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Capítulo 48: Mórmon 1–6


Capítulo 48

Mórmon 1–6

Introdução

Depois de resumir o registro do ministério do Senhor entre os nefitas e dos 200 anos de paz que se seguiram, Mórmon conta que a partir do ano 200, o orgulho, a desunião e a iniquidade alastraram-se (ver 4 Néfi 1:24–47). Em Mórmon, lemos os eventos que o próprio Mórmon presenciou. Um deles foi o fim da civilização nefita. Dos capítulos 1 a 6 de Mórmon, salientamos sua tristeza com a destruição de seu povo, destruição essa que lhes sobreveio porque as pessoas rejeitaram o Senhor e Seu evangelho. Nós podemos decidir-nos a evitar que essa calamidade ocorra em nossa vida.

Comentários

Mórmon 1:1. “Eu, Mórmon”

  • O Profeta Joseph Smith (1805–1844) ensinou que “a palavra ‘Mórmon’ significa literalmente ‘muito bom’” (History of the Church, vol. 5, p. 400; ver também Ensinamentos do Profeta Joseph Smith, 1975, p. 292).

  • Recapitulando a vida de Mórmon, o Presidente Gordon B. Hinckley (1910–2008) mencionou o significado desse nome que se tornou sinônimo de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias:

    “Permitam-me recordar por um momento da grandeza e da bondade desse homem chamado Mórmon. Ele viveu neste continente, no continente americano, no século IV da era Cristã. Quando Mórmon estava com dez anos, o historiador de seu povo, cujo nome era Amaron, descreveu-o como sendo ‘um menino sério e de percepção rápida’ (Mórmon 1:2). Amaron disse-lhe que, quando atingisse a idade de vinte e quatro anos, deveria tomar sob sua guarda os registros das gerações que o precederam.

    Os anos que se seguiram à infância de Mórmon foram anos de terrível derramamento de sangue em seu país, de uma guerra longa e feroz entre aqueles chamados de nefitas e os chamados de lamanitas.

    Posteriormente, Mórmon tornou-se o chefe dos exércitos nefitas e testemunhou a matança de seu povo, que deixou claro para eles que suas repetidas derrotas se deviam ao fato de terem abandonado o Senhor e, portanto, Ele os abandonara. (…)

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    Mórmon Lamenta a Destruição dos Nefitas

    Ele dirigia-se a nossa geração quando escreveu palavras de advertência e de apelo, proclamando com eloquência seu testemunho do Cristo ressurreto. Ele alertou-nos das calamidades que viriam se abandonássemos o caminho do Senhor como o povo dele havia feito.

    Ciente de que sua própria vida logo chegaria ao fim, pois seus inimigos caçavam os sobreviventes, ele fez a nossa geração um apelo para que tivéssemos fé, esperança e caridade, e declarou: ‘a caridade é o puro amor de Cristo e permanece para sempre; e para todos os que a possuírem, no último dia tudo estará bem’ (Morôni 7:47).

    Tamanha era a bondade, a força, o vigor, a fé e a visão profética desse profeta e líder chamado Mórmon” (Conference Report, outubro de 1990, pp. 69–70; ou Ensign, novembro de 1990, p. 52).

Mórmon 1:16. Rebelião Deliberada contra Deus

  • O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, comparou a maturidade espiritual de Mórmon ao estado pecaminoso de seu povo. A despeito da retidão de seus desejos, Mórmon foi proibido de pregar devido à rebelião do povo. “Mórmon, aos quinze anos de idade, estava amadurecendo e não se misturou ao pecado que o cercava e ao desespero de sua época. A consequência foi que ele foi visitado pelo Senhor, provou e conheceu a bondade de Jesus e corajosamente tentou pregar ao povo, mas como acontece quando os que recebem tanta luz e a rejeitam, Deus literalmente fechou a boca de Mórmon. Ele foi proibido de pregar a essa nação que se havia rebelado deliberadamente contra Deus. Aquelas pessoas rejeitaram os milagres e as mensagens que lhes foram manifestados pelos três discípulos nefitas transladados que, então, tiveram seu ministério silenciado e foram retirados da nação para a qual haviam sido enviados” (Christ and the New Covenant, 1997, p. 318).

