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Capítulo 11: O Papel da Pesquisa na História da Família


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O Papel da Pesquisa na História da Família

Introdução

O Presidente Henry B. Eyring, da Primeira Presidência, falou de nossas oportunidades únicas e dos recursos disponíveis para levarmos avante a obra do Senhor nos templos: “Suas oportunidades e as obrigações por elas geradas são notáveis em toda a história do mundo. Existem mais templos pela Terra do que nunca. Mais pessoas em todo o mundo sentem o Espírito de Elias induzi-las a registrar a identidade e os acontecimentos da vida dos próprios antepassados. Há mais recursos de busca de antepassados que em qualquer outra época da história do mundo. O Senhor derramou o conhecimento de como divulgar as informações no mundo inteiro por meio de uma tecnologia que, há alguns anos, pareceria milagrosa” (Conference Report, abril de 2005, p. 82; ou A Liahona, maio de 2005, p. 77).

Neste capítulo você recebe incentivo para perseverar no trabalho de história da família. No início pode parecer uma tarefa fácil, mas é bem provável que se torne mais desafiadora no decorrer de seus esforços. Serão necessários esforço e paciência para identificar linhagens de antepassados além de seu conhecimento atual e para achar informações necessárias para proporcionar as ordenanças do templo por essas pessoas. Concentre-se numa meta específica e organize seus esforços de pesquisa a fim de aumentar a eficácia de seu trabalho. As informações deste capítulo o ajudarão a conhecer melhor a diversidade de registros que existem e os tipos de informações neles contidas.

Comentários

O Trabalho de História da Família Torna-se Mais Desafiador Quando Pesquisamos Gerações Mais Distantes da Nossa [11.1]

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mulher pesquisando em livros

Persistir apesar dos desafios. [11.1.1]

O Presidente Henry B. Eyring nos aconselhou a perseverar quando o trabalho de história da família ficar difícil, prometendo que receberemos ajuda além de nossa própria força:

“Depois de encontrarem as primeiras gerações, o trabalho ficará mais difícil. O preço será mais alto. Conforme pesquisarem épocas mais remotas, os registros ficarão mais incompletos. À medida que outras pessoas de sua família pesquisarem seus antepassados, vocês encontrarão antepassados que já receberam todas as bênçãos do templo. Depois, terão uma escolha difícil e importante a fazer: serão tentados a parar e deixar o difícil trabalho de pesquisa para pessoas mais capacitadas, ou para outro momento da vida; mas também sentirão algo no coração dizer-lhes para continuar com o trabalho, por mais difícil que seja.

Quando decidirem, lembrem-se de que esses nomes tão difíceis de encontrar são de pessoas reais a quem vocês devem a sua própria existência neste mundo, pessoas com quem se encontrarão novamente no mundo espiritual. Quando foram batizados, seus antepassados colocaram suas esperanças em vocês. Talvez, depois de séculos, tenham-se alegrado por ver um de seus descendentes fazer o convênio de encontrá-los e oferecer-lhes a liberdade. Quando voltarem a se encontrar, verão a gratidão ou a terrível decepção nos olhos deles. O coração deles está ligado a vocês. Vocês têm as esperanças deles nas mãos e não contarão somente com a própria força quando decidirem continuar o trabalho de procurá-los” (Conference Report, abril de 2005, p. 82; ou A Liahona, maio de 2005, p. 77).

A pesquisa cuidadosa culmina na ordenança do selamento. [11.1.2]

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Presidente James E. Faust

O Presidente James E. Faust (1920–2007), da Primeira Presidência, contou a experiência do selamento de um antepassado pioneiro órfão a seus pais biológicos:

“Imaginem comigo uma garotinha órfã, de seis anos de idade, atravessando as planícies da América. Seu nome é Elsie Ann. A mãe faleceu quanto ela ainda tinha dois anos. O pai casou-se novamente e, por algum tempo, ela teve uma madrasta. Então o pai morreu em Winter Quarters (Acampamento de Inverno) quando ela estava com cinco anos. A madrasta casou-se novamente e mudou, deixando essa pequena órfã para trás com Peter e Selina Robison, que eram parentes da madrasta. Elsie Ann partiu de Winter Quarters com os Robison em julho de 1849 rumo ao Oeste. Ao ver Selina cuidar de sua filhinha de 10 meses, ela, com certeza, ansiava pelo amor da própria mãe. Algumas vezes talvez ela até perguntasse: ‘Onde está a minha mãe?’

