Manuais e chamados
38. Normas e diretrizes da Igreja


“38. Normas e diretrizes da Igreja”, Manual Geral: Servir em A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 2020.

“38. Normas e diretrizes da Igreja”, Manual Geral.

38.

Normas e diretrizes da Igreja

38.1

Participação na Igreja

Nosso Pai Celestial ama Seus filhos. “Todos são iguais perante Deus” e Ele convida todos a “virem a ele e a participarem de sua bondade” (2 Néfi 26:33).

Os líderes e membros da Igreja com frequência são questionados sobre quem pode assistir às reuniões de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, quem pode se tornar membro da Igreja e quem pode frequentar o templo.

38.1.1

Frequência às reuniões da Igreja

O Salvador ensinou que Seus discípulos deveriam amar o próximo (ver Mateus 22:39). Paulo convidou os recém-conversos a “não [ser] mais estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos” (Efésios 2:19). O Salvador também ensinou que os membros da Igreja não devem “excluir quem quer que seja [das] (…) reuniões públicas, que são realizadas diante do mundo” (Doutrina e Convênios 46:3).

Todos são bem-vindos para frequentar a reunião sacramental, outras reuniões dominicais e eventos sociais de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. O líder presidente é responsável por garantir que todos os que frequentam sejam respeitosos em relação ao ambiente sagrado.

Todos os que frequentam devem evitar distúrbios ou distrações que sejam contrários à adoração ou a outros propósitos da reunião. Todos os requisitos de idade e comportamento das diferentes reuniões e eventos da Igreja devem ser respeitados, o que exige a abstenção de conduta abertamente romântica e do uso de roupas ou de aparência que causem distração. Também não se devem fazer declarações políticas ou falar da orientação sexual ou de outras características pessoais de modo que prejudique as reuniões que se concentram no Salvador.

Se houver um comportamento inadequado, o bispo ou o presidente da estaca aconselhará de modo particular em espírito de amor. Ele incentiva aqueles cujo comportamento é impróprio para a ocasião a se concentrarem em ajudar a manter o local sagrado para todos os presentes, com ênfase especial na adoração ao Pai Celestial e ao Salvador.

As capelas da Igreja permanecem como propriedade particular sujeita às normas da Igreja. Será solicitado de maneira respeitosa às pessoas que não desejarem seguir essas diretrizes a não comparecerem às reuniões e aos eventos da Igreja.

38.1.2

Tornar-se membro da Igreja

Ser membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias está ao alcance daqueles que “se apresentarem com o coração quebrantado e o espírito contrito”, que “estão dispostos a tomar sobre si o nome de Jesus Cristo” e desejam fazer e guardar convênios batismais sagrados (Doutrina e Convênios 20:37).

Para o batismo de crianças de 8 anos de idade ou mais, ver o item 38.2.8.2.

38.1.3

Frequência ao templo

Os templos são locais sagrados de adoração nos quais as pessoas recebem ordenanças essenciais e fazem convênios sagrados. Para os membros da Igreja, os templos são casas de Deus. Devido a essa santidade e aos convênios que lá são feitos, apenas os membros da Igreja com uma recomendação válida para o templo podem frequentá-lo. Os membros podem receber uma recomendação para o templo quando guardam fielmente os mandamentos exigidos e vivem o evangelho de Jesus Cristo. (Ver o capítulo 26.)

38.1.4

Participação e bênçãos de membros solteiros

Todos os membros, ainda que não tenham se casado ou que não tenham a família na Igreja, devem se esforçar pelo ideal de viver em uma família eterna. Isso significa se preparar para ser selado como marido ou esposa dignos e se tornar um pai ou uma mãe amorosos. Para algumas pessoas, essas bênçãos só serão cumpridas na vida futura, mas a meta final é a mesma para todos.

Os membros fiéis cujas circunstâncias não lhes permitam receber as bênçãos do casamento eterno e da paternidade ou maternidade nesta vida receberão todas as bênçãos prometidas na eternidade, desde que guardem os convênios que fizeram com Deus (ver Mosias 2:41).

38.1.5

Pais não casados menores de 18 anos de idade

Um rapaz não casado com menos de 18 anos que vai ser pai pode participar de um quórum do Sacerdócio Aarônico ou do quórum de élderes. Essa decisão é tomada em espírito de oração pelo rapaz, por seus pais e pelo bispo.

Uma moça não casada com menos de 18 anos que vai ser mãe pode participar das Moças ou da Sociedade de Socorro. Essa decisão é tomada em espírito de oração pela moça, por seus pais e pelo bispo.

Para tomar essa decisão, o rapaz ou a moça, seus pais e os líderes devem considerar o seguinte:

  • Se o rapaz ou a moça participar das classes e atividades dos jovens, o filho não o acompanhará.

  • Os jovens mais velhos que escolherem criar o filho podem se beneficiar da participação no quórum de élderes (como élderes em perspectiva) ou na Sociedade de Socorro.

38.2

Normas para ordenanças e bênçãos

Esta seção fornece normas para ordenanças e bênçãos. Algumas dessas normas envolvem circunstâncias especiais. Informações gerais sobre ordenanças e bênçãos são fornecidas no capítulo 18. As informações sobre as ordenanças do templo são fornecidas nos capítulos 27 e 28.

38.2.1

Interpretar ordenanças e bênçãos em outro idioma

É importante que a pessoa que for receber uma ordenança ou bênção entenda o que é dito. Se necessário, o líder presidente pode pedir a alguém que traduza oralmente uma ordenança ou bênção para um idioma que a pessoa que a recebe compreenda. Isso inclui a interpretação da língua de sinais.

Se uma pessoa que recebe uma ordenança ou bênção for surda ou tiver deficiência auditiva, ela pode usar um aplicativo de conversão de voz para texto. As pessoas surdas ou com deficiência auditiva também podem usar a interpretação em linguagem de sinais ou um aplicativo de voz para texto para entender as bênçãos concedidas a seus familiares.

Para informações sobre traduções escritas de bênçãos patriarcais, ver o item 38.2.10.5. Para informações referentes à interpretação de bênçãos patriarcais na língua de sinais, ver o item 38.2.10.6.

38.2.2

Fotografias, gravações e transcrições de ordenanças e bênçãos

As ordenanças e bênçãos são sagradas. Por esse motivo, ninguém deve tirar fotografias ou filmar ordenanças, bênçãos ou reuniões batismais.

Uma família pode fazer uma gravação de áudio e uma transcrição das bênçãos dadas por um pai. Essas bênçãos são descritas no item 18.14.1.

As bênçãos patriarcais são transcritas. Para facilitar isso, o patriarca ou seu escrevente faz uma gravação de áudio da bênção.

Outras ordenanças e bênçãos não devem ser gravadas ou transcritas.

Para informações sobre transmitir ordenanças, ver o item 38.2.3.

38.2.3

Transmissão de ordenanças

Quando possível, aqueles que desejam ver uma ordenança devem se esforçar para comparecer pessoalmente. Quando membros e amigos se reúnem para uma ordenança, eles sentem a influência do Espírito e comunhão uns com os outros.

No entanto, quando um membro próximo da família não for capaz de comparecer pessoalmente, o bispo ou o presidente da estaca pode autorizar a transmissão da ordenança para ele ou ela. A transmissão é permitida, por exemplo, quando o membro próximo da família:

  • Mora em locais afastados ou tem capacidade limitada de se deslocar.

  • Tem problemas de saúde físicos, mentais ou emocionais.

  • Tem comprometimento imunológico ou está em um hospital ou uma casa de repouso.

  • Precisa de interpretação na língua de sinais.

  • Está servindo missão de tempo integral. (É necessária a aprovação do presidente da missão.)

O bispo pode autorizar a transmissão de bênçãos de bebês, batismos, confirmações e ordenações ao Sacerdócio Aarônico. O presidente da estaca pode autorizar a transmissão das ordenações ao Sacerdócio de Melquisedeque e a designação de missionários.

A ordenança do sacramento não é transmitida. Se uma reunião sacramental estiver sendo transmitida ao vivo, a transmissão deve ser pausada durante a administração do sacramento. O bispo pode autorizar um sacerdote ou um portador do Sacerdócio de Melquisedeque a administrar o sacramento pessoalmente àqueles que não podem estar presentes.

A transmissão de ordenanças não deve distrair os participantes de modo que eles não sintam o Espírito. Geralmente, somente um dispositivo deve ser usado. Ele é operado pelo especialista de tecnologia da ala ou estaca. Tanto o dispositivo quanto a pessoa que o opera devem ser bem discretos.

As transmissões de ordenanças devem ser apagadas em até 24 horas após sua realização.

38.2.4

Ordenanças para portadores de deficiências intelectuais

Ao ponderar se devem realizar ordenanças por uma pessoa com deficiência intelectual, a pessoa, seus pais ou responsáveis (onde aplicável) e os líderes se aconselham mutuamente. Em espírito de oração, eles consideram o desejo e o grau de entendimento da pessoa. Não se deve negar a realização das ordenanças se a pessoa for digna, desejar recebê-las e demonstrar um grau adequado de responsabilidade e entendimento.

O bispo pode se aconselhar com o presidente da estaca se tiver dúvidas a respeito de uma pessoa específica. O presidente da estaca pode entrar em contato com o escritório da Primeira Presidência para esclarecer dúvidas se necessário.

Pessoas com deficiências que não possam ser consideradas responsáveis são “salvas no reino celestial” (Doutrina e Convênios 137:10). Por esse motivo, as ordenanças não são necessárias ou realizadas por elas. A única exceção é o selamento aos pais para aquelas que não nasceram sob convênio.

Para obter informações sobre como realizar as ordenanças por pessoas com deficiências intelectuais, consulte o seguinte:

  • Sobre batismo e confirmação, ver o item 38.2.8.1

  • Sobre ordenações a ofícios do sacerdócio, ver o item 38.2.9.7

  • Sobre bênção patriarcal, ver o item 38.2.10.1

  • Sobre investidura e selamento no templo, ver os itens 27.2.1.3 e 27.3.1.2

38.2.5

Ordenanças e bênçãos realizadas por pessoas com deficiências físicas ou em favor delas

Pessoas com deficiências físicas, como as que não têm membros, que têm paralisia ou surdez, podem realizar e receber ordenanças e bênçãos. Os líderes fazem os preparativos para que essas pessoas possam participar na medida do possível. Se os líderes tiverem dúvidas que não consigam resolver, o presidente da estaca deve entrar em contato com o escritório da Primeira Presidência.

As pessoas surdas ou com deficiência auditiva grave podem se comunicar por meio da Língua Brasileira de Sinais ao realizar ou receber uma ordenança ou bênção. O líder do sacerdócio que supervisiona a ordenança deve se certificar de que a pessoa que a recebe possa compreendê-la por meio de um intérprete ou por outros meios (ver o item 38.2.1).

38.2.6

Validar ou ratificar ordenanças

As informações a seguir incluem os motivos pelos quais uma ordenança não seria válida. Também descrevem como validar ou ratificar a ordenança.

Em alguns casos, uma ordenança precisa ser realizada novamente. Quando isso acontece, o secretário registra a nova data no registro de membro mesmo que esteja fora de sequência em relação às datas de outras ordenanças.

38.2.6.1

O registro de membro não foi criado, ou o ano está faltando ou está incorreto

Para fins de manutenção de registros, uma ordenança é considerada inválida se o ano em que foi realizada não houver sido registrado ou estiver incorreto no registro de membro. Além disso, o batismo não é válido se o registro de membro não tiver sido criado. A ordenança pode ser validada com o certificado original que foi emitido quando a ordenança foi realizada. Com esse certificado, o bispo pode autorizar um secretário a atualizar o registro de membro.

Se o certificado não for encontrado, a ordenança pode ser validada com o testemunho de duas pessoas que a assistiram. É preciso que as duas testemunhas:

  • Tivessem 8 anos de idade ou mais na ocasião em que a ordenança foi realizada.

  • Tenham visto ou ouvido a ordenança.

  • Sejam membros registrados da Igreja na época em que derem o depoimento.

  • Testemunhem por escrito, declarando: (1) a data completa em que a ordenança foi realizada ou (2) o ano em que ela foi realizada e a pessoa que a realizou.

  • Assinem seu testemunho na presença de um membro do bispado ou da presidência da estaca.

Com esse testemunho, o bispo pode autorizar um secretário a criar ou atualizar o registro de membro. A declaração por escrito pode então ser descartada.

Se o certificado ou as testemunhas não forem encontrados, a ordenança deve ser realizada novamente.

Se o membro tiver recebido outras ordenanças depois da ordenança inválida, elas precisam ser ratificadas pela Primeira Presidência. Para solicitar a ratificação, o presidente da estaca envia uma carta ao escritório da Primeira Presidência.

38.2.6.2

Ordenanças recebidas fora de sequência

Uma ordenança não é válida se a pessoa a receber fora de sequência. Por exemplo, a investidura de um homem não é válida se ele a recebeu antes de ter recebido o Sacerdócio de Melquisedeque. Contudo, a Primeira Presidência pode ratificar essa ordenança. Para solicitar a ratificação, o presidente da estaca envia uma carta ao escritório da Primeira Presidência.

38.2.6.3

Ordenanças realizadas antes da idade adequada

Uma ordenança não será válida se for realizada antes da idade adequada. Por exemplo, o batismo não é válido se for realizado antes de a pessoa ter 8 anos de idade.

Se nenhuma outra ordenança tiver sido recebida depois da ordenança inválida, ela deve ser realizada novamente. Se outras ordenanças foram recebidas, essas e a ordenança inválida devem ser ratificadas pela Primeira Presidência. Para solicitar a ratificação, o presidente da estaca envia uma carta ao escritório da Primeira Presidência.

38.2.6.4

A ordenança foi realizada sem a devida autoridade

Uma ordenança não é válida se ela foi realizada por alguém que não tinha a devida autoridade do sacerdócio. Por exemplo, uma confirmação não é válida se foi realizada por alguém que não era portador do Sacerdócio de Melquisedeque. Da mesma forma, não é válida se a pessoa que a realizou recebeu o Sacerdócio de Melquisedeque fora de sequência ou sem a devida aprovação (ver o item 38.2.6.2; ver também o item 32.17).

Se nenhuma outra ordenança foi recebida após a ordenança inválida, ela deve ser realizada novamente por alguém com a devida autoridade. Se outras ordenanças foram recebidas, essas e a ordenança inválida devem ser ratificadas pela Primeira Presidência. Para solicitar a ratificação, o presidente da estaca envia uma carta ao escritório da Primeira Presidência. Em alguns casos, a Primeira Presidência pode instruir que as ordenanças sejam realizadas novamente.

38.2.7

Dar nome e bênção a crianças

Para informações gerais sobre dar nome e bênção a crianças, ver o item 18.6.

38.2.7.1

Bebês gravemente enfermos

Se um bebê recém-nascido estiver gravemente enfermo, um portador do Sacerdócio de Melquisedeque pode realizar a ordenança de dar nome e bênção no hospital ou em casa. Ele não precisa de autorização do bispo. Depois de dar a bênção, ele notifica prontamente o bispo para que um registro de membro possa ser criado para a criança.

38.2.7.2

Filhos cujos pais não são casados (inclusive pais divorciados)

Uma criança pode ser abençoada quando o bispo obtém permissão verbal dos pais ou responsáveis. A permissão não é exigida de um dos pais ou responsável que não tenha embasamento jurídico para se opor à bênção.

38.2.7.3

Crianças cujos pais não são membros da Igreja

Às vezes, os pais ou responsáveis por uma criança solicitam que ela seja abençoada mesmo que eles não sejam membros da Igreja. Quando isso acontece, o bispo obtém permissão verbal dos pais ou dos responsáveis. A permissão não é exigida de um dos pais ou responsável que não tenha embasamento jurídico para se opor à bênção.

O bispo explica que:

  • Um registro de membro será criado para a criança.

  • Os membros da ala entrarão em contato com eles periodicamente.

  • Ele ou outros líderes da ala vão propor que a criança se prepare para ser batizada quando ela se aproximar dos 8 anos de idade.

38.2.8

Batismo e confirmação

Para diretrizes sobre o batismo e a confirmação, ver os itens 18.7 e 18.8.

38.2.8.1

Pessoas com deficiências intelectuais

Uma pessoa com deficiência intelectual pode ser batizada e confirmada se for considerada relativamente responsável. Ela deve ser capaz de entender e guardar os convênios do batismo.

O bispo possui as chaves para o batismo da pessoa caso ela seja:

  • Um membro com 8 anos de idade ou mais.

  • Tenha 8 anos e pelo menos um de seus pais ou responsáveis seja membro (ver o item 18.7.1.1).

A pessoa, seus pais ou responsáveis (onde aplicável) e o bispo se reúnem em conselho para determinar se a pessoa deve ser batizada e confirmada.

Se a pessoa for um converso em potencial, o presidente da missão possui as chaves para seu batismo (ver o item 18.7.1.2). Nesse caso, os missionários informam o presidente da missão. Ele conversa com a pessoa e seus pais ou responsáveis (onde for aplicável) para determinar se ela deve ser batizada e confirmada. Se o bispo conhece bem a pessoa, o presidente da missão também pode pedir sua opinião.

Aqueles que não são responsáveis não precisam ser batizados, seja qual for a idade (ver Doutrina e Convênios 29:46–50 e o item 38.2.4 neste manual).

Para informações sobre o registro de membro de pessoas que podem ser consideradas não responsáveis, ver o item 33.6.10.

38.2.8.2

Menores de idade

Os menores de idade, conforme definido pelas leis locais, podem ser batizados se ambas as seguintes condições forem cumpridas:

  1. Os pais ou os responsáveis legais dão permissão. A permissão não é exigida de um dos pais ou responsável que não tenha embasamento jurídico para se opor ao batismo. As exceções precisam ser aprovadas pela Primeira Presidência.

    A pessoa que realiza a entrevista para o batismo e a confirmação pode pedir que essa autorização seja feita por escrito se achar que isso ajudará a evitar mal-entendidos. Em alguns locais, é necessária a permissão por escrito. Os líderes da missão e da área podem fornecer orientação.

    Os pais ou responsáveis devem entender a doutrina que será ensinada a seu filho ou sua filha. Também devem estar dispostos a apoiar a criança na realização e no cumprimento do convênio batismal.

  2. A pessoa que realiza a entrevista verifica se a criança compreende o convênio batismal. Ele deve estar convencido de que a criança vai se esforçar para guardar esse convênio obedecendo aos mandamentos, inclusive frequentando as reuniões da Igreja.

Se uma criança usa o sobrenome de seu padrasto, ela pode ser batizada e confirmada com esse nome. Isso se aplica mesmo que ele ou ela não tenha sido formalmente adotado. Contudo, o nome legal da criança, conforme definido pelas leis ou pelos costumes locais, deve constar no registro de membro e no certificado de batismo e confirmação.

38.2.8.3

Pessoas casadas

Uma pessoa casada precisa do consentimento do cônjuge para ser batizada.

38.2.8.4

Pessoas que moram juntas

Um casal que mora junto, mas não é casado, precisa se comprometer a viver a lei da castidade antes que qualquer um deles seja batizado. Isso inclui exercer fé para o arrependimento conforme descrito em Doutrina e Convênios 20:37. Também inclui não morar mais juntos ou, no caso de um homem e uma mulher, casar-se.

38.2.8.5

Pessoas cuja condição de membro da Igreja foi removida ou que renunciaram à condição de membro da Igreja

As pessoas cuja filiação à Igreja foi removida ou que renunciaram à condição de membro podem ser readmitidas por meio de batismo e confirmação. Elas não são consideradas conversos. Os missionários não entrevistam essas pessoas para o batismo. Para instruções, ver o item 32.16.

38.2.8.6

Situações que exigem autorização do presidente da missão ou da Primeira Presidência

É necessária a autorização do presidente da missão antes que uma pessoa possa ser batizada se ela já tiver:

  • Cometido um crime grave (ver o item 38.2.8.7).

  • Participado de um aborto (ver o item 38.6.1).

Nesses casos, o presidente da missão entrevista a pessoa. Se necessário, o presidente da missão pode autorizar um de seus conselheiros a realizar a entrevista. Ele dá essa autorização separadamente para cada entrevista. O conselheiro que realiza a entrevista reporta ao presidente da missão, que pode então autorizar ou negar o batismo e a confirmação.

É necessária a aprovação da Primeira Presidência antes que uma pessoa possa ser batizada se ele ou ela:

  • Tiver cometido assassinato (ver o item 38.2.8.7).

  • Tiver sido condenado por um crime de cunho sexual (ver o item 38.2.8.7).

  • Atualmente estiver em período probatório ou em liberdade condicional por qualquer crime ou ofensa grave (geralmente punida com um ano de prisão ou mais) ou qualquer crime de cunho sexual (ver o item 38.2.8.7).

  • Tiver se envolvido em casamento plural (ver o item 38.2.8.8).

  • Tiver concluído a transição para o sexo oposto ao biológico de nascimento (ver o item 38.2.8.9).

Se a pessoa estiver buscando o batismo pela primeira vez, o presidente da missão a entrevista. Se ele verificar que a pessoa é digna e quiser recomendar o batismo, ele envia um pedido de aprovação para a Primeira Presidência usando o LCR.

Se a pessoa for um ex-membro em busca de readmissão, tanto o bispo quanto o presidente da estaca a entrevistam. Eles seguem as instruções do item 32.16. Se ambos verificarem que a pessoa é digna e quiserem recomendar o batismo, o presidente da estaca envia uma solicitação à Primeira Presidência usando o LCR.

Qualquer solicitação enviada à Primeira Presidência deve incluir todos os detalhes pertinentes, conforme determinados nas entrevistas.

Ver o item 6.2.3 sobre a responsabilidade do presidente da estaca (ou missão) ao enviar solicitações à Primeira Presidência.

38.2.8.7

Pessoas condenadas por crimes

As pessoas que tiverem sido condenadas por crimes não podem ser batizadas até que completem sua pena de prisão. Isso se aplica aos conversos e àqueles que buscam a readmissão.

As pessoas que foram condenadas por delitos graves ou quaisquer crimes de cunho sexual não podem ser batizadas e confirmadas até que também tenham completado seu período probatório ou a liberdade condicional. Somente a Primeira Presidência pode autorizar exceções (ver o item 38.2.8.6). Incentiva-se que os líderes locais do sacerdócio trabalhem de perto com essas pessoas. Elas se esforçam para fazer tudo o que puderem para receber a ajuda do Salvador a fim de se tornarem dignas do batismo e da confirmação.

Os missionários de tempo integral não ensinam pessoas que estejam em penitenciárias ou presídios.

Uma pessoa que tenha sido condenada por assassinato ou crime de cunho sexual não pode ser batizada a menos que a Primeira Presidência dê a aprovação (ver o item 38.2.8.6). O mesmo se aplica a uma pessoa que confessou ter cometido assassinato mesmo que a confissão tenha sido em particular a um líder do sacerdócio. Como usado nestas diretrizes, o termo assassinato não inclui aborto nem ação policial ou militar no cumprimento do dever.

Se a pessoa estiver buscando o batismo pela primeira vez, o presidente da missão segue as instruções do item 38.2.8.6. Se a pessoa for um ex-membro que busca readmissão, o bispo e o presidente da estaca seguem as instruções da mesma seção (ver também o item 32.16).

38.2.8.8

Adultos envolvidos em casamento plural

Um adulto que tenha incentivado, ensinado ou se envolvido em casamento plural precisa receber aprovação da Primeira Presidência antes de ser batizado e confirmado.

Se a pessoa estiver buscando o batismo pela primeira vez, o presidente da missão segue as instruções do item 38.2.8.6. Se a pessoa for um ex-membro que busca readmissão, o bispo e o presidente da estaca seguem as instruções do item 38.2.8.6 (ver também o item 32.16).

A solicitação deve descrever o envolvimento anterior da pessoa em casamento plural. Também deve descrever seu arrependimento e a situação atual da família.

38.2.8.9

Pessoas que se identificam como transgênero

Uma pessoa transgênero pode ser batizada e confirmada se não estiver buscando intervenção médica ou cirúrgica eletiva para tentar fazer a transição para o oposto de seu sexo biológico ao nascer (“redesignação de sexo”).

Os presidentes de missão devem se aconselhar com a presidência da área para tratar de situações específicas com sensibilidade e amor cristão.

Uma pessoa que tenha concluído a redesignação de sexo por meio de intervenção médica ou cirúrgica eletiva precisa ter a aprovação da Primeira Presidência para ser batizada. O presidente de missão pode solicitar essa aprovação se tiver entrevistado a pessoa e a considerar digna em todos os outros aspectos e puder recomendar o batismo. A pessoa não poderá receber o sacerdócio, uma recomendação para o templo ou certos chamados da Igreja. No entanto, ele ou ela pode participar da Igreja de outras maneiras.

Para mais informações, ver o item 38.6.23.

38.2.9

Ordenação ao sacerdócio

Para informações sobre essas chaves de modo geral, ver o item 18.10.

38.2.9.1

Membros novos

Quando um irmão é batizado e confirmado, ele é elegível para ser ordenado a um ofício no Sacerdócio Aarônico se tiver pelo menos 12 anos de idade até o final do ano. O bispo o entrevista logo após sua confirmação, normalmente dentro de uma semana. Um membro do bispado o apresenta na reunião sacramental para que os membros da ala possam apoiar a ordenação proposta (ver o item 18.10.3). Ele pode então ser ordenado ao ofício adequado:

  • Diácono se ele completar 12 ou 13 anos até o final do ano

  • Mestre se ele completar 14 ou 15 anos até o final do ano

  • Sacerdote se ele completar 16 anos ou mais até o final do ano; se tiver 19 anos ou mais, também é considerado élder em perspectiva (ver o item 38.2.9.3)

Um membro novo pode receber o Sacerdócio de Melquisedeque e ser ordenado élder quando:

  • Tem 18 anos de idade ou mais.

