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Pureza Moral


Lição 34

Pureza Moral

O propósito desta lição é ajudar-nos a entender a importância de sermos moralmente limpos.

Introdução

No mundo atual há diferentes padrões de moralidade. Esses padrões freqüentemente mudam com o tempo e as circunstâncias. Ao contrário, os padrões de Deus referentes à pureza moral nunca mudam, pois Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre.

As escrituras falam-nos que “nada que é impuro pode habitar com Deus”. (1 Néfi 10:21) O Apóstolo Paulo escreveu:

“Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?

Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo”. (I Coríntios 3:16–17) Nosso corpo é sagrado. O Senhor deu-nos um corpo com um propósito divino, e Ele espera que o mantenhamos limpo e digno de receber Seu Espírito.

O Poder de Criar a Vida É Sagrado

É importante que nós, portadores do sacerdócio, mantenhamo-nos moralmente limpos, pois as bênçãos mais importantes que podemos receber estão ligadas à pureza moral. Um dos muitos poderes de Deus, é o poder de dar a vida. Ele deu-nos Seu poder de criar vida permitindo-nos que trouxéssemos filhos ao mundo. Devido à divindade desse poder, Ele deu mandamento a todos os Seus filhos de que o usassem corretamente, reservando-o apenas para o casamento. Disse-nos também que o desejo inerente a esse grande poder precisa ser controlado e usado dentro dos limites estabelecidos por Ele. O Élder Boyd K. Packer ensinou: “Grande parte da felicidade que poderá advir-nos nesta vida dependerá de como usarmos esse sagrado poder da criação”. (Ver “Why Stay Morally Clean”, New Era, julho de 1972, p. 4–6.)

O Élder Richard G. Scott ensinou:

“Dentro do eterno convênio do casamento, o Senhor permite ao marido e mulher a expressão dos poderes sagrados da procriação em todo o seu amor e beleza de acordo com os limites estabelecidos por Ele. Um dos propósitos dessa experiência particular, sagrada e íntima é prover corpos físicos para os espíritos do Pai Celestial que desejam viver as experiências da mortalidade. Outra razão da existência desses belos e fortes sentimentos de amor é a união de marido e mulher em lealdade, fidelidade, consideração mútua e propósito em comum.

No entanto, esses atos íntimos são proibidos pelo Senhor fora do compromisso do casamento pois subestimam Seus propósitos. Dentro do sagrado convênio do sacramento, tais relacionamentos estão de acordo com Seu plano. Quando usados de qualquer outro modo, não estão de acordo com a Sua vontade.” (Conference Report, outubro de 1994, p. 50; ou Ensign, novembro de 1994, p. 38)

Morôni ensina-nos que a virtude é o que há de “mais caro e precioso do que tudo”. (Morôni 9:9) Devemos manter-nos moralmente limpos para que possamos criar nossa família em retidão e viver em paz e harmonia.

A Lei de Deus sobre a Pureza Moral

Deus nunca mudou Suas leis e mandamentos concernentes ao pecado sexual, embora o homem tente mudá-lo para satisfazer a seu próprio prazer. A lei da castidade significa que um homem não deve ter relações sexuais com ninguém exceto sua própria esposa. O Senhor ordenou: “Não adulterarás”. (Êxodo 20:14) Contudo, a lei da castidade não se limita somente ao adultério. Ela extende-se a todos os usos impróprios do divino poder da procriação. Entre as maneiras pelas quais os homens fazem mau uso desse poder sagrado está a fornicação (incluindo viver juntos sem casar), homossexualidade, aborto e masturbação.

A castidade inclui pensamentos limpos e recato no vestir. As escrituras falam-nos que nossas ações são resultados de nossos pensamentos. (Ver Provérbios 23:7.) Devemos manter nossos pensamentos virtuosos e sermos modestos na maneira de vestir, falar e agir.

• Peça a um membro da classe, previamente designado, que conte a história do Presidente Kimball.

“O pecado, como uma jornada, começa com o primeiro passo; e a sabedoria e a experiência ensinam que é mais fácil resistir à primeira tentação do que às posteriores, quando a transgressão já começou a tomar forma. Isso é demonstrado na história da cotovia. Pousada nos altos ramos de uma árvore, livre de qualquer perigo, viu um viajante caminhando pela floresta com uma misteriosa caixinha preta embaixo do braço. A cotovia voou e pousou no ombro do viajante. ‘O que você leva nessa caixinha preta?’ perguntou o pássaro.

