2021
Aprofundar nossa conversão a Jesus Cristo
Novembro de 2021


Aprofundar nossa conversão a Jesus Cristo

As escrituras e nosso conhecimento de Deus são dádivas — dádivas que muitas vezes não valorizamos como deveríamos. Precisamos valorizar essas bênçãos.

Muito obrigada, élder Nielson, por sua linda mensagem. Nós precisávamos dela.

Meus queridos irmãos e irmãs, o presidente Russell M. Nelson nos ensinou recentemente: “Fazer qualquer coisa de forma correta exige esforço; e tornar-se um verdadeiro discípulo de Jesus Cristo não é uma exceção. Aumentar a fé e a confiança que temos Nele exige esforço”. Entre as recomendações que ele nos deu a fim de aumentarmos nossa fé em Jesus Cristo está a de que nos tornemos alunos empenhados, que mergulhemos nas escrituras para entender melhor a missão e o ministério de Cristo. (“Cristo ressuscitou; a fé que temos Nele moverá montanhas”, Liahona, maio de 2021, p. 102.)

Aprendemos no Livro de Mórmon que as escrituras eram uma parte importante da família de Leí e, por isso, Néfi e seus irmãos voltaram a Jerusalém para obter as placas de latão (ver 1 Néfi 3–4).

As escrituras revelam a vontade de Deus para nós, assim como a Liahona revelou a vontade de Deus para Néfi e seu pai. Depois de quebrar o arco, Néfi precisava saber aonde deveria ir para obter alimento. Seu pai, Leí, olhou para a Liahona e viu as coisas que estavam escritas. Néfi viu que as agulhas funcionavam de acordo com a fé, a diligência e a atenção dadas a elas. Ele também viu escritos que eram fáceis de ler e que lhes deram entendimento sobre os caminhos do Senhor. Ele se deu conta de que o Senhor realiza grandes coisas por meio de pequenos recursos. Ele foi obediente em relação às orientações dadas pela Liahona. Subiu a montanha e obteve alimento para sua família, que havia sofrido muito com a falta de alimentos. (Ver 1 Néfi 16:23–31.)

Parece-me que Néfi era um aluno dedicado às escrituras. Lemos que Néfi se deleitava com as escrituras, meditava sobre elas em seu coração e as escrevia para instrução e proveito de seus filhos (ver 2 Néfi 4:15–16).

O presidente Russell M. Nelson disse:

“Se prosseguirmos com firmeza, banqueteando-nos com a palavra de Cristo, e perseverarmos até o fim, [nós] teremos vida eterna [ver 2 Néfi 31:20].

Banquetear significa mais do que simplesmente provar. Banquetear significa saborear. Saboreamos as escrituras quando as estudamos em espírito de prazerosa descoberta e fiel obediência. Quando nos banqueteamos com as palavras de Cristo, elas são escritas ‘nas tábuas de carne do coração’ (2 Coríntios 3:3) e se tornam parte integrante de nossa natureza” (“Viver sob a orientação das escrituras”, A Liahona, janeiro de 2001, p. 21).

Quais são algumas das coisas que faremos se nossa alma se deleitar nas escrituras?

Nosso desejo de fazer parte da coligação de Israel em ambos os lados do véu aumentará. Será normal e natural convidarmos nossa família e nossos amigos para ouvir os missionários. Seremos dignos e teremos uma recomendação para o templo válida para que frequentemos o templo sempre que possível. Vamos nos esforçar para encontrar, preparar e enviar os nomes de nossos antepassados ao templo. Seremos fiéis em guardar o Dia do Senhor, frequentar a igreja todos os domingos para renovar nossos convênios com o Senhor ao participarmos dignamente do sacramento. Nós decidiremos permanecer no caminho do convênio, vivendo de acordo com cada palavra que sai da boca de Deus (ver Doutrina e Convênios 84:44).

O que significa para vocês se deleitar nas coisas do Senhor?

Deleitar-se nas escrituras é mais do que ter fome e sede de conhecimento. Néfi sentiu grande alegria durante sua vida. No entanto, ele também enfrentou dificuldades e tristezas (ver 2 Néfi 4:12–13). “Não obstante”, disse ele, “sei em quem confiei” (2 Néfi 4:19). Ao estudarmos as escrituras, entenderemos melhor o plano de salvação e exaltação estabelecido por Deus e confiaremos nas promessas que Ele nos fez nas escrituras, bem como nas promessas e bênçãos dos profetas atuais.