  • Serviu como sacerdote (não é exigido tempo específico de serviço).

  • Tem suficiente compreensão do evangelho.

  • Demonstrou dignidade.

Os irmãos recém-batizados não são ordenados no dia em que são batizados ou confirmados. Eles precisam primeiro ser entrevistados pelo bispo e apoiados pelos membros da ala.

O batismo dos membros da família não deve ser adiado para que o pai possa receber o sacerdócio e batizá-los pessoalmente.

38.2.9.2

Rapazes cujos pais não são casados (inclusive divorciados)

Um rapaz pode ser ordenado aos ofícios do Sacerdócio Aarônico quando o bispo obtém permissão verbal dos pais ou responsáveis. A permissão não é exigida de um dos pais ou responsável que não tenha embasamento jurídico para se opor à ordenação.

Se o rapaz usar o sobrenome de seu padrasto, ele pode ser ordenado com esse nome. Isso se aplica mesmo que ele não tenha sido formalmente adotado. Contudo, o nome legal do rapaz, conforme definido pelas leis ou pelos costumes locais, deve ser registrado no certificado de ordenação.

38.2.9.3

Élderes em perspectiva

Todo membro da Igreja do sexo masculino, com 19 anos ou mais que não possua o Sacerdócio de Melquisedeque é um élder em perspectiva. Os homens casados com menos de 19 anos que não possuam o Sacerdócio de Melquisedeque também são élderes em perspectiva.

Sob a direção do bispo, a presidência do quórum de élderes trabalha de perto com os élderes em perspectiva para ajudá-los a se prepararem para receber o Sacerdócio de Melquisedeque. Se um élder em perspectiva ainda não for sacerdote, ele deve ser ordenado sacerdote assim que for digno. Ele não precisa ser ordenado diácono ou mestre antes. Ele pode ser ordenado élder quando tiver desenvolvido suficiente entendimento do evangelho e demonstrado sua dignidade. O bispo e o presidente da estaca o entrevistam para tomar essa decisão (ver o item 31.2.6).

Para mais informações sobre como ajudar os élderes em perspectiva a se prepararem para receber o Sacerdócio de Melquisedeque, ver o item 8.4.

38.2.9.4

Irmãos que mudaram de ala no último ano

Às vezes, um irmão que esteja residindo em uma ala há menos de um ano precisa ou deseja ser ordenado a um ofício do Sacerdócio de Melquisedeque. Nessa situação, o bispo ou um conselheiro designado entra em contato com o bispo anterior para perguntar se há alguma questão de dignidade a ser considerada. Se um conselheiro fizer o contato com o bispo anterior e ficar sabendo de informações confidenciais, ele encerrará a conversa. Ele então informa a seu bispo que ele precisa entrar em contato com o bispo anterior antes da entrevista.

38.2.9.5

Homens que pertençam a alas de jovens adultos solteiros e alas de adultos solteiros

Os homens dignos com 18 anos ou mais e que sejam membros de alas de jovens adultos solteiros ou alas de adultos solteiros devem ser ordenados élderes. Aqueles que não tiverem sido ordenados élderes devem fazer parte do quórum de élderes como élderes em perspectiva.

38.2.9.6

Militares em zonas de guerra e áreas isoladas

Os militares normalmente são entrevistados e ordenados na ala em que seu registro de membro se encontra. Contudo, isso talvez não seja praticável se o militar permanecer no mar por um período prolongado ou se estiver em uma zona de guerra ou área isolada. Nesses casos, o militar deve conversar com o líder de seu grupo de militares da Igreja. Se o líder de grupo sentir que o militar está pronto para ser ordenado, ele deve enviar uma recomendação por escrito ao líder presidente da unidade da Igreja que supervisiona o grupo de membros militares. (Se não houver essa unidade da Igreja, ele entrega a recomendação à presidência da área.) Esse líder entra em contato com o bispo da ala de origem do militar para se certificar da dignidade do homem.

Para a ordenação aos ofícios do Sacerdócio Aarônico, o líder presidente pode autorizar o líder de grupo ou um capelão da Igreja de Jesus Cristo a entrevistar a pessoa e supervisionar a ordenação. Para a ordenação ao ofício de élder, o presidente da estaca, o presidente da missão ou a presidência da área pode autorizar um capelão da Igreja de Jesus Cristo a entrevistar a pessoa e supervisionar a ordenação. Todas as ordenações devem ser apoiadas ou ratificadas conforme explicado no item 18.10.3.

38.2.9.7

Homens com deficiência intelectual

Um membro da Igreja do sexo masculino com deficiência intelectual, seus pais (quando aplicável) e o bispo se reúnem em conselho para decidir se ele deve receber o sacerdócio. Eles conversam sobre seus desejos e se ele tem um entendimento básico do sacerdócio e de suas responsabilidades.

Os portadores do sacerdócio com deficiência intelectual devem ser auxiliados a fim de cumprir seus deveres do sacerdócio o mais plenamente possível.

38.2.9.8

Homens readmitidos pelo batismo e pela confirmação

Quando um homem que não recebeu a investidura anteriormente for readmitido à Igreja por meio do batismo e da confirmação, ele pode ser ordenado logo em seguida. Ele é ordenado ao ofício do sacerdócio que possuía quando perdeu ou renunciou à sua condição de membro.

Se o homem já recebeu a investidura, ele não é ordenado a um ofício do sacerdócio. Em vez disso, seu ofício anterior é restaurado por meio da ordenança da restauração das bênçãos.

Para mais informações e instruções, ver o item 32.17.

38.2.9.9

Pessoas que se identificam como transgênero

Um membro que tenha recebido intervenção médica ou cirúrgica eletiva para tentar fazer a transição para o sexo oposto ao biológico de nascimento (“redesignação de sexo”) não pode receber ou exercer o sacerdócio. Também não é permitido que um membro que tenha adotado socialmente o oposto de seu sexo biológico de nascimento receba ou exerça o sacerdócio.

Os presidentes de estaca devem se aconselhar com a presidência da área para tratar de situações individuais com sensibilidade e amor cristão.

Um membro digno da Igreja do sexo masculino que não busca uma transição médica, cirúrgica ou social que o distancie de seu sexo biológico de nascimento pode receber e exercer o sacerdócio.

Para mais informações, ver o item 38.6.23.

38.2.10

Bênçãos patriarcais

Para informações gerais sobre bênçãos patriarcais, ver:

  • Seção 18.17 deste manual.

  • Informações e sugestões aos patriarcas.

  • Reunião Mundial de Treinamento de Liderança: O Patriarca.

38.2.10.1

Membros que têm uma deficiência intelectual

Um membro da Igreja com deficiência intelectual, seus pais ou responsáveis (onde aplicável) e o bispo se reúnem em conselho para decidir se ele ou ela deve receber a bênção patriarcal. Eles consideram os desejos do membro e se ele ou ela tem a capacidade básica de entender a bênção. Se assim for, um membro do bispado pode emitir uma Recomendação para bênção patriarcal. As instruções se encontram no item 18.17.

38.2.10.2

Missionários

A bênção patriarcal pode ser uma fonte de força espiritual para um missionário. Se possível, os missionários devem receber a bênção patriarcal antes de iniciar o trabalho missionário. Quando isso não for possível, ele ou ela pode receber uma bênção patriarcal durante a missão. O presidente da missão entrevista o missionário e prepara uma Recomendação para bênção patriarcal. As instruções se encontram no item 18.17.

Um missionário em um Centro de Treinamento Missionário (CTM) só pode receber uma bênção patriarcal quando todas as seguintes situações se aplicam:

  • O missionário vem de uma área onde nenhum patriarca pode dar uma bênção no idioma nativo do missionário.

  • O missionário vai servir em uma missão onde não há um patriarca capaz de dar uma bênção em seu idioma nativo.

  • Um patriarca próximo ao CTM pode dar uma bênção no idioma nativo do missionário.

38.2.10.3

Membros que entram para as Forças Armadas

A bênção patriarcal pode ser uma fonte de força espiritual para um membro que serve nas Forças Armadas. Se possível, um membro digno deve receber a bênção patriarcal antes de se apresentar para o serviço ativo.

Se isso não for possível, o membro pode receber uma bênção patriarcal em seu posto permanente de serviço. Um membro do bispado nesse local entrevista o membro e prepara uma Recomendação para bênção patriarcal. As instruções se encontram no item 18.17.

Para mais informações, o presidente da estaca pode entrar em contato com o escritório do Quórum dos Doze Apóstolos, acessando Q12Patriarchs@ChurchofJesusChrist.org.

38.2.10.4

Membros que moram fora da estaca do patriarca

Um membro normalmente recebe uma bênção patriarcal do patriarca de sua estaca. No entanto, um membro pode receber uma bênção de um patriarca de outra estaca nos seguintes casos:

  • Se for descendente direto do patriarca (filho, neto ou bisneto) por nascimento ou adoção.

  • Se morar em uma estaca que não tenha um patriarca operante.

  • Se morar em um distrito.

  • Se não falar o mesmo idioma que o patriarca da estaca e o patriarca de uma estaca próxima fala o idioma do membro.

Em cada um desses casos, um membro do bispado ou o presidente do ramo entrevista o membro conforme descrito no item 18.17. Um membro da presidência da estaca do patriarca e da presidência da estaca ou missão do beneficiário deve aprovar a recomendação por meio do Sistema de Bênçãos Patriarcais.

38.2.10.5

Tradução de bênçãos patriarcais

A inspiração e o significado de uma bênção patriarcal são difíceis de transmitir na tradução. Por esse motivo, os membros devem receber sua bênção no idioma que entenderem melhor. A Igreja não fornece a tradução do texto das bênçãos patriarcais.

Não é recomendado que os membros traduzam a bênção patriarcal. No entanto, às vezes, um membro precisa de uma bênção traduzida para um idioma que ele entenda. Nesse caso, ele pode encontrar um membro digno e confiável da Igreja que possa fornecer a tradução. O membro deve selecionar um bom tradutor, que entenda a natureza espiritual e a confidencialidade da bênção. A cópia traduzida da bênção não é arquivada na sede da Igreja.

O presidente da estaca pode solicitar a transcrição em braile de uma bênção patriarcal. Ele entra em contato com o escritório do Quórum dos Doze Apóstolos em Q12Patriarchs@ChurchofJesusChrist.org.

38.2.10.6

Interpretação de bênçãos patriarcais na Língua Brasileira de Sinais

Se um membro for surdo ou tiver dificuldade para ouvir, sua bênção patriarcal pode ser interpretada na língua de sinais. O membro providencia um intérprete. É melhor que essa pessoa seja um membro digno e confiável da Igreja, que entenda o significado doutrinário das bênçãos patriarcais. No entanto, quando não for possível encontrar um membro da Igreja com essa habilidade, outra pessoa capacitada pode fornecer a interpretação.

38.2.10.7

Segunda bênção patriarcal

Em circunstâncias muito raras, um membro digno pode solicitar uma segunda bênção patriarcal. No entanto, isso não é recomendado, e a solicitação pode não ser aprovada. Se o membro tiver um motivo importante para tal solicitação, ele ou ela conversa com o bispo. Se o bispo sentir que uma segunda bênção é necessária, ele prepara uma Recomendação para bênção patriarcal. As instruções se encontram no item 18.17.

O presidente da estaca, em seguida, entrevista o membro e lê a bênção original com ele. Se ele sentir que a segunda bênção é necessária, o presidente da estaca entra em contato com o escritório do Quórum dos Doze Apóstolos pelo endereço Q12Patriarchs@ChurchofJesusChrist.org.

O presidente da estaca informa ao beneficiário e ao patriarca a decisão do escritório do Quórum dos Doze Apóstolos. Se a solicitação for aprovada, o presidente da estaca aprova a recomendação no Sistema de Bênçãos Patriarcais. O presidente da estaca diz ao beneficiário que a segunda bênção substitui a bênção original. O patriarca pode então dar uma segunda bênção patriarcal.

38.3

Casamento civil

Os líderes da Igreja incentivam os membros a se qualificarem para o casamento no templo e a se casarem e serem selados no templo. Se permitido pelas leis locais, os líderes da Igreja podem realizar casamentos civis em circunstâncias como as seguintes:

  • Um casal planeja se casar no templo, mas os casamentos no templo não são legalmente reconhecidos.

  • Um casal vai se casar no templo, mas um casamento civil vai ajudar os pais ou familiares próximos a se sentirem incluídos.

  • Não é possível ter acesso a um templo por um longo período de tempo.

  • Um casal não planeja se casar no templo.

O casamento civil é válido enquanto o casal viver. Ele não dura após a vida mortal.

O casamento com efeito civil deve ser realizado de acordo com as leis do local em que for realizado.

O casamento civil e a respectiva cerimônia religiosa não devem ser realizados no domingo. Tampouco devem ser realizados em horários incomuns.

O bispo deve consultar o presidente da estaca se tiver dúvidas a respeito do casamento civil que não estejam esclarecidas neste capítulo. O presidente da estaca pode encaminhar as dúvidas ao escritório da Primeira Presidência.

38.3.1

Quem pode realizar o casamento civil

Quando permitido pela lei local, os seguintes líderes atuais da Igreja podem agir em seu chamado para realizar uma cerimônia de casamento civil:

  • Presidente da missão

  • Presidente da estaca

  • Presidente do distrito

  • Bispo

  • Presidente do ramo

Esses líderes só podem realizar um casamento civil entre um homem e uma mulher. Todas as seguintes condições também devem ser aplicadas:

  • A noiva ou o noivo seja membro da Igreja ou tenha uma data de batismo.

  • O registro de membro do noivo ou da noiva esteja na unidade que o líder da Igreja preside, ou estará depois do batismo.

  • O líder da Igreja deve estar legalmente autorizado a realizar um casamento civil na jurisdição em que o casamento ocorrerá.

Os capelães da Igreja no serviço ativo podem realizar casamentos civis sem permissão prévia.

Os capelães designados para unidades da Reserva ou da Guarda Nacional devem receber aprovação prévia da Divisão de Relações Militares e de Serviços de Capelães da Igreja para realizar um casamento civil. Para informações de contato, ver o item 38.9.10.

Os capelães designados para os locais a seguir devem receber aprovação prévia da Divisão de Relações Militares e de Serviços de Capelães da Igreja para realizar um casamento civil.

  • Hospitais

  • Asilos

  • Casas de repouso

  • Penitenciárias

  • Patrulha de fronteira

  • Polícia ou bombeiros

Capelães aposentados não são autorizados a realizar casamentos civis como capelães.

Aqueles que realizam casamentos agindo em seu chamado como líderes ou capelães da Igreja devem usar as diretrizes desta seção. Eles também seguem todos os requisitos legais.

Os capelães da Igreja não são considerados oficiais presidentes da Igreja a menos que estejam servindo como presidentes de estaca, bispos ou presidentes de ramo. Quando um capelão que não é um líder presidente na Igreja realiza um casamento, ele ou ela opera como representante do governo ou da organização civil a quem serve. Portanto, as palavras da cerimônia do casamento civil são ligeiramente modificadas para uso desses capelães como mostrado no item 38.3.6.

Os capelães da Igreja de Jesus Cristo só podem realizar um casamento civil entre um homem e uma mulher.

Os líderes e capelães da Igreja que realizam casamentos civis para membros da Igreja devem prestar as devidas informações sobre o casamento ao secretário da ala ou do ramo. O secretário atualiza os registros de membro.

O líder da Igreja ou o capelão que realizar um casamento civil em virtude de seu cargo eclesiástico na Igreja não pode aceitar remuneração por esse serviço.

38.3.2

Casamento civil de membros de outras unidades

Um líder da Igreja não pode realizar um casamento de membros da Igreja quando nem o registro de membro da noiva nem do noivo estiver na unidade da Igreja que aquele líder preside (ver o item 38.3.1). Uma exceção é feita para capelães e líderes da Igreja de Jesus Cristo que são autoridades governamentais.

38.3.3

Casamento civil para aqueles que não são membros da Igreja

Um líder da Igreja não pode realizar um casamento quando nem a noiva nem o noivo são membros da Igreja, a menos que um deles ou ambos tenham uma data de batismo. Uma exceção é feita para capelães e líderes da Igreja de Jesus Cristo que são autoridades governamentais.

38.3.4

Casamentos civis realizados nos edifícios da Igreja

A cerimônia de casamento pode ser realizada em um edifício da Igreja desde que a programação das atividades regulares da Igreja não seja prejudicada. Casamentos não devem ser realizados no domingo nem na noite de segunda-feira. Os casamentos realizados nos edifícios da Igreja devem ser simples e dignos. A música deve ser sagrada, reverente e alegre.

Os casamentos podem ser realizados na capela, no salão cultural ou em outra sala que for conveniente. As recepções não podem ser realizadas no salão sacramental, a menos que se trate de uma área de múltiplo uso. O casamento deve seguir as diretrizes para o uso adequado da capela (ver o item 35.5.3).

A Igreja não permite que suas capelas ou propriedades sejam usadas para qualquer propósito relacionado a casamentos de pessoas do mesmo sexo, polígamos, ilegais ou outros casamentos que não estejam de acordo com a doutrina ou as normas da Igreja.

Em raras circunstâncias, o bispo pode permitir o uso de um edifício da Igreja para casamentos realizados por alguém que não seja um líder da Igreja ou de casais que não sejam membros da Igreja. Ele primeiro se aconselha com o presidente da estaca. Depois se reúne com a pessoa que vai oficiar para assegurar-se de que ela entenda as diretrizes desta seção. Um membro do conselho da estaca ou ala comparece à cerimônia para garantir o uso e o cuidado adequado do edifício.

O bispo pode autorizar uma transmissão ao vivo de um casamento realizado em um edifício da Igreja (ver o item 29.7).

38.3.5

Casamento civil que precisa ser realizado por uma autoridade pública ou em local público

Em alguns locais, as leis exigem que uma cerimônia de casamento seja realizada por um funcionário público. Em alguns lugares, exige-se que a cerimônia seja realizada em um edifício público ou em outro local público. Nesses casos, um líder autorizado do sacerdócio pode realizar uma breve reunião religiosa após o casamento civil. Nessa reunião, ele aconselha o casal.

38.3.6

Cerimônia de casamento religioso com efeito civil

O casamento é sagrado e deve ser honrado e dignificado como tal. O casamento entre membros da Igreja realizado fora do templo deve refletir um espírito de comprometimento e alegria.

Exceto onde indicado, as informações desta seção se aplicam aos capelães e aos líderes da Igreja de Jesus Cristo.

Antes de realizar um casamento religioso com efeito civil, um líder da Igreja pode aconselhar o casal sobre a natureza sagrada dos votos matrimoniais. Pode também acrescentar outros conselhos conforme a orientação do Espírito.

Para realizar um casamento religioso com efeito civil, o líder da Igreja dirige a palavra ao casal, dizendo: “Queiram tomar um ao outro pela mão direita”. Em seguida, diz: “[Nome completo do noivo e nome completo da noiva], tomastes um ao outro pela mão direita, em sinal dos convênios que fareis agora na presença de Deus e destas testemunhas”. (O casal pode escolher ou nomear essas testemunhas com antecedência.)

O líder, então, dirige-se ao noivo e pergunta: “[Nome completo do noivo], tomas [nome completo da noiva] como tua legítima esposa e, de tua livre e espontânea vontade e escolha, solenemente prometes, como seu companheiro e legítimo marido, apegar-se a ela e a nenhuma outra; observar todas as leis, responsabilidades e obrigações pertencentes ao sagrado estado do matrimônio; e amá-la, honrá-la e estimá-la enquanto ambos viverem?”

O noivo responde: “Sim”.

O líder da Igreja, então, se dirige à noiva e pergunta: “[Nome completo da noiva], tomas [nome completo do noivo] como teu legítimo esposo e, de tua livre e espontânea vontade e escolha, solenemente prometes, como sua companheira e legítima esposa, apegar-se a ele e a nenhum outro; observar todas as leis, responsabilidades e obrigações pertencentes ao sagrado estado do matrimônio; e amá-lo, honrá-lo e estimá-lo enquanto ambos viverem?”

A noiva responde: “Sim”.

O líder da Igreja então se dirige ao casal e diz: “Em virtude da autoridade legal em mim investida como élder de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, eu vos declaro, [nome do noivo] e [nome da noiva], marido e mulher, legal e legitimamente casados pelo período de vossa vida mortal”.

(No caso de um capelão que não seja líder presidente na Igreja, ele deve usar as seguintes palavras: “Em virtude da autoridade legal em mim investida como capelão do [nome da força armada, Exército, Marinha, etc., ou organização civil ou militar], eu vos declaro, [nome do noivo] e [nome da noiva], marido e mulher, legal e legitimamente casados pelo período de vossa vida mortal”.)

“Que o Senhor abençoe vossa união com alegria em vossa posteridade e uma longa vida de felicidade juntos, e que vos tornem capazes de manter sagrados os convênios que agora fizestes. Essas bênçãos eu invoco sobre vós em nome do Senhor Jesus Cristo. Amém.”

O convite para se beijarem como marido e mulher é opcional e depende das normas culturais.

38.4

Normas de selamento

Os membros da igreja fazem convênios sagrados com Deus quando recebem as ordenanças do templo. As ordenanças de selamento no templo unem as famílias para a eternidade à medida que se esforçam para honrar os convênios que fazem quando recebem a ordenança. As ordenanças de selamento incluem:

  • Selamento de marido e mulher

  • Selamento de filhos aos pais

Aqueles que guardam seus convênios retêm as bênçãos individuais oferecidas pelo selamento. Isso vale mesmo em caso de o cônjuge ter quebrado os convênios ou se separado.

Os filhos fiéis que tenham sido selados aos pais ou nascido sob convênio conservam a bênção da paternidade eterna. Isso vale mesmo se os pais cancelarem o selamento matrimonial, tiverem sua filiação à Igreja removida ou renunciarem à condição de membros.

Os membros que têm preocupações sobre a natureza eterna dos relacionamentos ligados às ordenanças de selamento são incentivados a confiar no Senhor e buscar Seu consolo.

Os membros devem se aconselhar com o bispo se tiverem dúvidas sobre as normas de selamento que não estejam esclarecidas nesta seção. O bispo entra em contato com o presidente da estaca caso tenha perguntas. Os presidentes de estaca podem entrar em contato com a presidência do templo em seu distrito do templo, com a presidência da área ou com o escritório da primeira presidência se tiverem dúvidas.

38.4.1

Selamento de marido e mulher

Necessidade

Seção

Necessidade

Casei-me no civil e quero ser selado a meu cônjuge.

Seção

38.4.1.1

Necessidade

Sou divorciado de um cônjuge anterior e quero ser selado a meu cônjuge atual.

Seção

38.4.1.2

Necessidade

Meu cônjuge a quem fui selado morreu. A quem posso ser selado agora?

Seção

38.4.1.3

Necessidade

Preciso solicitar um cancelamento de selamento ou uma liberação de selamento.

Seção

38.4.1.4

Necessidade

Preciso remover uma restrição contra o selamento no templo.

Seção

38.4.1.5

Necessidade

Meu cônjuge e eu nos casamos no templo apenas para esta vida. Podemos ser selados um ao outro?

Seção

38.4.1.6

Necessidade

A quem meus familiares falecidos podem ser selados?

Seção

38.4.1.7

Necessidade

Como o divórcio afeta meu selamento?

Seção

38.4.1.8

Necessidade

Quais são os efeitos do cancelamento de um selamento?

Seção

38.4.1.9

Necessidade

Como a renúncia ou a remoção da condição de membro da Igreja afeta meu selamento?

Seção

38.4.1.10

38.4.1.1

Selamento de membros vivos após o casamento civil

Um homem e uma mulher que se casaram no civil podem ser selados no templo assim que as circunstâncias permitirem se as seguintes condições forem atendidas:

  • Ambos são membros da Igreja há pelo menos um ano (ver os itens 27.3.1 e 27.2.1).

  • Eles estão preparados e são dignos.

Antes de emitir uma recomendação para um casal ser selado, os líderes do sacerdócio devem se certificar de que o casamento civil deles é legalmente válido. Ver os itens 26.3 e 27.3.

38.4.1.2

Selamento de membros vivos após o divórcio

Mulheres. Uma mulher pode ser selada a apenas um marido enquanto estiver viva. Se ela e o marido foram selados e posteriormente se divorciaram, ela deve receber o cancelamento desse selamento antes de ser selada a outro homem durante sua vida (ver o item 38.4.1.4).

Uma mulher viva que não seja casada ou selada a outro homem pode ser selada a um marido falecido de quem ela se divorciou em vida. Ela precisa primeiro receber o consentimento assinado da viúva de seu ex-marido (se houver).

Ver o capítulo 28 para obter informações sobre a realização de ordenanças por um cônjuge falecido.

Homens. Se um homem e uma mulher foram selados e posteriormente se divorciaram, o homem deve receber uma liberação de selamento antes de ser selado a outra mulher (ver o item 38.4.1.4). A liberação do selamento é necessária mesmo se (1) o selamento anterior tiver sido cancelado ou (2) a mulher de quem ele se divorciou tiver falecido.