Sinto grande compaixão por essa garotinha quando penso que ela teve de enfrentar um futuro incerto, sem parentes que a confortassem e ajudassem. Elsie Ann foi minha bisavó e, só recentemente, descobrimos quem realmente foi a mãe dela. Durante anos acreditamos que Elsie Ann fosse filha de Jane Robison. Uma pesquisa cuidadosa descobriu sua ascendência verdadeira e, depois de todos esses anos, Elsie Ann foi selada ao pai, John Akerley e à mãe, Mary Moore (Conference Report, outubro de. 2003, p. 56; ou A Liahona, novembro de 2003, p. 53).

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duas mulheres numa mesa de biblioteca

Um Método de Pesquisa Organizado Dará Mais Eficácia a Nossos Esforços [11.2]

Desenvolver um sistema para a pesquisa de história da família. [11.2.1]

Será útil desenvolver um sistema para organizar e dirigir seus esforços de história da família. Você pode usar ou adaptar as sugestões a seguir para atender a suas próprias necessidades. Os passos abaixo podem orientá-lo num padrão básico de pesquisa para o trabalho de história da família. Os passos de 1 a 3 retomam informações que você aprendeu em capítulos anteriores deste curso. Já os passos de 4 a 6 vão ajudá-lo a ampliar sua pesquisa para tarefas mais difíceis.

  • Passo 1: Lembre-se de seus antepassados.

  • Passo 2: Use as fontes que tem em casa.

  • Passo 3: Peça informações a parentes.

  • Passo 4: Escolha um familiar ou antepassado sobre o qual você deseja saber mais.

  • Passo 5: Verifique se outra pessoa já não achou as informações.

  • Passo 6: Procure registros que contenham informações sobre a família ou o antepassado.

Passo 1: Lembre-se de seus antepassados. [11.2.2]

Comece lembrando, acumulando e organizando informações para identificar os membros de sua família. Cada pessoa pode ser identificada pelos dados pessoais, como os seguintes:

  • Nome (primeiro nome, nomes do meio, sobrenomes, nome de solteira e apelidos)

  • Grau de parentesco com outros familiares.

  • Data e local de eventos importantes, como nascimento, casamento e falecimento.

  • Lar ancestral

  • Profissão

Use gráficos de linhagem, registros de grupo familiar e outras ferramentas disponíveis em programas de computador para simplificar a tarefa de registrar e organizar informações. Comece preenchendo as informações para si e sua família imediata e, em seguida, vá voltando, passando pela geração de seus pais, avós e assim por diante. Você verá rapidamente o que sabe e quais informações estão ausentes ou incompletas.

Passo 2: Use as fontes que tem em casa. [11.2.3]

Procure fontes em casa que possam fornecer informações importantes sobre a família (incluindo dados que estejam faltando em seu gráfico de linhagem ou seus registros de grupo familiar). Fontes úteis são certidões de nascimento, de casamento e de óbito, bíblias de família, cartões de lembrança de falecimento, obituários, anúncios de casamento, registros familiares e outros documentos relacionados aos antepassados.

Acrescente as informações que você encontrar em seus gráficos de linhagem e registros de grupo familiar. Registre as fontes das informações na seção de notas ou fontes nos formulários ou em seu programa de história da família. Isso ajudará você e outras pessoas a saberem de onde vieram as informações.

Passo 3: Peça informações a parentes. [11.2.4]

Faça uma lista de parentes e das informações que eles possam ter sobre a família. Entre em contato com esses parentes — faça visitas, telefone, escreva uma carta ou mande e-mail. Não deixe de pedir especificamente as informações de que você precisa. (Por exemplo: “Sabe quando a Tia Jane nasceu?”) Pergunte se existe um documento que você pode copiar que contenha as informações.

Histórias orais de familiares são importantes e podem ser a única fonte de informações para certos indivíduos. Se possível, faça uma gravação da pessoa contando a história. Anote a história e depois identifique a fonte, como “relato oral feito por minha avó, Ana (Sousa) Gomes, em 30 de novembro de 2011”.