‘Minhocas’, respondeu o viajante.

‘São para vender?’

‘São, e bem baratas. Só uma pena por minhoca’.

A cotovia pensou um pouco. ‘Devo ter um milhão de penas. Não vou sentir falta de uma só. Esta é uma boa oportunidade de conseguir um jantar sem nenhum esforço. Então disse que compraria uma. Procurou cuidadosamente embaixo da asa uma pena bem pequena. Estremeceu um pouco ao arrancá-la, mas o tamanho e a qualidade da minhoca fizeram-na logo esquecer a dor. Lá em cima, na árvore, começou a cantar com a mesma beleza de antes.

No dia seguinte o homem também apareceu, e mais uma vez ela trocou uma pena por uma minhoca. Que modo maravilhoso e fácil de conseguir um jantar!

Dali para a frente, todo o dia a cotovia entregava uma pena, e cada perda parecia doer menos e menos. No começo tinha tantas penas, mas com o passar dos dias sentiu que foi ficando mais difícil voar. Finalmente, após perder uma de suas últimas penas, não conseguia mais alcançar o topo da árvore, muito menos voar tão alto como antes. Esvoaçava no máximo dois metros e via-se forçada a procurar alimento junto com os belicosos pardais.

O vendedor de minhocas não apareceu mais, pois não havia mais penas para pagar as refeições. A cotovia deixou de cantar, pois sentia-se envergonhada de seu estado decaído.

É assim que os hábitos indignos tomam conta de nós — a princípio dolorosamente, depois com maior facilidade, até que por fim nos encontramos destituídos de tudo que nos leva a cantar e voar a grandes altitudes. É assim que se perde a liberdade. É assim que nos envolvemos no pecado.” (O Milagre do Perdão [1969], p. 214–215)

Controlar os pensamentos, usar roupas recatadas e obedecer aos mandamentos de nosso Pai Celestial são maneiras de mantermo-nos puros e desenvolver hábitos dignos.

Quando o filho de Alma cometeu fornicação, Alma disse-lhe: ‘Não sabes, meu filho, que essas coisas são uma abominação à vista do Senhor? Sim, mais abomináveis que todos os pecados, salvo derramar sangue inocente ou negar o Espírito Santo?’ (Alma 39:5)

Precisamos entender claramente a seriedade da imoralidade. Devemos não somente viver uma vida limpa, mas também incentivar a pureza moral nos outros, especialmente em nossos filhos.

• Como podemos ensinar nossos filhos a serem moralmente limpos?

O Poder do Sacerdócio e Pureza Moral

Ninguém pode transgredir as leis da castidade e esperar ter paz, a não ser que se arrependa sinceramente do pecado. O Livro de Mórmon ensina-nos que o Espírito Santo não habitará em templos impuros. (Ver Helamã 4:24.) E se perdermos o poder do Espírito Santo, será impossível utilizarmos a autoridade do sacerdócio que nos foi conferida. O Senhor disse: ‘E sejam todas as coisas feitas com limpeza diante de mim’. (D&C 42:41) Quando estamos moralmente puros, o Espírito Santo pode atuar a fim de ajudar-nos a exercer nosso poder do sacerdócio de maneira adequada. Desse modo, o sacerdócio é uma grande proteção contra o pecado. Ao usá-lo de maneira justa, não somente servimos ao próximo eficientemente, como também adquirimos poder para desviarmo-nos das tentações. O Élder A. Theodore Tuttle deu-nos um exemplo de como a iniqüidade impossibilita-nos de usar nossa autoridade do sacerdócio:

‘Um rapaz tolo fora entrevistado para a missão’, escreveu o Élder Tuttle’, e apesar de lhe terem sido feitas algumas perguntas bem objetivas, ele respondeu com mentiras. (…) Ele então partiu e tentou ensinar o evangelho. Esse, naturalmente, foi o seu teste final, e o teste no qual ele não conseguiu passar. O missionário descobriu que não poderia fazer o trabalho missionário sem o Espírito do Senhor. (…) Assim, esse missionário teve que arrepender-se e (…) confessar que havia mentido aos que o haviam entrevistado, a fim de que o Espírito do Senhor pudesse estar com ele’. (“Men with a Message”, address to Seminary and Institute faculty at Brigham Young University, 1958, p. 2)

