Mudança de coração, mudança de amigos
Nome omitido
Califórnia, EUA
Ilustração: Greg Stevenson
Quando adolescente, eu era muito rebelde e agi de maneira contrária ao que me havia sido ensinado. Comecei a tomar bebidas alcoólicas aos 13 anos e, no último ano do Ensino Médio, bebia todo final de semana.
Ia à igreja de vez em quando para diminuir as discussões com meus pais, mas dormia durante a reunião sacramental e depois ia para a praia antes da Escola Dominical. Dizer que meus pais estavam muito tristes com meu comportamento é pouco. Eu os admiro por terem respeitado meu arbítrio ao mesmo tempo em que continuavam a me incentivar a viver o evangelho. Ainda assim, não tinha a intenção de permanecer ativo na Igreja e com certeza não vislumbrava uma missão no meu futuro.
Depois do Ensino Médio, fui para uma faculdade comunitária e continuei com meu jeito rebelde. Mas uma noite, bem tarde, lembro-me de estar deitado no sofá pensando no futuro. Com que tipo de garota me casaria? Se eu desse as costas para o Senhor, será que um dia encontraria o caminho de volta? Mesmo que fossem decisões importantes, não estava motivado a mudar.
Pouco tempo depois, fui a uma festa no quintal de um amigo onde havia bebida alcoólica e conversa em volta da fogueira. Depois de brincar com meus amigos, afastei-me por um momento e fechei os olhos.
Quando abri os olhos novamente, tive um momento de lucidez. Ao ver meus amigos agindo como tolos, senti que não queria mais fazer parte daquele grupo. Saí dali e decidi parar de beber e ir a festas. Com essa atitude, precisei mudar minha turma de amigos, o que não foi fácil. Mas eu o fiz.
Tais decisões abençoaram minha vida. Acabei servindo missão e já tive muitos chamados. E, o mais importante, casei-me no templo com uma mulher maravilhosa. Isso me levou às melhores bênçãos de minha vida.
Recentemente li sobre a conversão de Alma e dos filhos de Mosias (ver Mosias 27) e como eles passaram por uma grande mudança de coração (ver Alma 5:12–14), o que ocorreu em parte pelas orações fiéis do pai de Alma. Então pensei em meus pais e percebi, mais de 30 anos depois, que minha experiência marcante naquela festa foi resultado direto das orações deles.
Hoje, como pai de um filho rebelde, estou em situação semelhante à do pai de Alma e de meus pais. Ao aplicar as escrituras a mim mesmo, tenho fé e esperança de que um dia meu filho também vai vivenciar uma mudança de coração.