Acrescente as informações em seus gráficos de linhagem e registros de grupo familiar. Cogite inserir esses dados no site FamilySearch.org a fim de que outras pessoas com linhagem comum tenham acesso a eles. Registre o nome dos parentes que lhes passaram as informações na seção de notas ou fontes nos formulários ou em seu programa de história da família.

Esforce-se para ser exato e completo. Mesmo que você não consiga preencher todas as lacunas num registro de grupo familiar, cada informação ajuda a confirmar que você identificou a pessoa certa e a aprender mais sobre essa pessoa e outras nessa linhagem familiar.

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exemplo de atestado de óbito

exemplo de atestado de óbito

Passo 4: Escolha um familiar ou antepassado sobre o qual você deseja saber mais. [11.2.5]

Procure informações ausentes ou incompletas em seu gráfico de linhagem e em outros registros familiares. Em seguida, selecione em espírito de oração uma família ou um antepassado com informações ausentes ou incompletas. Comece com as gerações mais próximas de você e depois chegue às mais distantes. Costuma ser mais fácil encontrar informações sobre uma família ou um antepassado que tenha vivido mais recentemente.

Passo 5: Verifique se outra pessoa já não achou as informações. [11.2.6]

Procure informações sobre a família ou o antepassado em FamilySearch.org. Os bancos de dados do FamilySearch contêm informações enviadas por outras pessoas e são capazes de indicar se há uma história familiar publicada. Uma busca por sobrenome no catálogo da Biblioteca de História da Família listará todas as histórias da família do acervo da Biblioteca de História da Família da Igreja que contenham o sobrenome. Você pode se programar para consultar muitas histórias disponíveis no centro de história da família mais próximo.

Procure histórias da família em forma de livros publicados em outros sites ou bibliotecas e arquivos públicos. O uso das ferramentas de busca da Internet pode ser útil.

Se as histórias de família não contiverem as informações que você busca sobre a família ou antepassado, procure registros na localidade geográfica geral onde viveu a família ou o antepassado.

Passo 6: Procure registros que contenham informações sobre a família ou o antepassado. [11.2.7]

O Wiki do FamilySearch pode ensinar-lhe técnicas de pesquisa e ajudá-lo a localizar registros com base no local onde a pessoa viveu e na época de seu nascimento, casamento ou morte. Você faz buscas no Wiki do FamilySearch por localização geográfica e período. Todas as ferramentas disponíveis e os auxílios de aprendizagem serão listados, juntamente com os passos recomendados a tomar e os registros a serem pesquisados.

Baixe e imprima formulários e guias para ajudá-lo. Há muitos formulários e guias à disposição no Wiki do FamilySearch para baixar gratuitamente. Esses formulários o ajudarão a planejar, registrar e analisar sua pesquisa.

Examine cada registro que você encontrar, avalie as informações e verifique se ele contém os dados de que você precisa: O que as novas informações lhe indicam? O que ainda falta? A fonte é confiável? (Os registros emitidos perto do evento tendem a ser mais precisos do que os criados posteriormente.) As informações conferem com as de outros registros? (Se, por exemplo, a data de casamento vem apenas 10 anos após a data de nascimento de uma pessoa, é provável que haja erro.)

Use o que você aprendeu para decidir o que fazer em seguida: As novas informações são o suficiente para enviar um nome para o trabalho do templo? Remetem a outro registro a ser verificado? Como elas contribuem para sua pesquisa sobre outros nomes?

Ao expandir sua pesquisa, é útil saber a diferença entre registros originais e registros compilados:

  • Registros originais são registros de eventos vitais mantidos por pessoas presentes no momento em que ocorreram os eventos ou pouco depois. Os registros originais podem fornecer informações sobre nascimento, morte, local de residência, propriedade, profissão, imigração, ação civil, cerimônias religiosas e realizações pessoais. Alguns registros originais, como censos, registros paroquiais, certidões de nascimento, testamentos, escrituras e listas de passageiros de navios são mantidos por governos, igrejas, sociedades ou outras instituições. Outros registros originais, como diários e bíblias de família são mantidos por pessoas ou famílias.