  • Quando fazia parte do Quórum dos Setenta, o Élder Dean L. Larsen explicou que a rebelião contra Deus tem raízes no indivíduo e, se o problema não for corrigido pode alastrar-se com consequências devastadoras:

    “Historicamente, as pessoas desviaram-se do caminho da vida demarcado pelo Senhor quando começaram a abrir concessões com os padrões do Senhor. Isso é particularmente verdadeiro quando se trata de uma transgressão deliberada e quando não ocorre o arrependimento. Lembrem-se de como Mórmon descreveu aqueles de sua época que abandonaram o caminho verdadeiro. Eles não pecaram por ignorância, rebelaram-se deliberadamente contra Deus. Isso não aconteceu instantaneamente com o povo como um todo, mas começou quando individualmente os membros da Igreja passaram a abrir concessões quanto aos padrões do Senhor. Eles tentaram justificar seus atos no fato de que outras pessoas também abriam concessões. Em pouco tempo, essas pessoas que pecavam deliberadamente passaram a estabelecer seus próprios padrões, com os quais sentiam-se mais confortáveis e que justificavam sua má conduta. Elas também procuraram a companhia de quem estivesse disposto a enveredar-se com elas pelo caminho da autodestruição.

    Com o aumento do número de pessoas que se desviavam, sua influência passou a ser bem maior, fato que poderíamos chamar de ‘síndrome do edifício grande e espaçoso’. Esse desvio torna-se mais perigoso ainda quando as pessoas que se desviam continuam a identificar-se abertamente com o grupo dos que vivem à maneira do Senhor. Os valores e padrões que antes eram claros, ficam nebulosos e incertos. A norma de comportamento começa a refletir esse obscurecimento dos princípios verdadeiros. A conduta que antes causaria repulsa e alarme passa a ser algo até comum” [“Likening the Scriptures unto Us”, Monte S. Nyman e Charles D. Tate Jr. (org.), Alma, the Testimony of the Word, 1992, p. 8].

Mórmon 1:19. Encantamentos, Feitiçarias e Magias

  • O Presidente James E. Faust (1920–2007), da Primeira Presidência, advertiu-nos quanto ao interesse nos mistérios de Satanás: “Não é uma coisa boa interessar-se por Satanás e seus mistérios. Nada de bom pode resultar de aproximar-nos do mal. Tal como quando brincamos com fogo, é muito fácil nos queimar (…). O único caminho seguro é manter-nos bem distante dele e de quaisquer de suas atividades iníquas e práticas depravadas. Os males do culto ao diabo, da feitiçaria, da bruxaria, do ocultismo, dos encantamentos, da magia negra e todas as outras formas de demonismo devem ser evitados como praga” (Conference Report, outubro de 1987, p. 40; ou “As Forças Que Nos Salvarão”, A Liahona, janeiro de 2007, p. 3).

Mórmon 2:13. “O Pesar dos Condenados”

  • O Élder Neal A. Maxwell (1926–2004), do Quórum dos Doze Apóstolos, salientou a diferença entre a tristeza segundo Deus e o “pesar dos condenados”: “Depois de reconhecermos [o pecado], nossa alma se enche do verdadeiro remorso. Essa é a ‘tristeza segundo Deus’, não meramente a ‘tristeza do mundo’ nem o ‘pesar dos condenados’ que é o que sentimos quando não nos é mais permitido ser felizes em pecado (II Coríntios 7:10; Mórmon 2:13). O falso remorso, por outro lado, é como afagar nossas faltas, é um remorso ritual no qual lamentamos nossos erros, mas não os corrigimos” [Conference Report, outubro de 1991, p. 40; ver também A Liahona, janeiro de 1991, p. 31 (tradução atualizada)].

    Em contraste com o pesar dos condenados, o presidente Ezra Taft Benson (1899–1994) explicou a natureza da tristeza segundo Deus para que compreendêssemos qual é a tristeza que leva à purificação e ao arrependimento: “A tristeza segundo Deus é um dom do Espírito. É uma profunda compreensão de que nossos atos ofenderam nosso Pai e nosso Deus. É a aguda consciência de que nosso comportamento fez com que o Salvador, Aquele que não conheceu pecado, o maior de todos, padecesse agonia e sofrimento. Nossos pecados levaram-No a sangrar por todos os poros. Essa angústia mental e espiritual muito verdadeira é o que as escrituras chamam de ‘coração quebrantado e o espírito contrito’ (D&C 20:37). Esse espírito é um pré-requisito absoluto do verdadeiro arrependimento” (“Uma Grande Mudança de Coração”, A Liahona, março de 1990, p. 2).

