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Capítulo 10: Os Convênios, as Ordenanças e os Templos no Plano de Salvação


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Os Convênios, as Ordenanças e os Templos no Plano de Salvação

Introdução

O Presidente Boyd K. Packer, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou a importância dos convênios e das ordenanças:

“A vida é uma jornada de regresso ao lar para todos nós, de volta à presença de Deus em Seu reino celestial.

As ordenanças e os convênios tornam-se nossas credenciais para admissão à presença Dele. Ser dignos de recebê-los é a busca de toda uma vida; mantê-los daí em diante é o desafio da mortalidade” (Conference Report, abril de 1987, p, 27; ou Ensign, maio de 1987, p. 24).

O Élder Russell M. Nelson, do Quórum dos Doze Apóstolos, falou da importância dos templos e das ordenanças do templo: “O templo é literalmente a casa do Senhor, reservado para as ordenanças de significado eterno. Essas ordenanças incluem batismos, casamentos, investiduras e selamentos. (…)

(…) As ordenanças do templo são absolutamente essenciais. Não podemos voltar à presença de Deus sem elas” (“Prepare for Blessings of the Temple”, Ensign, março de 2002, pp. 17–18).

Este capítulo contém uma visão geral das ordenanças de salvação e dos respectivos convênios. Vai ajudar você a compreender melhor a importância desses convênios e dessas ordenanças para si e seus familiares. Espera-se que esses ensinamentos reforcem seu desejo de fazer e guardar seus convênios com Deus e o motivem ainda mais a proporcionar essas ordenanças a seus familiares falecidos.

Comentários

Convênio É um Acordo Solene entre Deus e o Homem Segundo os Termos de Deus [10.1]

Um convênio é um acordo sagrado. [10.1.1]

“Um convênio é um acordo sagrado entre Deus e uma pessoa ou grupo de pessoas. Deus estabelece condições específicas e Ele promete abençoar-nos se obedecermos às Suas condições. Quando decidimos não cumprir os convênios, não podemos receber as bênçãos e, em alguns casos, sofremos uma penalidade como consequência de nossa desobediência.

Todas as ordenanças salvadoras do sacerdócio são acompanhadas de convênios” (Sempre Fiéis: Tópicos do Evangelho, 2004, p. 45).

Deus determina nossos convênios com Ele. [10.1.2]

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Élder Dennis B. Neuenschwander

O Élder Dennis B. Neuenschwander, membro emérito dos Setenta, ensinou que os convênios salvadores têm origem em Deus e são validados por Sua autoridade:

“Os convênios eternos nos são oferecidos somente por Deus. Ele é o autor de todos esses convênios, assim como o único que possui autoridade e poder para garantir sua validade além desta vida.

‘E tudo que existe no mundo, quer seja ordenado por homens, por tronos ou principados ou poderes ou coisas de renome, sejam quais forem, que não for por mim nem pela minha palavra, diz o Senhor, será derrubado e não permanecerá depois que os homens morrerem; nem na ressurreição nem depois da ressurreição, diz o Senhor vosso Deus’ [D&C 132:13].

Não podemos criar tais convênios porque não temos o poder de garanti-los. Consequentemente, só podemos assumir convênios que nos sejam oferecidos por Deus — e só podemos fazê-lo da maneira ensinada por Ele” (“Ordenanças e Convênios”, A Liahona, novembro de 2001, p. 16).

O cumprimento dos convênios é o teste crucial da vida. [10.1.3]

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Presidente Henry B. Eyring

O Presidente Henry B. Eyring, da Primeira Presidência, explicou a natureza crucial de nossos convênios com Deus: “Os santos dos últimos dias são um povo de convênios. A partir do batismo e ao longo de todos os marcos espirituais da vida, fazemos promessas a Deus, e Ele nos faz promessas. O Senhor sempre cumpre as promessas feitas por intermédio de Seus servos autorizados, mas o teste decisivo de nossa vida é ver se faremos e cumpriremos nossos convênios com Ele” (Conference Report, outubro de 1996, p. 40; ou Ensign, novembro de 1996, p. 30).