A liberação de selamento é necessária apenas se o homem estiver divorciado da mulher que mais recentemente foi selada a ele. Por exemplo, se o homem recebeu a liberação de selamento para ser selado a uma segunda esposa após se divorciar da primeira e a segunda esposa morre, ele não necessita de liberação para novo selamento.

Um homem vivo pode ser selado a uma esposa falecida de quem ele se divorciou em vida. No entanto, precisa primeiro receber consentimento assinado pelo viúvo de sua ex-esposa (se houver um). Precisa também receber consentimento por escrito de sua esposa atual se for casado.

Ver o capítulo 28 para obter informações sobre a realização de ordenanças por um cônjuge falecido.

38.4.1.3

Selamento de membros vivos após o falecimento do cônjuge

Mulheres. Se o marido e a mulher tiverem sido selados e o marido falecer, a mulher não pode ser selada a outro homem a menos que receba o cancelamento do primeiro selamento (ver o item 38.4.1.4).

Uma mulher viva que não seja casada ou esteja selada a outro homem pode ser selada a um marido falecido. Se o casamento terminou em divórcio, ver o item 38.4.1.2.

Uma mulher viva atualmente casada não pode ser selada ao marido falecido sem a aprovação da Primeira Presidência.

Ver o capítulo 28 para obter informações sobre a realização de ordenanças por um cônjuge falecido.

Homens. Se marido e mulher tiverem sido selados e a mulher falecer, o homem pode ser selado a outra mulher desde que ela ainda não tenha sido selada a outro homem. Nesse caso, o homem não precisa de uma liberação de selamento da Primeira Presidência, a menos que ele tenha se divorciado de sua esposa anterior antes de ela falecer (ver o item 38.4.1.2).

Um homem que esteja vivo pode ser selado a uma esposa já falecida. Se o casamento terminou em divórcio, ver o item 38.4.1.2. Se tiver se casado novamente, o homem precisa receber o consentimento por escrito de sua esposa atual antes de ser selado à esposa falecida.

Ver o capítulo 28 para obter informações sobre a realização de ordenanças por um cônjuge falecido.

38.4.1.4

Pedido de cancelamento ou liberação de selamento

Ver o item 38.4.1.2 para informações sobre o selamento de membros vivos após o divórcio. Ver o item 38.4.1.3 para informações sobre selamento de membros vivos após o falecimento do cônjuge.

Os membros de qualquer sexo podem pedir o cancelamento de um selamento mesmo que não estejam se preparando para ser selados a outro cônjuge. Um membro da Igreja do sexo masculino precisa receber uma liberação de selamento para ser selado a outra mulher após um divórcio.

O processo para se obter um cancelamento de selamento ou uma liberação de selamento é explicado abaixo.

  1. O membro conversa com o bispo sobre a solicitação.

  2. O bispo assegura-se de que:

    1. O divórcio é definitivo.

    2. O membro está em dia com todos os requisitos legais de pensão alimentícia para os filhos e a esposa referentes ao divórcio.

  3. Se o bispo recomendar que o cancelamento de selamento ou a liberação de selamento seja concedido, ele:

    1. Preenche uma Solicitação à Primeira Presidência para o membro usando o sistema Recursos para Líderes e Secretários (LCR). Os líderes que não têm acesso ao sistema Recursos para Líderes e Secretários, em vez disso, usam uma cópia física do formulário “Solicitação à Primeira Presidência”. Esse formulário está disponível no escritório de registros confidenciais, na sede da Igreja.

    2. Envia a solicitação ao presidente da estaca.

  4. O presidente da estaca entrevista o membro. O presidente da estaca verifica se:

    1. O divórcio é definitivo.

    2. O membro está em dia com todos os requisitos legais de pensão alimentícia para os filhos e a esposa referentes ao divórcio.

  5. Se o presidente da estaca recomendar que o cancelamento de selamento ou a liberação de selamento seja concedido, ele envia o pedido à sede da Igreja usando o LCR. Ver o item 6.2.3 sobre a responsabilidade do presidente da estaca ao enviar solicitações à Primeira Presidência.

  6. Se a solicitação for aprovada, a Primeira Presidência envia uma carta declarando que o cancelamento do selamento ou a liberação de selamento foram concedidos.

  7. Depois de receber a carta, o membro pode agendar um horário para o selamento no templo. O membro apresenta a carta no templo.

Ver o item 38.4.1.9.

38.4.1.5

Remoção de restrição para o selamento no templo

A pessoa que comete adultério quando é casada com um cônjuge a quem foi selada não pode ser selada ao parceiro no adultério sem a aprovação da Primeira Presidência.

O casal pode pedir a aprovação depois de estar casado há pelo menos cinco anos. O processo para fazer uma solicitação para remover uma restrição ao selamento no templo está explicado abaixo.

  1. O casal conversa com o bispo e o presidente da estaca.

  2. Se esses líderes sentirem que a restrição deve ser removida, eles escrevem cartas à Primeira Presidência com suas recomendações. Suas cartas devem descrever a dignidade dos solicitantes para entrar no templo e a estabilidade de seu casamento por pelo menos cinco anos. Ver o item 6.2.3 sobre a responsabilidade do presidente da estaca ao enviar solicitações à Primeira Presidência.

  3. O casal também deve escrever uma carta de solicitação à Primeira Presidência.

  4. O presidente da estaca envia todas essas cartas à Primeira Presidência. Ele pode enviar a solicitação com um pedido de cancelamento de selamento ou liberação de selamento (ver o item 38.4.1.4).

  5. Se a solicitação for aprovada, a Primeira Presidência fornece uma carta declarando que a restrição ao selamento no templo foi removida.

  6. Depois de receber a carta, o casal pode agendar uma data para ser selado. Eles apresentam a carta no templo.

38.4.1.6

Selamento após casamento no templo somente para esta vida

Os casais que se casaram em um templo somente para esta vida de modo geral não são selados posteriormente. Para esse selamento acontecer, a mulher precisa primeiro receber da Primeira Presidência um cancelamento de seu selamento anterior. Se tanto o bispo quanto o presidente da estaca julgarem que o cancelamento é justificável, o presidente da estaca envia uma solicitação à Primeira Presidência usando o LCR. Ver o item 6.2.3 sobre a responsabilidade do presidente da estaca ao enviar solicitações à Primeira Presidência.

Não são mais realizados casamentos somente para esta vida no templo (ver o item 27.3.3).

38.4.1.7

Selamento de pessoas falecidas

Esta seção se aplica a pessoas falecidas que serão seladas a cônjuges que também são falecidos. Se um dos cônjuges ainda estiver vivo, ver o item 38.4.1.3.

Mulheres falecidas. A mulher falecida pode ser selada a todos os homens com quem ela tiver sido casada legalmente em vida. A tabela a seguir mostra quando esses selamentos podem acontecer.

Ela não foi selada a um marido em vida

Ela pode ser selada a todos os homens, vivos ou falecidos, com quem se casou em vida. Se o homem estiver vivo (e tiver se casado novamente), sua esposa atual deve dar consentimento por escrito. Se o homem for falecido (e tiver deixado uma viúva), ela precisa dar consentimento por escrito.

Ela foi selada a um marido em vida

Todos os maridos devem ser falecidos antes que ela seja selada a outros homens com quem foi casada. Isso inclui os ex-maridos dos quais ela tenha se divorciado. Se os homens tiverem se casado novamente e falecido deixando viúvas, cada uma delas precisa dar consentimento por escrito.

Homens falecidos. Todas as mulheres com quem um homem falecido tenha sido legalmente casado em vida podem ser seladas a ele se elas (1) já tiverem falecido ou (2) se estiverem vivas e não sejam seladas a outro homem.

Antes que um homem falecido possa ser selado a uma mulher falecida com quem tenha sido casado em vida, o viúvo da mulher (se houver) precisa dar consentimento por escrito.

Casais falecidos que se divorciaram. Os casais falecidos que se divorciaram podem ser selados vicariamente para que seus filhos possam ser selados a eles. Ver o item 28.3.5 se o marido ou a mulher tiveram a filiação à Igreja removida ou se haviam renunciado à condição de membros e não tinham sido rebatizados na época do falecimento.

Exige-se a aprovação da Primeira Presidência para o selamento de casais falecidos que tenham obtido o cancelamento de seu selamento em vida.

38.4.1.8

Efeitos do divórcio

Se um casal foi selado e depois se divorciou, as bênçãos desse selamento permanecem em vigor para as pessoas que são dignas, a menos que o selamento seja cancelado (ver os itens 38.4.1.4 e 38.4.1.9). Um membro que permanecer fiel aos convênios do templo receberá todas as bênçãos prometidas no templo mesmo que o cônjuge da pessoa tenha quebrado os convênios ou renunciado ao casamento.

Ver o item 38.4.2.1 para informações sobre filhos nascidos após o divórcio.

38.4.1.9

Efeitos do cancelamento de selamento

Quando um cancelamento de selamento é aprovado pela Primeira Presidência, as bênçãos relativas àquele selamento não são mais válidas. Os líderes do sacerdócio conversam com os membros que buscam o cancelamento do selamento para ajudá-los a compreender esses princípios. Os líderes devem honrar o arbítrio dos membros nessas decisões.

Todos os filhos nascidos de uma mulher depois que seu selamento a um ex-marido foi cancelado não são mais considerados como tendo nascido sob convênio, a menos que ela tenha sido selada a outro homem.

38.4.1.10

Efeitos da renúncia ou remoção da condição de membro da Igreja

Depois que um casal for selado no templo, se um deles renunciar à condição de membro da Igreja ou tiver sua condição de membro removida, suas bênçãos do templo também serão retiradas. No entanto, as bênçãos pessoais da ordenança de selamento para o cônjuge e os filhos da pessoa permanecem em vigor se eles permanecerem fiéis.

Todos os filhos nascidos de um casal após um deles ou ambos renunciarem à condição de membros ou terem sua remoção da condição de membro da Igreja não são considerados como tendo nascido sob convênio. Ver o item 38.4.2.8.

38.4.2

Selamento de filhos aos pais

Os pais devem ser selados um ao outro antes que os filhos sejam selados a eles (ver o item 38.4.1).

38.4.2.1

Filhos nascidos sob convênio

Os filhos nascidos depois que a mãe tenha sido selada ao marido no templo nascem sob o convênio desse selamento. Eles não precisam receber a ordenança do selamento aos pais.

Às vezes, uma mulher que foi selada a um homem, mais tarde tem filhos com outro homem. Quando isso ocorrer, essas crianças são consideradas como nascidas sob convênio do selamento mais recente da mulher, a menos que elas tenham nascido (1) depois que o selamento foi cancelado ou (2) depois que o selamento ficou sem efeito devido à renúncia ou remoção da condição de membro da Igreja.

38.4.2.2

Filhos nascidos fora do convênio

Os filhos que não nasceram sob convênio podem se tornar parte de uma família eterna ao serem selados a:

  • Seus pais biológicos.

  • Seus pais adotivos.

  • Um dos pais biológicos ou adotivos e um padrasto ou madrasta (ver o item 38.4.2.5).

Essas crianças recebem as mesmas bênçãos como se tivessem nascido sob convênio.

Ver o item 27.4.1 para obter informações sobre a emissão de recomendações para o templo para filhos que estão sendo selados aos pais.

Os membros com 21 anos ou mais precisam receber a investidura antes de serem selados aos pais.

Os membros casados com menos de 21 anos não precisam receber a investidura para serem selados aos pais. No entanto, eles precisam ter uma recomendação para o templo válida (ver o item 26.4.4).

Selamento de filhos vivos aos pais vivos. Um filho vivo é selado a apenas um pai e uma mãe, que são marido e mulher. Se ambos os pais estiverem vivos, eles devem ser casados e selados um ao outro.

Selamento de filhos vivos aos pais falecidos. Um filho vivo é selado a apenas um casal de pais. A tabela a seguir mostra as opções de selamento disponíveis aos membros que não foram selados aos pais e cujos pais são falecidos.

Circunstância

Opções

Criança menor de idade ou pessoa não responsável devido a deficiência intelectual

  • Ser selada a responsáveis legais ou pais adotivos que a estejam criando

  • Esperar até que a criança fique adulta e depois seja selada aos pais falecidos

Adulto

  • Ser selado aos pais falecidos

  • Ser selado aos responsáveis legais ou pais adotivos que o criaram

Selamento de filhos falecidos aos pais (vivos ou falecidos). Uma pessoa falecida normalmente é selada a seus pais biológicos ou adotivos. Entretanto, a criança falecida pode também ser selada:

  • À mãe biológica e ao pai adotivo.

  • Ao pai biológico e à mãe adotiva.

  • Aos pais ou avós que criaram a criança (ver o item 38.4.2.4).

  • A um casal que pretendia adotar a criança, mas não conseguiu completar a adoção antes de a criança falecer (ver o item 38.4.2.4).

Esses selamentos podem ser realizados mesmo se a criança falecida já estiver selada a seus pais biológicos ou adotivos. O selamento a pais não biológicos ou não adotivos em outras circunstâncias além dessas pode exigir a aprovação da Primeira Presidência.

38.4.2.3

Filhos vivos adotivos ou sob guarda provisória

Os filhos vivos que nasceram sob convênio ou foram selados aos pais não podem ser selados a outros pais sem a aprovação da Primeira Presidência.

Os filhos vivos que foram legalmente adotados e não nasceram sob convênio nem foram selados aos antigos pais podem ser selados a seus pais adotivos após a adoção ter sido concluída. Uma cópia da certidão de adoção deve ser apresentada no templo. A decisão judicial concedendo a guarda legal do menor não é suficiente para se obter a liberação do selamento. Não é preciso que se identifiquem os pais biológicos dessas crianças.

É necessária a aprovação da Primeira Presidência para que um membro vivo seja selado aos pais de criação. Essa exigência se aplica mesmo quando os pais naturais do filho adotivo são desconhecidos. Essas solicitações são feitas pelo presidente da estaca usando o LCR (ver o item 6.2.3).

38.4.2.4

Filhos adotivos ou tutelados falecidos

Uma pessoa adotada que tenha falecido geralmente é selada a seus pais adotivos.

Um filho tutelado falecido em geral é selado aos pais naturais.

38.4.2.5

Selamento de filhos vivos a um dos pais biológicos e ao padrasto ou à madrasta

Crianças menores de idade e crianças que não são responsáveis. Crianças vivas, sejam elas menores ou que não sejam responsáveis devido a deficiências intelectuais, só podem ser seladas a um dos pais biológicos e a um padrasto ou uma madrasta se todas as seguintes condições forem atendidas:

  • A criança não nasceu sob convênio ou foi selada anteriormente.

  • A criança não foi adotada por outro pai ou mãe.

  • O outro pai ou mãe biológico deu uma carta de consentimento assinada para que o selamento fosse realizado. A decisão judicial concedendo a guarda legal do menor não é suficiente para se obter a liberação do selamento. A carta de permissão deve conter aproximadamente as seguintes palavras: “Eu, [nome do pai ou mãe biológico], dou permissão para [nome da criança] ser selado(a) no templo a [nome dos pais]. Compreendo que o selamento é uma cerimônia religiosa e não tem implicações legais”. Essa carta deve ser apresentada no templo antes do selamento.

Se o outro pai ou mãe biológico for falecido, ou caso seus direitos de paternidade tenham sido revogados por meio de processo legal, não há necessidade de permissão ou consentimento. Da mesma forma, não é exigido consentimento se a criança for considerada adulta na jurisdição em que reside.

Se o paradeiro do outro genitor for desconhecido e um esforço significativo no sentido de encontrar essa pessoa tiver fracassado, não será exigida a permissão. Nesse caso, o bispo ou o presidente da estaca escreve uma carta informando que esforços significativos para localizar o pai ou a mãe foram infrutíferos. Se o outro pai ou mãe biológico se apresentar mais tarde, o selamento estará sujeito à revisão.

Filhos adultos. Um membro adulto vivo pode ser selado a um dos pais biológicos e a um padrasto ou uma madrasta caso não tenha nascido sob convênio nem tenha sido selado anteriormente aos pais.

Os membros com 21 anos ou mais precisam receber a investidura antes de serem selados ao pai ou à mãe biológico e a seu padrasto ou madrasta.

Os membros casados com menos de 21 anos não precisam receber a investidura para serem selados a um pai ou mãe biológico e seu cônjuge. No entanto, eles precisam ter uma recomendação para o templo válida para serem selados aos pais (ver o item 26.4.4).

38.4.2.6

Filhos concebidos por inseminação artificial ou fertilização in vitro

Os filhos concebidos por inseminação artificial ou fertilização in vitro são considerados como tendo nascido sob convênio se os pais já tiverem sido selados. Se os filhos nascerem antes de os pais serem selados, eles podem ser selados aos pais depois que os pais tiverem sido selados um ao outro.

38.4.2.7

Filhos nascidos de mães de aluguel

Se um filho tiver sido gerado de uma mãe de aluguel, o presidente da estaca encaminha a questão ao escritório da Primeira Presidência (ver o item 38.6.22).

38.4.2.8

Situação dos filhos quando o selamento é cancelado ou revogado

Os filhos nascidos sob convênio ou selados aos pais permanecem selados mesmo se o selamento dos pais for posteriormente (1) cancelado ou (2) anulado devido à remoção ou renúncia à condição de membro da Igreja de um dos pais.

Os filhos que nascem depois de o selamento dos pais ter sido cancelado ou revogado não são considerados como tendo nascido sob convênio. Esses filhos podem ser selados aos pais depois que as bênçãos dos pais tiverem sido restauradas (se aplicável) e quaisquer outros empecilhos tenham sido resolvidos.

38.5

Roupas do templo e garments

38.5.1

Roupas do templo

Durante as ordenanças de investidura e selamento no templo, os membros da Igreja usam roupas brancas. As mulheres usam as seguintes roupas brancas: vestido de manga comprida ou manga três quartos (ou uma saia e uma blusa de manga comprida ou manga três quartos), meia-calça ou meias e sapatos ou sapatilhas.

Os homens usam as seguintes roupas brancas: camisa de manga comprida, gravata ou gravata borboleta, calças, meias e sapatos ou sapatilhas.

Durante as ordenanças de investidura e selamento, os membros vestem roupas cerimoniais adicionais sobre suas roupas brancas.

38.5.2

Adquirir roupas do templo e garments

Os líderes da ala e da estaca incentivam os membros com investidura a adquirir suas próprias roupas do templo. As roupas e os garments do templo podem ser adquiridos em uma loja do Centro de Distribuição da Igreja ou em store.ChurchofJesusChrist.org. O secretário da ala ou da estaca pode auxiliar os membros a encomendar essas roupas.

Alguns templos dispõem de roupas para alugar. Se o templo não tiver um serviço de aluguel de roupas, os membros precisam levar suas próprias roupas. Ver temples.ChurchofJesusChrist.org para saber se um determinado templo possui roupas para alugar.

Os templos mantêm um estoque limitado de roupas que os missionários de tempo integral podem usar. Não há cobrança de aluguel enquanto eles estejam nos Centros de Treinamento Missionário ou quando forem autorizados a participar das ordenanças do templo enquanto estiverem servindo no campo missionário. Se necessário, essas roupas podem ser usadas por missionários que recebam sua própria investidura.

Para mais informações sobre tecidos e estilos de garments, ver store.ChurchofJesusChrist.org.

38.5.3

Garments e roupas do templo para membros com deficiências ou alergias

Garments especiais podem ser comprados para membros que estejam acamados, tenham graves deficiências físicas ou tenham alergia a certos tecidos ou garments (ver “Roupas”, store.ChurchofJesusChrist.org).

Mantos do templo mais curtos estão disponíveis para membros que estejam em cadeiras de rodas ou que tenham outras necessidades (ver store.ChurchofJesusChrist.org).

38.5.4

Fazer aventais para o templo

Os membros podem fazer seus próprios aventais para o templo se usarem um dos kits de aventais aprovados. Esses kits estão disponíveis em uma loja do templo da Igreja ou no endereço store.ChurchofJesusChrist.org.

Os membros não devem fazer outras roupas cerimoniais ou garments do templo.

38.5.5

Uso e cuidados com os garments

Os membros que recebem a investidura fazem o convênio de usar o garment do templo por toda a vida.

O garment do templo é um lembrete dos convênios feitos no templo e, quando usado de modo adequado durante toda a vida, servirá como proteção contra as tentações e o mal. O garment deve ser usado embaixo das roupas. Não deve ser tirado para a realização de atividades que podem ser feitas usando-se o garment e não deve ser modificado para acomodar diferentes estilos de vestimentas. Os membros que receberam a investidura devem buscar a orientação do Espírito Santo para receber respostas a suas dúvidas pessoais quanto ao uso do garment.

É um privilégio sagrado usar o garment, e fazê-lo é uma manifestação externa do compromisso interior de seguir o Salvador Jesus Cristo.

É uma questão de preferência pessoal se outras roupas íntimas são usadas por cima ou por baixo do garment do templo.

Ver o item 26.3.3.

38.5.6

Usar o garment nas forças armadas, no corpo de bombeiros, no departamento de polícia ou em agências semelhantes

As diretrizes nesta seção se aplicam a membros que possuam a investidura e que tenham requisitos de uniforme específicos enquanto servem:

  • Nas forças armadas.

  • Como bombeiros.

  • Como policiais.

  • Como agentes de segurança do governo.

Os bispos garantem que os membros com investidura e que trabalham nessas funções entendam as seguintes diretrizes.

Sempre que possível, eles devem usar o garment da mesma forma que qualquer outro membro. Contudo, devem evitar expor o garment a pessoas que não compreendam seu significado. Os membros devem buscar a orientação do Espírito e usar de tato, discernimento e sabedoria. Talvez seja melhor deixar temporariamente de usar o garment e voltar a vesti-lo quando as condições permitirem. Contudo, a mera inconveniência não justifica o abandono do uso do garment.

Às vezes, os regulamentos militares impedem que o membro use o garment. Nesses casos, a situação religiosa do membro não é afetada, desde que ele permaneça digno. O membro ainda receberá as bênçãos associadas ao uso do garment. Se os membros não puderem usar o garment, eles devem vesti-lo novamente assim que as circunstâncias permitirem.

Os membros que servem nessas organizações devem consultá-las para se informarem sobre os requisitos específicos que as roupas íntimas devem atender, como cor ou estilo do decote. Esses membros podem enviar roupas aprovadas pela organização que atendam às diretrizes do garment para a Beehive Clothing para serem marcadas como roupas autorizadas. Diretrizes e instruções adicionais são fornecidas no formulário Pedido de Marcação de Garment.

38.5.7

Descarte dos garments e das roupas cerimoniais do templo

Ao descartar os garments gastos, os membros devem recortar e destruir as marcas. Em seguida, devem cortar o tecido restante, de modo que ele não possa ser identificado como um garment. O tecido restante pode ser descartado.

Para jogar fora as roupas cerimoniais do templo que estiverem gastas, os membros devem cortá-las de modo que seu uso original não possa ser reconhecido. O tecido deve então ser descartado.

Os membros podem doar os garments e as roupas do templo que estejam em boas condições para outros membros com investidura. Os líderes do sacerdócio e as líderes da Sociedade de Socorro podem identificar as pessoas que precisem dessas roupas. Os membros não podem doar os garments ou as roupas cerimoniais do templo para os centros de roupas usadas, para o armazém do bispo, para os templos ou para instituições de caridade.

38.5.8

Roupa mortuária do templo

Sempre que possível, os membros falecidos que receberam sua investidura devem ser enterrados ou cremados vestidos com as roupas do templo. Se as tradições ou os costumes relacionados ao funeral tornarem essa prática inapropriada ou difícil de ser realizada, as roupas podem ser dobradas e colocadas ao lado do corpo.

Apenas os membros que receberam a investidura em vida podem ser enterrados ou cremados vestindo as roupas do templo. Uma pessoa com investidura que tenha parado de usar o garment antes de morrer pode ser enterrada ou cremada vestindo as roupas do templo a pedido da família.

A pessoa cujas bênçãos não tenham sido restauradas depois da remoção da filiação à Igreja ou da renúncia à condição de membro da Igreja não pode ser enterrada vestindo as roupas do templo.

A pessoa com investidura que tenha cometido suicídio pode ser enterrada ou cremada vestindo as roupas do templo.

As roupas do templo usadas no enterro não precisam ser novas, mas devem estar limpas e em boas condições de conservação. Pode-se usar as próprias roupas do templo que pertenciam ao membro falecido.

O membro a ser enterrado ou cremado com as roupas do templo pode ser vestido por alguém de sua família que tenha investidura e que seja do mesmo sexo que ele ou pelo cônjuge. Se não houver um membro da família disponível ou os familiares preferirem não vestir o corpo de um homem que tinha investidura, o bispo pode solicitar ao presidente de quórum de élderes que designe um homem com investidura para vestir o corpo ou supervisionar esse procedimento para que seja realizado da maneira adequada. Se não houver um membro da família disponível ou os familiares preferirem não vestir o corpo de uma mulher que tinha investidura, o bispo pode solicitar à presidente da Sociedade de Socorro que designe uma mulher com investidura para vestir o corpo ou supervisionar esse procedimento para que seja realizado da maneira adequada. Os líderes devem se certificar de que essa tarefa seja dada a uma pessoa que não se sinta constrangida.

O corpo de um homem é vestido com os garments e com as seguintes roupas brancas: camisa de manga comprida, gravata tradicional ou borboleta, calças, meias e sapatos ou sapatilhas. O corpo de uma mulher é vestido com os garments e com as seguintes roupas brancas: vestido (ou saia e blusa), meias ou meia-calça, sapatos ou sapatilhas brancos.

