Instituto
RECONHECER E DESENVOLVER TALENTOS E HABILIDADES


7

RECONHECER E DESENVOLVER TALENTOS E HABILIDADES

INTRODUÇÃO

Viemos para a Terra com uma combinação única de talentos e habilidades que continuamos a desenvolver durante nossa experiência na mortalidade. Temores e dúvidas impediram algumas pessoas de atingirem o pleno potencial de seus talentos e capacidades. Ajude seus alunos a aprenderem a identificar seus talentos e habilidades individuais e a tomarem a decisão de desenvolvê-los com dedicação, determinação e trabalho árduo. Os talentos e habilidades dos membros da Igreja são reservatórios de bênçãos quando são compartilhados de boa vontade.

PRINCÍPIOS A SEREM COMPREENDIDOS

  • Devido a nosso desenvolvimento na vida pré-mortal, todos nós viemos para a Terra com uma combinação única de talentos e habilidades.

  • Se confiarmos no Espírito, o Senhor nos ajudará a reconhecer e desenvolver nossos talentos e habilidades.

  • O Senhor nos ajudará a sobrepujar nossas dúvidas e temores, se buscarmos Sua ajuda para desenvolver nossos talentos e habilidades.

  • O desenvolvimento de talentos e habilidades exige trabalho individual.

SUGESTÕES DIDÁTICAS

Devido a nosso desenvolvimento na vida pré-mortal, todos nós viemos para a Terra com uma combinação única de talentos e habilidades.

Peça aos alunos que citem algumas pessoas talentosas ou capazes e anote suas respostas no quadro-negro. Pergunte:

  • Quanto tempo leva para desenvolver as habilidades que essas pessoas possuem?

  • Como os talentos e habilidades podem ser usados em benefício de outras pessoas?

  • Por que algumas pessoas parecem ter nascido com certos talentos e habilidades?

Leia a seguinte declaração do Élder Bruce R. McConkie, que foi membro do Quórum dos Doze Apóstolos:

“Cada pessoa nesta vida é dotada de talentos e capacidades que sua vida pré-terrena a tornou digna de receber. Alguns, por obediência à lei, adquiriram um talento e outros adquiriram outro na pré-existência, e todos trazem para a mortalidade esses talentos e capacidades lá adquiridos. (Abraão 3:22–23)” (Doctrinal New Testament Commentary, 3 vols., 1966–1973, volume 1, p. 688.)

Pergunte aos alunos:

  • Por que é importante desenvolver os talentos que trouxemos conosco de nossa vida pré-mortal?

  • De que maneiras nossos talentos nos ajudam a decidir que tipo de emprego buscamos?

  • Como você pode usar seus talentos em seu emprego?

  • Como você pode usar seus talentos para criar uma família?

  • Que talentos uma mãe pode considerar especialmente úteis ao criar os filhos?

Se confiarmos no Espírito, o Senhor nos ajudará a reconhecer e desenvolver nossos talentos e habilidades.

Pergunte: Como podemos descobrir quais são os nossos talentos e capacidades? As respostas podem incluir:

  • Reconhecer o que fazemos bem.

  • Perguntar a outras pessoas, como pais e amigos, quais eles acham ser os nossos talentos.

  • Realizar um teste vocacional ou de avaliação de habilidades, geralmente feito nas escolas ou empresas.

  • Aprender sobre diversos talentos ou habilidades lendo, observando ou conversando com outras pessoas.

  • Procurar conhecer melhor algumas áreas de interesse com ajuda de pessoas capacitadas nessas áreas que possam dar conselhos e sugestões.

  • Orar pedindo a orientação do Senhor.

  • Ler fervorosamente a bênção patriarcal.

  • Usar o tempo livre para explorar e desenvolver habilidades úteis.

Peça aos alunos que façam uma lista de alguns de seus talentos na seção “Anotações e Impressões” de seu respectivo manual e descrevam como planejam desenvolvê-los.

Peça aos alunos que identifiquem alguém muito habilidoso ou talentoso nas seguintes áreas e expliquem por que aquela pessoa os impressionou:

  • Uma profissão ou emprego

  • Música, arte ou outro talento

  • Um hobby ou aptidão doméstica

Peça aos alunos que leiam I Néfi 17:7–11, 16 e 18:1–2.

Pergunte:

  • Que talentos e habilidades Néfi usou para cumprir a tarefa que o Senhor lhe deu? (Ele foi capaz de forjar o metal e fazer suas próprias ferramentas.)

  • O que o Senhor fez para ajudar Néfi? (O Senhor mostrou a Néfi onde encontrar o metal e como construir o navio.)

Ajude os alunos a compreenderem que por confiar no Senhor, Néfi foi capaz de usar e desenvolver seus talentos.

Peça aos alunos que leiam 2 Néfi 5:15–17.

Pergunte: Por que vocês acham que Néfi foi capaz de ensinar seu povo a fazer todas essas coisas? (Ele tinha aprendido e desenvolvido aquelas habilidades previamente.)

