Um sonho realizado

Na década de 1850, quando vivia em uma fazenda em Camden, Austrália, Mary Dunster Chittenden sonhou ter recebido um livro de dois homens que carregavam mochilas. Ela hesitou em aceitar, já que não sabia ler, mas o levou para seus filhos lerem para ela. Pouco depois, o marido dela, William, foi para Sydney, onde um velho amigo o apresentou a dois missionários de Utah. William lhes ofereceu comida e abrigo, pois os missionários seguiam o padrão do Novo Testamento de confiar na hospitalidade local (ver Marcos 6:8). Quando os missionários chegaram à casa de Chittenden com o Livro de Mórmon, Mary reconheceu a realização de seu sonho.

Os Chittenden foram batizados em 24 de abril de 1854. Como a maioria dos conversos da época, eles começaram a planejar imigrar para o Oeste americano a fim de edificar Sião. Depois que um terrível incêndio os deixou desamparados, no entanto, William decidiu adiar a emigração. Em 1857, quando muitos missionários foram chamados de volta a Utah, os Chittenden ficaram para praticar sua fé e enfrentar a perseguição de seus vizinhos, com contato limitado com os missionários locais e outros membros da Igreja. Os Chittenden estimaram a garrafa de óleo consagrado deixada com eles, usando-o em tempos de doença.

Em 1861, Mary teve outro sonho, que a convenceu de que precisam vender todos os seus pertences e se mudar para uma cidade chamada Goulburn, onde poderiam economizar para a viagem a Sião. Em Goulburn, conheceram outra família da Igreja, os Mayberrys, e, com a ajuda de amigos, finalmente conseguiram economizar algum dinheiro. Em 1877, Mary e William partiram para a América com apenas seus três filhos mais novos e um neto.

Chittenden

William a Mary Chittenden, por volta de 1870

Suas nove filhas mais velhas, porém, que estavam casadas e estabelecidas, optaram por permanecer na Austrália. Algumas emigram mais tarde; outras permaneceram para sempre. Elas continuaram a ensinar o evangelho a seus filhos e a compartilhá-lo com os vizinhos. Jane Chittenden Carter realizava reuniões sacramentais em sua casa em Alexandria, e a casa de Alice Chittenden Andrews em Erskineville também servia como sede da missão. O legado de Mary e William Chittenden afetou positivamente o crescimento da Igreja em toda a Austrália. Em 1900, quase um quarto dos membros do Ramo de Sydney eram parentes da família Chittenden.