As roupas cerimoniais do templo são colocadas no corpo conforme instruído na investidura. O manto é colocado sobre o ombro direito e atado ao lado esquerdo da cintura. O avental é colocado em torno da cintura. A faixa é colocada em torno da cintura e atada em um laço sob a anca esquerda. O barrete masculino é colocado ao lado do corpo até o momento de fechar o caixão ou recipiente. O barrete é então colocado com o laço sobre a orelha esquerda. O véu feminino pode ser dobrado sobre o travesseiro. Colocar o véu sobre o rosto de uma mulher antes do enterro ou da cremação é opcional conforme determinado pela família.

Em certas áreas, apenas um agente funerário licenciado ou um funcionário desse agente tem permissão de cuidar do corpo da pessoa falecida. Nesse caso, um membro da família com investidura ou uma pessoa com investidura que tenha sido designada pelo bispo ou pela presidente da Sociedade de Socorro deve se certificar de que o corpo esteja vestido corretamente com as roupas do templo.

Alguns países exigem que o falecido seja vestido com roupas biodegradáveis para ser sepultado. Roupas biodegradáveis do templo estão disponíveis no endereço store.ChurchofJesusChrist.org.

Nas áreas em que haja dificuldade de se conseguir roupas do templo a tempo para o sepultamento, os presidentes de estaca devem manter à disposição pelo menos dois conjuntos completos de tamanho médio, um masculino e outro feminino.

Se não houver roupas do templo disponíveis, o membro falecido que recebeu sua investidura é vestido para o enterro com o garment e outras roupas adequadas.

38.6

Normas referentes a questões morais

Algumas normas nesta seção são sobre assuntos que a Igreja “desaconselha”. Os membros da Igreja geralmente não passam por restrições à condição de membro devido a decisões tomadas sobre esses assuntos. No entanto, todas as pessoas, no fim, são responsáveis perante Deus por suas decisões.

38.6.1

Aborto induzido

O Senhor ordenou: “Não (…) matarás nem farás coisa alguma semelhante” (Doutrina e Convênios 59:6). A Igreja se opõe ao aborto induzido por conveniência pessoal ou social. Os membros não podem se submeter a um aborto nem realizar, incentivar, pagar ou providenciar esse procedimento nem consentir que ele seja realizado. As únicas exceções possíveis ocorrem quando:

  • A gravidez seja consequência de estupro ou incesto.

  • Um médico competente conclua que a vida ou a saúde da mãe esteja em grave risco.

  • Um médico competente conclua que o feto é portador de defeitos graves que não permitirão que a criança sobreviva após o nascimento.

Mesmo essas circunstâncias não justificam automaticamente o aborto. O aborto é um assunto muito sério. Deve ser considerado somente depois que as pessoas responsáveis tiverem recebido a confirmação por meio da oração. Os membros podem se aconselhar com seu bispo como parte desse processo.

Os líderes presidentes devem analisar cuidadosamente as circunstâncias caso um membro tenha se envolvido em aborto induzido. Pode ser necessário realizar um conselho de condição de membro se o membro se submete a um aborto, realiza-o, organiza-o, paga por ele ou o incentiva (ver o item 32.6.2.5). No entanto, um conselho de condição de membro não deve ser considerado se um membro esteve envolvido em um aborto antes do batismo. Os conselhos ou as restrições à condição de membro também não devem ser considerados para os membros envolvidos em um aborto por qualquer uma das três razões descritas anteriormente nesta seção.

O bispo deve encaminhar as dúvidas a respeito de casos específicos ao presidente da estaca. Se necessário, o presidente da estaca pode encaminhar as dúvidas ao escritório da Primeira Presidência.

Até onde foi revelado, a pessoa pode se arrepender e ser perdoada do pecado do aborto induzido.

38.6.2

Abuso e maus-tratos

O termo abuso se refere a maus-tratos ou à negligência de outras pessoas de modo a causar danos físicos, sexuais, emocionais ou financeiros. A posição da Igreja é que não se pode tolerar nenhuma forma de maus-tratos ou abuso. Os que maltratam ou abusam do cônjuge, dos filhos, de familiares ou qualquer outra pessoa violam as leis de Deus e do homem.

Todos os membros, principalmente os pais e líderes, são incentivados a ficar atentos, ser diligentes e fazer tudo o que puderem para proteger as crianças e outras pessoas de abusos e maus-tratos. Se os membros souberem de qualquer caso de abuso, devem levar o assunto às autoridades civis e se aconselhar com o bispo. Os líderes da Igreja devem levar a sério as denúncias de abusos e maus-tratos e nunca as desconsiderar.

Todos os adultos que lidam com crianças ou jovens devem completar o treinamento sobre proteção a crianças e jovens logo no primeiro mês após serem apoiados (ver ProtectingChildren.ChurchofJesusChrist.org). Eles devem repetir o treinamento a cada três anos.

Nos casos de abuso, a primeira responsabilidade da Igreja é ajudar as vítimas e proteger as pessoas vulneráveis de futuros abusos. Os líderes jamais devem incentivar uma pessoa a permanecer em um lar ou em uma situação abusiva ou insegura.

38.6.2.1

Central de ajuda para casos de abuso

Em alguns países, a Igreja estabeleceu uma central de ajuda sigilosa contra abusos para ajudar os presidentes de estaca e bispos. Esses líderes devem ligar imediatamente para a central de ajuda a fim de relatar situações em que sintam que uma pessoa tenha sofrido abuso ou esteja em risco de sofrê-lo. Eles também devem ligar se souberem que um membro está vendo, comprando ou distribuindo pornografia infantil.

Essa central de ajuda está disponível para os bispos e presidentes de estaca 24 horas por dia, sete dias por semana. Os números de telefone são mostrados a seguir.

  • Estados Unidos e Canadá: 1-801-240-1911 ou 1-800-453-3860, ramal 2-1911

  • Reino Unido: 0800 970 6757

  • Irlanda: 1800 937 546

  • França: 0805 710 531

  • Austrália: 02 9841 5454 (dentro do país)

  • Nova Zelândia: 09 488 5592 (dentro do país)

Os bispos e presidentes de estaca devem ligar para a central de ajuda ao abordar situações que envolvam qualquer tipo de abuso. Profissionais jurídicos e clínicos responderão às suas perguntas. Esses profissionais também darão instruções sobre como:

  • Auxiliar as vítimas e ajudar a protegê-las de novos abusos e maus-tratos.

  • Ajudar a proteger vítimas potenciais.

  • Cumprir os requisitos legais para denunciar abusos e maus-tratos.

A Igreja está comprometida em cumprir a lei sobre o relato de abusos (ver o item 38.6.2.7). As leis variam de acordo com o local, e a maioria dos líderes da Igreja não é especialista jurídico. Ligar para a central de ajuda é essencial para que os bispos e presidentes de estaca cumpram suas responsabilidades de denunciar abusos e maus-tratos.

O bispo também notifica o presidente da estaca nos casos de maus-tratos ou abuso.

Nos países que não têm uma central de ajuda, o bispo que tomar conhecimento de casos de abuso deve entrar em contato com o presidente da estaca. O presidente da estaca deve buscar orientação do Departamento Jurídico do escritório da área. Ele também é incentivado a se aconselhar com a equipe dos Serviços Familiares ou com o gerente de bem-estar e autossuficiência do escritório de área.

38.6.2.2

Aconselhamento em casos de abuso e maus-tratos

As vítimas de abuso geralmente sofrem graves traumas. Os presidentes de estaca e bispos respondem com sincera compaixão e empatia. Eles fornecem aconselhamento espiritual e apoio para ajudar as vítimas a superar os efeitos destrutivos do abuso.

Às vezes, as vítimas têm sentimentos de vergonha ou culpa. As vítimas não são culpadas de pecado. Os líderes ajudam as vítimas e sua família a compreender o amor de Deus e a cura que vem por meio de Jesus Cristo e Sua Expiação (ver Alma 15:8; 3 Néfi 17:9).

Os presidentes de estaca e os bispos devem ajudar os que cometeram abuso a se arrepender e a abandonar sua conduta abusiva. Se um adulto cometeu um pecado sexual contra uma criança, o comportamento pode ser muito difícil de mudar. O processo de arrependimento pode ser muito prolongado. Ver o item 38.6.2.3.

Os presidentes de estaca e bispos também devem ser cuidadosos e sensíveis ao lidarem com as famílias de vítimas e de autores de abuso.

Orientações para aconselhar vítimas e infratores são fornecidas em Abuso ou maus-tratos: Como ajudar.

Além de receber o conselho inspirado dos líderes da Igreja, as vítimas, os ofensores e sua família podem precisar de aconselhamento profissional. Para mais informações, ver o item 31.3.6.

Para obter informações sobre o que os bispos e presidentes de estaca devem fazer quando souberem de qualquer tipo de abuso, ver o item 38.6.2.1. Para obter informações sobre aconselhamento em casos de abuso sexual, estupro ou outras formas de agressão sexual, ver o item 38.6.18.2.

Ver também FamilyServices.ChurchofJesusChrist.org.

38.6.2.3

Abuso ou maus-tratos de criança ou jovem

O abuso ou os maus-tratos contra uma criança ou um jovem são um pecado especialmente grave (ver Lucas 17:2). Como usado aqui, abuso ou maus-tratos contra uma criança ou um jovem incluem o seguinte:

  • Abuso físico: Causar sérios danos corporais por violência física. Alguns danos podem não ser visíveis.

  • Abuso ou exploração sexual: Ter qualquer atividade sexual com uma criança ou um jovem, ou permitir ou ajudar intencionalmente outras pessoas a ter essa atividade. Como usado aqui, o abuso sexual não inclui relações sexuais consensuais entre dois menores com idade próxima.

  • Abuso emocional: Usar ações e palavras para prejudicar seriamente o senso de respeito próprio ou a autoestima de uma criança ou um jovem. Geralmente envolve insultos, manipulações e críticas repetidas e contínuas que humilham e menosprezam. Também pode incluir negligência flagrante.

  • Pornografia infantil: Ver o item 38.6.6.

Se um bispo ou presidente de estaca souber ou suspeitar de abuso de crianças ou jovens, ele seguirá prontamente as instruções do item 38.6.2.1. Ele também toma medidas para ajudar a proteger contra novos abusos.

É necessário um conselho de condição de membro e anotação no registro se um membro adulto abusar de uma criança ou de um jovem conforme descrito nesta seção. Ver também os itens 32.6.1.1 e 38.6.2.5.

O bullying físico ou emocional entre crianças ou jovens de idade semelhante deve ser tratado pelos líderes da ala. Não é realizado um conselho de condição de membro.

38.6.2.4

Abuso de cônjuge ou outro adulto

O abuso de cônjuge ou outro adulto pode ocorrer de diversas maneiras, o que inclui abuso físico, sexual, emocional e financeiro. Às vezes, os adultos idosos, vulneráveis ou deficientes correm alto risco de abuso.

Com frequência, não existe uma única definição de abuso que possa ser aplicada em todas as situações. Em vez disso, há uma gama de severidade no comportamento abusivo. Essa gama varia desde ocasionalmente usar palavras duras a infligir danos graves.

Se um bispo ou presidente de estaca souber ou suspeitar de abuso de cônjuge ou outro adulto, ele seguirá prontamente as instruções do item 38.6.2.1. Ele também toma medidas para ajudar a proteger contra novos abusos.

Os líderes buscam a orientação do Espírito para determinar se o aconselhamento pessoal ou um conselho de condição de membro é o cenário mais apropriado para lidar com o abuso. Eles também podem se aconselhar com o líder direto do sacerdócio sobre a situação. No entanto, qualquer abuso de cônjuge ou outro adulto que ultrapasse os níveis descritos a seguir requer a realização de um conselho de condição de membro.

  • Abuso físico: Causar sérios danos corporais por violência física. Alguns danos podem não ser visíveis.

  • Abuso sexual: Ver situações especificadas no item 38.6.18.3.

  • Abuso emocional: Usar ações e palavras para prejudicar seriamente o senso de respeito ou valor próprio de uma pessoa. Geralmente envolve insultos, manipulações e críticas repetidas e contínuas que humilham e menosprezam.

  • Abuso financeiro: Tirar vantagem de alguém financeiramente, o que pode incluir o uso ilegal ou não autorizado de propriedade, dinheiro ou outros objetos de valor de uma pessoa. Também pode incluir a obtenção fraudulenta de poder financeiro sobre alguém. Pode incluir o uso de poder financeiro para coagir o comportamento. Ver também o item 32.6.1.3.

38.6.2.5

Chamados na Igreja, recomendações para o templo e anotações no registro de membro

Os membros que abusaram de alguém não devem receber chamados na Igreja e não podem receber uma recomendação para o templo até que se tenham arrependido e todas as restrições à condição de membro tenham sido excluídas.

Se uma pessoa abusou sexualmente de uma criança ou um jovem, ou abusou seriamente de uma criança ou um jovem física ou emocionalmente, seu registro de membro receberá uma anotação. Ela não deve receber nenhum chamado ou designação que envolva crianças ou jovens. Isso inclui não receber uma designação para ministrar a uma família com jovens ou crianças em casa. Também inclui não ter um jovem como companheiro de ministração. Essas restrições devem permanecer em vigor a menos que a Primeira Presidência autorize a exclusão da anotação. Ver o item 32.14.5 para obter informações sobre anotações.

38.6.2.6

Conselhos de estaca e de ala

Nos conselhos de estaca e ala, as presidências de estaca e os bispados examinam regularmente as normas e diretrizes da Igreja sobre como prevenir casos de abuso e agir nesses casos. Eles ensinam as mensagens-chave na seção Abuso e maus-tratos em Ajuda para a Vida na Biblioteca do Evangelho. Os membros do conselho são convidados para um debate. Os líderes e membros do conselho buscam a orientação do Espírito ao ensinar e debater sobre esse assunto delicado.

Os membros do conselho também devem fazer o treinamento de proteção de crianças e jovens (ver o item 38.6.2).

38.6.2.7

Questões jurídicas referentes ao abuso

Se as atividades violentas ou abusivas de um membro violaram as leis vigentes, o bispo ou o presidente da estaca deve persuadir o membro a relatar essas atividades às devidas autoridades governamentais. O bispo ou presidente da estaca pode obter informações sobre os requisitos de relatos locais por meio da central de ajuda da Igreja (ver o item 38.6.2.1). Se os membros tiverem dúvidas sobre os requisitos para a denúncia, ele os incentivará a obter aconselhamento jurídico qualificado.

Os líderes e os membros da Igreja devem cumprir todas as obrigações legais de denúncia de abuso a autoridades civis. Em alguns locais, líderes e professores que lidam com crianças e jovens são considerados “denunciantes obrigatórios” e devem denunciar abusos às autoridades legais. Da mesma forma, em muitos locais, qualquer pessoa que sabe sobre um abuso é obrigada a denunciá-lo às autoridades legais. Bispos e presidentes de estaca devem ligar para a central de ajuda a fim de obter detalhes sobre denunciantes obrigatórios e outros requisitos legais para denunciar abusos. A norma da Igreja é obedecer à lei.

38.6.3

Inseminação artificial

Ver o item 38.6.9.

38.6.4

Controle de natalidade

A intimidade física entre marido e mulher deve ser bela e sagrada. Ela é ordenada por Deus para a criação de filhos e para a expressão do amor entre marido e mulher (ver o item 2.1.2).

Os casais casados que sejam capazes de gerar filhos têm o privilégio de proporcionar um corpo mortal para os filhos espirituais de Deus e, depois disso, passam a ter a responsabilidade de nutri-los e criá-los (ver o item 2.1.3). A decisão sobre quantos filhos ter e quando os ter é extremamente pessoal e particular. Deve ser deixada para o casal e o Senhor. Os membros da Igreja não devem julgar uns aos outros no tocante a esse assunto.

A Igreja desaconselha a esterilização cirúrgica como forma facultativa de controle de natalidade. A esterilização cirúrgica inclui procedimentos como vasectomias e laqueaduras. No entanto, essa decisão é um assunto pessoal que, por fim, é deixado para que o homem e a mulher ponderem em espírito de oração e decidam sobre ele. Os casais devem se reunir em conselho e buscar a confirmação do Espírito ao tomar essa decisão.

A esterilização cirúrgica às vezes é necessária por razões médicas. Os membros podem se beneficiar do aconselhamento com profissionais médicos.

38.6.5

Castidade e fidelidade

A lei da castidade dada pelo Senhor é:

  • A abstinência de relações sexuais fora do casamento entre um homem e uma mulher.

  • Fidelidade no casamento.

A intimidade física entre marido e mulher deve ser bela e sagrada. Ela é ordenada por Deus para a criação de filhos e para a expressão de amor entre marido e mulher.

Somente um homem e uma mulher que sejam legal e legitimamente casados um com o outro devem ter relações sexuais. À vista de Deus, a pureza moral é muito importante. As violações da lei da castidade são muito sérias (ver Êxodo 20:14; Mateus 5:28; Alma 39:5). Os envolvidos fazem mau uso do poder sagrado que Deus nos deu para criar a vida.

O conselho de condição de membro pode ser necessário se o membro:

  • Tiver relações sexuais fora de um casamento legal entre um homem e uma mulher, como adultério, fornicação, relações entre pessoas do mesmo sexo e encontros sexuais online ou por telefone (ver o item 32.6.2).

  • Estiver em um relacionamento ou parceria que não seja o casamento legal entre um homem e uma mulher, como coabitação, união ou parceria civil, e casamento entre pessoas do mesmo sexo.

  • Usar pornografia intensa ou compulsivamente, causando danos significativos ao casamento ou à família de um membro (ver o item 38.6.13).

A decisão de realizar um conselho de condição de membro nessas situações depende de muitas circunstâncias (ver o item 32.7). Por exemplo, é mais provável que um conselho seja necessário para ajudar um membro a se arrepender caso ele tenha violado os convênios do templo ou caso o pecado seja repetitivo.

Ver o item 32.6.1.2 sobre quando o conselho é necessário por pecados sexuais.

Em alguns casos, aconselhamento pessoal e restrições informais à condição de membro podem ser suficientes (ver o item 32.8).

38.6.6

Pornografia infantil

A Igreja condena qualquer forma de pornografia infantil. Se um bispo ou presidente de estaca souber que um membro está envolvido com pornografia infantil, ele seguirá prontamente as instruções do item 38.6.2.1.

Um conselho de condição de membro e uma anotação no registro são obrigatórios se um membro fizer, compartilhar, possuir ou visualizar repetidamente imagens pornográficas de crianças (ver os itens 32.6.1.2 e 32.14.5). Essa diretriz geralmente não se aplica a crianças ou jovens de aproximadamente a mesma idade que compartilham fotos sexuais suas ou de outras pessoas. O aconselhamento pessoal e as restrições informais à condição de membro podem ser apropriados nessas situações.

Para mais diretrizes, ver o item 38.6.13.

38.6.7

Doar ou vender esperma ou óvulos

O padrão de marido e mulher que proporcionam um corpo para os filhos espirituais de Deus é divinamente atribuído (ver o item 2.1.3). Por esse motivo, a Igreja desaconselha a doação de espermatozoides ou óvulos. No entanto, esse é um assunto pessoal que, por fim, é deixado para que o potencial doador pondere em espírito de oração e decida sobre o assunto. Ver o item 38.6.9. A Igreja também desaconselha a venda de esperma ou óvulos.

38.6.8

Mutilação genital feminina

A Igreja condena a mutilação genital feminina.

38.6.9

Tratamentos para fertilidade

O padrão de marido e mulher que proporcionam um corpo para os filhos espirituais de Deus é divinamente atribuído (ver o item 2.1.3). Quando necessário, a tecnologia reprodutiva pode ajudar uma mulher e um homem casados em seu justo desejo de ter filhos. Essa tecnologia inclui inseminação artificial e fertilização in vitro.

A Igreja desaconselha a inseminação artificial com sêmen de outro homem que não seja o marido ou com um óvulo de outra mulher que não seja a esposa. No entanto, esse é um assunto pessoal que, por fim, é deixado para que o homem e a mulher legalmente casados ponderem em espírito de oração e decidam sobre ele.

Ver também “Adoção” (Tópicos do Evangelho, topics.ChurchofJesusChrist.org).

38.6.10

Incesto

A Igreja condena qualquer tipo de incesto. Como usado aqui, incesto significa relações sexuais entre:

  • O pai ou a mãe e seu filho ou sua filha.

  • Um avô ou uma avó e um neto ou uma neta.

  • Irmãos e irmãs.

  • Um tio ou uma tia e um sobrinho ou uma sobrinha.

Como usado aqui, filha e filho, neta e neto, irmã e irmão, sobrinha e sobrinho incluem os biológicos, adotivos ou tutelares. O incesto pode ocorrer entre dois menores, um adulto e um menor ou dois adultos. Se um presidente de estaca tiver dúvidas sobre se um relacionamento é incestuoso segundo as leis locais, ele busca a orientação do escritório da Primeira Presidência.

Quando um menor é vítima de incesto, o bispo ou presidente da estaca liga para a central de ajuda de abuso da Igreja nos países onde está disponível (ver o item 38.6.2.1). Em outros países, o presidente da estaca deve buscar a orientação do Departamento Jurídico do escritório da área. Ele também é incentivado a se aconselhar com a equipe dos Serviços Familiares ou com o gerente de bem-estar e autossuficiência do escritório de área.

É necessário um conselho de condição de membro e anotação no registro se um membro cometer incesto (ver os itens 32.6.1.2 e 32.14.5). O incesto quase sempre exige que a Igreja remova a filiação de uma pessoa à Igreja.

Se um menor de idade cometer incesto, o presidente da estaca deve entrar em contato com o escritório da Primeira Presidência para ser orientado.

As vítimas de incesto geralmente sofrem graves traumas. Os líderes respondem com profunda compaixão e empatia. Eles fornecem apoio espiritual e aconselhamento pessoal para ajudá-las a superar os efeitos destrutivos do incesto.

Às vezes, as vítimas têm sentimentos de vergonha ou culpa. As vítimas não são culpadas de pecado. Os líderes ajudam as vítimas e sua família a compreender o amor de Deus e a cura que vem por meio de Jesus Cristo e Sua Expiação (ver Alma 15:8; 3 Néfi 17:9).

Além do conselho inspirado dos líderes da Igreja, as vítimas e os ofensores podem precisar de aconselhamento profissional. Para mais informações, ver o item 38.6.18.2.

38.6.11

Fertilização in vitro

Ver o item 38.6.9.

38.6.12

Ocultismo

“Aquilo que é de Deus é luz” (Doutrina e Convênios 50:24). O ocultismo se concentra na escuridão e leva ao engano. Ele destrói a fé em Cristo.

O ocultismo inclui a adoração a Satanás. Inclui também atividades místicas que não estão em harmonia com o evangelho de Jesus Cristo. Essas atividades incluem (mas não estão limitadas a) adivinhação, maldições e práticas de cura que são imitações do poder do sacerdócio de Deus (ver Morôni 7:11–17).

Os membros da Igreja não devem participar de qualquer forma de adoração a Satanás ou participar de qualquer prática ocultista. Eles não devem se concentrar em trevas nas conversas ou nas reuniões da Igreja.

38.6.13

Pornografia

A Igreja condena qualquer forma de pornografia. O uso de qualquer tipo de pornografia prejudica vidas, famílias e a sociedade. Ela também afasta o Espírito do Senhor. Os membros da Igreja devem manter distância de todos os tipos de material pornográfico e se opor à sua produção, à sua distribuição e ao seu uso.

A Igreja fornece os seguintes recursos para ajudar as pessoas cujas vidas são afetadas pela pornografia:

Os presidentes de estaca e os bispos também proporcionam apoio aos membros da família conforme necessário.

Certo grau de exposição à pornografia pode ser inadvertida. O uso intencional da pornografia é prejudicial; seja ele ocasional ou intenso.

O aconselhamento pessoal e as restrições informais à condição de membro geralmente são suficientes para ajudar uma pessoa a se arrepender do uso de pornografia (ver o item 32.8). Geralmente não são realizados conselhos de condição de membro. No entanto, um conselho pode ser necessário para o uso intensivo e compulsivo de pornografia que tenha causado danos significativos ao casamento ou à família de um membro (ver o item 38.6.5). É necessário um conselho de condição de membro se um membro fizer, compartilhar, possuir ou visualizar repetidamente imagens pornográficas de crianças (ver o item 38.6.6).

Além da ajuda inspirada desses líderes da Igreja, alguns membros podem precisar de aconselhamento profissional. Os líderes devem contatar os Serviços Familiares para obter ajuda, se necessário. Ver o item 31.3.6 a fim de obter informações para contato.

38.6.14

Preconceito

Todas as pessoas são filhas de Deus. Todos são irmãos e irmãs que são parte de Sua família divina (ver “A Família: Proclamação ao Mundo”). Deus “de um só sangue fez toda a geração dos homens” (Atos 17:26). “Todos são iguais” perante Ele (2 Néfi 26:33). Cada pessoa é “tão preciosa como a outra” (Jacó 2:21).

O preconceito não está de acordo com a palavra revelada de Deus. O favor ou desfavor de Deus depende da devoção a Ele e aos Seus mandamentos, não da cor da pele ou de outros atributos de uma pessoa.

