havia muitos anos. Ao longo do holocausto da Segunda Guerra Mundial, seu irmão havia permanecido fiel à Igreja, servindo como presidente de ramo antes de a guerra levá-lo para a frente russa.

Vi o apartamento. Era frio e feio. A pintura estava descascando, o papel de parede estava sujo, os armários vazios. Uma lâmpada de 40 watts, pendurada no teto da sala de estar, revelava um piso de linóleo com um grande buraco no meio. Senti-me muito triste. Pensei: ‘Que boas-vindas desanimadoras para quem já sofreu tanto’.

(…) O dia seguinte era domingo. Em nossa reunião do comitê de bem-estar da ala, um de meus conselheiros disse: ‘Bispo, você parece preocupado. Há algo errado?’

Relatei minha experiência da noite anterior aos presentes, revelando os detalhes do desconfortável apartamento. Seguiram-se alguns momentos de silêncio. Então, o irmão Eardley, líder do grupo de sumos sacerdotes, disse: ‘Bispo, você disse que o apartamento é mal iluminado e que o fogão e a geladeira precisam ser substituídos?’ Respondi que sim. Ele continuou: ‘Sou eletricista. Você permitiria que os sumos sacerdotes desta ala refizessem a fiação do apartamento? Eu gostaria também de convidar meus fornecedores a doarem um fogão e uma geladeira novos. Tenho a sua permissão?’ (…)

Em seguida, o irmão Balmforth, o presidente dos setenta, disse: ‘Bispo, como você sabe, eu trabalho com tapetes. Gostaria de convidar meus fornecedores para contribuírem com alguns metros de carpete, e os setentas poderiam facilmente instalá-lo para eliminar o desgastado piso de linóleo’.

Em seguida o irmão Bowden, presidente do quórum de élderes, falou. Ele disse que trabalhava com pintura de casas e acrescentou: ‘Eu forneço a tinta. Os élderes podem pintar o apartamento e trocar o papel de parede?’

A irmã Miller, presidente da Sociedade de Socorro, foi a próxima a falar: ‘Nós da Sociedade de Socorro não podemos suportar a ideia de armários vazios. Podemos abastecê-los?’

As três semanas que se seguiram foram inesquecíveis. Parecia que a ala inteira participava do projeto. Os dias se passaram e, na data marcada, a família chegou da Alemanha. O irmão de Ogden voltou a bater à minha porta. Com a voz embargada pela emoção, apresentou-me o irmão, a mulher e a família. Depois, perguntou: ‘Podemos ir ver o apartamento?’ Ao subir as escadas, ele repetia: ‘Não é muito, mas é mais do que eles tinham na Alemanha’. Ele não fazia ideia da transformação ocasionada e não sabia que muitos dos que haviam participado do projeto estavam lá dentro, esperando-nos.

A porta se abriu para revelar uma literal renovação de vida. Fomos saudados pelo aroma de madeira recém-pintada e de paredes recém-cobertas com o novo papel. A lâmpada velha de 40 watts já não existia, mesmo destino do linóleo gasto que ela iluminava. Pisamos no carpete macio e belo. Um giro pela cozinha nos apresentou um novo fogão e uma nova geladeira. As portas dos armários ainda estavam abertas; no entanto agora revelavam que cada prateleira estava repleta de alimentos. Como de costume, a Sociedade de Socorro havia feito a sua parte.

(…) O pai, compreendendo que tudo aquilo era para ele, tomou-me a mão para expressar sua gratidão. Sua emoção era intensa. (…)

Chegou a hora de partirmos. Ao descermos as escadas e sairmos para o ar noturno, a neve caía. Nenhuma palavra foi dita. Finalmente, uma garotinha perguntou: ‘Bispo, sinto-me tão bem como nunca me senti antes. Pode me dizer por quê?’

Respondi-lhe com as palavras do Mestre: ‘Quando o fizestes a um desses meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes’ (Mateus 25:40)” (“Um plano previdente — Uma preciosa promessa”, A Liahona, julho de 1986, pp. 66–67).

Doutrina e Convênios 48:4–6. “O local não será ainda revelado”

O Senhor alertou os santos a economizar dinheiro para a ocasião em que precisariam comprar terras para construir a cidade de Sião. Naquela época o Senhor ainda não havia revelado a localização de Sião além de declarar que seria “nas fronteiras, próximo aos lamanitas” (D&C 28:9). Poucos meses após a revelação que se encontra em Doutrina e Convênios 48, o Senhor revelou aos líderes da Igreja que Sião seria construída em Independence, Missouri (ver D&C 52:2–3; 57:1–5).

