Eu Não Sabia Por Que Estava Ali
Amber Cheney, Alabama, EUA
Ilustração: Kathleen Petersen
Minha mãe e eu tínhamos acabado nossa oração para dormir. Abraçamo-nos e dissemos uma para a outra: “Amo você”. Depois, fui para meu quarto. Quando peguei na maçaneta da porta, veio-me à mente a forte impressão de que minha mãe morreria no dia seguinte.
Meu cérebro e meu coração tentaram lutar contra a ideia. Não havia como algo assim acontecer a minha mãe. Tudo estava bem com ela.
Depois de entrar no quarto, ajoelhei-me em oração e disse ao Pai Celestial que a impressão em relação a minha mãe não podia ser verdadeira. Supliquei que Ele afastasse aquele pensamento, mas isso não aconteceu. Voltei ao quarto de meus pais e disse a minha mãe que queria mais um abraço e um beijo antes de me deitar. Novamente dissemos “amo você”, e voltei para meu quarto. Demorei para cair no sono naquela noite.
Quando acordei na manhã seguinte, eu estava nervosa. Felizmente, ali estava minha mãe, feliz e bem. Mas, no fundo da mente, ainda tinha aquele sentimento incômodo de que algo não estava bem. Na reunião de jejum e testemunhos daquele dia, minha mãe se levantou e prestou um belo testemunho.
Depois da reunião sacramental, ela foi dar aula para sua classe da Primária, e eu fui para a Escola Dominical. Tive outra impressão bem nítida, dessa vez para levantar-me e sair da Escola Dominical. Não queria chamar atenção, mas algo me arrancou da cadeira e me fez sair da sala. Em poucos minutos, eu estava sentada na classe da Primária de minha mãe, vendo-a dar a aula. Eu não sabia por que estava ali, mas sabia que era onde eu deveria estar.
Depois, naquela tarde, na casa de meu irmão, minha mãe me fitou profundamente pela última vez, então perdeu os sentidos e faleceu de embolia pulmonar. Por motivos Seus e em Sua misericórdia, o Pai Celestial me enviou o Espírito Santo para preparar-me. Aqueles sentimentos me proporcionaram um tempo a mais com minha mãe que eu não teria desfrutado caso tivesse ignorado a voz mansa e delicada.
O amor de meu Pai Celestial nunca tinha sido tão evidente para mim até o que aconteceu na ocasião em que minha mãe faleceu. Quão abençoados somos por termos um Pai Celestial que nos ama tanto a ponto de conceder-nos o dom especial do Espírito Santo.