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Davi e Golias

Certo dia, minha esposa e eu fomos convidados para irmos à casa de uma amiga. Seu filho de 7 anos de idade, David, nunca tinha ouvido a história da Bíblia sobre Davi e Golias e queria ouvi-la. Quando comecei a contar a história, ele ficou emocionado pelo modo como Davi, com sua fé e em nome do Deus de Israel, feriu e matou o filisteu com uma funda e uma pedra, sem uma espada na mão (ver 1 Samuel 17).

Olhando para mim com seus grandes olhos escuros, perguntou-me firmemente: “Quem é Deus?” Expliquei-lhe que Deus é nosso Pai Celestial e que aprendemos sobre Ele nas escrituras.

Então ele me perguntou: “O que são as escrituras?” Disse-lhe que as escrituras são a palavra de Deus e que nelas ele encontraria belas histórias que o ajudariam a conhecer melhor a Deus. Pedi à mãe dele que usasse a Bíblia que ela tinha em casa e que não deixasse David dormir sem ler a história completa para ele. Ele ficou muito feliz ao ouvi-la. As escrituras e nosso conhecimento de Deus são dádivas — dádivas que muitas vezes não valorizamos como deveríamos. Precisamos valorizar essas bênçãos.

Enquanto servia missão quando jovem, observei que, por meio do ensino com as escrituras, a vida de muitas pessoas era transformada. Soube, assim, do poder que elas têm e de como elas podem mudar nossa vida. Cada pessoa a quem ensinei o evangelho restaurado era uma pessoa única com necessidades diferentes. As escrituras sagradas — as profecias escritas pelos santos profetas — levaram-nas a terem fé no Senhor, a se arrependerem e a transformarem o coração.

As escrituras as encheram de alegria ao receberem inspiração, orientação, consolo, força e respostas para suas perguntas. Muitas pessoas decidiram fazer mudanças em sua vida e começaram a guardar os mandamentos de Deus.

Néfi nos incentiva a banquetear-nos com as palavras de Cristo porque as palavras de Cristo nos dirão todas as coisas que devemos fazer (ver 2 Néfi 32:3).

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Estudo das escrituras em família

Convido-os a ter um plano permanente de estudo das escrituras. O manual Vem, e Segue-Me é um grande recurso que temos para ensinar e aprender o evangelho, aprofundar nossa conversão a Jesus Cristo e nos ajudar a nos tornarmos semelhantes a Ele. Quando estudamos o evangelho, não estamos simplesmente buscando novas informações; em vez disso, estamos procurando nos tornar uma “nova criatura” (2 Coríntios 5:17).

O Espírito Santo nos guia em direção à verdade e presta testemunho dela (ver João 16:13). Ele ilumina nossa mente, renova nosso entendimento e toca nosso coração por meio das revelações de Deus, a fonte de toda a verdade. O Espírito Santo purifica nosso coração. Ele nos inspira a ter o desejo de viver de acordo com a verdade e sussurra a nós os meios de fazermos isso. “O Espírito Santo (…) vos ensinará todas as coisas” (João 14:26).

Falando das palavras que Ele revelou ao profeta Joseph Smith, nosso Salvador disse:

“Estas palavras não são de homens nem de um homem, mas são minhas; (…)

Pois é a minha voz que vo-las diz; pois vos são dadas pelo meu Espírito; (…)

Portanto, podeis testificar que ouvistes a minha voz e conheceis as minhas palavras” (Doutrina e Convênios 18:34–36).

Devemos buscar a companhia do Espírito Santo. Essa meta deve governar nossas escolhas e guiar nossos pensamentos e nossas ações. Precisamos buscar tudo o que convida a influência do Espírito e rejeitar qualquer coisa que se desvia dessa influência.

Testifico que Jesus Cristo é o Filho amado do Pai Celestial. Amo meu Salvador. Sou grato por Suas escrituras e por Seus profetas vivos. O presidente Nelson é Seu profeta. Em nome de Jesus Cristo, amém.