Instituto
13 ‘ESSAS COISAS TE SERVIRÃO DE EXPERIÊNCIA’


13

13 “ESSAS COISAS TE SERVIRÃO DE EXPERIÊNCIA”

INTRODUÇÃO

Os desafios e tribulações fazem parte de nossa provação mortal. Se as enfrentarmos com fidelidade, as dificuldades da vida podem tornar-se oportunidades para nosso crescimento espiritual. Ajude seus alunos a compreenderem que o auxílio do Salvador pode proporcionar-nos paz durante as tribulações. (Ver João 16:33.) O Élder Neal A. Maxwell, membro do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou que a adversidade deve ser suportada e que devemos aprender com ela: “Enfrentamos verdadeiras tempestades que passam com grande turbulência em nossa vida, mas elas não duram para sempre. Podemos aprender a importante diferença entre uma nuvem local e passageira com as trevas generalizadas” (Lord Increase Our Faith, 1994, p. 43).

PRINCÍPIOS A SEREM COMPREENDIDOS

  • A adversidade faz parte de nossa experiência mortal.

  • Os desafios da mortalidade podem ajudar-nos a crescer.

  • Conservar a fé em Jesus Cristo ajuda-nos a resolver problemas e vencer a adversidade.

  • Precisamos perseverar até o fim.

SUGESTÕES DIDÁTICAS

A adversidade faz parte de nossa experiência mortal.

Pergunte aos alunos como eles completariam a seguinte frase: “Minha vida será mais fácil quando eu finalmente”.

Lembre-lhes que é muito comum esperar que a vida seja simples e agradável, mas para muitos, a vida é bastante difícil. Leia a seguinte declaração do Presidente Boyd K. Packer, Presidente Interino do Quórum dos Doze Apóstolos:

“Não estaremos imunes às provações que hão de vir, seja na vida pessoal, familiar e como nação. Ninguém será poupado das tribulações que ocorrem costumeiramente em casa, na família, no trabalho, tampouco poderá evitar as decepções, tristezas, doenças, a velhice e por fim a morte” (A Liahona, julho de 2000, p. 9).

Explique-lhes que há três categorias de tribulações pelas quais podemos passar:

  1. Aquelas que foram provocadas pelos nossos próprios erros.

  2. Aquelas que nos foram impostas por outros.

  3. Aquelas que simplesmente fazem parte da vida mortal.

Peça aos alunos que citem exemplos de quaisquer dessas três categorias.

Leia o seguinte conselho dado pelo Presidente Gordon B. Hinckley e peça aos alunos que identifiquem como devemos reagir às tribulações:

“Gosto destas palavras de Jenkins Lloyd Jones, que eu recortei de um jornal há alguns anos. Ele diz: (…)

‘Quem acredita que a alegria é normal vai perder muito tempo gritando aos quatro ventos que foi roubado.

[A verdade é que] (…) a maioria dos ossos é dura de roer. Na maioria das vezes as crianças, quando crescem, não se tornam nada além de pessoas comuns. A maioria dos casamentos bem-sucedidos exige um alto grau de tolerância mútua. A maioria dos empregos é maçante a maior parte do tempo. (…)

A vida é como as viagens de trem de antigamente: atrasos, desvios, fumaça, poeira, cinzas e solavancos; uma vez ou outra podem-se avistar belas paisagens e haver arrancadas emocionantes.

O segredo é ser grato ao Senhor por permitir-lhe fazer a viagem’ (“Big Rock Candy Mountains”, Deseret News, 12 de junho de 1973, p. A4)” (“Uma Conversa com os Adultos Solteiros, A Liahona, novembro de 1997, p. 20).

Leia com os alunos Doutrina e Convênios 122:7 e 136:31. Peça-lhes que sublinhem a frase em cada versículo que indique por que o Senhor permite provações na vida de Seus filhos. Peça-lhes que escrevam na seção “Anotações e Impressões” de seu manual do aluno algumas das provações que já enfrentaram.

Pergunte: Como vocês se tornaram uma pessoa melhor como resultado de suas provações?

Mostre uma lixa e um pedaço de madeira. Ao lixar a madeira, pergunte:

  • Que valor tem esse pedaço de papel áspero?

  • A que aspecto de nossa vida pode ser comparado o processo de lixar a madeira?

Leia a seguinte declaração do Élder Neal A. Maxwell, membro do Quórum dos Doze Apóstolos:

“Na vida, a lixa das circunstâncias freqüentemente alisa nossas imperfeições e pacientemente aplaina nossas asperezas. No entanto, não há nada agradável nesse processo. E o Senhor Se dará a muito trabalho para ensinar-nos uma lição específica e para ajudar-nos a vencer uma determinada fraqueza, especialmente se não houver nenhum outro modo de fazê-lo” (Notwithstanding My Weakness, 1981, pp. 67–68).

Pergunte:

  • Como as nossas provações nos aperfeiçoam e nos preparam para a vida eterna?

  • De que modo nossa atitude faz uma diferença quando enfrentamos os desafios da mortalidade?

Os desafios da mortalidade podem ajudar-nos a crescer.

Peça a um aluno fisicamente capaz que venha para a frente da classe e faça dez flexões de braço. Em seguida, peça a outro aluno que se erga e faça os movimentos dos braços e mãos no ar, como se estivesse fazendo flexões de braço.

Pergunte:

  • Por que a resistência é um fator importante para o desenvolvimento muscular?

  • De que modo isso pode ser comparado ao crescimento espiritual?

Ajude-os a compreender que as provações da vida freqüentemente proporcionam a resistência pela qual poderemos aumentar nossas forças como santos dos últimos dias.

Escreva o seguinte no quadro-negro:

  • Degraus para o alto ou pedras de tropeço?