Mórmon 2:15. “Passado Era o Dia da Graça”

  • O Élder Jeffrey R. Holland observou a frase terrível do relato de Mórmon que diz que já não havia mais tempo para que seu povo se salvasse: “É nesse momento da história nefita, apenas 950 anos depois de seu início e pouco mais de 300 anos depois de terem tido o próprio Filho de Deus entre eles, que Mórmon percebe que essa história chegou ao fim. No que talvez seja a frase mais terrível por ele escrita, Mórmon declara simplesmente: ‘Vi que passado era o dia da graça para eles, tanto física como espiritualmente’. Seu povo aprendera a mais trágica de todas as lições: que o Espírito de Deus não tentará para sempre influenciar o homem; que tanto individual como coletivamente nosso tempo pode acabar-se. O dia do arrependimento pode passar como passou para os nefitas. Em grandes números, eles caíam ‘em franca rebelião contra seu Deus’ e em uma metáfora quase que demasiadamente vívida em seu aspecto moral, eles acabavam ‘amontoados como estrume sobre a face da terra’” (Christ and the New Covenant, p. 319).

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    Nephites’ last battle
  • O Presidente Spencer W. Kimball (1895–1985) falou de como nós hoje também podemos afastar-nos da graça purificadora do arrependimento: “Não há dúvida de que o grande princípio do arrependimento está sempre à disposição dos que o procuram, porém, para os corruptos e rebeldes há sérias reservas com respeito a essa afirmativa. Por exemplo, o pecado é formador de hábito e às vezes leva o homem ao ponto trágico de onde não há retorno. (…) À medida que o transgressor se vai aprofundando no pecado, o erro vai-se firmando cada vez mais e a vontade de mudar enfraquece, a situação torna-se quase desesperadora, e ele se afunda mais e mais, até desistir de galgar os degraus da escada que conduz de volta à liberdade ou perder [a capacidade] de fazê-lo” (O Milagre do Perdão, 1999, p. 117).

Mórmon 2:26. “Fomos Deixados a Nossa Própria Mercê”

  • Nem sempre reconhecemos o quanto o Pai Celestial nos ajuda na vida diária quando tentamos viver em retidão. Mórmon escreveu que, depois de tornar-se iníquo, seu povo deixou de ter a força do Senhor que antes os protegia. Quando fazia parte do Quórum dos Setenta, o Élder Ray H. Wood explicou: “Quando uma pessoa transgride qualquer dos mandamento de Deus, a menos que se arrependa, o Senhor deixa de ampará-la e protegê-la com Sua influência. Quando perdemos o poder de Deus, com certeza o problema é conosco e não com Deus. ‘Eu, o Senhor, estou obrigado quando fazeis o que eu digo; mas quando não o fazeis, não tendes promessa alguma’ (D&C 82:10). Nossas faltas resultam em desespero. Elas nos entristecem e extinguem o ‘perfeito esplendor de esperança’ que Cristo oferece (2 Néfi 31:20). Sem o auxílio divino, somos deixados por conta própria” [Conference Report, abril de 1999, p. 54; ou A Liahona, julho de 1999, p. 48 (tradução atualizada)].

Mórmon 3:8–11. Mórmon Recusa-se a Comandar

  • A despeito de ter comandado seu povo por aproximadamente 35 anos, a essa altura Mórmon recusou-se a ser seu comandante. Ele deve ter sido influenciado pelos textos do Livro de Mórmon que vinha resumindo. Deve ter visto como o capitão Morôni e Helamã tinham boas razões para guerrear (ver Alma 43:9–58:12): a defesa de suas terras, casas, esposas, filhos, direitos, privilégios, liberdade e do direito de adoração. Ele ensinou ao povo que esses eram os objetivos da guerra (ver Mórmon 2:23–24). Depois de ver que os nefitas de sua época lutavam contra os lamanitas por vingança e que eles “começaram a vangloriar-se de sua própria força” e que eram culpados de grandes “iniquidades e abominações”, por algum tempo ele recusou-se a chefiar o exército (Mórmon 3:9–14).