A Igreja apela a todas as pessoas para que abandonem as atitudes e ações de preconceito contra qualquer grupo ou indivíduo. Os membros da Igreja devem liderar a promoção do respeito por todos os filhos de Deus. Os membros seguem o mandamento do Salvador de amar o próximo (ver Mateus 22:35–39). Eles se esforçam para ser pessoas de boa vontade para com todos, rejeitando preconceitos de qualquer tipo. Isso inclui preconceito com base em raça, etnia, nacionalidade, tribo, gênero, idade, deficiência, situação socioeconômica, crença ou descrença religiosa e orientação sexual.

38.6.15

Atração por pessoas do mesmo sexo e comportamento homossexual

A Igreja incentiva as famílias e os membros a demonstrar compreensão, amor e respeito às pessoas que se sentem atraídas por outras do mesmo sexo. A Igreja também promove a compreensão da sociedade em geral de maneira que reflita seus ensinamentos sobre bondade, inclusão, amor pelos outros e respeito por todos os seres humanos. A Igreja não tem uma posição sobre as causas da atração por pessoas do mesmo sexo.

Os mandamentos de Deus proíbem todos os comportamentos que não sejam castos, tanto heterossexuais quanto homossexuais. Os líderes da Igreja aconselham os membros que violaram a lei da castidade, ajudando-os a ter um claro entendimento da fé em Jesus Cristo e de Sua Expiação, do processo do arrependimento e do propósito da vida na Terra. O comportamento incompatível com a lei da castidade pode ser motivo para a realização de um conselho de condição de membro (ver o item 38.6.5). Ele pode ser perdoado por meio de arrependimento sincero.

Sentir atração por pessoas do mesmo sexo não é pecado. Os membros que têm esses sentimentos e não os desenvolvem ou agem de acordo com eles estão vivendo de acordo com o plano do Pai Celestial para Seus filhos e com a doutrina da Igreja. Os líderes os apoiam e os incentivam em sua determinação de viver de acordo com os mandamentos do Senhor. Os membros que têm esses sentimentos podem receber chamados na Igreja, ter uma recomendação para o templo e receber as ordenanças do templo se forem dignos. Os membros da Igreja do sexo masculino podem receber e exercer o sacerdócio.

Todos os membros que guardarem seus convênios receberão todas as bênçãos prometidas na eternidade, quer suas circunstâncias permitam ou não que recebam as bênçãos do casamento eterno e da paternidade ou maternidade nesta vida (ver Mosias 2:41).

A Igreja fornece os seguintes recursos para ajudar as pessoas cuja vida é afetada pela atração por pessoas do mesmo sexo:

Além do auxílio inspirado dos líderes da Igreja, os membros podem se beneficiar de aconselhamento profissional. Os líderes devem contatar os Serviços Familiares para obter ajuda. Ver o item 31.3.6 a fim de obter informações para contato.

38.6.16

Casamento entre pessoas do mesmo sexo

Como princípio doutrinário, com base nas escrituras, a Igreja afirma que o casamento entre homem e mulher é essencial ao plano do Criador para o destino eterno de Seus filhos. A Igreja afirma também que a lei de Deus define o casamento como a união legal e legítima entre um homem e uma mulher.

Somente um homem e uma mulher que sejam legal e legitimamente casados um com o outro devem ter relações sexuais. Todas as outras relações sexuais, inclusive entre pessoas do mesmo sexo, são pecaminosas e enfraquecem a família, que é uma instituição criada por Deus.

38.6.17

Educação sexual

Os pais são os principais responsáveis pela educação sexual dos filhos. Os pais devem ter conversas honestas, claras e contínuas com os filhos sobre a sexualidade saudável e correta. Essas conversas devem:

  • Ser adequadas à idade e à maturidade do filho ou da filha.

  • Ajudar os filhos a se prepararem para a felicidade no casamento e para seguir a lei da castidade (ver o item 2.1.2).

  • Abordar os perigos da pornografia, a necessidade de evitá-la e como reagir quando a encontrar.

Para mais informações, ver “Educação e comportamento sexual” (Tópicos do Evangelho, topics.ChurchofJesusChrist.org).

Como parte de sua responsabilidade de ensinar seus filhos, os pais devem estar cientes e procurar influenciar de maneira adequada a educação sexual ensinada na escola. Os pais ensinam princípios corretos e apoiam uma instrução escolar de acordo com o evangelho.

38.6.18

Abuso sexual, estupro e outras formas de agressão sexual

A Igreja condena o abuso sexual. Como usado aqui, abuso sexual é definido como a imposição de qualquer atividade sexual não desejada a outra pessoa. A atividade sexual com uma pessoa que não deu ou não pode dar consentimento legal é considerada abuso sexual. O abuso sexual também pode ocorrer com um cônjuge ou em um namoro. Para obter informações sobre abuso sexual de criança ou jovem, ver o item 38.6.2.3.

O abuso sexual cobre uma ampla gama, desde assédio a estupro ou outras formas de agressão sexual. Pode ocorrer fisicamente, verbalmente ou de outras maneiras. Para obter orientação sobre aconselhamento em casos em que o membro vivenciou abuso sexual, estupro ou outras formas de agressão sexual, ver o item 38.6.18.2.

Se os membros suspeitam ou tomam conhecimento de abuso sexual, eles agem para proteger as vítimas e outras pessoas o mais rápido possível, incluindo relatar às autoridades civis e alertar o bispo ou o presidente da estaca. Se uma criança sofreu abuso, os membros devem seguir as instruções do item 38.6.2.

38.6.18.1

Central de ajuda para casos de abuso

Se um bispo ou presidente de estaca souber de abuso sexual, estupro ou outra forma de agressão sexual, ele ligará para a central de ajuda de abuso da Igreja nos países onde estiver disponível (ver o item 38.6.2.1 para obter as informações para contato). Profissionais jurídicos e clínicos responderão às perguntas dele. Esses profissionais também darão instruções sobre como:

  • Auxiliar as vítimas e ajudar a protegê-las de novos danos.

  • Ajudar a proteger vítimas potenciais.

  • Cumprir os requisitos legais para denúncias.

Nos países que não têm uma central de ajuda, o bispo que tomar conhecimento desses casos de agressão deve entrar em contato com o presidente da estaca. O presidente da estaca deve buscar orientação do Departamento Jurídico do escritório da área. Ele também é incentivado a se aconselhar com a equipe dos Serviços Familiares ou com o gerente de bem-estar e autossuficiência do escritório de área.

38.6.18.2

Aconselhamento pessoal para vítimas de abuso sexual, estupro e outras formas de agressão sexual

Vítimas de abuso sexual, estupro ou outras formas de agressão sexual frequentemente sofrem traumas graves. Quando elas confidenciam o caso a um bispo ou presidente de estaca, este responde com sincera compaixão e empatia. Ele fornece aconselhamento espiritual e apoio para ajudar as vítimas a superar os efeitos destrutivos do abuso. Ele também telefona para a central de ajuda da Igreja para casos de abuso onde estiver disponível (ver o item 38.6.18.1).

Às vezes, as vítimas têm sentimentos de vergonha ou culpa. As vítimas não são culpadas de pecado. Os líderes não culpam a vítima. Eles ajudam as vítimas e sua família a compreender o amor de Deus e a cura que vem por meio de Jesus Cristo e Sua Expiação (ver Alma 15:8; 3 Néfi 17:9).

Embora os membros possam optar por compartilhar informações sobre o abuso ou a agressão, os líderes não devem se concentrar excessivamente nos detalhes. Isso pode ser prejudicial para as vítimas.

Além do conselho inspirado dos líderes da Igreja, as vítimas e os ofensores podem precisar de aconselhamento profissional. Para mais informações, ver o item 31.3.6.

38.6.18.3

Conselhos de condição de membro

O conselho de condição de membro pode ser necessário para uma pessoa que tenha agredido sexualmente outra pessoa ou abusado dela. O conselho de condição de membro é necessário se um membro cometeu estupro ou foi condenado por outra forma de agressão sexual (ver o item 32.6.1.1).

Um conselho também deve ser realizado para atividades sexuais com um adulto vulnerável. Como usado aqui, um adulto vulnerável é uma pessoa que, devido às limitações físicas ou mentais, não pode consentir com a atividade ou não pode entender sua natureza.

Para abordar outras formas de abuso sexual, os líderes buscam a orientação do Espírito a fim de decidir se o aconselhamento pessoal ou o conselho de condição de membro é o cenário mais apropriado (ver os itens 32.6.2.2 e 32.8). Em casos graves, é necessário um conselho. Os líderes podem se aconselhar com o líder direto do sacerdócio sobre a situação.

Se um conselho de condição de membro realizado para um abusador sexual resultar em restrições à condição desse membro, o registro de membro dessa pessoa recebe uma anotação.

Para obter informações sobre aconselhamento profissional em casos de abuso, ver o item 38.6.2.2. Para obter informações sobre aconselhamento pessoal em casos de abuso sexual, ver o item 38.6.18.2.

38.6.19

Gravidez fora dos laços do matrimônio

Futuros pais e mães solteiros que sejam membros da Igreja são incentivados a procurar o bispo. Nos Estados Unidos e no Canadá, os Serviços Familiares estão disponíveis para:

  • Aconselhamento com os líderes da Igreja.

  • Aconselhamento com os futuros pais solteiros e sua família.

Não é necessária a indicação do bispo para esse serviço. Nenhum valor é cobrado. Ver o item 31.3.6 para obter as informações de contato dos Serviços Familiares.

Em outras áreas, os líderes podem contatar a equipe dos Serviços Familiares ou o gerente de autossuficiência e bem-estar no escritório da área para consulta.

Orientação para o aconselhamento de futuros pais e mães solteiros também é fornecida em “Gravidez fora do casamento” (Tópicos do Evangelho, topics.ChurchofJesusChrist.org).

38.6.20

Suicídio

A vida mortal é uma dádiva preciosa de Deus — um presente que deve ser valorizado e protegido. A Igreja apoia fortemente a prevenção ao suicídio. Para obter informações sobre como ajudar alguém que tenha tendências suicidas ou alguém que tenha sido afetado pelo suicídio, ver suicide.ChurchofJesusChrist.org.

Muitas pessoas que pensam em suicídio querem encontrar alívio para uma dor física, mental, emocional ou espiritual. Essas pessoas precisam do amor, da ajuda e do apoio da família, dos líderes da Igreja e de profissionais qualificados.

O bispo oferece apoio eclesiástico se um membro está pensando em suicídio ou tentou praticá-lo. Ele também ajuda imediatamente o membro a obter ajuda profissional. Ele incentiva aqueles próximos à pessoa a procurar ajuda profissional quando necessário.

Apesar dos melhores esforços de entes queridos, líderes e profissionais, o suicídio nem sempre é evitável. Isso deixa para trás um profundo sofrimento, agitação emocional e perguntas sem resposta para entes queridos e outras pessoas. Os líderes devem aconselhar e consolar a família. Eles fornecem cuidado e apoio. A família também pode precisar de apoio e aconselhamento profissional.

Não é certo uma pessoa tirar a própria vida. No entanto, somente Deus é capaz de julgar os pensamentos, as ações e o nível de responsabilidade da pessoa (ver 1 Samuel 16:7; Doutrina e Convênios 137:9).

A família, após consultar o bispo, determina o lugar e o tipo de funeral que será realizado para a pessoa. A família pode escolher usar as propriedades da Igreja. Se a pessoa tiver recebido a investidura em vida, ela pode ser enterrada ou cremada com as roupas do templo.

Aqueles que perderam um ente querido para o suicídio podem encontrar esperança e cura em Jesus Cristo e Sua Expiação.

Para mais informações sobre a prevenção do suicídio e ministração, ver suicide.ChurchofJesusChrist.org.

38.6.21

Esterilização cirúrgica (inclusive vasectomia)

Ver o item 38.6.4.

38.6.22

Mãe de aluguel

O padrão de marido e mulher que proporcionam um corpo para os filhos espirituais de Deus é divinamente atribuído (ver o item 2.1.3). Por esse motivo, a Igreja desaconselha a utilização de uma mãe de aluguel. No entanto, essa é uma decisão pessoal que, em último caso, após ponderação em espírito de oração, cabe ao homem e à mulher legalmente casados.

Os filhos nascidos de mãe de aluguel não são considerados como tendo nascido sob convênio. Após o nascimento, eles podem ser selados aos pais somente com a aprovação da Primeira Presidência (ver o item 38.4.2.7). Os pais escrevem uma carta para a Primeira Presidência e a entregam ao presidente da estaca. Se apoiar a solicitação, ele envia a carta dos pais juntamente com sua própria carta.

38.6.23

Pessoas transgênero

As pessoas transgênero enfrentam desafios complexos. Os membros e não membros que se identificam como transgênero — e seus familiares e amigos — devem ser tratados com tato, bondade, compaixão e abundância de amor cristão. Todos são bem-vindos para frequentar a reunião sacramental, outras reuniões dominicais e eventos sociais da Igreja (ver o item 38.1.1).

O gênero é uma parte essencial do plano de felicidade estabelecido pelo Pai Celestial. O significado do termo sexo em “A Família: Proclamação ao Mundo” é o sexo biológico ao nascer. Algumas pessoas experimentam sentimentos de inadequação entre o sexo biológico e a identidade de gênero. Como resultado, elas podem se identificar como transgênero. A Igreja não tem uma posição sobre a causa de pessoas se identificarem como transgênero.

Grande parte da participação na Igreja e algumas ordenanças do sacerdócio são neutras em termos de gênero. Transgêneros podem ser batizados e confirmados conforme descrito no item 38.2.8.9. Podem também participar do sacramento e receber as bênçãos do sacerdócio. No entanto, a ordenação ao sacerdócio e as ordenanças do templo são recebidas de acordo com o sexo biológico ao nascer.

Os líderes da Igreja aconselham contra a realização de intervenções médicas ou cirúrgicas eletivas com o propósito de se passar para o sexo biológico oposto daquele com o qual a pessoa nasceu (“redesignação de sexo”). Os líderes avisam que a realização dessas ações será causa de restrições à condição de membro da Igreja.

Os líderes também aconselham contra a transição social. A transição social inclui mudar de roupas ou de aparência, ou mudar um nome ou os pronomes, para se apresentar como diferente do sexo biológico de nascimento. Os líderes avisam que aqueles que fazem a transição social terão algumas restrições à condição de membro da Igreja pelo período em que durar a transição.

As restrições incluem o recebimento ou o exercício do sacerdócio, o recebimento ou o uso de uma recomendação para o templo e o recebimento de alguns chamados da Igreja. Embora alguns privilégios de membro da Igreja sejam restritos, outras participações na Igreja são bem-vindas.

Pessoas transgênero que não praticam a transição médica, cirúrgica ou social para o gênero oposto e são dignas podem receber chamados na Igreja, recomendações para o templo e ordenanças do templo.

Algumas crianças, jovens e adultos recebem terapia hormonal prescrita por um profissional médico licenciado para aliviar a disforia de gênero ou reduzir os pensamentos suicidas. Antes de uma pessoa iniciar essa terapia, é importante que ela (e os pais se ela for menor) entenda os riscos e benefícios potenciais. Se esses membros não estão tentando a transição para o gênero oposto e são dignos, podem receber chamados na Igreja, recomendações para o templo e ordenanças do templo.

Se um membro decidir alterar seu nome de preferência ou pronomes de tratamento, o nome de preferência poderá ser anotado no campo correspondente no registro de membro. A pessoa pode ser tratada pelo nome de preferência na ala.

As circunstâncias variam muito de unidade para unidade e de pessoa para pessoa. Os líderes e membros se reúnem em conselho e buscam o conselho do Senhor. As presidências de área ajudarão os líderes locais a abordar com sensibilidade situações individuais. Os bispos se aconselham com o presidente de estaca. Os presidentes de estaca e de missão devem buscar aconselhamento da presidência da área (ver os itens 32.6.3 e 32.6.3.1).

Para mais informações a fim de entender e apoiar pessoas transgênero, ver o item “Transgênero” em ChurchofJesusChrist.org.

38.7

Normas médicas e de saúde

38.7.1

Autópsias

Pode ser realizada uma autópsia se a família da pessoa falecida consentir e se isso estiver de acordo com a lei. Em alguns casos, a autópsia é exigida por lei.

38.7.2

Sepultamento e cremação

A família da pessoa falecida decide se seu corpo deve ser enterrado ou cremado. Os desejos da pessoa são respeitados.

Em alguns países, a cremação é exigida por lei. Em outros casos, o enterro não é prático ou acessível para a família. Em todos os casos, o corpo deve ser tratado com respeito e reverência. Os membros devem ter certeza de que o poder da ressurreição sempre se aplica (ver Alma 11:42–45).

Se possível, o corpo de um membro que tenha recebido a investidura deve estar vestido com as roupas cerimoniais do templo quando for enterrado ou cremado (ver o item 38.5.8).

Um funeral ou serviço memorial oferece uma oportunidade para as famílias se reunirem e perpetuarem as relações e os valores familiares (ver o item 29.5.4).

38.7.3

Crianças que morrem antes do nascimento (crianças natimortas e abortadas)

Os pais que vivenciam a morte de um filho ainda não nascido sofrem pesar e perda. Líderes e familiares, bem como os ministradores e as ministradoras, oferecem apoio emocional e espiritual.

Os pais podem decidir se realizam um funeral ou uma cerimônia simples junto à sepultura.

Os pais podem registrar informações sobre a criança no FamilySearch.org. As instruções se encontram no site.

Ordenanças do templo não são necessárias nem realizadas em favor de crianças natimortas. Isso não elimina a possibilidade de que essas crianças venham a fazer parte da família na eternidade. Os pais são incentivados a confiar no Senhor e buscar Seu consolo.

38.7.4

Eutanásia

A vida mortal é uma dádiva preciosa de Deus. A eutanásia é o fim deliberado da vida de uma pessoa que sofre de uma doença incurável ou outra condição. Uma pessoa que participe de uma eutanásia, inclusive o assim chamado “suicídio assistido”, viola os mandamentos de Deus e pode violar leis locais.

Descontinuar ou renunciar a medidas extremas de suporte de vida para uma pessoa no final da vida não é considerado eutanásia (ver o item 38.7.11).

38.7.5

Infecção pelo HIV e AIDS

Os membros infectados pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) ou que tiverem AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) devem ser bem recebidos nas reuniões e atividades da Igreja. Sua presença não é um risco para a saúde de outras pessoas.

38.7.6

Hipnose

Para algumas pessoas, a hipnose pode comprometer o arbítrio. Os membros são desaconselhados a participar de sessões de hipnose para entretenimento ou demonstração.

O uso da hipnose para o tratamento de doenças ou transtornos mentais deve ser determinado em consulta com profissionais médicos competentes.

38.7.7

Pessoas cujo sexo não esteja claro no momento do nascimento

Em circunstâncias extremamente raras, um bebê nasce com órgãos genitais que não são claramente masculinos ou femininos (genitália ambígua, ambiguidade sexual ou intersexo). Os pais ou outras pessoas podem ter que tomar decisões para determinar o sexo de seus filhos com a orientação de profissionais médicos competentes. As decisões sobre como prosseguir com a intervenção médica ou cirúrgica geralmente são feitas no período logo após o nascimento. No entanto, elas podem ser adiadas, a menos que sejam clinicamente necessárias.

São necessárias compaixão e sabedoria especiais quando jovens ou adultos, que nasceram com ambiguidade sexual, vivenciam conflito emocional em relação às decisões de gênero tomadas na infância e ao gênero com o qual se identificam.

As perguntas em relação aos registros de membro, à ordenação ao sacerdócio e às ordenanças do templo para jovens ou adultos nascidos com ambiguidade sexual devem ser encaminhadas ao escritório da Primeira Presidência.

38.7.8

Cuidados médicos e de saúde

Buscar ajuda médica competente, exercer fé e receber as bênçãos do sacerdócio cooperam juntos para a cura, de acordo com a vontade do Senhor.

Os membros não devem usar ou promover práticas médicas ou de saúde que sejam ética, espiritual ou legalmente questionáveis. Os membros que tenham problemas de saúde devem consultar profissionais médicos competentes licenciados nas áreas em que atuam.

Além de buscar ajuda médica competente, os membros da Igreja são incentivados a seguir a injunção bíblica em Tiago 5:14 de “[chamar] os anciãos da igreja; [para que] orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor”. As bênçãos de cura do sacerdócio são dadas por aqueles que possuem o ofício necessário do sacerdócio. Elas são dadas quando solicitadas e sem nenhum custo (ver o item 18.13).

Além da oração e das bênçãos do sacerdócio devidamente realizadas, os membros da Igreja são desaconselhados a buscar curas milagrosas ou sobrenaturais realizadas por indivíduos ou grupos que afirmem ter métodos especiais para acessar poderes de cura. Essas práticas são frequentemente chamadas de “cura energética”, mas podem ser conhecidas por outros nomes também. Essas promessas de cura costumam ser feitas em troca de dinheiro.

38.7.9

Uso medicinal da maconha

A Igreja se opõe ao uso da maconha para propósitos não medicinais. Ver o item 38.7.14.

No entanto, a maconha pode ser usada para fins medicinais quando as seguintes condições são atendidas:

  • O uso é determinado como clinicamente necessário por um médico licenciado ou outro provedor de serviços médicos legalmente aprovado.

  • A pessoa segue a dosagem e o modo de administração prescrito pelo médico ou por outro provedor de serviços médicos autorizado. A Igreja não aprova a inalação ou vaporização da maconha a menos que o provedor de serviços médicos tenha autorizado com base na necessidade médica.

A Igreja não aprova fumar maconha, inclusive para fins médicos.

38.7.10

Doação e transplante de órgãos e tecidos

A doação de órgãos e tecidos é um ato altruísta que frequentemente resulta em grande benefício para pessoas com problemas médicos.

A decisão de uma pessoa viva de doar um órgão a outra ou de receber um órgão doado deve ser tomada em conselho com um médico competente e em espírito de oração.

A decisão de autorizar o transplante de órgãos ou tecidos de uma pessoa falecida é da própria pessoa ou de sua família.

38.7.11

Prolongar a vida (Incluindo suporte à vida)

Ao enfrentar uma doença grave, os membros devem exercer fé no Senhor e procurar atendimento médico competente. No entanto, quando a morte se torna inevitável, ela deve ser encarada como uma bênção e uma parte significativa de nossa existência eterna (ver 2 Néfi 9:6; Alma 42:8).

Os membros não devem se sentir obrigados a prolongar a vida mortal por meios extremos. Essas decisões são mais bem tomadas pela pessoa, se possível, ou por membros da família. Eles devem buscar conselho médico competente e a orientação divina por meio da oração.

Os líderes oferecem apoio aos que tiverem que decidir se vão ou não remover o equipamento de suporte à vida de um familiar.

38.7.12

Grupos de autoajuda ou autoconhecimento

Muitos grupos particulares e organizações comerciais têm programas que alegam aumentar o autoconhecimento, a autoestima, a espiritualidade ou melhorar os relacionamentos familiares. Esses grupos costumam prometer soluções rápidas para problemas que normalmente exigem muito tempo, oração e esforço pessoal para ser resolvidos. Embora alguns participantes venham a sentir alívio ou estímulo temporário, os problemas anteriores frequentemente retornam, causando decepção e desespero.

Alguns grupos alegam ou dão a entender que a Igreja ou uma autoridade geral os endossa. No entanto, essas alegações não são verdadeiras.

Os membros da Igreja devem ser alertados de que alguns desses grupos defendem conceitos e usam métodos que podem ser prejudiciais. Muitos grupos cobram taxas exorbitantes e incentivam um compromisso a longo prazo. Alguns combinam conceitos do mundo com princípios do evangelho de uma forma que pode abalar a espiritualidade e a fé.

Os líderes da Igreja não custeiam, não promovem nem endossam a participação nesses grupos ou nessas práticas. Os edifícios da Igreja não podem ser utilizados para essas atividades.

Os membros que tenham preocupações sociais ou emocionais podem consultar os líderes para ser orientados na identificação de fontes de ajuda que estejam em harmonia com os princípios do evangelho. Para mais informações, ver o item 22.3.4.

38.7.13

Vacinas

As vacinas administradas por profissionais médicos competentes protegem a saúde e preservam a vida. Os membros da Igreja são incentivados a proteger a si mesmos, seus filhos e sua comunidade por meio da vacinação.

Em última análise, as pessoas são responsáveis por tomar suas próprias decisões sobre a vacinação. Se os membros têm preocupações a respeito, devem se aconselhar com profissionais médicos competentes e também buscar a orientação do Espírito Santo.

Os missionários em perspectiva que não tenham sido vacinados provavelmente serão limitados a designações em seu país de origem.

38.7.14

Palavra de Sabedoria e práticas de saúde

A Palavra de Sabedoria é um mandamento de Deus. Ele a revelou para o benefício físico e espiritual de Seus filhos. Os profetas esclareceram que os ensinamentos de Doutrina e Convênios 89 incluem abstinência de fumo, bebidas fortes (álcool) e bebidas quentes (chá preto [Camelia sinensis] e café).

Os profetas também ensinaram os membros a evitar substâncias que sejam prejudiciais, ilegais, viciantes ou que prejudiquem o julgamento.

Existem outras substâncias e práticas prejudiciais que não foram especificadas na Palavra de Sabedoria ou pelos líderes da Igreja. Os membros devem usar de sabedoria e bom senso, em espírito de oração, ao fazer escolhas para promover sua saúde física, espiritual e emocional.

O apóstolo Paulo declarou: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por um preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Coríntios 6:19–20).

O Senhor promete bênçãos espirituais e temporais àqueles que obedecem à Palavra de Sabedoria e à orientação dos profetas vivos (ver Doutrina e Convênios 89:18–21).

