Publicação semanal para jovens adultos
Buscar meu testemunho do garment do templo
Fevereiro de 2024


Apenas em formato digital: Jovens adultos

Buscar meu testemunho do garment do templo

Vestir os garments pela primeira vez parecia a peça que faltava a um quebra-cabeça que eu estava tentando terminar.

Imagem
menina caminhando entre a casa, a escola e o templo

Ilustração: David Green

Um ano e meio antes de ir ao Templo de Washington D.C. para receber minha própria investidura, nunca tinha ouvido falar do Livro de Mórmon ou de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Mas quando conheci os missionários e comecei a aprender sobre a Igreja, não pude deixar de sentir que o evangelho era verdadeiro.

Fui batizada na metade do meu último ano do Ensino Médio, enquanto me preparava para frequentar a Universidade de Georgetown. Pouco depois de ter sido batizada, alguns membros da minha ala de origem e até os missionários que serviam na área perguntaram se eu tinha pensado em servir missão. Sempre respondi com um enfático não. Como eu poderia ensinar às pessoas sobre uma religião e um estilo de vida que eu estava começando a adotar?

Recebi minha bênção patriarcal algumas semanas antes de me mudar para Georgetown, e essa experiência me deu uma perspectiva maior sobre meu futuro. Antes de me filiar à Igreja, senti que minha vida sempre parecia seguir como planejado e, de repente, esse padrão foi drasticamente interrompido. O conteúdo de minha bênção patriarcal não refletia a forma como eu sempre havia imaginado minha vida. Uma das verdades mais imediatas que aprendi foi o conselho inegável de que deveria servir missão.

Logo me vi pensando, embora de forma relutante, em preparar meus papéis para a missão.

Compreendi que era comum os membros receberem a investidura do templo antes de entrarem no campo missionário, por isso comecei a me preparar para entrar. Sabia que uma das mudanças que ocorreriam em minha vida seria o compromisso de usar o garment do templo. Eu não tinha pensado muito sobre os garments antes de começar a me preparar para o templo, por isso não tinha nenhuma ideia preconcebida sobre o uso deles.

Depois de me mudar para a faculdade, trabalhei com meu bispo e frequentei o instituto todas as semanas. Meu professor do instituto foi gentil o suficiente para oferecer instruções personalizadas de preparação para o templo por várias semanas até a data de minha investidura. Isso significou uma terna misericórdia, considerando que eu estava longe da minha ala de origem e não tinha família na Igreja para me orientar. Por fim, recebi meu chamado missionário para o Paraguai e estava pronta para ir ao templo pela primeira vez.

Ir ao templo

Ir ao templo foi como voltar para casa. Até mesmo vestir os garments pela primeira vez parecia a peça que faltava a um quebra-cabeça que eu estava tentando desvendar. Compreendi que meu convênio de usar o garment era um passo importante em meu progresso espiritual e, embora essa decisão fosse sagrada e pessoal, eu a tomei com alegria porque sabia que o conhecimento que adquiriria sobre minha natureza divina como filha de Deus, estava acima de qualquer coisa que o mundo poderia me oferecer.

Depois de receber minha investidura, o maior ajuste não foi em como me senti ao usar os garments, mas no novo guarda-roupa que tive que construir depois disso. Tirei várias roupas do meu armário que não cobririam meus garments.

No entanto, fazer essas mudanças em minha vida parecia certo. Como eu tinha tempo para me preparar para o templo, o ajuste no meu guarda-roupa foi uma experiência alegre e fácil. E ao me esforçar para aprender mais, aprofundei meu testemunho de que o compromisso de usar o garment do templo é mais do que apenas um ajuste no guarda-roupa — é um símbolo de minha devoção a meu Salvador, Jesus Cristo, e a minha escolha de segui-Lo. Também é um dom — um lembrete tangível de meus convênios do templo e do poder, da proteção e das bênçãos disponíveis para mim por meio do sacrifício expiatório do Salvador.

Minha única expectativa ao entrar no templo no dia de minha investidura era sentir o amor de Deus por mim. Pude sentir isso no templo com mais abundância do que nunca e estava determinada a guardar meus convênios e a usar meus garments porque nunca quis que esse sentimento se afastasse.

Esforçar-me para guardar meus convênios

Durante os momentos mais solitários e traiçoeiros da minha vida, meu testemunho sobre os princípios simples e fundamentais do evangelho me incentivou a usar meus garments sempre e intencionalmente, enquanto me esforçava para guardar os convênios que fiz no templo.

Sinto um grande consolo nestas palavras do presidente Russell M. Nelson:

“Sempre que ocorrer qualquer tipo de agitação em sua vida, o lugar mais seguro para se estar espiritualmente é dentro dos limites dos convênios do templo!

Por favor, acreditem em mim quando digo que, quando seu alicerce espiritual é construído solidamente em Jesus Cristo, vocês não precisam temer. Ao serem fiéis aos convênios que fizeram no templo, vocês serão fortalecidos pelo poder de Jesus Cristo. Então, quando ocorrerem terremotos espirituais, vocês serão capazes de permanecer firmes porque seu alicerce espiritual será sólido e inamovível”.1

Minha vida não se tornou mais fácil desde que me filiei à Igreja. Na verdade, os momentos mais difíceis da minha vida ocorreram depois do meu batismo. No entanto, sei que meu conhecimento do evangelho restaurado e a força dos convênios que fiz no templo têm tornado esses desafios mais leves, e os resultados teriam sido drasticamente diferentes sem minha fé em Jesus Cristo.

É desafiador viver minhas crenças como discípula de Cristo quando o mundo parece estar em desacordo com os padrões que me esforço para cumprir. Mas, como declarou o presidente Nelson, o melhor refúgio para mim é estar dentro dos convênios do templo, inclusive usar meus garments da maneira que prometi. E ao continuar a fazê-lo e permanecer no caminho do convênio, sei que sentirei alegria.