  • As provações podem aperfeiçoar-nos.

  • As aflições podem ser um castigo divino.

Peça aos alunos que leiam as declarações dos Élderes John B. Dickson, Richard G. Scott e Neal A. Maxwell, na página 91 de seu manual do aluno. Peça-lhes que expliquem como as frases no quadro-negro se relacionam a cada declaração.

Pergunte:

  • Quais são os desafios mais comuns que os jovens enfrentam?

  • Quais vocês descobriram ser as respostas mais úteis nesses tipos de desafios?

  • De que maneiras suas dificuldades os ajudaram a tornarem-se uma pessoa melhor?

Conservar a fé em Jesus Cristo ajuda-nos a resolver problemas e vencer a adversidade.

Peça aos alunos que pensem numa ocasião em que enfrentaram obstáculos insuperáveis e não tinham certeza do que precisavam fazer. Depois, peça-lhes que identifiquem qual das seguintes perguntas é mais provável de conduzir ao crescimento durante as provações sérias e explique o motivo:

  • Por que isso tinha que acontecer comigo?

  • O que posso aprender com essa experiência?

  • Há algo que devo mudar em minha vida?

  • Por que tenho que passar por isso agora?

  • Será que fiz alguma coisa para causar isso?

  • Como o Senhor me abençoou e me ajudou nas tribulações passadas?

Peça aos alunos que leiam II Reis 6:14–15 e identifiquem a pergunta feita pelo servo de Eliseu. Peça aos alunos que leiam os versículos 16–17 e pergunte:

  • Que grande lição Eliseu ensinou a seu servo sobre como enfrentar a adversidade e as provações? (Ver v. 16.)

  • O que Eliseu sabia que seu servo desconhecia? (Ver v. 17.)

  • Como vocês acham que o jovem servo se sentiu quando conseguiu ver os cavalos e as carruagens de fogo?

  • Como podemos aplicar essa história à nossa própria vida?

Leia a seguinte declaração de Jeffrey R. Holland, que veio a tornar-se membro do Quórum dos Doze Apóstolos:

“No evangelho de Jesus Cristo você tem ajuda de ambos os lados do véu, e jamais deve se esquecer disso. Quando tiver desapontamentos e sentir desânimo, o que sem dúvida há de acontecer, lembre e nunca esqueça que se nossos olhos pudessem ser abertos veríamos cavalos e carruagens de fogo até onde a vista alcança correndo a toda velocidade para vir proteger-nos. Eles sempre estarão lá, os exércitos do céu, para defender a semente de Abraão” (“Para Tempos Difíceis”, A Liahona, janeiro de 1982, p. 11).

Pergunte: Por que é importante lembrar-nos de que, se seguirmos os princípios do evangelho, os “exércitos do céu” nos apoiarão?

Precisamos perseverar até o fim.

Designe alunos para lerem as três escrituras abaixo e compartilhar o que elas ensinam sobre a perseverança até o fim: 2 Néfi 31:20; Doutrina e Convênios 24:8; 121:7–8.

Explique-lhes que jamais devemos desistir quando os problemas e os sofrimentos a eles associados se multiplicarem. Podemos receber forças do Senhor, sabendo que a incerteza a respeito de nossos problemas faz parte de nosso teste na mortalidade. Demonstramos nossa fidelidade ao Senhor e nosso amor por Ele cumprindo os princípios do evangelho quando estivermos enfrentando desafios inesperados. Perseverar até o fim não é simplesmente agüentar os momentos difíceis da vida sem fazer nada.

Leia a seguinte declaração do Élder Neal A. Maxwell:

“Como não houve isenção de sofrimento para Cristo, como pode haver para nós? Será que realmente desejamos ser imunes à adversidade? Principalmente se soubermos que certos tipos de sofrimento podem aumentar nosso crescimento nesta vida? Privar-nos dessas experiências, por mais que o desejemos momentaneamente, seria o mesmo que privar-nos dos resultados pelos quais bradamos com antecipada alegria quando as experiências da vida nos foram explicadas há tanto tempo, no mundo anterior à nossa vinda para a Terra.

A vida é uma escola na qual nos matriculamos não apenas voluntariamente mas com regozijo; e se o diretor da escola utiliza um currículo — de uso comprovado em vários outros mundos, para trazer felicidade aos que dele participam — e se concordamos que uma vez matriculados não poderíamos desistir, e também concordamos em passar por exames que realmente testariam nossa capacidade e percepção, o que o diretor experiente faria mais tarde, se houvesse reclamações? Principalmente se, em Sua aparente ausência, muitas das crianças da escola rasgassem seus cadernos de instrução e exigissem que o exame fosse interrompido por causar dor? (…) Somente aprenderemos, se fizermos o curso completo!” (All These Things Shall Give Thee Experience, 1979, pp. 26–27.)

Leia ou cante com os alunos a quinta estrofe do hino “Que Firme Alicerce” (Hinos, nº 42). Peça-lhes que procurem descobrir o que ele ensina sobre a adversidade:

Se provas de fogo tiverdes que passar,

Tereis sua graça a vos amparar.

A chama não pode o fiel consumir

Mas queima a escória e o ouro faz surgir.

SUGESTÕES DE DESIGNAÇÕES PARA OS ALUNOS

  • Peça aos alunos que identifiquem duas pessoas que eles conheçam que tenham enfrentado muitas provações na vida e, se possível, perguntem a elas como cresceram com suas experiências. Incentive os alunos a expressarem sua gratidão a essas pessoas, bem como os sentimentos e a admiração que tiveram pelo que elas contaram. Diga-lhes que estejam preparados para contar na próxima aula o que aprenderam sobre como perseverar diante dos desafios que freqüentemente enfrentamos.