Convênios e Ordenanças de Salvação São Necessários para a Exaltação no Reino Celestial [10.2]

As ordenanças e os convênios nos ajudam a voltar à presença de Deus. [10.2.1]

“Na Igreja, uma ordenança é um ato sagrado e formal realizado por uma autoridade do sacerdócio. Algumas ordenanças são essenciais à nossa exaltação. Essas ordenanças se chamam ordenanças de salvação e incluem o batismo, a confirmação, a ordenação ao Sacerdócio de Melquisedeque (para os homens), a investidura no templo e o selamento do casamento. Em cada uma dessas ordenanças, fazemos solenes convênios com o Senhor. (…)

Ordenanças e convênios ajudam-nos a lembrarmos de quem somos. Eles nos lembram de nosso dever para com Deus. O Senhor as deu para ajudar-nos a vir a Ele e a receber a vida eterna. Quando as honramos, Ele nos fortalece” (Sempre Fiéis, pp. 125–126).

As ordenanças e os convênios são essenciais para a exaltação. [10.2.2]

O Presidente Howard W. Hunter (1907–1995) resumiu a natureza crucial dos convênios e das ordenanças do templo:

“Nas ordenanças do templo, constroem-se os alicerces da vida eterna. A Igreja tem a responsabilidade — e a autoridade — de preservar e proteger a família como o alicerce da sociedade.

Todas as ordenanças do templo são essenciais para a salvação e exaltação dos filhos de nosso Pai Celestial. (…)

Todos os nossos esforços em proclamar o evangelho, aperfeiçoar os santos e redimir os mortos conduzem-nos ao templo sagrado. Por essa razão, todas as ordenanças do templo são absolutamente importantes, pois, sem elas, não poderemos voltar à presença de Deus” (“Um Povo Motivado pelo Templo”, A Liahona, março de 2004, p. 40).

Os convênios eternos têm uma ordenança que os acompanha. [10.2.3]

O Élder Dennis B. Neuenschwander ensinou sobre a importância das ordenanças ligadas aos convênios de salvação:

“As ordenanças sagradas e a autoridade para administrá-las não começaram com a Restauração do evangelho e a fundação da Igreja moderna em 1830. As ordenanças sagradas do evangelho como requisitos para a salvação e exaltação foram ‘[instituídas] desde antes da fundação do mundo’ [D&C 124:33]. Sempre constituíram parte imutável do evangelho. O Profeta Joseph Smith ensinou: ‘Não se podem alterar nem mudar as ordenanças que foram instituídas nos céus antes da fundação do mundo, no sacerdócio, para redimir os homens. Todos têm de ser salvos pelos mesmos princípios’ [Teachings of the Prophet Joseph Smith, sel. Joseph Fielding Smith, 1976, p. 308]. (…)

(…)  As ordenanças sagradas são a porta de entrada para convênios sagrados com Deus. As ordenanças e os convênios não podem ser bem compreendidos se dissociados uns dos outros. Por meio das ordenanças, fazemos convênios, e por meio deles, recebemos as ordenanças. Embora possa haver ordenanças que possuam convênios vinculados a elas — como a bênção dada às crianças para dar-lhes um nome, a unção dos enfermos e as bênçãos de consolo — não há nenhum convênio eterno que não esteja ligado a uma ordenança. Nossos importantes passos em direção a Deus são precedidos por ordenanças sagradas e governados pelas condições dos convênios associados a essas ordenanças” (“Ordenanças e Convênios”, A Liahona, novembro de 2001, p. 16).

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Descendo às Águas

O batismo é o convênio inicial que fazemos com Deus.

O batismo é nosso primeiro convênio com Deus. [10.2.4]

O batismo é o primeiro convênio que fazemos com Deus no caminho da exaltação. O Élder D. Todd Christofferson, do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou:

“Celebramos convênios por meio de ordenanças do sacerdócio, rituais sagrados que Deus ordenou para manifestarmos nosso compromisso. Nosso convênio inicial, por exemplo, no qual penhoramos nosso desejo de tomar sobre nós o nome de Cristo, é confirmado pela ordenança do batismo. Ele é realizado individualmente, pelo nome. Por meio dessa ordenança, tornamo-nos parte do povo do convênio do Senhor e herdeiros do Reino Celestial de Deus.

Outras ordenanças sagradas são realizadas nos templos erigidos para esse propósito. Se formos fiéis aos convênios que ali fazemos, seremos herdeiros não somente do reino celestial, mas também da exaltação, a glória mais elevada no reino dos céus, e receberemos toda a capacidade divina que Deus pode conceder (ver D&C 132:20)” (Conference Report, abril de 2009, p. 17; ou A Liahona, maio de 2009, p. 19).