38.8

Normas administrativas

38.8.1

Adoção e guarda de menores

A adoção de crianças e a provisão de pessoas que assumam sua guarda podem abençoar crianças e famílias. Famílias amorosas e eternas podem ser criadas por meio da adoção. Quer os filhos venham para uma família por meio da adoção ou do nascimento, eles são uma bênção igualmente preciosa.

Os membros que desejam adotar ou assumir a guarda de crianças devem obedecer a todas as leis aplicáveis dos países e governos envolvidos.

A Igreja não facilita as adoções. No entanto, nos Estados Unidos e no Canadá, os líderes podem encaminhar os membros para o Family Services como um recurso de consulta. Para informações de contato, ver o item 31.3.6.

Para mais informações sobre uma pessoa que vai se tornar pai ou mãe sem ser casada, ver o item 38.6.19.

Para mais informações, ver “Adoção” (Tópicos do Evangelho, topics.ChurchofJesusChrist.org).

38.8.2

Fraude por afinidade

A fraude por afinidade ocorre quando uma pessoa explora a confiança de outra pessoa a fim de fraudá-la. Isso pode acontecer quando ambas as pessoas pertencem ao mesmo grupo, como a Igreja. Também pode acontecer pelo abuso de uma posição de amizade ou confiança, como um chamado na Igreja ou relacionamento familiar. A fraude por afinidade geralmente visa a ganhos financeiros.

Os membros da Igreja devem ser honestos ao lidar com as pessoas e agir com integridade. A fraude por afinidade é uma vergonhosa traição da confiança. Seus autores podem estar sujeitos a acusações criminais. Os membros da Igreja que cometem fraude por afinidade também podem estar sujeitos a restrições ou a remoção de sua filiação à Igreja. Ver os itens 32.6.1.3 e 32.6.2.3 para orientação sobre conselhos de condição de membro por atos fraudulentos.

Os membros não podem dizer ou dar a entender que seus negócios são patrocinados ou endossados pela Igreja ou que representam a Igreja ou seus líderes.

38.8.3

Materiais audiovisuais

Os materiais audiovisuais podem ajudar a propiciar a presença do Espírito e a aprimorar o ensino do evangelho nas aulas e reuniões da Igreja. Exemplos desses materiais incluem vídeos, gravuras e gravações musicais. O uso desses materiais nunca deve se tornar uma distração ou o foco principal da aula ou reunião.

Os membros não devem usar materiais audiovisuais nas reuniões sacramentais ou na sessão geral da conferência de estaca. No entanto, pode ser usada música gravada nessas reuniões, se necessário, para acompanhar os hinos.

Os membros devem obedecer a todas as leis de direitos autorais ao utilizarem materiais audiovisuais (ver o item 38.8.11). Devem ser usados somente materiais que estejam em harmonia com o evangelho e ajudem a propiciar a presença do Espírito.

38.8.4

Autógrafos e fotografias de autoridades gerais, líderes gerais e setentas de área

Os membros da Igreja não devem pedir autógrafos de autoridades gerais, líderes gerais ou setentas de área. Os membros tampouco devem pedir a esses líderes que assinem suas escrituras, seus hinários ou programas. Isso descaracteriza a natureza sagrada de seu chamado e afeta o espírito das reuniões. Pode também impedir esses líderes de cumprimentar outros membros.

Os membros não devem tirar fotografias das autoridades gerais, dos líderes gerais ou dos setentas de área no salão sacramental.

38.8.5

Empresas comerciais

As capelas e outras instalações da Igreja, reuniões e aulas da Igreja, sites da Igreja e canais de mídia social não podem ser usados para promover qualquer empresa ou entidade que não seja da Igreja.

Também não se devem fornecer listas de grupos da Igreja ou outras informações sobre os membros a qualquer empresa comercial ou entidade que não seja da Igreja. Isso inclui (mas não está limitado a) as que promovem namoro, educação e oportunidades de emprego. Ver o item 38.8.31.

38.8.6

Funcionários da Igreja

Os funcionários da Igreja devem manter e apoiar os padrões da Igreja em todas as ocasiões. Também devem cumprir as leis trabalhistas locais.

Para começar ou continuar a trabalhar para a Igreja, os membros precisam ser dignos de ter uma recomendação para o templo. Periodicamente, um representante do Departamento de Recursos Humanos da Igreja entrará em contato com o presidente da estaca ou bispo para verificar se os funcionários da Igreja ou os candidatos a um emprego na Igreja estão dignos de ter uma recomendação para o templo. Os líderes devem responder prontamente.

38.8.7

Revistas da Igreja

As revistas da Igreja incluem:

A Primeira Presidência incentiva todos os membros a ler as revistas da Igreja. As revistas podem ajudar os membros a aprender o evangelho de Jesus Cristo, estudar os ensinamentos dos profetas vivos, sentir-se conectados à família global da Igreja, enfrentar os desafios com fé e se aproximar de Deus.

Os líderes ajudam os membros a ter acesso às revistas das seguintes maneiras:

  • Ajudam os membros a assinar revistas impressas e renovar suas assinaturas.

  • Mostram aos membros como acessar o conteúdo da revista em ChurchofJesusChrist.org, no aplicativo Biblioteca do Evangelho e no aplicativo Viver o Evangelho. O conteúdo digital é gratuito.

  • Logo depois que os membros novos são batizados, mostram a eles como acessar as revistas da Igreja digitalmente. Se eles preferirem a versão impressa da revista, dão aos membros novos um ano de assinatura utilizando o orçamento da unidade.

  • Fornecem assinaturas contínuas para todas as crianças e todos os jovens que frequentam a Igreja sem o pai, a mãe ou algum responsável. Usam o orçamento da unidade.

Os bispos podem chamar um representante da revista para ajudar os membros a terem acesso às revistas. Ou podem designar o secretário executivo da ala para ajudar (ver o item 7.3).

O representante da revista ou o secretário também pode ajudar a reunir experiências e testemunhos de membros locais que promovam a fé, enviando-os para as revistas.

As assinaturas das revistas impressas estão disponíveis no endereço store.ChurchofJesusChrist.org, no Departamento Global de Serviços e nas lojas dos Centros de Distribuição. Em algumas áreas, as unidades fazem encomendas para os membros e distribuem as revistas nas capelas. Para obter mais informações, entre em contato com o Departamento Global de Serviços ou uma loja do Centro de Distribuição.

38.8.8

Nome, logomarca e símbolo da Igreja

Imagem
Logomarca e símbolo da Igreja

Os principais identificadores da Igreja são seu nome, sua logomarca e seu símbolo. Eles são protegidos legalmente no mundo inteiro por serem marcas registradas ou por contarem com outros tipos de proteção legal. Eles são usados para identificar publicações, notícias e eventos oficiais da Igreja.

Os principais identificadores da Igreja somente devem ser usados de acordo com as diretrizes fornecidas a seguir.

O nome escrito da Igreja. O nome escrito da Igreja (não a logomarca ou o símbolo) pode ser usado nas unidades locais desde que sejam cumpridas as seguintes condições:

  • A atividade ou o evento a que o nome esteja associado (por exemplo, o programa da reunião sacramental) seja oficialmente promovido pela unidade.

  • O nome da unidade local da Igreja anteceda o nome da Igreja (por exemplo, Ramo Campo Rosa de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias).

  • O tipo de letra usado não imite o da logomarca oficial nem se assemelhe a ele.

Logomarca e símbolo. A logomarca e o símbolo da Igreja (ver ilustração anterior) somente devem ser usados conforme aprovado pela Primeira Presidência e pelo Quórum dos Doze Apóstolos. Não podem ser usados como elementos decorativos. Tampouco podem ser usados de qualquer forma pessoal, comercial ou promocional.

As dúvidas devem ser encaminhadas para:

Intellectual Property Office

50 East North Temple Street

Salt Lake City, UT 84150-0005

Telefone: 1-801-240-3959 ou 1-800-453-3860, ramal 2-3959

Fax: 1-801-240-1187

E-mail: cor-intellectualproperty@ChurchofJesusChrist.org

38.8.9

Comunicados enviados pelos funcionários e voluntários da Igreja aos presidentes de estaca e bispos

Quando os funcionários e voluntários da Igreja precisam entrar em contato com um presidente da estaca ou bispo, eles dirigem a comunicação ao secretário executivo do líder, a menos que o assunto seja muito urgente ou confidencial. Isso permite que os presidentes de estaca e bispos se concentrem nas muitas responsabilidades que somente eles podem cumprir.

Funcionários e voluntários da Igreja incluem representantes de todos os departamentos da Igreja, programas educacionais e escolas, operações de bem-estar e autossuficiência, e empresas afiliadas à Igreja.

Quando não houver um secretário executivo ou ele não estiver plenamente atuante, o líder pode ser contatado diretamente.

38.8.10

Computadores

Os computadores e softwares usados nas capelas da Igreja são fornecidos e gerenciados pela sede da Igreja ou pelo escritório de área. Os líderes e membros usam esses recursos para apoiar os propósitos da Igreja, incluindo o trabalho de história da família.

Todo software instalado nesses computadores deve estar devidamente licenciado para a Igreja.

O presidente da estaca supervisiona a instalação e a utilização dos computadores da estaca, inclusive os dos centros do FamilySearch. O especialista em tecnologia da estaca garante que neles sejam realizadas as devidas atualizações e a manutenção conforme descrito no item 33.10.

38.8.11

Materiais com direitos autorais

O direito autoral é a proteção garantida por lei aos autores de obras intelectuais originais expressas de forma tangível, como, por exemplo:

  • Obras literárias, musicais, teatrais e coreográficas.

  • Obras de arte, fotografias e esculturas.

  • Obras de áudio e audiovisuais (tais como filmes, vídeos, CDs e DVDs).

  • Programas ou jogos de computador.

  • Bancos de dados da internet ou de outros meios eletrônicos.

As leis que regem as obras intelectuais e a permissão para utilizá-las variam em cada país. As normas da Igreja explicadas nesta seção são condizentes com os tratados internacionais que se aplicam na maioria dos países. Esta seção se refere aos direitos autorais ou “copyright”. Contudo, alguns desses direitos podem ser conhecidos por nomes diferentes em alguns países.

Os membros da Igreja devem obedecer rigorosamente a todas as leis de direitos autorais. Geralmente, somente os proprietários dos direitos autorais podem autorizar os seguintes usos de seu trabalho:

  • Duplicação (cópia)

  • Distribuição

  • Apresentação pública

  • Exposição pública

  • Criação de produtos derivados

Qualquer uma dessas formas de uso de uma obra sem a autorização do proprietário dos direitos autorais é contrária à política da Igreja. Tal uso também pode sujeitar a Igreja ou o usuário a responsabilidades legais.

O usuário de uma obra deve sempre presumir que ela tenha direitos autorais. As obras publicadas geralmente incluem um aviso de copyright como “© 1959 João da Silva”. (Para gravações de som, o símbolo é ℗.) Contudo, mesmo as obras que não tenham esse aviso podem estar protegidas pelas leis de direitos autorais. Da mesma forma, o fato de uma publicação estar esgotada ou publicada na internet não significa que ela não tenha direitos autorais. Tampouco justifica sua duplicação, distribuição, execução, exibição ou a criação de produtos derivados da obra, sem permissão.

O Escritório de Propriedade Intelectual da Igreja [Church’s Intellectual Property Office IPO] auxilia no processamento de pedidos para utilização de materiais e programas da Igreja que tenham direitos autorais, inclusive daqueles cujos direitos autorais pertençam à Intellectual Reserve, Inc. (IRI), uma empresa independente sem fins lucrativos que detém os direitos autorais das obras utilizadas pela Igreja. Para obter informações sobre como solicitar o uso de materiais de propriedade da Igreja, ver “Termos de uso” em ChurchofJesusChrist.org.

As perguntas e respostas a seguir podem ajudar os membros a compreender e seguir as leis de direitos autorais ao utilizarem materiais com direitos autorais na igreja e no lar. Se tiverem dúvidas que não foram esclarecidas nessas diretrizes, os membros podem entrar em contato com o IPO:

Intellectual Property Office

50 East North Temple Street

Salt Lake City, UT 84150-0005

Telefone: 1-801-240-3959 ou 1-800-453-3860, ramal 2-3959

Fax: 1-801-240-1187

E-mail: cor-intellectualproperty@ChurchofJesusChrist.org

Posso copiar materiais publicados pela Igreja? A menos que indicado de outra forma, os materiais da Igreja podem ser copiados para uso não comercial na Igreja, no lar e em família. Os termos de uso que acompanham cada site ou aplicativo da Igreja indicam como pode ser usado o material contido nesses sites e aplicativos. Os materiais da Igreja não podem ser utilizados para fins comerciais sem permissão específica por escrito do IPO.

Posso copiar músicas? Há leis especiais de direitos autorais que se aplicam a músicas. É permitido copiar músicas das fontes a seguir para uso não comercial na igreja, no lar e em família, exceto quando houver um aviso de restrição no hino ou na música:

A cópia de partituras ou gravações musicais sem a autorização do proprietário do copyright não é aprovada pelas normas da Igreja.

Posso copiar materiais que não pertençam à Igreja? Geralmente não. As leis de direitos autorais regem o uso de materiais de propriedade particular. Geralmente há restrições que precisam ser seguidas antes de se copiar um material com direitos autorais que não seja de propriedade da Igreja. Essas restrições geralmente são explicadas no início de uma publicação. Os membros devem seguir rigorosamente todas as leis de direitos autorais.

Posso mostrar produtos audiovisuais comerciais nas atividades da Igreja? Geralmente não. Os membros da Igreja não devem violar as advertências e restrições colocadas em produtos audiovisuais comerciais. Isso inclui filmes, outros vídeos e músicas. A utilização de produtos audiovisuais comerciais em atividades da Igreja geralmente depende da permissão do proprietário dos direitos autorais.

Posso baixar ou copiar programas de computador e outros programas para uso na Igreja? Geralmente não. Os programas de computador e outros softwares não podem ser copiados ou baixados da internet ou de outra fonte a menos que as devidas licenças tenham sido adquiridas.

Que permissão é necessária para apresentar uma produção musical ou teatral? As produções de propriedade da Igreja ou da IRI podem ser apresentadas na igreja sem permissão da sede da Igreja. Caso a produção com direitos autorais não seja de propriedade da Igreja, os membros precisam conseguir a permissão do proprietário dos direitos autorais para apresentá-la integral ou parcialmente na Igreja. Geralmente o proprietário dos direitos autorais exige o pagamento de uma taxa ou de royalties mesmo que não se cobre entrada para as apresentações. Todas as apresentações devem ter a aprovação dos líderes locais do sacerdócio.

38.8.12

Material curricular

A Igreja fornece materiais para ajudar os membros a aprender e a viver o evangelho de Jesus Cristo. Isso inclui escrituras, mensagens da conferência geral, revistas, manuais, livros e outros recursos. Os líderes incentivam os membros a usar as escrituras e outros recursos, conforme necessário, para estudar o evangelho em casa.

O aprendizado e o ensino do evangelho devem ter como foco o Salvador e Sua doutrina. Para ajudar a manter esse foco nas aulas da Igreja, os líderes se asseguram de que os professores usem materiais aprovados. Para obter informações sobre os materiais aprovados, ver Instruções sobre o Currículo.

38.8.13

Catálogos de endereços

Os membros e líderes são incentivados a usar as listas de membros fornecidas pela Igreja. Elas se encontram na lista de membros da ala e no mapa, disponíveis no site ChurchofJesusChrist.org e no aplicativo Ferramentas do Membro. Elas fornecem informações básicas de contato para os membros. Os líderes da estaca e da ala podem ver outras informações úteis para seus chamados. Os líderes também podem visualizar essas informações no sistema Recursos para Líderes e Secretários.

Os membros podem restringir a visibilidade de seus dados de contato digitais. Isso é feito selecionando-se o nível de privacidade no perfil de sua família.

Os líderes da estaca e da ala devem respeitar as configurações de privacidade que os membros selecionarem. Esses líderes também se certificam de que as informações somente sejam usadas para propósitos aprovados pela Igreja.

Em geral, não são necessárias listas impressas da estaca e ala. Se os líderes determinarem que há uma necessidade genuína, somente podem ser criadas listas impressas usando-se a lista de membros da ala e o mapa, disponíveis no site ChurchofJesusChrist.org. Essas listas não incluem sexo, idade ou data de aniversário dos membros.

As listas de membros não devem ser impressas para uso fora da Igreja.

38.8.14

Vestuário e aparência

Homens e mulheres são criados à imagem de Deus (ver Gênesis 1:26–27; Abraão 4:27). Os corpos mortais são uma dádiva sagrada.

Os membros da Igreja são incentivados a mostrar respeito pelo corpo ao escolher roupas e aparência adequadas. O que é apropriado varia entre as culturas e para diferentes ocasiões. Por exemplo, para a reunião sacramental, as pessoas usam suas melhores roupas dominicais disponíveis para mostrar respeito pela ordenança do sacramento (ver o item 18.9.3). Esse mesmo princípio se aplica à frequência ao templo (ver o item 27.1.5). Os discípulos de Jesus Cristo saberão a melhor maneira de se vestir e de se arrumar.

Os membros e líderes não devem julgar as outras pessoas com base em roupas e aparência. Eles devem amar todas as pessoas, como o Salvador ordenou (ver Mateus 22:39; João 13:34–35). Todos devem ser bem recebidos nas reuniões e atividades da Igreja (ver o item 38.1.1).

Ao emitir recomendações para o templo e chamados de ala e estaca, os líderes consideram a dignidade e a orientação do Espírito (ver os itens 26.3, 30.1.1 e 31.1.1).

38.8.15

Preparação extrema ou sobrevivência

A Igreja incentiva a autossuficiência. Os membros são encorajados a estar espiritual e fisicamente preparados para as dificuldades da vida. Ver o item 22.1.

Contudo, a Igreja desaconselha a preparação extrema ou excessiva para possíveis eventos catastróficos. Esses esforços às vezes são chamados de sobrevivencialismo. Os esforços para se preparar para dificuldades da vida devem ser motivados pela fé, não pelo medo.

Os líderes da Igreja têm aconselhado os membros a não contrair dívidas ao fazerem armazenamento de alimentos. Em vez disso, os membros devem fazer um estoque de armazenamento doméstico e uma reserva financeira ao longo do tempo. Ver o item 22.1.4 e “Armazenamento de alimentos” (Tópicos do Evangelho, topics.ChurchofJesusChrist.org).

38.8.16

Dia de jejum

Os membros podem jejuar a qualquer momento. No entanto, eles geralmente observam o primeiro domingo do mês como um dia de jejum.

O dia de jejum geralmente inclui a oração, a abstinência de bebidas e alimentos por um período de 24 horas (se fisicamente capaz) e a doação de uma oferta de jejum generosa. A oferta de jejum é uma doação para ajudar os necessitados (ver o item 22.2.2).

Às vezes, as reuniões locais ou mundiais da Igreja são realizadas no primeiro domingo do mês. Quando isso ocorre, a presidência da estaca determina um domingo alternativo para o dia de jejum.

38.8.17

Loterias e jogos de azar

A Igreja se opõe a qualquer forma de jogo e desaconselha essa prática. Isso inclui apostas esportivas e loterias patrocinadas pelo governo.

38.8.18

Oradores ou instrutores convidados

Na maioria das reuniões e atividades da Igreja, os oradores e instrutores devem pertencer à ala ou estaca local.

Um orador ou instrutor convidado é alguém que não pertence à ala ou estaca. A aprovação do bispo é necessária antes que um orador seja convidado para uma reunião ou atividade da ala. A aprovação do presidente da estaca é necessária para convidar oradores para as reuniões ou atividades da estaca.

O bispo ou o presidente da estaca analisa cuidadosamente os oradores ou instrutores convidados. Isso pode incluir entrar em contato com o bispo da pessoa.

O bispo ou o presidente da estaca deve se assegurar de que:

  • O conteúdo apresentado esteja em harmonia com a doutrina da Igreja.

  • A apresentação não inclua tópicos especulativos (os tópicos devem ser consistentes com os abordados na conferência geral).

  • Os oradores ou professores convidados não recebam pagamento, não recrutem participantes e não busquem clientes nem compradores.

  • As despesas de viagem da pessoa não sejam pagas com fundos do orçamento da unidade local ou com contribuições particulares.

  • As apresentações obedecem às diretrizes para a utilização das propriedades da Igreja (ver o item 35.5).

38.8.19

Imigração

Os membros que permanecem em sua terra natal geralmente têm a oportunidade de edificar e fortalecer a Igreja ali. No entanto, a imigração para outro país é uma escolha pessoal.

Os membros que se mudarem para outro país devem obedecer a todas as leis aplicáveis (ver Doutrina e Convênios 58:21).

Os missionários não devem se oferecer para patrocinar a imigração de outras pessoas. Nem devem pedir aos pais, parentes ou outras pessoas que o façam.

A Igreja não patrocina imigrações por meio de empregos na Igreja.

Os membros da Igreja oferecem seu tempo, seus talentos e sua amizade para acolher imigrantes e refugiados como membros de sua comunidade (ver Mateus 25:35; ver também o item 38.8.35 neste manual).

38.8.20

Internet

38.8.20.1

Recursos oficiais da Igreja na internet

A Igreja mantém sites, blogs e contas de mídia social oficiais. Esses recursos estão claramente identificados como oficiais por meio da logomarca ou do símbolo da Igreja (ver o item 38.8.8). Eles também atendem às exigências legais e às normas de propriedade intelectual e de privacidade da Igreja.

38.8.20.2

Utilização da internet pelos membros em chamados da Igreja

Os membros não podem criar sites, blogs ou contas de mídia social em nome da Igreja ou para representar oficialmente a Igreja e os pontos de vista, a doutrina, as normas e os procedimentos da Igreja. No entanto, podem criar sites, blogs ou contas de mídia social para auxiliar em seus chamados. Ao fazer isso, os membros devem cumprir as seguintes diretrizes:

  • A criação de um site, blog ou de uma conta de mídia social precisa primeiro ser aprovada pelo presidente da estaca (para recursos da estaca) ou pelo bispo (para recursos da ala).

  • A logomarca ou o símbolo da Igreja não pode ser usado nem imitado (ver o item 38.8.8).

  • O recurso on-line deve ter um propósito e um objetivo, e deve ser nomeado de acordo com eles. O nome pode incluir o nome de uma ala ou estaca. No entanto, pode não incluir o nome oficial da Igreja.

  • Os membros não devem declarar ou indicar que o conteúdo do seu recurso on-line, imagens ou outros materiais são patrocinados, endossados ou representam oficialmente a Igreja de modo algum. Em vez disso, deve-se incluir um aviso declarando que não é um produto oficial patrocinado pela Igreja.

  • Todo conteúdo deve ser relevante para o público-alvo e deve ser constantemente monitorado.

  • O recurso on-line deve incluir informações para contato.

  • Mais de um administrador deve ser responsável pelo recurso on-line. Isso pode proporcionar continuidade quando o chamado ou a designação de uma pessoa muda. Também impede que uma pessoa seja sobrecarregada com a atualização e o monitoramento do recurso.

  • Não se devem publicar obras de arte, vídeos, músicas ou outros materiais de propriedade da Igreja, a menos que esse uso esteja claramente autorizado na página Termos de uso de um site oficial da Igreja ou pelo Escritório de Propriedade Intelectual da Igreja. O conteúdo com direitos autorais de outras fontes não deve ser usado a menos que o proprietário do conteúdo tenha dado permissão por escrito. Para mais informações sobre o uso de material protegido por direitos autorais, ver o item 38.8.11.

  • Ao usar imagens, vídeos ou informações pessoais, é necessário o consentimento do proprietário do conteúdo ou das pessoas envolvidas. O consentimento pode ser obtido por meio de um formulário de autorização, de um anúncio público, de uma mensagem afixada para um evento específico ou de uma permissão por escrito quando necessário. As leis de privacidade do país devem ser seguidas.

  • Os recursos on-line não devem duplicar ferramentas e recursos que já estão no site ChurchofJesusChrist.org, no aplicativo Ferramentas do Membro ou em outros recursos da Igreja.

  • Os líderes e os missionários devem se coordenar para evitar comunicação repetida.

  • Os recursos on-line devem ser retirados quando não forem mais necessários. Mídias importantes (como fotos e vídeos) devem ser preservadas na história da ala ou da estaca.

Para mais orientações, ver internet.ChurchofJesusChrist.org.

38.8.20.3

Uso pessoal da internet e das mídias sociais

A internet e as mídias sociais têm muitas utilidades positivas. Entre elas estão as oportunidades de prestar testemunho do Salvador e de Seu evangelho restaurado. Blogs, redes sociais e outras tecnologias da internet permitem que os membros promovam as mensagens de paz, esperança e alegria que acompanham a fé em Cristo.

Os membros são incentivados a compartilhar conteúdo edificante. Eles também devem ser exemplos de civilidade em todas as interações on-line, inclusive nas mídias sociais. Devem evitar contendas (ver 3 Néfi 11:29–30; Doutrina e Convênios 136:23).

Os membros devem evitar todo tipo de declarações de preconceito contra outras pessoas (ver o item 38.6.14). Eles se esforçam para ser semelhantes a Cristo em todos os momentos, inclusive on-line, e refletem um respeito sincero por todos os filhos de Deus.

Os membros não devem usar linguagem ou imagens ameaçadoras, intimidadoras (“bullying”), degradantes, violentas ou abusivas on-line. Se ocorrerem ameaças on-line de atos ilegais, a polícia deve ser contatada imediatamente.