Mórmon 3:9; 4:8. O Ato de Vangloriar-se

  • O Élder Neal A. Maxwell aconselhou-nos a reconhecer o poder do Pai Celestial em vez de nossa própria força: “Antes de gozarmos dos frutos do trabalho digno, devemos primeiro reconhecer a mão de Deus. Caso contrário, estaremos racionalizando: ‘A minha força, e a fortaleza da minha mão, me adquiriu este poder’ (Deuteronômio 8:17); ou ‘gloriando-nos’, como a antiga Israel teria feito (se não fosse pelo deliberadamente pequeno exército de Gideão), dizendo: ‘A minha mão me livrou’ (Juízes 7:2). Enaltecer a nossa própria ‘mão’ faz com que seja duplamente difícil confessarmos a mão de Deus em todas as coisas! (Ver Alma 14:11; D&C 59:21.)” [Conference Report, abril de 2002, p. 43; ver também “Consagrar a Vossa Ação”, A Liahona, julho de 2002, p. 39 (tradução atualizada)].

Mórmon 3:12. “Segundo o Amor de Deus Que Se Achava em Mim”

  • Quando fazia parte do Bispado Presidente, o bispo Glenn L. Pace admoestou-nos a empenhar-nos em ter o mesmo amor que Mórmon: “Esse profeta amava aquele povo decaído como Cristo amaria. Será que podemos conformar-nos com menos? Temos que seguir adiante com o puro amor de Cristo para divulgar as boas novas do evangelho. Enquanto fazemos isso e lutamos na guerra entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas e entre a verdade e a mentira, não podemos negligenciar nossa responsabilidade de sanar as feridas daqueles que foram feridos em batalha. No reino, não há lugar para fatalismo” (Conference Report, outubro de 1990, p. 8; ou Ensign, novembro de 1991, pp. 8– 9).

Mórmon 3:18–22. Nosso Julgamento

  • O Élder Bruce R. McConkie (1915–1985), do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou que outras pessoas participarão de nosso julgamento: “A verdade é que haverá toda uma hierarquia de juízes que, sob a direção de Cristo, julgarão os justos, mas Ele, e ninguém mais, decretará a condenação dos maus” (The Millenial Messiah, 1982, p. 520).

    As escrituras ensinam que pelo menos cinco partes figurarão no dia do Juízo:

    1. Nós mesmos (ver Alma 41:7; History of the Church, vol. 6, p. 314).

    2. Nosso bispo (ver D&C 41:9; 58:14, 17–20; 64:40; 72:17)

    3. As escrituras (ver Apocalipse 20:12; 2 Néfi 25:18; 29:11; 33:14; 3 Néfi 27:25–26).

    4. Os apóstolos (ver Mateus 19:27–30; 1 Néfi 12:9; 3 Néfi 27:27; Mórmon 3:18; D&C 29:12)

    5. Jesus Cristo (ver João 5:22; 3 Néfi 27:14)

  • O Presidente John Taylor (1808–1887) elaborou melhor qual seria o papel dos apóstolos em nosso julgamento: “Com Cristo à frente seria bastante lógico que os doze apóstolos de Jerusalém fossem os juízes das doze tribos e que os doze discípulos deste continente fossem os juízes dos descendentes de Néfi e que o irmão de Jarede e o próprio Jarede fossem os juízes dos jareditas, seus descendentes; além disso seria lógico que a primeira presidência e os doze de nossa era ficassem encarregados da humanidade desta dispensação” [The Gospel Kingdom, G. Homer Durham (org.), 1987, p. 138].