No Templo, Participamos de Ordenanças Sagradas e Fazemos Convênios Essenciais à Exaltação [10.3]

O objetivo principal dos templos é prover as ordenanças de salvação. [10.3.1]

Embora os templos sirvam a vários propósitos em nossa vida, o Élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze Apóstolos, destacou seu propósito principal:

“A oportunidade de entrar no templo e ali fazer convênios sagrados é uma das maiores bênçãos ao nosso alcance na mortalidade. (…)

O principal propósito do templo é prover as ordenanças necessárias para nossa exaltação no reino celestial. As ordenanças do templo nos conduzem a nosso Salvador e nos concedem as bênçãos decorrentes da Expiação de Jesus Cristo. Os templos são a maior universidade de aprendizado conhecida pelo homem” (“As Bênçãos do Templo”, A Liahona, outubro de 2009, p. 12).

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casal em frente ao templo

As ordenanças são essenciais para os mortos. [10.3.2]

Todas as ordenanças de salvação, quer pelos vivos quer pelos mortos, são realizadas com a devida autoridade do sacerdócio. O batismo, a confirmação e a ordenação ao Sacerdócio de Melquisedeque para os vivos são realizados fora dos templos, em geral em capelas de ala ou estaca. Todas as ordenanças de salvação para os mortos são realizadas nos templos. Seguem-se breves resumos das ordenanças essenciais realizadas nos templos hoje:

Batismo e confirmação. As ordenanças de salvação do evangelho em favor dos mortos começam com o batismo vicário por imersão e a confirmação como membro da Igreja, para o dom do Espírito Santo, pela imposição de mãos (ver Regras de Fé 1:4–5). O batismo e a confirmação para os vivos são realizados fora do templo (em geral, na pia batismal de uma sede de estaca ou em outro local aprovado pela devida autoridade do sacerdócio). Os batismos pelos mortos são realizados por procuradores vivos somente na pia batismal de um templo.

Ordenação ao Sacerdócio de Melquisedeque. As ordenações ao Sacerdócio de Melquisedeque em favor dos homens falecidos são realizadas vicariamente no templo.

Abluções e unções. Há referências a abluções e unções no Velho Testamento (ver Êxodo 28:2–3, 41; 29:4–7; 40:12–13; Levítico 8:6). “As ordenanças de ablução e unção são geralmente chamadas no templo de ordenanças iniciatórias [porque iniciam a investidura]. Para nosso propósito será suficiente dizer apenas o seguinte: Há abluções e unções associadas à investidura. São em sua maior parte de natureza simbólica, mas prometem bênçãos específicas e imediatas, bem como bênçãos futuras.

Juntamente com essas ordenanças, o garment será oficialmente vestido em você no templo, e você receberá a promessa de bênçãos maravilhosas em relação a ele” (Preparação para Entrar no Templo Sagrado, 2002, p. 32; ver também D&C 124:39).

Investidura. Os membros da Igreja geralmente recebem a investidura quando estão preparando-se para servir uma missão de tempo integral ou ser selados no templo. A maturidade espiritual é importante para as pessoas que recebem a investidura. A investidura é um dom de conhecimento e vem acompanhada de convênios sagrados pelos quais a pessoa que a recebe promete viver de acordo com o conhecimento adquirido. Investir também significa fazer prosperar, conceder algo de valor a alguém. “Investir significa enriquecer, dar a outra pessoa algo muito duradouro e valioso” (Preparação para Entrar no Templo Sagrado, p. 29).

O Presidente Brigham Young (1801–1877) definiu a investidura do templo da seguinte maneira: “Sua investidura é o recebimento de todas as ordenanças da casa do Senhor que são necessárias para que possam, depois de terem deixado esta vida, caminhar de volta à presença do Pai, passando pelos anjos que estão de sentinela” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Brigham Young, 1997, p. 302).