Os membros não devem dar a entender que suas mensagens representam a Igreja ou são patrocinadas por ela.

38.8.21

Equipamento de internet, satélite e vídeo

Os equipamentos de internet, satélite e vídeo da Igreja somente devem ser usados para propósitos não comerciais da Igreja. Toda utilização deve ser aprovada pela presidência da estaca ou pelo bispado.

Esse equipamento não deve ser usado para acessar ou gravar programas que não sejam promovidos pela Igreja. Tampouco podem ser usados os recursos da Igreja, tais como conexões com a internet, para acessar ou gravar esses programas.

Somente pessoas treinadas para operar esses equipamentos podem utilizá-los. O equipamento deve ser travado com segurança quando não estiver em uso e não pode ser retirado da capela para uso doméstico ou pessoal.

38.8.22

Leis do país

Os membros devem cumprir, honrar e apoiar as leis do país em que moram ou para o qual viajem (ver Doutrina e Convênios 58:21–22; Regras de Fé 1:12). Isso inclui as leis que proíbem o proselitismo.

38.8.23

Aconselhamento jurídico para assuntos da Igreja

Quando for necessária ajuda jurídica para assuntos da Igreja, os líderes da Igreja devem entrar em contato com o Departamento Jurídico da Igreja. Nos Estados Unidos e no Canadá, o presidente da estaca entra em contato com o Departamento de Serviços Jurídicos da Igreja:

1-800-453-3860, ramal 2-6301

1-801-240-6301

Fora dos Estados Unidos e do Canadá, o presidente da estaca entra em contato com o departamento jurídico do escritório da área.

38.8.23.1

Envolvimento ou fornecimento de documentos em processos judiciais

Os líderes da Igreja não devem se envolver em casos civis ou criminais relacionados aos membros de suas unidades sem antes consultar o Departamento Jurídico da Igreja. Essa mesma norma se aplica ao contato pessoal ou à correspondência com advogados ou funcionários de um tribunal, inclusive por e-mail.

Os líderes devem falar com o Departamento Jurídico da Igreja se, em suas funções na Igreja, eles:

  • Acreditam que deverão testemunhar ou se manifestar em uma questão jurídica.

  • Forem obrigados por um processo judicial a testemunhar ou se manifestar sobre uma questão jurídica.

  • Forem obrigados a fornecer provas.

  • Forem solicitados a fornecer documentos ou informações voluntariamente.

  • Forem solicitados a se comunicar com advogados ou autoridades civis sobre procedimentos legais, incluindo sentenças ou audiências de liberdade condicional.

Por mais bem-intencionados que sejam, os líderes da Igreja que compartilham informações em processos judiciais podem ser mal interpretados e causar efeitos prejudiciais. Esse compartilhamento de informações pode ser especialmente nocivo para as vítimas e sua família. O cumprimento das normas da Igreja também ajuda a evitar que a Igreja seja indevidamente implicada em questões legais.

38.8.23.2

Depoimento em processos judiciais

Os líderes da Igreja não podem depor em nome da Igreja em quaisquer procedimentos legais sem aprovação prévia do Departamento Jurídico. Essa norma também se aplica a audiências de sentença e liberdade condicional. Os líderes da Igreja não podem fornecer evidências por escrito ou verbais em sua função de liderança sem essa aprovação.

Os líderes da Igreja não devem sugerir ou indicar que qualquer depoimento prestado por eles em um processo legal represente a posição da Igreja.

Os líderes da Igreja não devem influenciar o depoimento de uma testemunha em nenhum processo legal.

As informações de contato do Departamento Jurídico da Igreja são fornecidas no item 38.8.23.

38.8.24

Uso da caixa de correio

Em muitos países, é uma violação das normas postais colocar qualquer material nas caixas de correio residenciais que não esteja selado. Essa restrição se aplica a qualquer material relacionado à Igreja, como folhetos, boletins ou anúncios. Os líderes da Igreja devem instruir os membros e os missionários a não colocar esses artigos nas caixas de correio.

38.8.25

Comunicação entre membros e a sede da Igreja

Os membros da Igreja são desencorajados a telefonar, enviar e-mails ou escrever cartas às autoridades gerais sobre questões doutrinárias, problemas pessoais ou solicitações. A tarefa de responder pessoalmente tornaria muito difícil para as autoridades gerais o cumprimento de seus deveres. Os membros são incentivados a procurar seus líderes locais, inclusive a presidente da Sociedade de Socorro ou o presidente do quórum de élderes, ao buscarem orientação espiritual (ver o item 31.3).

Na maioria dos casos, toda correspondência enviada por membros às autoridades gerais será encaminhada de volta para seus líderes locais. Um presidente de estaca que precise de mais esclarecimento sobre questões referentes à doutrina ou a outros assuntos da Igreja pode escrever em nome de seus membros para a Primeira Presidência.

38.8.26

Emprego dos membros

Os membros da Igreja devem procurar um emprego que seja condizente com os princípios do evangelho e para o qual possam, em sã consciência, pedir as bênçãos do Senhor. Esse é um assunto pessoal que, em última análise, é deixado a critério do bom senso e da fervorosa ponderação do membro.

38.8.27

Membros com necessidades especiais

Os líderes e membros são incentivados a atender às necessidades de todos os que vivem em sua unidade. Os membros com deficiência são valorizados e podem contribuir de maneira significativa. As deficiências podem ser intelectuais, sociais, emocionais ou físicas.

Os membros da Igreja são incentivados a seguir o exemplo do Salvador, levando esperança, compreensão e amor aos que têm necessidades especiais. Os líderes devem procurar conhecer as pessoas com necessidades especiais e demonstrar sincero interesse e preocupação por elas.

Os líderes também identificam membros que possam necessitar de mais cuidados por terem pai, mãe, filho ou irmão com deficiências. Cuidar de um familiar com deficiência pode ser tanto recompensador quanto desafiador.

Os líderes também procuram os membros com necessidades especiais que moram em casas de repouso e outras instituições sem os familiares e ministram a eles.

38.8.27.1

Aumentar a conscientização e a compreensão

Líderes, professores e outros membros procuram conhecer cada pessoa com deficiência, seus pontos fortes e suas necessidades. Eles podem aumentar sua compreensão conversando com a pessoa e seus familiares. Os recursos estão disponíveis no endereço disability.ChurchofJesusChrist.org.

38.8.27.2

Prestar assistência

Os líderes avaliam as necessidades das pessoas com necessidades especiais e seus cuidadores. Esses líderes determinam como os recursos da ala e da estaca podem ser usados de maneira adequada para ajudar a atender a essas necessidades. Os líderes incentivam os membros a ajudar e estender a mão com amor e amizade.

O bispado ou a presidência da estaca pode chamar um especialista em assistência a pessoas com deficiências da estaca ou ala para ajudar pessoas, famílias, professores e outros líderes (ver o item 38.8.27.9).

Os líderes também podem identificar recursos da comunidade que podem ajudar as pessoas com deficiências e seus familiares.

Para informações adicionais sobre como auxiliar pessoas com deficiências, acesse disability.ChurchofJesusChrist.org. Os líderes também podem entrar em contato com os Serviços Familiares (onde houver; ver o item 31.3.6 para informações de contato).

Os líderes e membros não devem tentar explicar por que alguém tem uma deficiência ou por que uma família tem um filho com deficiência. Eles não devem sugerir que isso foi um castigo de Deus (ver João 9:2–3) ou um privilégio especial.

38.8.27.3

Realização de ordenanças

Ver o item 38.2.4.

38.8.27.4

Proporcionar oportunidades de serviço e participação

Muitos membros com deficiências podem servir em quase qualquer designação da Igreja. Em espírito de oração, os líderes devem avaliar a capacidade, as circunstâncias e o desejo de cada pessoa e, então, proporcionar oportunidades adequadas de servir. Os líderes também se aconselham com o indivíduo e sua família. Eles ponderam os efeitos que um chamado na Igreja pode ter sobre a pessoa e sua família ou seu cuidador. (Ver Doutrina e Convênios 46:15.)

Ao cogitar a possibilidade de dar designações ou chamados na Igreja para os que cuidam de pessoas com deficiências, os líderes devem avaliar cuidadosamente a situação dos cuidadores.

Os líderes e professores devem incluir o mais plenamente possível os membros com deficiências nas reuniões, aulas e atividades. As aulas, os discursos e os métodos didáticos devem ser adaptados para atender às necessidades de cada pessoa. Para informações sobre como adaptar aulas, ver disability.ChurchofJesusChrist.org.

O bispado pode convidar um membro da ala para ajudar uma pessoa com deficiência em uma reunião ou atividade. Para uma classe que inclui um membro com deficiência, o bispado pode chamar vários professores. Os professores trabalham em conjunto para atender às necessidades de todos os alunos.

Se a pessoa não puder participar de uma reunião, aula ou atividade, os líderes e os professores devem consultar a família sobre maneiras de atender às necessidades da pessoa. O presidente da estaca ou o bispo pode aprovar a organização de classes ou programas especiais para membros com necessidades especiais (ver o item 38.8.27.5). Se uma pessoa não puder assistir às reuniões da Igreja, os líderes e professores podem fornecer materiais, gravações ou a transmissão da aula.

A transmissão de eventos, inclusive reuniões sacramentais e funerais, é somente para aqueles que não podem participar presencialmente (ver o item 29.7). Para mais informações sobre tomar o sacramento, ver o item 18.9.3.

Os líderes do sacerdócio incentivam os portadores do sacerdócio com deficiências a participar das ordenanças quando adequado. A partir de janeiro do ano em que completam 12 anos de idade, os portadores do sacerdócio e as irmãs que foram batizados e confirmados e são dignos podem ser batizados e confirmados no templo em favor dos mortos. Para saber mais sobre as diretrizes a respeito do recebimento das ordenanças próprias do templo por membros com deficiências, ver os itens 27.2.1.3 e 27.3.1.2.

38.8.27.5

Organização de classes, programas ou unidades especiais

Os membros com deficiências ou necessidades especiais são incentivados a assistir às reuniões dominicais em sua própria ala, a menos que residam em casas de repouso ou participem de um programa de tratamento domiciliar em que haja programas da Igreja organizados (ver o item 37.6).

Unidades e grupos. Podem ser criados alas e ramos para membros com necessidades especiais, tais como para aqueles que são surdos e utilizam a linguagem de sinais (ver o item 37.1). A aprovação só pode ser concedida pela Primeira Presidência.

Pode ser pedido a uma ala que organize um grupo para portadores de deficiências, tais como pessoas que utilizam a linguagem de sinais. Para informações sobre o registro de membro das pessoas que frequentam essas unidades ou esses grupos, ver o item 33.6.11.

Os membros surdos que não moram a uma distância razoável de uma unidade de surdos podem participar dela virtualmente. Eles devem obter permissão dos líderes dessa unidade. Os líderes locais da ala garantem que os membros surdos sejam cuidados e tenham a oportunidade de tomar o sacramento regularmente.

Aulas. Os membros com deficiência assistem às aulas de domingo com os membros de sua ala. Contudo, quando for necessário atender às necessidades de membros adultos ou jovens com deficiências semelhantes, a ala ou estaca pode organizar aulas especiais na Escola Dominical (ver o item 13.3.2).

Programas de atividades para pessoas com deficiências. Se necessário, a fim de atender às necessidades de membros adultos com deficiência intelectual, uma ala, um grupo de alas, uma estaca ou um grupo de estacas pode organizar um programa de atividades para pessoas com deficiências. Esse programa complementa a ministração, as reuniões dominicais da Igreja e as atividades da unidade local.

Um programa de atividades para portadores de deficiências geralmente atende indivíduos com 18 anos ou mais. Deve-se empreender todo o esforço necessário para integrar os menores de 18 anos em suas próprias alas e estacas. Em situações incomuns, os líderes podem decidir realizar atividades complementares para os jovens a partir do ano em que eles completam 12 anos.

Quando várias alas participam de um programa de atividades para pessoas com deficiências, o presidente da estaca designa um bispo agente para supervisioná-lo. Quando várias estacas participam, a presidência da área designa um presidente de estaca agente como supervisor.

O bispo agente ou o presidente da estaca agente consulta outros bispos ou presidentes de estaca participantes para determinar como esses programas serão financiados.

Líderes de atividades para pessoas com deficiências. Os membros adultos podem ser chamados como líderes de atividades para pessoas com deficiências. Esses líderes planejam e levam adiante o programa de atividades para pessoas com necessidades especiais. Eles consultam os especialistas em pessoas com deficiências da ala e da estaca (ver o item 38.8.27.9) para convidar esses membros a participar. Também conversam sobre como atender às necessidades dessas pessoas.

Os líderes de atividades para pessoas com deficiências são chamados e designados, por imposição de mãos, sob a direção do bispo agente ou presidente da estaca. O presidente da estaca também pode designar um sumo conselheiro para servir como líder de atividades para pessoas com necessidades especiais.

Os líderes que servem a pessoas com deficiências de qualquer idade completam o treinamento em ProtectingChildren.ChurchofJesusChrist.org. Para exigências adicionais de segurança para os líderes, ver Atividades para membros com deficiências.

Quando convidados, os líderes de atividades para pessoas com deficiências podem participar das reuniões de liderança da estaca ou da ala.

Diretrizes para programas de atividades para pessoas com deficiências. Os programas de atividades para pessoas com deficiências são organizados para ajudar os participantes a se desenvolverem espiritual, social, física e intelectualmente (ver Lucas 2:52). Os líderes determinam a frequência das atividades. Eles consideram o número de participantes, as distâncias de viagem e outras circunstâncias.

Algumas pessoas podem não ser capazes de participar devido a complexas circunstâncias médicas, físicas, intelectuais ou comportamentais. Os líderes devem buscar outras maneiras de ministrar às suas necessidades.

Participação e padrões de segurança. Pelo menos dois adultos responsáveis devem estar presentes em todas as atividades. Os dois adultos podem ser dois homens, duas mulheres ou marido e mulher. Em geral, são necessários mais adultos a fim de supervisionar as atividades para membros com deficiências do que para supervisionar as atividades típicas para jovens ou adultos.

Os adultos que forem ajudar nas atividades devem concluir o treinamento que se encontra em ProtectingChildren.ChurchofJesusChrist.org. Eles devem receber a aprovação de seu bispo antes de participar. Para exigências adicionais de segurança, ver “Atividades para membros com deficiências”.

Na ocorrência de qualquer comportamento inadequado, a responsabilidade imediata dos líderes é proteger e ajudar a pessoa vulnerável. Para informações sobre como responder à suspeita de abuso, ver o item 38.6.2.1 e abuse.ChurchofJesusChrist.org.

38.8.27.6

Intérpretes para membros surdos ou com deficiência auditiva

Os membros surdos ou com deficiência auditiva tomam a iniciativa de trabalhar com os líderes para atender às necessidades de comunicação. Os membros e líderes trabalham juntos para garantir que intérpretes estejam disponíveis.

Os intérpretes devem estar posicionados de modo que tanto os membros quanto a pessoa que está falando possam vê-los.

Durante uma ordenança do sacerdócio ou entrevista, o intérprete deve ficar perto da pessoa que realiza a ordenança ou faz a entrevista. Para mais informações sobre o uso de intérpretes nas ordenanças e bênçãos, ver o item 38.2.1.

Se houver um número suficiente de intérpretes, os líderes podem pedir que eles se revezem a cada 30 minutos para evitar o cansaço.

Ao se preparar para situações delicadas, como entrevistas pessoais ou conselhos de condição de membro da Igreja, os líderes se aconselham com o membro surdo. Se o membro desejar, os líderes procuram um intérprete que não seja membro da família para preservar o sigilo.

Esses mesmos princípios se aplicam a membros surdos ou com deficiência auditiva que não usam a linguagem de sinais, mas precisam de um intérprete oral para ajudá-los na leitura de lábios.

Se não houver intérpretes suficientes, os líderes podem organizar cursos na ala ou estaca para ensinar a linguagem de sinais usada localmente. Uma fonte de consulta útil é o Dictionary of Sign Language Terms for The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints [Dicionário de Termos da Linguagem de Sinais para A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias].

38.8.27.7

Política de privacidade

Os líderes devem respeitar a privacidade dos membros com deficiência durante e fora das reuniões de liderança em que as necessidades são discutidas. Os líderes não compartilham diagnósticos ou outras informações pessoais sem permissão.

38.8.27.8

Animais de serviço e apoio

Os bispos e presidentes de estaca podem decidir se permitem que pessoas com necessidades especiais usem, nas capelas, cães de serviço treinados. Outros tipos de animais, inclusive os animais de apoio emocional (animais de estimação), geralmente não são permitidos nas capelas ou em eventos patrocinados pela Igreja, exceto quando isso é exigido especificamente por lei. (Em geral, nos Estados Unidos, a Igreja não tem a obrigação legal de deixar entrar cães de serviço ou animais de apoio emocional nas casas de adoração.) Os bispos e presidentes de estaca tomam decisões localmente. Eles levam em conta as necessidades das pessoas com deficiências e as necessidades das outras pessoas da congregação.

Para obter diretrizes adicionais sobre o uso de animais de serviço nas instalações da Igreja, ver o item 27.1.3 e disability.ChurchofJesusChrist.org.

38.8.27.9

Especialista em pessoas com necessidades especiais

O bispado ou a presidência da estaca pode chamar um especialista em assistência a pessoas com deficiências da estaca ou ala. O especialista ajuda os membros com deficiências e seus cuidadores a participarem das reuniões e atividades da Igreja e a se sentirem incluídos.

O especialista serve aos membros e líderes das seguintes maneiras:

  • Procurando conhecer bem os membros com deficiências e a família deles.

  • Respondendo às perguntas e preocupações dos cuidadores, líderes e de outras pessoas a respeito da deficiência.

  • Ajudando as pessoas a acessar materiais, reuniões e atividades da Igreja. Isso pode ocorrer por meio do uso da tecnologia e de outras maneiras (ver o item 38.8.27.10).

  • Identificando oportunidades significativas de serviço para os membros com deficiência.

  • Identificando as necessidades específicas da família e, quando apropriado, identificando os recursos da comunidade, da ala e da estaca.

O especialista pode ajudar os membros com deficiências e seus cuidadores a compartilhar informações sobre a deficiência com outras pessoas.

38.8.27.10

Recursos

Os recursos para membros com deficiências, para sua família e as pessoas que cuidam deles, e para os líderes e os professores se encontram em disability.ChurchofJesusChrist.org. Esse site fornece:

  • Informações para ajudar a ampliar a compreensão dos desafios enfrentados pelos portadores de deficiências.

  • Recursos para ajudar os membros com deficiência e sua família a encontrar consolo no evangelho de Jesus Cristo.

  • Listas de materiais da Igreja em formatos acessíveis a membros com deficiências (ver também store.ChurchofJesusChrist.org).

As dúvidas podem ser encaminhadas para:

Members with Disabilities

50 East North Temple Street

Salt Lake City, UT 84150-0024

Telefone: 1-801-240-2477 ou 1-800-453-3860, ramal 2-2477

E-mail: disability@ChurchofJesusChrist.org

38.8.28

Ministrar aos membros afetados por crime e ou que estejam encarcerados

Os líderes da Igreja são incentivados a seguir o exemplo do Salvador de oferecer esperança, compreensão e amor àqueles que foram afetados por um crime e que estão encarcerados (ver Mateus 25:34–36, 40).

Os presidentes de estaca dirigem o trabalho do ministério em penitenciárias. Esses esforços incluem apoiar os adultos e os jovens que estão sob custódia ou que foram recentemente libertados de uma penitenciária ou um presídio. Esse trabalho também inclui cuidar das famílias e dos filhos que têm pai ou mãe, ou um ente querido encarcerado.

Os líderes que têm uma penitenciária ou um presídio dentro dos limites de sua unidade devem tomar providências para se conscientizarem das oportunidades e necessidades de ministração. Para recursos e diretrizes, os líderes podem entrar em contato com a Divisão do Ministério da Igreja para Penitenciárias:

E-mail: PrisonMinistry@ChurchofJesusChrist.org

Telefone: 1-801-240-2644 ou 1-800-453-3860, ramal 2-2644

38.8.29

Outras religiões

Há muitas coisas inspiradoras, nobres e dignas do mais alto respeito em outras religiões. Os missionários e outros membros da Igreja devem ter tato e respeito para com as crenças e tradições de outras pessoas. Eles também devem evitar ofender.

Os presidentes de estaca e missão que tenham dúvidas sobre o relacionamento com outras religiões devem entrar em contato com a presidência da área. Os outros líderes que tiverem essas dúvidas devem entrar em contato com o presidente da missão ou da estaca.

38.8.30

Atividade política e cívica

Os membros da Igreja são incentivados a participar de assuntos políticos e governamentais. Em muitos países, isso pode incluir:

  • Votar.

  • Ingressar ou servir em partidos políticos.

  • Fornecer suporte financeiro.

  • Comunicar-se com líderes e candidatos do partido.

  • Participar de protestos legais e pacíficos.

  • Servir em cargos eleitos ou nomeados no governo local e nacional.

Os membros também são incentivados a participar de causas nobres a fim de tornar suas comunidades lugares saudáveis para viver e criar famílias.

De acordo com as leis locais, os membros são incentivados a se registrar para votar e estudar as questões e os candidatos com cuidado. Princípios compatíveis com o evangelho podem ser encontrados em vários partidos políticos. Os santos dos últimos dias, em especial, têm a obrigação de buscar, apoiar e dar seu voto a líderes que sejam honestos, bons e sábios (ver Doutrina e Convênios 98:10).

A Igreja é neutra em relação a partidos políticos, plataformas políticas e candidatos a cargos políticos. Ela não endossa nenhum partido, plataforma ou candidato político. Também não aconselha os membros em relação a como votar.

Em casos excepcionais, quando questões morais ou práticas da Igreja estão envolvidas, a Igreja pode tomar posição sobre questões políticas. Nesses casos, a Igreja pode se envolver em um discurso político para representar seus pontos de vista. Somente a Primeira Presidência pode autorizar:

  • A declaração da posição da Igreja sobre questões morais.

  • O comprometimento da Igreja em apoiar uma legislação específica ou se opor a ela.

  • A divulgação do ponto de vista da Igreja em questões judiciais.

Os líderes locais da Igreja não devem organizar os membros para participarem de questões políticas. Tampouco devem tentar influenciar a forma como os membros participam.

Os membros da Igreja que procuram ser eleitos ou nomeados a cargos públicos não devem dar a entender que são endossados pela Igreja ou por seus líderes. Os líderes e membros da Igreja não devem fazer nenhuma declaração nem agir de modo que possa ser interpretado como endosso da Igreja a um partido, uma plataforma, uma política ou um candidato.

Mesmo quando ela se posiciona sobre um assunto político, a Igreja não pede aos eleitos que votem de determinada maneira ou assumam uma determinada posição. Os membros que são eleitos tomam suas próprias decisões. Esses ocupantes de cargos públicos podem não concordar uns com os outros ou com uma posição da Igreja declarada publicamente. Eles não falam em nome da Igreja.

As escolhas e afiliações políticas não devem ser objeto de nenhum ensino ou defesa em ambientes da Igreja. Os líderes devem garantir que as reuniões e atividades da Igreja tenham como foco o Salvador e Seu evangelho.

Os membros da Igreja não devem julgar uns aos outros no tocante a questões políticas. Os santos dos últimos dias fiéis podem pertencer a diversos partidos políticos e votar em vários candidatos. Todos devem se sentir bem-vindos nas reuniões da Igreja.

Os registros, os catálogos e as listas de endereço da Igreja e de outros materiais semelhantes não podem ser usados para fins políticos.

Os edifícios da Igreja não podem ser utilizados para essas atividades. Contudo, podem ser usados como local de votação ou de cadastramento de eleitores caso não haja uma alternativa razoável (ver o item 35.5.6.3).

38.8.31

Privacidade dos membros

Os líderes da Igreja têm a obrigação de proteger a privacidade dos membros. Os registros e as listas de membros da Igreja, bem como outros materiais semelhantes, não podem ser usados para fins pessoais, comerciais ou políticos (ver também o item 38.8.13).

Os líderes da ala e da estaca não devem armazenar ou compartilhar informações confidenciais da Igreja fora dos aplicativos, sistemas ou serviços da internet fornecidos pela Igreja. Exemplos de informações confidenciais da Igreja incluem:

  • Situação da condição de membro.

  • Necessidades temporais.

  • Outras informações pessoais que não estão disponíveis publicamente.

Comunicados provenientes de indivíduos ou agências governamentais que façam referência às leis de privacidade de dados devem ser imediatamente encaminhados ao escritório de privacidade de dados da Igreja.

E-mail: DataPrivacyOfficer@ChurchofJesusChrist.org.

Os líderes da ala e da estaca não devem responder a esses pedidos.

Para o aviso de privacidade da Igreja, ver “Notificação de privacidade” em ChurchofJesusChrist.org. Os membros também podem pedir aos líderes da estaca ou ala que os ajudem a acessar a norma.

38.8.32

Publicações particulares

Os membros não devem pedir às autoridades gerais, aos líderes gerais ou aos setentas de área que sejam coautores de livros ou outras publicações de conteúdo relacionado à Igreja nem que endossem essas publicações.

38.8.33

Gravar, transcrever ou transmitir mensagens de autoridades gerais, líderes gerais e setentas de área

Os membros não devem gravar, transcrever nem transmitir mensagens de autoridades gerais, líderes gerais e setentas de área. No entanto, algumas reuniões em que esses líderes falam podem ser transmitidas sob a direção do bispo ou presidente da estaca. Para informações, ver o item 29.7.

