2019
“Irmão, o Templo é o Céu na Terra!”
Junho de 2019


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“Irmão, o Templo é o Céu na Terra!”

“Olhando para trás, ao longo do meu serviço na Igreja, cheguei a uma fervorosa realidade de fé e comprensão interior e pessoal que: O templo é literalmente a casa do Pai Celestial aqui na Terra.”

Em março de 2012, três meses após minha conversão e batismo na Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, entrei no escritório do bispo para fazer perguntas sobre o Templo de Joanesburgo, onde ele tinha visitado recentemente. Ele disse calmamente, com verdadeira segurança e firme convicção: “Irmão, o Templo é o Céu na Terra!” Agora, sete anos depois, em 2019, minha eterna companheira e eu acabamos de completar 12 meses de serviço como trabalhadores do templo de tempo integral em Joanesburgo, no Templo da África do Sul. Olhando para trás, o que na época parecia ser um zelo excessivo da parte de nosso bispo, tornou-se — ao longo de meu serviço na Igreja — minha própria realidade fervorosa de fé e uma compreensão interior e pessoal que: o templo é literalmente a casa do Pai Celestial aqui na terra.

Algumas semanas depois de ser confirmado como membro da Igreja, fui chamado como conselheiro na presidência da Escola Dominical da Ala Guynemer, na Estaca Brazzaville, a única estaca na República do Congo, na época. Lembro-me de um domingo que tentei liderar um debate sobre a história da família e a necessidade de ser selado aos antepassados.

Devido ao meu pouco conhecimento desta doutrina, o bispo veio em meu socorro — explicando o trabalho realizado no templo e a necessidade de fazermos a história da família e levarmos os nomes de nossos antepassados ao templo para que as ordenanças sagradas fossem feitas por eles. Por causa das observações inspiradas do bispo, apoiadas pelas escrituras apropriadas, todos chegamos a um entendimento da doutrina.

Em 2013, fui chamado sucessivamente para servir como Especialista de Emprego da Ala, Especialista em Relações Governamentais no escritório de Assuntos Públicos da Estaca e, em seguida, Diretor de Relações Públicas para a Estaca Brazzaville. Um ano de tirar o fôlego — e espiritualmente espantoso — quando comecei a pensar nos meus chamados na Igreja, especialmente porque essa experiência não levava em conta que eu não tinha ninguém em minha família para me acompanhar em minha jornada espiritual.

De facto, permaneci solteiro com cinco filhos para cuidar; e até então, nenhum deles estava interessado na nova religião de seu pai. Na verdade, meus amados filhos suspeitavam que o pai deles — que o conheciam como cristão — no crepúsculo de sua vida havia abraçado subitamente uma nova religião, que podia ter algumas intenções maliciosas.

Mas esta escritura me reprovou: “Pois se um homem não sabe governar a sua própria casa, como cuidará da igreja de Deus?” Percebi que precisava ajudar minha própria família a entender meu compromisso com o Evangelho de Jesus Cristo.

Enquanto orava constantemente — em privado e publicamente — para pedir ajuda do Senhor sobre esse assunto, a Igreja extendeu-me um novo chamado como Diretor Nacional de Assuntos Públicos da República do Congo. A nossa primeira conferência de Diretores de Assuntos Públicos da África Central, de falantes da língua francesa, foi realizada em fevereiro de 2014, em Kinshasa, RDC. Eu era sensível sobre meu estado civil, mas fiquei mais a vontade quando vi que apenas um dos cinco diretores reunidos tinha uma aliança no dedo — os outros eram solteiros.

Mas isso foi um consolo temporário, já que os Setenta-Autoridades Gerais que presidiam a conferência — assim como o Diretor de Assuntos Públicos da Área — fizeram menção dessa questão de ser solteiro que prevalecia entre os Diretores de Assuntos Públicos reunidos. Fomos exortados a permanecer dignos e incentivados a nos casar e a receber as ordenanças do templo com os nossos cônjuges. O Diretor de Relações Públicas deu estas palavras finais: “A Igreja restaurada de Jesus Cristo continuará a crescer, com ou sem você; mas, se é consigo, é para o seu bem”. Essas palavras foram inspiradas e inesquecíveis e aumentaram meu desejo de entrar no templo sagrado e experimentar a realidade eterna de suas sagradas ordenanças.

Assim, com o tempo, o Senhor me abençoou — e meu desejo de mais uma vez se unir em casamento foi cumprido. Em dezembro de 2014, Parfaite Nkounkou e eu casamos legalmente na Prefeitura de Brazzaville. Seis meses depois, entramos pela primeira vez no Templo de Joanesburgo, onde fomos selados para o tempo e para toda a eternidade.

Durante os anos seguintes, crescendo juntos como casal, estabelecemos uma meta espiritual de servir como missionários sénior de tempo integral em 2018. Em preparação, nos comprometemos a participar semanalmente da aula de preparação missionária organizada pela Estaca Brazzaville. Como o Congo não tinha missionários séniores com experiência anterior em tempo integral, juntaram-nos à classe de jovens missionários em perspectiva. Esse treinamento aconteceu durante todo o ano até que completamos os nossos formulários de aplicação para missão e os submetemos ao nosso bispo e presidente de estaca.

Foi enquanto esperávamos pelo nosso chamado missionário que a mão do Pai Celestial interveio e abriu as portas do templo para que pudéssemos servir e aprender. Em vez de receber um chamado missionário, fomos convidados a morar em Joanesburgo por 12 meses e servir como Trabalhadores de Ordenança do Templo, no Templo de Joanesburgo, na África do Sul.

O Presidente Russell M. Nelson disse: “Tudo o que fazemos na Igreja nos leva ao templo”.1 Esse foi certamente o caso em meus sete anos de membro da Igreja, pois verdadeiramente fui conduzido à Casa do Senhor. Não há outro lugar na Terra onde sinto paz como sinto naquele lugar — sei por mim mesmo que já vivi em uma atmosfera de glória.

Nota

  1. Russell M. Nelson e Wendy W. Nelson, “Abrir o céu por Meio do Trabalho do Templo e da História da Família,” A Liahona, outubro de 2017, 18.