O Élder James E. Talmage (1862–1933), do Quórum dos Doze Apóstolos, fez um apanhado dos convênios ligados à investidura: “As ordenanças da investidura incluem certas obrigações por parte do membro, como o convênio e a promessa de observar a lei de total virtude e castidade, ser caridoso, benevolente, tolerante e puro; devotar tanto os talentos quanto os recursos materiais para difundir a verdade e elevar a raça [humana]; manter-se devoto à causa da verdade e procurar, de todas as maneiras, contribuir para a grandiosa preparação da Terra para o recebimento de seu Rei — o Senhor Jesus Cristo. Ao recebermos cada convênio e assumirmos cada uma das obrigações, uma bênção é pronunciada sobre nós, condicionada à observância fiel a suas exigências” (The House of the Lord, ed. rev., 1976, p. 84).

Selamento. O poder de selar uma família para o tempo e a eternidade é a experiência culminante do templo. O Presidente Howard W. Hunter ensinou o seguinte sobre os selamentos do templo: “Outra ordenança do templo é o casamento celestial, em que a mulher é selada ao marido e o marido à mulher para a eternidade. Sabemos que o casamento civil termina com a morte; mas o casamento celestial realizado no templo pode existir para sempre. Os filhos nascidos de um casal após um casamento eterno estão automaticamente selados aos pais para a eternidade. Se os filhos nascerem antes de uma mulher ser selada ao marido, há a ordenança do selamento no templo que sela (ou une) esses filhos aos pais para a eternidade” (“Um Povo Motivado pelo Templo”, A Liahona, março de 2004, p. 40).

As Ordenanças pelos Antepassados Falecidos Só Podem Ser Realizadas nos Templos [10.4]

O batismo pelos mortos foi restaurado nos últimos dias. [10.4.1]

O Profeta Joseph Smith, ao discursar no funeral de Seymour Brunson em 15 de agosto de 1840, apresentou a doutrina do batismo pelos mortos. Os membros da Igreja ficaram surpresos, mas igualmente entusiasmados. Após esse acontecimento, as Autoridades Gerais passaram a falar com frequência sobre essa nova doutrina, e os santos começaram a realizar batismos em favor de seus entes queridos falecidos no Rio Mississippi, que ficava nas proximidades (ver Joseph Fielding Smith, Essentials in Church History, Classics in Mormon Literature Series [1979], pp. 252–253; A História da Igreja na Plenitude dos Tempos: Manual do Aluno, 2003, p. 251).

Na conferência geral da Igreja em outubro de 1841, realizada em Nauvoo, Illinois, o Profeta Joseph Smith declarou que o Senhor desejava que os santos parassem os batismos pelos mortos até que pudessem ser realizados em Sua casa (o Templo de Nauvoo). Em 8 de novembro de 1841, o Presidente Brigham Young, Presidente do Quórum dos Doze Apóstolos, dedicou a pia batismal no andar inferior do templo inacabado e os membros da Igreja começaram a realizar batismos pelos mortos (ver History of the Church, vol. 4, pp. 426, 446, 454).

Doutrina e Convênios 127 e 128 trazem orientações adicionais do Profeta Joseph Smith sobre o batismo pelos mortos. Desde esse momento, todas as ordenanças de salvação pelos mortos são realizadas somente nos templos.

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jovens nas escadas de um templo

Grupo de jovens saindo do templo em Gana, África Ocidental.

Temos a responsabilidade de realizar ordenanças pelos mortos. [10.4.2]

O Presidente Ezra Taft Benson (1899–1994) ensinou sobre nossa responsabilidade de proporcionar as ordenanças de exaltação por nossos antepassados falecidos:

“Um dos trabalhos que Ele ordenou nestes últimos dias é que nós que recebemos as ordenanças de exaltação realizemos as ordenanças e os selamentos por nossos progenitores que não tiveram a oportunidade de receber o evangelho na mortalidade. Temos o privilégio de abrir as portas da salvação para as almas que podem estar presas nas trevas do mundo dos espíritos, a fim de que recebam a luz do evangelho e sejam julgadas da mesma forma que nós. Sim, ‘as obras que eu faço’— proporcionar as ordenanças de salvação do evangelho ao próximo — ‘[fareis] também’. Quantos milhares de nossos familiares ainda estão aguardando essas ordenanças seladoras?

Convém perguntar: ‘Já fiz tudo a meu alcance como pessoa neste lado do véu? Serei um salvador para eles — meus próprios progenitores?’

Sem eles, não podemos ser aperfeiçoados! A exaltação é um assunto de família” (“Because I Live, Ye Shall Live Also”, Ensign, abril de 1993, p. 6).