Mórmon 3:20–22; 5:12–14. A Admoestação de Crer em Cristo

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    O Salvador Jesus Cristo

    Del Parson, © 1983 IRI

    O Presidente Gordon B. Hinckley testificou que o Livro de Mórmon é outra testemunha de Cristo: “Essas escrituras do novo mundo, estão diante de nós como mais uma testemunha da divindade e realidade do Senhor Jesus Cristo, dos amplos benefícios de Sua expiação e de Sua Ressurreição da escuridão do túmulo. Nesse livro, encontramos muito da verdadeira palavra de profecia a respeito Daquele que nasceria de uma virgem e seria o Filho do Deus Altíssimo. Encontramos profecias que predizem Seu trabalho entre os homens, como mortal. Há uma declaração de Sua morte, da morte do cordeiro sem mácula que foi sacrificado pelos pecados do mundo, e há um relato comovente, inspirador e verdadeiro do ministério de Cristo, após a Ressurreição, entre os homens e mulheres que viviam nas Américas. O testemunho está aqui para ser manuseado, para ser lido, para ser ponderado, para que oremos a respeito dele com a promessa de que aquele que orar, pelo poder do Espírito Santo, saberá que ele é verdadeiro e válido (ver Morôni 10:3–5)” (Conference Report, abril de 1994, p. 95; ver também “O Maior Milagre da História da Humanidade”, A Liahona, julho de 1994, p. 81).

Mórmon 4:23. Breve Panorama da Trajetória das Placas

  • Amaron disse a Mórmon que pegasse as placas maiores de Néfi na colina chamada Sim e continuasse a escrever nelas. Mórmon devia deixar as demais placas (as placas de latão, as placas menores de Néfi e as placas de Éter) naquela colina (ver Mórmon 1:2–4). Ele pegou as placas maiores, nas quais escreveu um relato completo dos atos de seu povo e utilizou uma parte escolhida dessas placas para criar uma história resumida de seu povo (ver Mórmon 2:18). Posteriormente, Mórmon voltou a colina Sim e retirou todas as placas (as placas de latão, as placas menores de Néfi, as placas de Éter e todas as outras placas) (ver Mórmon 4:23). Temendo que os lamanitas destruíssem as placas, Mórmon escondeu-as novamente, com exceção das que continham o resumo que ele fizera e das placas menores de Néfi (as placas de ouro), desta vez no Monte Cumora (ver Mórmon 6:6). Essas foram as placas de ouro que Mórmon entregou ao filho, Morôni (ver Mórmon 6:6; Palavras de Mórmon 1:1–7).

Mórmon 5:16. O Espírito “Deixou de Lutar com Seus Pais”

  • O Presidente Harold B. Lee (1899–1973) explicou que as pessoas iníquas do tempo de Mórmon tinham perdido não só o Espírito Santo, mas também o Espírito de Cristo. “Mórmon descreveu algumas pessoas, o seu povo, que já não mais contavam com o Espírito do Senhor e, lendo isso, (…) pareceu-me claro que ele não estava falando apenas de sua falta de capacidade de desfrutar a companhia ou do dom do Espírito Santo; ele falava também da luz da verdade à qual toda pessoa nascida no mundo tem direito e que nunca deixará de tentar influenciar essa pessoa, a não ser que ela a perca devido a seus próprios pecados” (Conference Report, abril de 1956, p. 108).

Mórmon 5:17. “Eles Já Foram um Povo Agradável”

  • Mórmon lamentou a depravação de seu povo que, por incrível que parecesse, já havia sido “um povo agradável”. O Presidente Gordon B. Hinckley fez as seguintes reflexões sobre algumas das bênçãos decorrentes de ser deleitoso [ou agradável] e o que é preciso para chegar a esse ponto: “Há a grande bênção da sabedoria, do conhecimento e até tesouros ocultos de conhecimento. É-nos prometido que nossa terra será deleitosa se obedecermos a essa lei. Eu interpreto a palavra terra como referindo-se ao povo, aqueles que são obedientes serão um povo deleitoso [ou agradável]. Que maravilha ser um povo deleitoso [ou agradável] que os demais chamariam de bem-aventurados!” (Conference Report, abril de 1982, p. 60; ou Ensign, maio de 1982, p. 40).

Mórmon 5:23. “Nas Mãos de Deus”

  • Mórmon escreveu para nós, dos últimos dias, e admoestou-nos a reconhecer a mão de Deus e Seu poder. Nós estamos em Suas mãos. O Élder W. Craig Zwick, dos Setenta, explicou parte do simbolismo e das bênçãos que estar nas mãos de Deus implica:

    “As mãos são uma das partes simbolicamente expressivas do corpo. Em hebraico, yad, a palavra mais comum para mão, é também usada metaforicamente para indicar poder, força, energia (ver William Wilson, Old Testament Word Studies, 1978, p. 205.) Assim, mãos significam poder e força. (…)

    Estar nas mãos de Deus sugere que não apenas estamos sob Seus cuidados, mas que também somos amparados e protegidos por Seu extraordinário poder.