O Presidente Spencer W. Kimball deu alguns conselhos que poderiam ter sido úteis ao missionário da história mencionada acima. Ele ensinou que “qualquer tipo de namoro ou encontros sociais com pessoas do sexo oposto devem aguardar até pelo menos os dezesseis anos de idade ou mais, e mesmo assim, muito critério deve ser usado nas seleções e na seriedade. Os jovens ainda devem limitar os contatos mais próximos durante vários anos, visto que o rapaz irá para a missão quando tiver 19 anos”. (“The Marriage Decision”, Ensign, fevereiro de 1975, p. 4)

O Presidente Kimball também explicou que “entre os pecados sexuais mais comuns cometidos pelos nossos jovens encontramos as intimidades. Essas relações impróprias em geral não apenas conduzem à fornicação (…) e abortos — todos pecados abomináveis — mas por si só são males perniciosos e é quase sempre difícil para os jovens distinguir onde um começa e o outro termina”. (O Milagre do Perdão [1969], p. 65)

• Como o conselho do Presidente Kimball teria ajudado o jovem missionário?

Ao conservarmo-nos castos e virtuosos, possibilitamos ao Senhor abençoar-nos com poder espiritual. Algumas vezes, contudo, cometemos erros. Caso isso aconteça, devemos falar com nosso presidente de ramo, bispo, ou presidente de missão. Ele nos aconselhará e ajudará a nos arrependermos.

O Senhor está tão ansioso em perdoar-nos quando confessamos nossos pecados assim como está em ajudar-nos a mantermo-nos moralmente limpos. Ele conhece nossas fraquezas e proverá um meio para que possamos resistir às tentações. (Ver I Coríntios 10:13.) Além disso, Ele enviou-nos profetas para guiar-nos e ensinar-nos a viver os padrões que Ele nos deu.

Se fizermos tudo o que for necessário para tornarmo-nos moralmente limpos diante do Senhor, seremos capazes de “ter confiança — sem termos medo, vergonha ou constrangimento — na presença de Deus. Essa é a promessa feita a todos os homens e mulheres virtuosos”. (Gordon B. Hinckley, Conference Report, outubro de 1970, p. 66; ou Improvement Era, dezembro de 1970, p. 73)

De que maneira o nosso exemplo de pureza moral influencia a atitude de nossos filhos? O que podemos fazer para dar-lhes um bom exemplo?

Como portadores do sacerdócio, não podemos cumprir nossos deveres espirituais a menos que estejamos moralmente limpos. A melhor maneira de alcançarmos essa condição é manter nosso corpo e mente puros e lembrarmo-nos da santidade do poder da criação. Se dermos exemplo de obediência às leis morais, nossos filhos aprenderão a importância da pureza moral e se esforçarão por manterem-se moralmente limpos.

Conclusão

O Senhor deu-nos mandamentos para que sejamos felizes. Sempre que obedecemos a uma lei de Deus, recebemos uma bênção; porém, sempre que quebramos uma lei, sofremos o resultado desse ato. Viver moralmente limpos beneficia-nos de muitas formas. Uma vida moralmente limpa promove a felicidade em nosso lar e no casamento. Faz com que evitemos o sentimento de desconfiança e remorso. Mantém-nos dignos de servirmos ao Senhor. Permite que freqüentemos o templo. Permite-nos como portadores do sacerdócio exercer o sacerdócio de modo eficaz em favor de outros. Acima de tudo ajuda-nos a sermos dignos de habitar na presença do Pai Celestial por toda a eternidade.

Desafios

Tome as medidas necessárias para tornar-se moralmente limpo.

Discuta com sua família a importância da pureza moral e como ser moralmente limpo.

Escrituras Adicionais

  • Mateus 5:27–28 (não devemos cometer adultério em nosso coração)

  • I Timóteo 2:9–10 (a importância da modéstia)

  • 2 Néfi 9:36, 39 (as recompensas da pureza moral, as punições pela imoralidade)

  • Jacó 2:27–28 (o Senhor deleita-se na castidade)

  • Doutrina e Convênios 42:22–24, 80–81 (as penalidades da imoralidade)

  • Doutrina e Convênios 88:86 (a pureza moral preserva a liberdade pessoal)

Preparação do Professor

Antes de apresentar esta lição:

  1. Leia Princípios do Evangelho, capítulo 39, “A Lei da Castidade”.

  2. Designe um membro da classe para ler ou apresentar a história contada pelo Presidente Kimball sobre a cotovia.

  3. Designe membros da classe para apresentar histórias, escrituras ou citações que você queira.