    Os registros originais são mais propensos a conter as informações mais precisas para sua pesquisa de história da família, pois foram criados por pessoas que viviam mais perto de seu antepassado no momento do evento. Muitos registros originais foram microfilmados pela Igreja e agora estão se tornando disponíveis digitalmente e podem ser pesquisados em FamilySearch.org. Voluntários podem ajudar a divulgar mais registros por meio do programa de indexação do FamilySearch.

  • Registros compilados são coletâneas de informações colhidas de outras fontes, em geral muitos anos após o evento. Alguns exemplos são histórias de família, biografias, histórias de lugar, publicações de sociedade, periódicos, genealogias e índices computadorizados. Registros compilados podem provir de registros originais, outros registros compilados ou ambas as coisas. Uma história de família publicada, por exemplo, pode ser compilada a partir de registros civis, registros de recenseamento, papéis familiares e histórias locais. Os registros compilados podem não ser tão precisos quanto os registros originais, mas ainda assim são importantes na pesquisa de história da família, pois contêm informações que talvez não estejam disponíveis de outra forma.

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moça em biblioteca

Há Muitos Tipos de Registros Úteis a Pesquisar no Trabalho de História da Família [11.3]

A tecnologia moderna permite acesso rápido. [11.3.1]

A tecnologia moderna tem melhorado o processo de pesquisa, dando acesso rápido a um grande número de coleções de registros. Você também pode comunicar-se com pessoas que podem ajudá-lo em seu trabalho de história da família contando as experiências delas e tirando dúvidas.

A experiência a seguir é um exemplo de como é possível conseguir auxílio rapidamente tirando partido da tecnologia em sua pesquisa de história da família: Certo dia, um gerente do Departamento de História da Família da Igreja enviou um “tweet” (mensagem eletrônica curta) procurando informações sobre um tio-avô que nascera no Kansas no fim do século XIX. Seu “tweet” dizia: “Pensando em genealogia e com vontade de saber como conseguir o atestado de óbito de Warren Dodge, que morreu em 16 de outubro de 1888 no condado de Barton”. Ele ficou surpreso ao receber a primeira resposta em apenas seis minutos. No espaço de seis horas, ele conseguira todas as informações necessárias para localizar os registros de que precisava. Ele aprendeu que o condado de Barton só começou a emitir atestados de óbito em 1911. Ele alterou a pesquisa para registros de inventário. Telefonou para o cartório do condado de Barton e dentro de poucos dias estava com os documentos na mão.

Conforme mencionado no capítulo anterior, o site do FamilySearch (FamilySearch.org) tem amplos recursos para pesquisa e tutoriais explicando como usá-los.

A Universidade Brigham Young, em Provo, Utah, também possui vários tutoriais de história da família disponíveis em seu site (familyhistorylab.byu.edu) que ensinam sobre os tipos de registros de história da família disponíveis para pesquisa, o que eles contêm e como usá-los para procurar um antepassado. O site contém um link para aulas passo a passo do Departamento de História da Família da BYU sobre várias tarefas no processo de pesquisa e localização de diferentes registros. Essas aulas estão disponíveis gratuitamente para qualquer pessoa com acesso à Internet.

Existem também alguns sites comerciais de história da família que podem ser úteis. Alguns deles oferecem uma versão básica gratuita de seu programa. Peça recomendações a seu instrutor ou a um especialista de história da família de ramo, ala ou estaca.

Há muitas fontes para buscar informações sobre história da família. [11.3.2]

Qualquer registro criado que identifique uma pessoa e esteja disponível para o público pode ser um recurso útil para dados de história da família. Os registros mais úteis não contêm apenas nomes, mas datas relacionadas à pessoa (como datas de nascimento, casamento e morte) e lugares onde essa pessoa viveu, para onde se mudou ou por onde viajou.

A seguir estão alguns dos registros mais comuns disponíveis para pesquisa de história da família:

Registros eletrônicos. Transcrições, índices e outros registros muitas vezes estão disponíveis na Internet num formato que permite buscas. Na Internet há também inúmeras listas de e-mail, fóruns, sites e outras fontes para pesquisadores. Um dos conjuntos mais completos de ferramentas de informática é o FamilySearch, produzido pela Igreja.