Doutrina e Convênios 49: Informações históricas adicionais

A aproximadamente 24 quilômetros ao sudoeste de Kirtland, Ohio, havia uma congregação que pertencia à Sociedade Unida de Crentes na Segunda Vinda de Cristo. Eles eram comumente conhecidos como shakers devido à sua maneira de adoração, que consistia em sacudir o corpo enquanto cantavam, dançavam e batiam palmas para acompanhar a música. Os shakers acreditavam que Cristo tinha voltado à Terra na forma de uma mulher, Ann Lee, que era a líder do movimento shaker. Os shakers acreditavam em uma vida totalmente celibatária (abstenção do casamento e de relações sexuais). Não consideravam o batismo essencial e alguns proibiam o consumo de carne. No início de 1831, um membro dos shakers, Leman Copley, converteu-se à Igreja e esperava que os élderes da Igreja fossem pregar o evangelho para seus antigos associados. Contudo, tal como acontece com alguns recém-conversos, ele ainda se apegava a algumas de suas antigas crenças falsas. A revelação que se encontra em Doutrina e Convênios 49, que o profeta Joseph Smith recebeu em 7 de maio de 1831, refutava várias das crenças dos shakers. Além disso, Sidney Rigdon, Parley P. Pratt e Leman Copley foram chamados para pregar à comunidade dos shakers. Pouco depois de a revelação ter sido dada, aqueles três homens visitaram os shakers, sendo-lhes permitido lê-la para uma congregação reunida, mas o grupo rejeitou a mensagem.

Leman Copley fez convênio sob os princípios da consagração de permitir que os santos que imigravam de Nova York fossem morar em sua fazenda, localizada em Thompson, Ohio. Contudo, após um breve período de tempo, ele quebrou esse convênio e exigiu que eles saíssem de sua propriedade. A fé que Leman tinha na Restauração enfraqueceu, e ele não se associou plenamente com os santos depois disso.

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local histórico da vila shaker, em North Union, Ohio

Em março de 1831, os missionários da Igreja visitaram a comunidade shaker neste local, em North Union (Shaker Heights), Ohio (ver D&C 49:1).

Doutrina e Convênios 49

O Senhor chama Sidney Rigdon, Parley P. Pratt e Leman Copley para pregar aos shakers, no norte de Ohio.

Doutrina e Convênios 49:1–4. “Desejam conhecer a verdade em parte, mas não toda”

O Senhor explicou que os shakers “[desejavam] conhecer a verdade em parte, mas não toda” (D&C 49:2). Embora os shakers procurassem seguir a Deus, acabaram rejeitando a mensagem da Restauração, conforme ensinada pelos missionários que foram chamados para proclamar a palavra do Senhor a eles. É essencial que os filhos de Deus aceitem todas as verdades doutrinárias que fazem parte do evangelho eterno. O élder Glenn L. Pace (1940–2017), dos setenta, descreveu como alguns membros da Igreja, hoje em dia, decidem apenas “conhecer a verdade em parte”:

“Alguns membros da Igreja praticam a obediência seletiva. Um profeta não é alguém que oferece um banquete espiritual no qual podemos montar o prato a nosso bel-prazer. (…) Um profeta não faz sondagens a fim de ver para que lado sopram os ventos da opinião pública, Ele revela a vontade do Senhor para nós. (…)

Em 1831, alguns conversos queriam levar algumas de suas crenças anteriores para a Igreja. Hoje em dia, nosso problema é com membros que parecem muito vulneráveis às tendências da sociedade (e com as pessoas que zombam daqueles que não acreditam neles) e desejam que a Igreja mude sua posição para se adaptar a deles. As doutrinas em que outras pessoas acreditam parecem muito atrativas para eles.

O conselho dado pelo Senhor em 1831 é relevante até hoje: ‘Eis que vos digo que eles desejam conhecer a verdade em parte, mas não toda, pois não são retos diante de mim e precisam arrepender-se’ (D&C 49:2).

Devemos aceitar toda a verdade — toda ela — ‘[revestir-nos] de toda a armadura de Deus’ (Efésios 6:11) e trabalhar na edificação do reino” (“Segui o profeta”, A Liahona, julho de 1989, p. 28).