    Do princípio ao fim das escrituras, existem referências à mão do Senhor. Sua assistência divina é testemunhada repetidamente. Suas mãos poderosas criaram mundos e, ainda assim, foram ternas o bastante para abençoar as criancinhas. (…)

    Cada um de nós precisa saber que é possível prosseguir com a força do Senhor. Podemos colocar nossa mão na Dele e sentir Sua presença que nos ampara, que nos ergue a alturas que jamais atingiríamos sozinhos. (…)

    Como aprendemos a estender nossa mão e a entrar em comunhão com o consolo dado pelo Senhor? (…)

    Eis aqui quatro chaves:

    Aprender

    Escutar

    Buscar o Espírito

    Orar Sempre

    O Senhor nos susterá e apoiará se estivermos dispostos a abrir a porta e receber ajuda divina por meio de Suas Mãos. (…)

    Imaginem os ferimentos nas mãos Dele. Suas mãos que tanto suportaram, sim, Suas mãos dilaceradas e torturadas, dão as nossas próprias mãos mais força e orientação.

    É o Cristo ferido que nos conduz quando atravessamos nossos momentos de dificuldade. É Ele que nos sustém quando precisamos de mais ar para respirar, de rumo a seguir ou mesmo de mais coragem para prosseguir.

    Se guardarmos os mandamentos de Deus e caminharmos de mãos dadas com Ele em Seus caminhos, prosseguiremos com fé e nunca nos sentiremos sós” [Conference Report, outubro de 2003, pp. 36–38; ou “O Senhor Teu Deus Te Tomará pela Mão”, A Liahona, novembro de 2003, p. 34 (tradução atualizada)].

Mórmon 6:16–22. Não Rejeitar os Braços Abertos de Cristo

  • Mórmon lamentou a morte das pessoas impenitentes de seu povo e angustiou-se porque elas não se arrependeram de seus atos antes de morrerem. Mórmon ensina que, se elas tivessem abandonado o orgulho e se arrependido de seus pecados, seu encontro com o Salvador seria uma ocasião feliz (ver Mórmon 6:17).

    Nós também temos que preparar-nos para comparecer diante do Senhor que nos julgará. O Presidente James E. Faust explicou:

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    A Segunda Vinda do Salvador

    Harry Anderson, © IRI

    “Ansiamos pela bênção [suprema] da Expiação: tornar-nos um com Ele, estar em Sua divina presença, ser chamados individualmente pelo nome quando Ele calorosamente nos receber de volta ao lar com um sorriso radiante, abrindo-nos os braços para envolver-nos em Seu infinito amor. Quão glorioso e sublime será esse momento, se formos dignos o bastante para estar em Sua presença! A dádiva gratuita de Seu grande sacrifício expiatório dada a cada um de nós é a única maneira pela qual poderemos ser suficientemente exaltados para colocar-nos diante Dele e vê-Lo face a face. A maravilhosa mensagem da Expiação é o amor perfeito que o Salvador tem por todos nós. É um amor cheio de misericórdia, paciência, graça, equidade, longanimidade e, acima de tudo, perdão.

    A influência maligna de Satanás deseja destruir toda esperança que temos de superar nossos erros. Ele deseja que nos sintamos perdidos e acreditemos que não existe esperança. Por outro lado, Jesus estende-nos a mão para elevar-nos. Por meio de nosso arrependimento e da dádiva da Expiação, podemos preparar-nos para ser dignos de estar em Sua presença” (Conference Report, outubro de 2001, p. 22; ver também “A Expiação: Nossa Maior Esperança”, A Liahona, janeiro de 2002, p. 19).

Pontos a Ponderar

  • Em sua opinião o que significa ser “de natureza séria”? (Ver Mórmon 1:15.)

  • Como você reconhece a influência do Senhor em sua vida? (Ver Mórmon 3:3.)

  • Em sua opinião, o que significa “estar nas mãos de Deus”? (Mórmon 5:23.) O que você pode fazer para qualificar-se para beneficiar-se mais do fato de estar nas mãos de Deus?

Tarefas Sugeridas

  • Analise Mórmon 3:17–22 por escrito, versículo a versículo. Depois, explique os pontos importantes desses versículos a um amigo ou familiar.