Os membros podem gravar as transmissões da conferência geral com equipamento doméstico para uso pessoal, não comercial.

38.8.34

Referência à Igreja e a seus membros

O nome da Igreja foi dado por revelação ao profeta Joseph Smith em 1838: “Pois assim será a minha igreja chamada nos últimos dias, sim, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias” (Doutrina e Convênios 115:4). Referir-se à Igreja e a seus membros da maneira descrita a seguir identifica uma conexão entre Jesus Cristo e os membros de Sua Igreja.

Consequentemente, a referência à Igreja deve incluir seu nome completo sempre que possível. Após a menção inicial do nome completo, se uma referência abreviada for necessária, os seguintes termos estão corretos e são incentivados:

  • A Igreja

  • A Igreja de Jesus Cristo

  • A Igreja restaurada de Jesus Cristo

Ao se referir aos membros da Igreja, os seguintes termos estão corretos e são preferidos:

  • Membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias

  • Santos dos últimos dias (esse é um nome dado pelo Senhor a Seu povo do convênio nos últimos dias)

  • Membros de A Igreja de Jesus Cristo

Referir-se aos membros da Igreja por outros títulos, tais como “mórmons” ou “SUD”, é desencorajado.

O termo mórmon é corretamente utilizado em nomes próprios, como Livro de Mórmon. Também é usado corretamente como adjetivo em expressões históricas como “trilha mórmon”.

O termo mormonismo não é correto e seu uso é desencorajado. Ao descrever a combinação da doutrina, da cultura e do estilo de vida exclusivos da Igreja, a expressão “o evangelho restaurado de Jesus Cristo” é correta e preferível.

38.8.35

Refugiados

Muitas pessoas fugiram de suas casas em busca de alívio da violência, guerra, perseguição religiosa e de situações de risco de vida. Como parte de sua responsabilidade de cuidar dos necessitados (ver Mosias 4:26), os membros da Igreja oferecem seu tempo, seus talentos e sua amizade para acolher refugiados como membros de sua comunidade. Ver Mateus 25:35; ChurchofJesusChrist.org/refugees.

38.8.36

Solicitações de auxílio financeiro da Igreja

Os programas estabelecidos pela Igreja proporcionam ajuda financeira para pessoas e causas dignas.

A ajuda da Igreja aos membros necessitados é administrada pelos bispos (ver o item 22.3.2). Os bispos devem seguir os princípios e as normas estabelecidos de modo a ajudar a garantir que os fundos da Igreja sejam usados adequadamente (ver os itens 22.4 e 22.5).

Os membros necessitados são incentivados a falar com seu bispo em vez de entrar em contato com a sede da Igreja ou de solicitar dinheiro a outros líderes ou membros da Igreja. O bispo provavelmente pedirá aos líderes do quórum de élderes ou da Sociedade de Socorro que ajudem a avaliar as necessidades.

38.8.37

Pesquisas realizadas na Igreja

O propósito das pesquisas realizadas na Igreja é coletar informações confiáveis para apoiar as deliberações dos líderes gerais da Igreja. A Divisão de Pesquisa e Correlação (CRD, sigla derivada do inglês Church Research Division) é a única agência de pesquisa autorizada da Igreja. A CRD também pode contratar agências terceirizadas para realizar pesquisas.

Quando os pesquisadores autorizados pela Igreja entram em contato com membros ou líderes, eles fornecem os dados de contato de um funcionário da CRD. Esse funcionário pode responder a perguntas sobre a pesquisa.

A CRD procura proteger a identidade e as respostas dos participantes da pesquisa. As pessoas podem se recusar a participar a qualquer momento. Elas podem optar por não responder a qualquer uma das perguntas ou a nenhuma delas.

Os pais ou responsáveis devem dar consentimento antes que crianças menores de 18 anos sejam convidadas a participar de um estudo.

Os líderes locais não devem aprovar nenhuma pesquisa relacionada à Igreja. Isso inclui o uso de membros como sujeitos de pesquisa.

A CRD cumpre todas as leis de privacidade de dados. Os líderes locais também devem cumprir essas leis e não devem fornecer informações pessoais dos membros a pesquisadores não autorizados e agências de pesquisa.

Algumas pesquisas exigem a coleta de informações em reuniões da Igreja. Isso acontece, em especial, se a reunião for o foco do estudo. Nesses casos, a CRD trabalhará com as lideranças locais para garantir que a presença dos pesquisadores não prejudique as reuniões.

Para confirmar qualquer solicitação de pesquisa, entre em contato com a Divisão de Pesquisa e Correlação:

Telefone: 1-801-240-2727 ou 1-800-453-3860, ramal 2-2727

E-mail: research@ChurchofJesusChrist.org

38.8.38

Respeitar as restrições locais no tocante a compartilhar o evangelho

A Igreja trabalha para cumprir o mandamento dado por Jesus Cristo de levar o evangelho ao mundo inteiro (ver Mateus 28:19). Os missionários da Igreja servem somente em países onde são oficialmente reconhecidos e recebidos pelo governo local.

A Igreja e seus membros respeitam todas as leis e exigências referentes ao trabalho missionário. Por exemplo, em algumas partes do mundo, os missionários são enviados apenas para prestar serviço humanitário ou para outras missões especializadas. Esses missionários não fazem proselitismo. A Igreja não envia missionários para alguns países.

38.8.39

Segurança em operações de bem-estar e autossuficiência da Igreja

Muitos serviços do programa de bem-estar e autossuficiência utilizam equipamentos e máquinas que podem causar lesões se não forem utilizados corretamente. Os presidentes de estaca agentes (ou aqueles que forem por eles designados) e os gerentes desses serviços devem cuidar da segurança dos empregados e voluntários.

Os trabalhadores devem ser instruídos regularmente quanto às medidas de segurança. O ambiente de trabalho deve ser inspecionado periodicamente. Os riscos à saúde e segurança devem ser corrigidos. Deve-se manter sempre uma supervisão adequada para assegurar que os trabalhadores sigam as instruções, utilizem as ferramentas e os equipamentos corretamente, e evitem ações perigosas.

Normalmente, os que trabalham nesses serviços devem ter pelo menos 16 anos de idade. Os que operam equipamentos devem ter maturidade, treinamento adequado e experiência na utilização deles. Somente adultos podem utilizar equipamentos movidos a motor.

Se houver um acidente, o gerente de operações notifica o ocorrido a:

  • Serviços de Bem-Estar e Autossuficiência: 1-801-240-3001 ou 1-800-453-3860, ramal 2-3001

  • Divisão de Gestão de Riscos da sede da Igreja (ver o item 20.7.6.3 para informações de contato)

38.8.40

Escrituras

38.8.40.1

Edições da Bíblia Sagrada

A Igreja identifica edições da Bíblia que se alinham bem com a doutrina do Senhor no Livro de Mórmon e a revelação moderna (ver Regras de Fé 1:8). Em seguida, uma edição preferencial da Bíblia é escolhida para muitos idiomas falados pelos membros da Igreja.

Em alguns idiomas, a Igreja publica sua própria edição da Bíblia. As edições publicadas pela Igreja têm como base os textos-padrão da Bíblia. Os exemplos incluem:

  • A versão do rei Jaime em inglês.

  • A Reina-Valera, 2009, em espanhol.

  • A Almeida, 2015, em português.

As edições da Bíblia publicadas pela Igreja incluem notas de rodapé, índices de assunto e outros auxílios de estudo.

Quando possível, os membros devem usar a edição preferencial da Bíblia ou a edição publicada pela Igreja nas aulas e reuniões da Igreja. Isso ajuda a manter a clareza no debate e a compreensão consistente da doutrina. Outras edições da Bíblia podem ser úteis para o estudo pessoal ou acadêmico.

38.8.40.2

Tradução das escrituras

O Senhor orientou Seus profetas e apóstolos a preservar as escrituras em segurança (ver Doutrina e Convênios 42:56). O Conselho da Primeira Presidência e do Quórum dos Doze Apóstolos supervisiona de perto a tradução das escrituras da Igreja. Usar processos aprovados ajuda a garantir a exatidão doutrinária e preserva as evidências das origens do texto.

As presidências de área enviam solicitações oficiais para novas traduções das escrituras ao Departamento de Correlação da Igreja.

38.8.40.3

Escrituras em linguagem moderna

O Conselho da Primeira Presidência e do Quórum dos Doze Apóstolos não autorizou o trabalho de traduzir ou reescrever o texto das escrituras em uma linguagem moderna ou informal. Esse conselho não se aplica às publicações da Igreja para crianças.

38.8.40.4

Acesso às escrituras

Exemplares das escrituras, inclusive algumas edições preferenciais da Bíblia, podem ser adquiridos nos Centros de Distribuição da Igreja. As edições preferenciais da Bíblia também podem estar disponíveis em livrarias, on-line e em aplicativos da Bíblia para dispositivos móveis. Gravações eletrônicas de texto e áudio de edições publicadas pela Igreja e de algumas edições preferenciais estão disponíveis no aplicativo Biblioteca do Evangelho e no site scriptures.ChurchofJesusChrist.org. Esses recursos também fornecem listas de escrituras que estão disponíveis por idioma.

38.8.41

Buscar informações em fontes confiáveis

No mundo de hoje, as informações são fáceis de acessar e compartilhar. Isso pode ser uma grande bênção para aqueles que buscam ser educados e informados. No entanto, muitas fontes de informação não são confiáveis e não edificam. Algumas fontes procuram promover raiva, contenda, medo ou teorias de conspiração infundadas (ver 3 Néfi 11:30; Mosias 2:32). Portanto, é importante que os membros da Igreja sejam sábios ao buscarem a verdade.

Os membros da Igreja devem buscar e compartilhar apenas fontes de informação fidedignas, confiáveis e verdadeiras. Eles devem evitar fontes especulativas ou que se baseiam em boatos. A orientação do Espírito Santo, com um estudo cuidadoso, pode ajudar os membros a discernir entre a verdade e o erro (ver Doutrina e Convênios 11:12; 45:57). Em questões de doutrina e normas da Igreja, as fontes oficiais são as escrituras, os ensinamentos dos profetas vivos e o Manual Geral.

38.8.42

Seminários e reuniões semelhantes

A Igreja alerta os membros a não participar de seminários e reuniões semelhantes que incluam apresentações que:

  • Desprezem, ridicularizem ou tratem de modo impróprio os assuntos sagrados.

  • Possam lesar a Igreja, prejudicar sua missão ou colocar em risco o bem-estar de seus membros ou líderes.

Os membros não devem permitir que seu cargo ou sua situação na Igreja sejam utilizados para promover ou sugerir endosso a essas reuniões.

Para mais informações, ver os itens 35.5, 38.6.12 e 38.7.8. Ver também Jacó 6:12.

38.8.43

Apoio aos membros em hospitais e casas de repouso

Os líderes fornecem apoio aos membros em hospitais e casas de repouso em suas unidades. Eles seguem as diretrizes estabelecidas pelas instituições.

Para informações sobre a administração do sacramento a membros que se encontram nessas instituições, ver o item 18.9.1. Para informações sobre a criação de uma ala ou um ramo, ver o item 37.6.

38.8.44

Atividades sujeitas a impostos

Os líderes das alas e da estaca devem se assegurar de que nenhuma atividade local da Igreja coloque em risco a isenção de impostos da Igreja. Para mais diretrizes, ver o item 34.8.1.

38.8.45

Impostos

Os membros da Igreja devem obedecer às leis fiscais da nação em que residem (ver Regras de Fé 1:12; Doutrina e Convênios 134:5). Os membros que discordam das leis tributárias podem contestá-las conforme permitirem as leis de seu país.

Os membros da Igreja estão em conflito com a lei e com os ensinamentos da Igreja caso:

  • Deixem intencionalmente de pagar os impostos exigidos ou se recusem a pagá-los.

  • Façam uso de argumentos jurídicos levianos a fim de não pagarem impostos.

  • Recusem-se a cumprir uma decisão final em um processo tributário que exija que eles paguem impostos.

Esses membros podem não estar qualificados para uma recomendação para o templo. Eles não devem ser chamados para cargos de liderança na Igreja.

Será necessário um conselho de condição de membro se o membro for condenado por crime de violação das leis fiscais (ver o item 32.6.1.5).

38.8.46

Normas de viagens

Um homem e uma mulher não devem viajar sozinhos para atividades, reuniões ou designações da Igreja a menos que sejam casados um com o outro ou sejam ambos solteiros. Para outras normas sobre viagens, ver o item 20.7.7.

38.9

Relações militares e serviços de capelães

Os presidentes de estaca e os bispos ajudam a proporcionar as bênçãos da participação na Igreja disponíveis aos membros que servem nas Forças Armadas. O programa de relações militares e de serviços de capelães da Igreja consiste em:

  • Apoio das estacas e alas.

  • Orientação da Igreja para os membros que ingressam no serviço militar.

  • Organização de alas, ramos ou grupos de membros da Igreja nas Forças Armadas.

  • Endosso e apoio dos capelães da Igreja.

  • Informações sobre como usar o garment nas Forças Armadas.

  • Apoio de casais missionários seniores designados a bases militares específicas.

38.9.1

Liderança de relações militares da estaca

Se houver bases militares ou membros que servem nas Forças Armadas em uma estaca, a presidência da estaca tem as responsabilidades explicadas nesta seção. Se essas bases estiverem localizadas em uma missão em vez de uma estaca, o presidente da missão cumpre essas responsabilidades.

Um membro da presidência da estaca supervisiona a orientação preparatória da Igreja para os membros que ingressam no serviço militar. Ele deve se certificar de que essa orientação seja ministrada a todos os membros da Igreja que ingressam nesse tipo de serviço. O secretário executivo da estaca pode coordenar essa orientação. (Ver o item 38.9.3.)

38.9.1.1

Serviços da Igreja em bases militares

Se as reuniões da Igreja forem realizadas em unidades militares, o presidente da estaca onde está instalada a base militar organiza uma ala, um ramo ou um grupo de membros militares e seus familiares (ver o item 38.9.4):

  • Uma ala com um bispado (quando autorizado pela Primeira Presidência)

  • Um ramo com uma presidência de ramo

  • Um grupo de membros militares com um líder de grupo de militares e assistentes

O presidente da estaca chama, designa e supervisiona os líderes dessas unidades. Fornece também as informações para contato desses líderes para a Divisão de Relações Militares e Serviços de Capelães da Igreja. Ele pode designar uma ala para dar apoio a cada grupo de militares.

O presidente da estaca, com a ajuda da Divisão de Relações Militares e Serviços de Capelães, providencia uma carta de nomeação a cada bispo, presidente de ramo ou líder de grupo. Nela estão descritas as responsabilidades desse líder e a autorização para presidir a unidade e dirigir as reuniões. Uma cópia dessa carta deve ser endereçada ao capelão da unidade militar.

As Forças Armadas exigem que um capelão supervisione administrativamente todos os serviços religiosos realizados na base militar. Se houver um capelão da Igreja de Jesus Cristo na base, as Forças Armadas geralmente o encarregam de supervisionar a unidade da Igreja que se reúne ali. O capelão não preside as reuniões de adoração a menos que seja o bispo, o presidente do ramo ou o líder do grupo. Contudo, espera-se que ele esteja presente e participe.

Um membro da presidência da estaca deve coordenar esse trabalho com o capelão-chefe de cada base militar da estaca. Ele deve se assegurar de que os bispos das alas que incluem uma base militar dentro de seus limites façam o mesmo. Esses líderes informam ao capelão a programação das reuniões da ala, o local da reunião e a pessoa para contato. O capelão pode fornecer essas informações aos membros na base.

38.9.1.2

Capelães da Igreja de Jesus Cristo nas estacas

O presidente da estaca entrevista anualmente cada capelão da Igreja que mora na estaca. Ele determina o bem-estar e a dignidade do capelão para servir. O presidente da estaca também entrevista separadamente o cônjuge de cada capelão anualmente.

Os capelães da Igreja e suas respectivas esposas devem ter chamados na ala ou na estaca. Um capelão que possua o Sacerdócio de Melquisedeque pode servir em chamados de liderança, como no sumo conselho ou presidir uma ala, um ramo ou um grupo de membros militares. Contudo, esse chamado não pode entrar em conflito com seus deveres militares.

Os capelães podem ajudar o presidente da estaca das seguintes maneiras:

  • Fornecer relatórios nas reuniões do conselho da estaca sobre as unidades da Igreja que se reunirem em bases militares. Esses relatórios devem incluir informações sobre membros novos e membros que estão retornando à Igreja.

  • O capelão pode também servir como ligação entre os líderes militares e o presidente da estaca.

  • Também podem ajudar o presidente da estaca a identificar membros que servem nas Forças Armadas para serem chamados como líderes de grupos de membros militares.

  • Ajudar com os esforços para fortalecer os membros novos e os que estão retornando à Igreja nas Forças Armadas.

  • Ajudar a preparar os membros nas Forças Armadas para receber ordenanças sagradas e guardar seus convênios.

38.9.2

Liderança de relações militares da ala

Um membro do bispado entrevista os membros da ala antes da partida deles para o serviço militar. Ele se assegura de que esses membros tenham a oportunidade de participar da orientação pré-militar da Igreja (ver o item 38.9.3).

Para informações sobre os registros de membro de um membro que entrou para as Forças Armadas, ver o item 33.6.9. Alguns membros são designados para um local remoto ou isolado ou são enviados para uma zona de guerra. Nesses casos, o bispo entra em contato com a Divisão de Relações Militares e Serviços de Capelães da Igreja para obter orientação sobre os registros de membro (ver o item 38.9.10).

Os líderes do sacerdócio da ala de origem devem estar em contato regularmente com cada membro da ala que serve nas Forças Armadas.

O bispo coordena com o capelão sênior esse contato em cada base militar da ala.

38.9.3

Orientação preparatória da Igreja para membros que ingressam nas Forças Armadas

Na orientação preparatória da Igreja para membros que ingressam nas Forças Armadas, os membros ficam sabendo como serão as reuniões e atividades da Igreja na base militar. A orientação pode ser realizada na estaca ou na ala.

Um membro da presidência da estaca ou do bispado chama um instrutor de serviço pré-militar para ministrar a orientação. De preferência, esse instrutor deve ter tido experiência militar recente. Se um instrutor qualificado não estiver disponível, o presidente da estaca ou o bispo entra em contato com a Divisão de Relações Militares e Serviços de Capelães para obter orientação.

Para mais informações, ver “Orientação pré-militar da Igreja” no endereço ChurchofJesusChrist.org.

38.9.4

Unidades da Igreja para militares

Os membros que estão nas Forças Armadas normalmente participam de alas próximas a sua base militar. Contudo, nas circunstâncias a seguir, o presidente da estaca ou da missão pode organizar uma ala, um ramo ou um grupo para os militares e suas respectivas famílias na base militar:

  • Não há ala a uma distância razoável da base militar.

  • Os militares não entendem o idioma falado na ala local.

  • Os militares não podem sair da base militar devido a exigências de treinamento ou outras restrições.

  • A unidade militar dos membros é ou será destacada para um local onde uma das seguintes situações se aplica:

    • A Igreja não está organizada.

    • A unidade local da Igreja não pode acomodar os membros devido a um idioma diferente.

    • A frequência às reuniões locais não é viável.

  • Os membros pertencem a unidades da Reserva ou da Guarda Nacional e participam de exercícios realizados nos fins de semana ou de treinamentos anuais.

As alas e os ramos de bases militares são criados de acordo com os procedimentos descritos no capítulo 37.

As alas e os ramos geralmente são estabelecidos para apoiar tanto os membros militares quanto sua família. Uma ala ou um ramo também pode ser criado para membros militares sem a família. Essas unidades podem ser criadas para membros que frequentam treinamentos básicos ou avançados ou em uma designação remota. As Forças Armadas normalmente não permitem que membros da Igreja que não estejam associados ao serviço militar façam parte de uma ala ou um ramo que utilize as instalações da base militar.

Se as circunstâncias não justificarem a criação de uma ala ou um ramo na base militar, o presidente da estaca ou da missão pode criar um grupo de militares. Os grupos de militares são pequenas unidades da Igreja que realizam reuniões e cuidam dos membros. O líder do grupo não tem as chaves do sacerdócio. Por isso, ele não está autorizado a receber dízimos e ofertas, aconselhar os membros sobre pecados graves, restringir os privilégios de membro ou realizar outros deveres que exijam chaves (ver o item 37.7). Para informações sobre grupos de membros militares, ver “Grupos de membros militares e responsabilidades dos líderes de grupo” em ChurchofJesusChrist.org.

Quando uma unidade da Igreja é estabelecida em uma base militar, o líder da unidade coordena com o capelão sênior os horários das reuniões e o uso das instalações da base. Se não houver um capelão designado para a base, o presidente da estaca deve consultar o oficial em comando.

38.9.5

Líderes de grupo em áreas isoladas ou zonas de guerra

Os presidentes de estaca ou missão normalmente chamam e designam por imposição de mãos os líderes de grupo de membros militares. No entanto, isso pode não ser possível em alguns locais remotos ou zonas de guerra. Como o líder de grupo não recebe chaves do sacerdócio com seu chamado, é admissível que ele seja nomeado sem ser designado por imposição de mãos. O líder do sacerdócio responsável pelo local pode designar um portador digno do Sacerdócio de Melquisedeque para servir como líder do grupo. Primeiro, ele verifica a dignidade do homem com seu bispo e presidente de estaca. Se houver um capelão da Igreja de Jesus Cristo na área, o líder do sacerdócio pode autorizá-lo a chamar e designar por imposição de mãos um líder de grupo.

Os líderes de grupo de militares em locais isolados podem obter suprimentos e materiais da Igreja contatando a Divisão de Relações Militares e Serviços de Capelães da Igreja (ver o item 38.9.10).

Às vezes, um membro de serviço em um destacamento é isolado de outros membros da Igreja. Se o membro de serviço possui o Sacerdócio de Melquisedeque ou é sacerdote no Sacerdócio Aarônico, seu bispo pode autorizá-lo a administrar e tomar o sacramento. Se houver mais de um membro em um local de destacamento, um líder de grupo deve ser chamado.

A Divisão de Relações Militares e Serviços de Capelães da Igreja deve ser notificada quando um líder de grupo for chamado. Uma carta de nomeação será enviada ao líder chamado (ver o item 38.9.1.1).

38.9.6

Serviço missionário e obrigações militares

Para os países em que o serviço militar é obrigatório, os membros da Igreja geralmente devem concluir seu serviço militar antes de poderem servir missão. Alguns países podem permitir que o serviço militar obrigatório seja adiado até depois do serviço missionário. Os presidentes de estaca e bispos devem se familiarizar com os requisitos de seu país para que possam aconselhar os membros adequadamente. As pessoas que estão em unidades da Reserva ou da Guarda Nacional podem servir missão depois de terminar o treinamento básico e avançado.

Para mais informações, ver “Obrigações militares e de serviço missionário” em ChurchofJesusChrist.org.

38.9.7

Capelães da Igreja

A Divisão de Relações Militares e de Serviços de Capelães da Igreja providencia aprovação centralizada para homens e mulheres capelães que servem em vários cargos governamentais e não governamentais. Isso inclui:

  • As Forças Armadas.

  • Hospitais.

  • Asilos.

  • Penitenciárias.

  • Centros de detenção.

  • Polícia e bombeiros.

  • Patrulha de fronteira.

  • Organizações cívicas e de veteranos.

  • Faculdades e universidades.

Cada organização estabelece seus próprios requisitos educacionais e de ministério para os capelães. A maioria das organizações exige endosso da Igreja antes que uma pessoa sirva como capelão da Igreja de Jesus Cristo. A Divisão de Relações Militares e Serviços de Capelães da Igreja fornece endosso para todos os capelães santos dos últimos dias. Cartas de endosso escritas por bispos e presidentes de estaca não são suficientes e não devem ser fornecidas.

Os capelães da Igreja de Jesus Cristo:

  • Servem a pessoas de todas as religiões, inclusive os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.

  • Certificam-se de que seja concedida liberdade religiosa às pessoas.

  • Ajudam a facilitar ou atender às necessidades religiosas daqueles a quem servem.

Para mais informações, ver Capelães da Igreja de Jesus Cristo no endereço ChurchofJesusChrist.org.

38.9.8

Uso do garment nas Forças Armadas

Ver o item 38.5.6.

38.9.9

Casais missionários seniores

Casais militares aposentados podem ser chamados para servir como missionários de relações militares em bases militares específicas. Eles ajudam os líderes locais do sacerdócio a fortalecer os membros novos e os que estão retornando à Igreja. Fornecem também suporte aos familiares de membros em destacamento militar durante os períodos em que a família está separada.

38.9.10

Outras informações

Para informações sobre os registros de membro de militares, ver o item 33.6.9.

Para informações sobre bênçãos patriarcais para militares, ver o item 38.2.10.3.

Para informações sobre a ordenação de militares em localidades isoladas, ver o item 38.2.9.6.

Para informações sobre como emitir uma recomendação para o templo em locais isolados, ver o item 26.3.2.

Se os líderes da Igreja tiverem dúvidas a respeito de relações militares, eles podem entrar em contato com:

Military Relations and Chaplain Services Division

50 East North Temple Street, Room 2411

Salt Lake City, UT 84150-0024

Telefone: 1-801-240-2286

E-mail: pst-military@ChurchofJesusChrist.org