Como o élder Dallin H. Oaks ensinou, o evangelho de Jesus Cristo exige que renunciemos a práticas que sejam contrárias aos ensinamentos do evangelho quando nos tornamos membros da Igreja:

“Para ajudar-nos a guardar os mandamentos de Deus, os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias têm o que chamamos de cultura do evangelho. É um modo de vida característico, um conjunto de valores, expectativas e práticas comuns a todos os membros. Essa cultura do evangelho provém do plano de salvação, dos mandamentos de Deus e dos ensinamentos dos profetas vivos. Guia-nos no modo como criamos nossa família e conduzimos nossa vida pessoal. (…)

Para ajudar seus membros em todo o mundo, a Igreja nos ensina a abandonar tradições ou práticas pessoais ou familiares que sejam contrárias aos ensinamentos da Igreja de Jesus Cristo e a esta cultura do evangelho” (“A cultura do evangelho”, A Liahona, março de 2012, pp. 22–23).

Doutrina e Convênios 49:7. Ninguém sabe a hora ou o dia da Segunda Vinda de Jesus Cristo

Os shakers acreditavam que a Segunda Vinda de Cristo já havia ocorrido e que Ele havia retornado na forma de uma mulher, Ann Lee. Essa crença é um exemplo dos ensinamentos falsos que o Salvador profetizou que seriam comuns nos últimos dias:

“Eis que (…), se alguém vos disser: Eis que o Cristo está aqui, ou ali, não deis crédito;

Porque nesses dias surgirão também falsos Cristos, e falsos profetas; e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível, enganarão até os eleitos, que são os eleitos de acordo com o convênio. (…)

Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais; Eis que ele está nas câmaras secretas; não acrediteis;

Porque assim como a luz da manhã sai do oriente, e brilha até o ocidente, e cobre toda a Terra, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Joseph Smith—Mateus 1:21–22, 25–26).

O profeta Joseph Smith (1805–1844) advertiu sobre aqueles que afirmam conhecer a hora da Segunda Vinda do Salvador: “Jesus Cristo nunca revelou a homem algum a hora precisa em que Ele viria (ver Mateus 24:36; D&C 49:7). Leiam as escrituras e nada encontrarão que especifique a hora exata em que Ele virá; e todos os que dizem isso são mestres falsos” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, p. 264).

Doutrina e Convênios 49:15–17. O casamento foi instituído por Deus

Os shakers criaram uma comunidade na qual os homens e as mulheres viviam separadamente e se abstinham de casar-se e de ter filhos. O apóstolo Paulo descreveu os ensinamentos falsos que levariam à apostasia nos últimos dias, incluindo o de “[proibir] o casamento” (ver 1 Timóteo 4:1, 3).

Em uma proclamação oficial promulgada em 1995, a Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos declararam que “o casamento entre homem e mulher foi ordenado por Deus e que a família é essencial ao plano do Criador para o destino eterno de Seus filhos” (“A Família: Proclamação ao Mundo”, A Liahona, novembro de 2010, p. 129).

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noivo e noiva do lado de fora do Templo de Curitiba Brasil

O Senhor revelou que “o casamento foi instituído por Deus para o homem” (D&C 49:15).

O élder L. Tom Perry (1922–2015), do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou por que o casamento e a família são tão importantes:

“Toda a teologia de nosso evangelho restaurado se concentra na família e no novo e eterno convênio do casamento. (…)

Cremos que os laços familiares e do matrimônio podem continuar além desta vida — que os casamentos realizados por aqueles que possuem a devida autoridade em Seus templos continuarão a ser válidos no mundo vindouro. Nossas cerimônias de casamento eliminam as palavras ‘até que a morte os separe’ e, em vez disso, mencionam ‘para esta vida e por toda a eternidade’.

Também cremos que famílias tradicionais fortes não são apenas a unidade básica de uma sociedade, uma economia e uma cultura de valores estáveis, mas que também são as unidades básicas da eternidade e do reino e governo de Deus. (…)

É por causa de nossa crença de que os casamentos e as famílias são eternos que nós, como Igreja, queremos liderar e participar de movimentos em todo o mundo para fortalecê-los” (“Por que o casamento e a família são importantes — Em todas as partes do mundo”, A Liahona, maio de 2015, p. 41).