As ordenanças de salvação serão oferecidas a todos os filhos do Pai Celestial. [10.4.3]

O Presidente Boyd K. Packer explicou que o propósito supremo do trabalho pelos mortos é levar o dom da salvação a todos os que desejarem recebê-lo:

“No templo, os membros da Igreja que se provarem merecedores podem participar das mais sublimes ordenanças redentoras já reveladas à humanidade. Lá, numa cerimônia sagrada, uma pessoa pode ser lavada, ungida, instruída, investida e selada. E depois de recebermos essas bênçãos para nós mesmos, podemos oficiar em favor dos que já morreram sem receber a mesma oportunidade. No templo, as ordenanças sagradas são realizadas tanto para os vivos quanto para os mortos.

(…) Um dia todas as pessoas vivas e todas que já viveram terão a oportunidade de ouvir o evangelho e aceitar ou rejeitar o que o templo oferece” (“The Holy Temple”, Ensign, fevereiro de 1995, p. 32).

Todos têm o arbítrio de aceitar ou rejeitar as ordenanças vicárias. [10.4.4]

Algumas pessoas fazem ressalvas à prática da Igreja de realizar batismos vicários pelos mortos. Uma objeção é que isso poderia ir de encontro aos desejos do falecido. O Élder D. Todd Christofferson deixou bem claro o respeito da Igreja pelo arbítrio das pessoas falecidas pelas quais realizamos ordenanças no templo: “Alguns não compreendem e pensam que as almas de pessoas falecidas estão ‘sendo batizadas na fé mórmon sem seu conhecimento’ ou que ‘pessoas que antes pertenciam a outras denominações religiosas podem retroativamente ser forçadas a aceitar essa fé’. Eles pressupõem que, de alguma forma, temos poder de forçar uma alma a fazer alguma coisa em questões de fé. Claro que não podemos. Deus concedeu o arbítrio ao homem desde o início [ver Moisés 7:32; ver também Alma 5:33–36; 42:27]. ‘Os mortos que se arrependerem serão redimidos por meio da obediência às ordenanças da Casa de Deus’ [D&C 138:58], mas somente se aceitarem essas ordenanças. A Igreja não os coloca em seus registros nem os conta como membros” (Conference Report, outubro de 2000, p. 8; ou A Liahona, janeiro de 2001, p. 10).

Somos Abençoados pela Frequência ao Templo [10.5]

Preparar-se para frequentar o templo. [10.5.1]

“As ordenanças e cerimônias do templo são simples. São muito belas. São sagradas. São mantidas em segredo para não serem transmitidas a pessoas que não estejam preparadas. A curiosidade não é uma preparação. O interesse profundo, em si, também não é uma preparação. A preparação para as ordenanças necessárias inclui passos preliminares: fé, arrependimento, batismo, confirmação, dignidade e maturidade a quem entra como convidado na casa do Senhor” (Preparação para Entrar no Templo Sagrado, p. 2).

O templo é um lugar de revelação. [10.5.2]

O Élder John A. Widtsoe (1872–1952), do Quórum dos Doze Apóstolos, indicou que aqueles que frequentam o templo fielmente devem esperar receber revelações: “Para o homem ou a mulher que passa pelo templo com os olhos abertos, prestando atenção aos símbolos e convênios e fazendo um esforço firme e contínuo para compreender seu pleno significado, Deus Se pronuncia, e são concedidas revelações. (…) Creio que a pessoa atarefada (…) que tem preocupações e problemas pode resolvê-los melhor e mais rápido na casa do Senhor do que em qualquer outro lugar. Se ela deixar seus problemas de lado e voltar a atenção para o trabalho do templo para si mesma e seu mortos, concederá uma bênção grandiosa aos que já se foram e receberá também uma bênção substancial, pois nos momentos mais inesperados, dentro ou fora do templo, ela receberá, como revelação, a solução dos problemas que lhe atormentam a vida. Esse é o dom concedido àqueles que entram no templo da maneira certa, pois é um lugar onde se pode esperar receber revelações” (“Temple Worship”, The Utah Genealogical and Historical Magazine, abril de 1921, pp. 63–64.)