Registros civis. Registros civis são registros mantidos por governos federais, estaduais e municipais. Estão localizados em órgãos governamentais, arquivos e bibliotecas. Costuma haver catálogos e índices disponíveis na Internet ou nos locais onde são mantidos os registros. Estes são exemplos comuns de registros civis:

  • Certidões de nascimento costumam indicar o nome da pessoa, a data e o local de nascimento, o nome dos pais (às vezes também o nome de solteira da mãe) e o local de residência.

  • Certidões de casamento geralmente mencionam a data e o local do casamento, o nome e a idade dos noivos, os locais de residência, o nome das testemunhas e às vezes o nome dos pais.

  • Atestados de Óbito dão o nome da pessoa e podem mencionar a data e o local de morte, a idade, o local de residência, a causa da morte, o nome dos pais, a profissão, a data e o local de sepultamento e, por vezes, a data e o local de nascimento.

A Igreja conta com um extenso acervo de registros civis microfilmados. Você pode encomendar e consultar esses registros em centros de história da família da Igreja ou fazer buscas em versões digitalizadas e indexadas no site FamilySearch.org.

Há um esforço contínuo para digitalizar e indexar registros civis para que fiquem disponíveis na Internet para todos. Se você encontrar um antepassado num índice e a Biblioteca de História da Família não tiver um filme do registro real, talvez você precise escrever para a instituição governamental onde o registro foi arquivado.

Nota: No Catálogo da Biblioteca de História da Família muitos registros civis se encontram em “Registros Vitais”.

Registros de recenseamento. Muitos governos compilaram registros de recenseamento nos últimos 200 anos ou mais. Os primeiros registros de censo costumam citar apenas o chefe da família e indicar o nome, o sexo, o local de nascimento e a idade aproximada das demais pessoas da casa. Posteriormente, os registros de censo passaram a trazer informações mais detalhadas.

Tenha cuidado ao usar registros de recenseamento, pois dão apenas uma visão geral da família. Seguem-se alguns cuidados a ter em mente ao consultar registros de recenseamento:

  • Pode haver membros da família omitidos do censo por não estarem em casa por ocasião do recenseamento.

  • Os censos não incluem familiares falecidos.

  • A esposa listada no censo pode não ser a mãe dos filhos.

  • Parentes e agregados muitas vezes figuram como filhos.

  • Os dados podem ter sido fornecidos por vizinhos ou os recenseadores podem ter feito aproximações.

  • Os nomes podem aparecer com várias grafias diferentes.

  • As idades costumam ser arredondadas e os locais de nascimento, aproximados.

Registros de imigração. As companhias de transporte marítimo há muito mantêm registros de passageiros que viajam de um país para outro. A partir do século XIX, os países começaram a manter listas de chegada (listas de imigrantes que chegaram a seus portos). Muitos desses registros foram compilados em livros e em formato eletrônico. Os registros de imigração podem incluir o nome da pessoa, a idade, a profissão, o local de origem, o porto de embarque (partida) e outras informações.

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passageiros em navio a vapor

Registros de naturalização. Os registros de naturalização incluem declarações de intenção (em que um imigrante renuncia a fidelidade a outro país), petições de cidadania e depoimentos (testemunhos prestados em tribunais de justiça como parte da solicitação de cidadania). As informações incluem a idade do solicitante, as mudanças no nome, o local de nascimento, o porto de desembarque (chegada), o estado civil e o endereço postal. Em períodos diferentes, a naturalização pode ter sido processada em âmbito local ou nacional. Nos Estados Unidos, por exemplo, os registros de naturalização inicialmente eram processados por uma série de tribunais federais, estaduais e municipais. Em 1906, o Serviço de Imigração e Naturalização dos Estados Unidos começou a manter um índice de naturalizações, com cópias de documentos importantes para cada caso.

Registros de inventário. Os registros de inventário são documentos jurídicos que mostram como os bens de pessoas falecidas foram divididos entre os herdeiros. Os testamentos costumam listar doações de bens a cônjuges, filhos e outros parentes. Documentos administrativos indicam as pessoas (em geral o cônjuge ou o filho mais velho) que executarão o testamento. Em geral, os registros de inventário não citam todos os filhos. Os filhos falecidos ou que já receberam sua parte da herança costumam não constar. Da mesma forma, o cônjuge vivo pode não ser o pai ou a mãe de todos os filhos citados ou mesmo de nenhum deles.