O Senhor nos ajudará a sobrepujar nossas dúvidas e temores, se buscarmos Sua ajuda para desenvolver nossos talentos e habilidades.

Peça aos alunos que leiam Moisés 6:31. Desenhe a seguinte escala no quadro-negro:

(Temeroso) 1—2—3—4—5—6—7—8—9—10 (Confiante)

Peça aos alunos que escolham um número na escala que indique como eles acham que Enoque deve ter-se sentido em relação a sua capacidade. (Eles provavelmente escolherão um número baixo.) Peça-lhes que contem experiências em que tiveram que realizar uma tarefa para a qual não se sentiam capazes de completar ou realizar adequadamente e digam o que fizeram para vencer o desafio.

Peça a um aluno que leia Moisés 7:13 e identifique as realizações de Enoque.

Peça aos alunos que escolham um número na escala que indique qual era o nível de confiança que Enoque tinha então. Pergunte o que eles acham que influiu significativamente na confiança de Enoque.

Peça a um aluno que leia Moisés 6:32–34. Pergunte:

  • Como o Senhor ajudou Enoque a vencer suas dúvidas e temores?

  • Que princípios encontrados nessas escrituras podemos aplicar em nossa vida para ajudar-nos a ter confiança?

Pergunte aos alunos que conselho eles dariam nas seguintes situações:

  1. Um rapaz ou uma moça adquiriu confiança ao servir em uma missão bemsucedida. Contudo, desde que retornou para casa, essa pessoa não sentiu a confiança necessária para encontrar emprego significativo ou prosseguir nos estudos.

  2. Um jovem líder do sacerdócio não sabe bem como encontrar um equilíbrio entre seu chamado na Igreja e seus estudos.

  3. Um jovem casal está preocupado com sua capacidade de sustentar a família financeiramente.

Escreva no quadro-negro Não desista e Não desanime.

Leia a seguinte experiência:

O Élder Jeffrey R. Holland, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, contou que um jovem atravessou os Estados Unidos com sua jovem família, saindo de St. George, Utah, para Boston, Massachusetts, onde ele faria pós-graduação. Eles viajaram apenas 55 quilômetros, quando o carro quebrou. O Élder Holland deixou sua esposa, Pat, e dois filhos pequenos no carro e caminhou até uma cidade vizinha para pedir ajuda. Depois de receber auxílio, o carro foi consertado e levado de volta para St. George para inspeção. Então eles partiram novamente, e o carro parou outra vez a três metros do lugar em que havia quebrado da primeira vez.

Trinta anos depois, com os filhos já crescidos e casados, o Élder Holland e a esposa passaram novamente de carro pelo mesmo lugar em que ele deixara a família para pedir ajuda. Relembrando aquele incidente, ele disse que viu a si mesmo naquela ocasião, como um jovem desencorajado. Ele disse: “Seus ombros pareciam um pouco curvados, talvez por sentir o peso da responsabilidade de pai. (…) Nesse instante imaginário, não contive as palavras de ânimo e disse-lhe: ‘Não desista, rapaz. Não pare. Continue caminhando. Continue tentando. Existe ajuda e felicidade logo adiante, e muita, nos 30 anos a contar de agora, e depois disso também. Mantenha a cabeça erguida. Tudo terminará bem. Confie em Deus e acredite que boas coisas virão.’” (Conference Report, outubro de 1999, pp. 47–48; ou A Liahona, janeiro de 2000, pp. 44–45.)

Pergunte: Como o fato de não desistirmos nos ajuda a vencer nossas dúvidas e temores?

Peça a um aluno que leia o conselho do Presidente Gordon B. Hinckley, na página 47 do manual do aluno. Pergunte: O que mais os impressionou no conselho do Presidente Hinckley?

O desenvolvimento de talentos e habilidades exige trabalho individual.

Mostre aos alunos a gravura de alguém que você admire e explique por que considera aquela pessoa talentosa. Ou mostre a fotografia de um atleta, pianista, líder ou outra pessoa bem-sucedida. Um jornal local pode ser um bom lugar para encontrar a fotografia de alguém que possa ser usado como exemplo. Pergunte:

  • Como essas pessoas se tornaram bem-sucedidas? (Geralmente elas desenvolveram seu talento por meio de muito esforço e prática.)

  • Que papel o trabalho e a prática desempenham no desenvolvimento dos talentos?

  • Se praticássemos arduamente por bastante tempo, será que todos poderíamos tornar-nos pianistas de concerto? Por quê?

  • O que acontecerá com o talento de uma pessoa se não for usado ou desenvolvido?

Leia a seguinte declaração do Presidente James E. Faust, conselheiro na Primeira Presidência:

“A citação favorita do Presidente [Heber J.] Grant, quase como um lema para ele, era de Ralph Waldo Emerson: ‘Aquilo que persistimos em fazer se torna cada vez mais fácil para nós; não que a natureza da coisa em si mude, mas é nossa capacidade de realizá-la que aumenta.’” (Conference Report, abril de 2000, p. 57; ou A Liahona, julho de 2000, p. 55.)