O Espírito do Senhor permeará nossa vida. [10.5.3]

O Élder Royden G. Derrick (1915–2009), dos Setenta, prestou testemunho das várias bênçãos resultantes da frequência ao templo: “Os templos do Senhor são um recurso a ser utilizado pelos membros fiéis para enriquecer e enobrecer espiritualmente sua vida e a vida de membros da família imediata e mais distante. Quando os membros da Igreja vão ao templo regularmente, sua alma se enche de paz interior, o Espírito do Senhor reina no lar, o amor e o respeito se aprofundam entre os familiares, os problemas adquirem contornos mais definidos, as soluções ficam mais visíveis, as emoções tornam-se mais serenas nos relacionamentos familiares, os divórcios diminuem substancialmente na comunidade da Igreja, a vida dos frequentadores e das pessoas a sua volta se enriquece espiritualmente e é mais provável que os filhos façam boas amizades, se comuniquem melhor com os pais, frequentem o seminário e o instituto, sirvam missão, fiquem ativos na Igreja, compreendam melhor os princípios do evangelho e estejam à altura de um relacionamento familiar eterno” (Temples in the Last Days, 1987, p. 156).

A investidura é uma proteção para nós. [10.5.4]

Sempre há promessas ligadas aos convênios que fazemos com o Senhor. O Presidente Joseph Fielding Smith fez uma reflexão sobre a promessa de proteção do Senhor atrelada aos convênios do templo:

“Quando vamos ao templo, erguemos a mão e assumimos o compromisso de servir ao Senhor e guardar Seus mandamentos e nos conservarmos limpos das manchas do mundo. Se entendemos o que estamos fazendo, então a investidura será uma proteção para nós todos em nossa vida — proteção de que não dispõe um homem que não vai ao templo.

Ouvi meu pai [o Presidente Joseph F. Smith] dizer que na hora da provação, na hora da tentação, ele pensava nas promessas, nos convênios que havia feito na Casa do Senhor, e eles lhe serviam de proteção. (…)

Essa proteção é, em parte, a finalidade dessas cerimônias. Elas nos salvam agora e nos exaltam no além, desde que as honremos. Sei que essa proteção é concedida, pois eu também a compreendo, como milhares de outros que se lembraram de suas obrigações” (Doutrinas de Salvação, comp. Bruce R. McConkie, 3 vols., vol. II, pp. 251–252).

A frequência ao templo contribui para uma vida digna. [10.5.5]

O Presidente Gordon B. Hinckley (1910–2008) ensinou que a frequência ao templo nos ajuda a evitar vícios destrutivos: “Adquiram o hábito de ir à casa do Senhor. Não há melhor forma de garantir uma vida adequada do que a frequência ao templo. Isso sobrepujará os males da pornografia, do vício das drogas e da atrofia espiritual ” (A Liahona, maio de 2005, p. 102).

A realização do trabalho pelos mortos traz bênçãos pessoais. [10.5.6]

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Mary Ellen Smoot

A irmã Mary Ellen Smoot, ex-presidente geral da Sociedade de Socorro, destacou algumas das recompensas recebidas por quem vai ao templo fazer ordenanças pelos mortos: “Vemos irmãs que se regozijam nas bênçãos do templo — irmãs que procuram fazer e guardar seus convênios, realizando o trabalho por seus antepassados falecidos e nesse processo sentem alívio de seu próprio fardo e encontram mais forças para resistir às tentações. Vemos filhas de Deus que compreendem seu destino eterno e seu potencial e se esforçam para sobrepujar suas fraquezas” (“Alegra-te, ó Filha de Sião”, A Liahona, janeiro de 2000, p. 94).

Perguntas para Refletir

  • Que impressões lhe vêm à mente e ao coração ao ponderar os convênios que você fez com o Pai Celestial?

  • Que metas você pode traçar para aumentar sua capacidade de honrar seus convênios?

  • Que bênçãos você recebeu por causa das ordenanças e dos convênios do templo?

Tarefa Sugerida

  • Escreva três ou quatro metas para ajudá-lo em sua dignidade para frequentar o templo. Dê-lhes a prioridade que melhor se encaixe em suas circunstâncias.

Recursos Adicionais

  • Ezra Taft Benson, “What I Hope You Will Teach Your Children about the Temple”, Ensign, agosto de 1985, pp. 6–10.

  • Preparação para Entrar no Templo Sagrado (livreto, 2002).

  • D. Todd Christofferson, “O Poder dos Convênios”, A Liahona, maio de 2009, p. 19.