Registros de terras. Registros de terras, como escrituras e hipotecas, podem ser usados para verificar as mudanças de uma pessoa ou família. Às vezes os registros imobiliários declaram graus de parentesco, como no caso em que um casal tem a propriedade comum de um terreno ou quando alguém vende terras a um familiar. Em outras situações, esses laços não são mencionados, mas podem ser deduzidos. Os registros de terras também podem fornecer indícios relativos a circunstâncias financeiras, vizinhos, sócios e nomes completos.

Registros militares. Os registros militares mais valiosos para a pesquisa de história da família são solicitações de pensão redigidas por militares ou suas viúvas. As informações contidas nos registros militares incluem a data de nascimento da pessoa, a data de casamento, a idade no alistamento, o regimento, a descrição física (como cor do cabelo, cor dos olhos, altura e marcas distintivas), campanhas militares e batalhas, deficiências decorrentes do serviço militar, depoimentos de contemporâneos, locais de residência e às vezes o nome e a data de nascimento dos herdeiros.

Registros de igrejas. Em muitas partes do mundo, os registros de igrejas começaram séculos antes que os registros civis. Os registros paroquiais da maioria das denominações mencionam batizados, casamentos e falecimentos. Além das datas e dos nomes das pessoas envolvidas, os registros das igrejas também podem conter informações como o nome e a residência dos pais, a profissão e o nome de testemunhas e padrinhos, que em geral eram parentes. Alguns registros eclesiásticos ainda estão em igrejas locais, mas muitos foram transferidos para arquivos centrais. A Biblioteca de História da Família já microfilmou registros de milhares de paróquias no mundo todo.

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família olhando livros

Criar um Sistema para Acompanhar o Progresso e Arquivar Documentos de História da Família [11.4]

Use programas de computador para acompanhar e arquivar informações. [11.4.1]

Os programas de computador fornecem os melhores métodos para facilitar o arquivamento e a recuperação de dados de história da família. Há vários programas disponíveis na Igreja e no mercado, cada um com concepção própria e recursos especiais.

Um arquivo de computador que acompanha as buscas que você fez, os locais em que procurou e o que encontrou também pode ser um recurso valioso, principalmente quando você já investiu muito tempo e esforço na pesquisa de história da família.

Para proteger-se da possível perda de seus registros eletrônicos, sempre faça pelo menos um backup regularmente.

Complemente seus registros de computador. [11.4.2]

Um sistema de arquivamento eficaz pode conter pastas suspensas, pastas rígidas e assim por diante. É emocionante poder segurar a cópia autenticada de uma certidão de nascimento, consultar a cópia de um testamento com a caligrafia original ou ler um diário original redigido por um antepassado.

Escanear documentos é uma maneira de preservar e compartilhar registros e poder citá-los como fontes de informações.

Uma combinação de arquivos físicos e eletrônicos é uma opção eficaz para armazenar e acessar registros de história da família. Uma boa orientação geral é ter um sistema que outra pessoa da família poderia utilizar e compreender sem dificuldade.

Consulte pessoas com experiência em história da família e verifique o que fazem ou recomendam. Em seguida, decida o que seria mais proveitoso para você.

Perguntas para Refletir

  • Como o ato de manter registros se relaciona ao sucesso na pesquisa de história da família?

  • Que informações você incluiria num diário de pesquisa de história da família?

  • Quem se beneficia de suas pesquisas de história da família?

Designações Sugeridas

  • Vá ao site do Departamento de História da Família da BYU (familyhistorylab.byu.edu) e consulte os tutoriais disponíveis.

  • Elabore um plano de pesquisa sobre uma linhagem específica de seus antepassados, inclusive com as informações que você gostaria de encontrar e onde vai começar a buscá-las.

  • Crie um diário de pesquisa para registrar seus esforços na história da família.

  • Avalie programas de computador que administram registros e escolha um deles para usar em seu trabalho pessoal de pesquisa.

Recursos Adicionais

  • David A. Bednar, “O Coração dos Filhos Voltar-se-á”, A Liahona, novembro de 2011, p. 24.

  • LDS.org: clique em Recursos; em “Família”, clique em História da Família.

  • Site do Departamento de História da Família da BYU: familyhistorylab.byu.edu.