As duas histórias seguintes tiradas da vida do Presidente Grant ilustram como ele desenvolveu talentos em áreas nas quais inicialmente tinha pouca habilidade.

  • Quando Heber J. Grant era criança, tinha pouca experiência em esportes. Entrou para um clube de beisebol, mas tinha que jogar com os mais jovens. Ele contou:

    “Um dos motivos é que eu não conseguia arremessar a bola de uma base para a outra do campo; outra razão é que me faltava força física para correr ou rebater a bola a contento. Quando eu pegava uma bola, os meninos sempre gritavam: ‘Jogue para cá, seu fracote!’ Fui alvo de tanta chacota por parte de meus colegas que prometi solenemente que um dia iria jogar beisebol na equipe que venceria o campeonato do Território de Utah.

    Naquela época, minha mãe alugava quartos da casa para poder sobreviver. Engraxei sapatos dos hóspedes até conseguir um dólar, que investi numa bola de beisebol. Passei horas e horas arremessando a bola contra o celeiro de um vizinho. (…) Muitas vezes meu braço doía tanto que eu mal conseguia dormir à noite. Mas continuei a praticar e finalmente fui aceito na equipe secundária de nosso clube. Em seguida, ingressei num clube melhor e por fim joguei no time que ganhou o campeonato do território. Então, ao cumprir a promessa que eu fizera a mim mesmo, afastei-me da arena do beisebol.” (“Work, and Keep Your Promises”, Improvement Era, janeiro de 1900, pp. 196–197.)

  • Quando jovem, Heber J. Grant “resolveu que um dia seria contador do banco Wells Fargo and Company. Naqueles dias, todos os registros e contas do banco eram escritos a caneta, e um dos requisitos para ser um bom contador era ter uma boa caligrafia. Aprender a escrever bem foi a primeira coisa que fez para garantir seu emprego e o cumprimento de sua resolução; então ele se esforçou para ter boa caligrafia.

    No início, sua caligrafia era tão ruim que, quando dois de seus colegas a viram, disseram um para o outro: ‘A letra dele parece pegadas de galinha’. ‘Não’, disse o outro, ‘parece mais como se um raio tivesse atingido o tinteiro’. Isso feriu o orgulho de Heber Grant, que bateu o punho na carteira e disse: ‘Um dia eu vou ser capaz de dar lições de caligrafia para vocês’(…) .

    Quando Heber, ainda adolescente, estava trabalhando como secretário de apólices no escritório da H. R. Mann and Co., foi-lhe oferecido o triplo de seu salário para que fosse a San Francisco trabalhar como calígrafo. Ele se tornou professor de caligrafia e contabilidade na Universidade de Deseret (Universidade de Utah).” (Bryant S. Hinckley, Heber J. Grant: Highlights in the Life of a Great Leader, 1951, pp. 39–40.)

    Quando Heber tinha 19 anos de idade, ele alcançou seu objetivo de trabalhar na Wells Fargo and Company. (Ver Hinckley, Heber J. Grant, p. 42.)

Pergunte: Por que a maioria dos sucessos resultam de trabalho árduo?

Incentive os alunos a desenvolverem seus talentos e capacidades. Leia a seguinte declaração do Presidente Gordon B. Hinckley:

“Eu não poderia desejar-lhes nada melhor do que uma vida produtiva, com serviço dedicado e voluntário e contribuições para o conhecimento e o bemestar do mundo em que vivem. E que o façam em espírito de submissão e fidelidade diante de Deus. Ele os ama. Nós os amamos. Queremos que sejam felizes e bem-sucedidos, que façam contribuições significativas para o mundo e para o progresso desta grande e majestosa obra do Senhor.” (“Conselhos e Oração do Profeta para os Jovens”, A Liahona, abril de 2001, p. 40.)

SUGESTÕES DE DESIGNAÇÕES PARA OS ALUNOS

  • Peça aos alunos que relacionem ou examinem na seção “Anotações e Impressões” de seu respectivo manual os talentos e habilidades que eles acham que têm. Peça então que cada aluno pergunte a alguém por quem tenha respeito que faça uma lista dos talentos e habilidades que aquela pessoa acha que o aluno tem. Peça aos alunos que comparem as duas listas e identifiquem dois talentos ou habilidades nos quais se concentrarão para desenvolvê-los.

  • Depois que os alunos tiverem identificado alguns de seus talentos e habilidades, peça-lhes que determinem quais deles poderão ajudá-los a obter um bom emprego. Depois, pergunte: Se nenhum dos talentos e habilidades que você identificou for diretamente relacionado a aptidões vocacionais, será que algum deles poderia ser usado para contribuir com um ambiente positivo em seu lugar de trabalho? Como?