2019
Dê com Todo Coração
Março de 2019


SÉRIE: ESCOLHA TER UM DIA DO SENHOR SIGNIFICATIVO

Dê com Todo Coração

“Que melhor época para servir uns aos outros do que quando os corações e mentes estão mais abertos e receptivos a atos de bondade — durante esta época, quando o mundo cristão celebra a Páscoa como a culminação do ministério do Salvador?”

Sou um produto de ministração de quase quarenta anos atrás. Eu tinha sido batizada quando tinha nove anos de idade, mas minha família se tornou menos ativa durante o meu décimo segundo ano e então afastei-me da igreja. Comecei a ir à uma igreja local diferente com minha amiga, que era minha vizinha do lado. Nos anos seguintes, a vida continuou e, depois que me casei, fui contactada por minhas Professoras Visitantes. Elas telefonavam fielmente todos os meses e, com o tempo, estabeleceram a fundação para os Mestres Familiares serem designados à nossa família. Durante essas visitas, nunca falávamos do facto de que eu não frequentava à igreja — e meu marido, que sabia muito pouco sobre a Igreja e não estava realmente interessado em religião — não sentia-se pressionado ou desconfortável em aceitá-los em nossa casa. Sentimos apenas preocupação genuína e amizade vindo deles durante suas visitas.

O que mais impressionou-nos foi a bondade e o espírito de alegria que nossos Mestres familiares e Professoras Visitantes traziam para nossa casa. Desenvolvemos um relacionamento próximo com um dos nossos Mestres Familiares, que nunca deixou de oferecer a sua assistência quando necessário — convidando-­nos à sua casa e no tempo certo, convidando-me para uma conferência onde, então, Élder Thomas S. Monson (1927–2018), do Quórum dos Doze Apóstolos, falou.

Durante essa conferência, foi como se o Élder Monson soubesse o que estava em meu coração e que estivesse a falar diretamente comigo naquele dia. Saí com um forte desejo de voltar à Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias e tornar-me, mais uma vez, parte de Seu redil. Alguns meses mais tarde, depois das palestras com os missionários, meu filho foi batizado e começamos a frequentar a Igreja.

Na recente Conferência Geral de abril de 2018, os princípios do novo programa de Ministração foram anunciados. Não é apenas que agora estamos livres de estender nossos esforços nutridores ou ministradores sem o uso de um manual restritivo e uma mensagem padronizada, mas o mais importante, para servir como verdadeiros discípulos do nosso Salvador, que, ele mesmo, sabia inatamente como socorrer e elevar Seus irmãos e irmãs.

Ao olhar para trás ao longo dos anos, tenho visto muitos exemplos de serviço ao meu redor e, mesmo quando nos mudamos recentemente pela enésima vez, os atos de gentileza estavam lá para facilitar o caminho. Isso me motiva, pois sei que, se não responder da mesma maneira, estarei afastando-­me da luz e do amor que sinto por estar ativamente envolvida em ministrar aos outros.

“Então, o que isso tem a ver com a Páscoa?”, você se pergunta, uma vez que esta se aproxima rapidamente? Bem, tem tudo a ver com a Páscoa!

Que melhor época para servir uns aos outros do que quando os corações e mentes estão mais abertos e receptivos a atos de bondade — durante esta época, quando o mundo cristão celebra a Páscoa como a culminação do ministério do Salvador?

Ao ministrar como o Salvador, temos uma oportunidade única de aprender empatia e dar com um coração amoroso e, assim, expandimos nossa capacidade e talentos. Além disso, nos tornamos mais próximos do Salvador quando somos motivados e guiados a lugares e circunstâncias em que somos necessários. Com o tempo, nos tornaremos mais como Ele.

Tudo o que o Salvador pede em troca é que cheguemos a ele com um espírito contrito e um coração cheio de gratidão. A disposição de servir os Seus filhos, nossos irmãos e irmãs, é a nossa maneira de mostrar o nosso amor e apreço por tudo o que temos e é o verdadeiro presente que podemos dar nesta Páscoa e ao longo do ano.