Refuge (Refúgio), de Shaelynn Abel

7 a 13 de julho: “Grande Será a Sua Recompensa e Eterna a Sua Glória”

Doutrina e Convénios 76

“O que me vai acontecer depois de morrer?” Quase todas as pessoas fazem esta pergunta, de uma forma ou de outra. Durante séculos, muitas tradições cristãs, com base nos ensinamentos bíblicos, ensinaram sobre o Céu e o inferno, sobre o paraíso para os justos e o tormento para os iníquos. Mas será que toda a família humana pode realmente ser dividida de forma tão rígida? Em fevereiro de 1832, Joseph Smith e Sidney Rigdon questionaram-se se havia mais para saber sobre o assunto (ver Doutrina e Convénios 76, cabeçalho da secção).

E certamente havia. Enquanto Joseph e Sidney estavam a ponderar sobre estas coisas, o Senhor “tocou os olhos do entendimento [deles] e eles se abriram” (versículo 19). Eles receberam uma revelação tão formidável, tão abrangente e tão esclarecedora que os Santos simplesmente a chamaram de: a “Visão”. Esta escancarou as janelas do céu e deu aos filhos de Deus uma visão expandida da eternidade. A visão revelou que o Céu é mais grandioso, mais vasto e mais inclusivo do que a maioria das pessoas supunha anteriormente. Deus é mais misericordioso e justo do que podemos compreender. E os filhos de Deus têm um destino eterno mais glorioso do que podemos imaginar.

Ver também Santos, 1:147–150; “A Visão”, em Revelações em Contexto, pp. 148–154.

Ideias para a Aprendizagem no Lar e na Igreja

Doutrina e Convénios 76

A salvação vem através de Jesus Cristo, o Filho de Deus.

A secção 76 revela verdades importantes sobre o nosso destino eterno, mas seria incompleto dizer que esta revelação é sobre os três reinos de glória ou que é apenas sobre o plano de salvação. Mais precisamente, a secção 76 é sobre Jesus Cristo, que torna possível o plano de Deus para a nossa salvação e glória eterna. Ao lê-la, pode procurar palavras ou frases que descrevam a relação entre Jesus Cristo e as pessoas que herdam os diferentes reinos de glória. Talvez uma tabela, como a seguinte, possa ajudá-lo a registar o que encontrar.

Reino de glória	Relacionamento com Jesus Cristo	Bênçãos eternas
Reino de glória Celestial (versículos 50–70, 92–96)	Relacionamento com Jesus Cristo Receber um testemunho de Jesus Fazer e guardar convénios com Ele	Bênçãos eternas Limpo do pecado Vencer pela fé
Reino de glória Terrestrial (versículos 71–79, 97)	Relacionamento com Jesus Cristo	Bênçãos eternas
Reino de glória Telestial (versículos 81–90, 98–106, 109–12)	Relacionamento com Jesus Cristo	Bênçãos eternas

O que se sente inspirado a fazer para fortalecer a sua relação com o Salvador?

Quando Wilford Woodruff leu esta visão, disse: “Senti que amava o Senhor mais do que nunca na minha vida” (ver “Vozes da Restauração: Testemunhos da ‘Visão’”). O que pode aprender sobre Jesus Cristo nos versículos 1–5, 20–24, 39–43, 107–108 que faz com que O ame mais?

Ver também 1 Pedro 3:18–19; 4:6; Dallin H. Oaks, “O Que É Que o Nosso Salvador Fez Por Nós?”, Conferência Geral, abr. 2021; “Assombro Me Causa”, Hinos, n.º 112.

Foque-se no Pai Celestial, em Jesus Cristo e na Sua doutrina. De tudo o que podemos aprender nas escrituras, as verdades mais importantes ajudam-nos a edificar a fé no Pai Celestial e em Jesus Cristo, a arrependermo-nos, a fazer e guardar convénios com Eles e a receber o Espírito Santo. Embora possa ser interessante comparar ou analisar as atitudes ou o comportamento das pessoas que irão receber os diferentes reinos de glória, é mais importante concentrarmo-nos no Pai Celestial e no Salvador. Tudo o que Eles fazem para nos preparar para essa glória, faz com que nos voltemos para Eles.

Neste quarto, Joseph Smith teve a visão que se encontra em Doutrina e Convénios 76.

Doutrina e Convénios 76:5–10, 114–118

Posso compreender a vontade de Deus “pelo poder do Santo Espírito”.

Nem todos os membros da Igreja aceitaram facilmente a revelação da secção 76, porque esta ensinava que quase todos seriam salvos e receberiam algum grau de glória. Por exemplo, Brigham Young disse: “[As] minhas tradições eram tais que, quando a ‘Visão’ chegou até mim em primeiro lugar, era tão diretamente contrária e oposta à minha educação, que eu disse: ‘Espere um pouco; não a rejeitei, mas não consegui entendê-la”. Ele explicou que teve de “pensar e orar, ler e pensar, até que soubesse e compreendesse plenamente por [si] mesmo” (em “A Visão”, em Revelações em Contexto, p. 150). O que aprendeu com a experiência dele que o pode ajudar quando Deus revela coisas que são diferentes da sua compreensão atual? O que pode aprender sobre Deus em Doutrina e Convénios 76:5–10, 114–118? O que ensinam estes versículos sobre a forma como se pode compreender “a boa disposição da vontade [de Deus]”? (versículo 7).

Doutrina e Convénios 76:39–44, 50–70

A exaltação é a forma mais elevada de salvação.

Doutrina e Convénios 76:39–44 descreve a salvação de um modo geral. Os versículos 50–70 descrevem a exaltação, um tipo específico de salvação. Como explicaria a diferença entre salvação e exaltação? Qual é o papel do Salvador em ambas as situações? O que encontra nestes versículos que o inspira a procurar a exaltação?

Ver também João 3:16–17; Doutrina e Convénios 132:20–25.

Doutrina e Convénios 76:50–70, 92–95

O Pai Celestial quer que eu receba a vida eterna no reino celestial.

Já se questionou, ou preocupou, se consegue tornar-se no tipo de pessoa que irá receber a glória celestial, conforme descrito em Doutrina e Convénios 76:50–70, 92–95? Embora seja importante saber o que Deus espera de nós, considere também procurar nestes versículos o que Deus fez por nós, e continua a fazer, para nos ajudar a tornarmo-nos como Ele. Porque é que sente que os seus esforços são importantes para Ele?

Como é que esta visão da glória celestial afeta a forma como quer viver a sua vida diária?

Ver também Moisés 1:39; J. Devn Cornish, “Sou Bom o Suficiente? Vou Conseguir?”, Liahona, nov. 2016, pp. 32–34.

Para mais ideias, leia as edições deste mês das revistas Liahona e Para a Força dos Jovens.

Ideias para Ensinar Crianças

Doutrina e Convénios 76:24

Somos todos filhos de Deus.

• Para ajudar as crianças a compreenderem o seu potencial divino, pode mostrar-lhes fotografias de crianças com os seus pais e mães. Em seguida, podem ler Doutrina e Convénios 76:24 e partilhar uns com os outros a razão pela qual estão felizes por saberem que somos todos “filhos e filhas de Deus”.

• Também podem cantar juntos “Sou um Filho de Deus” (Músicas para Crianças, pp. 2–3) e convide as crianças a apontarem para si próprias quando cantam “sou”, “eu”, “me” ou “mim”. Depois, cantem novamente a canção e substituam “sou”, “eu”, “me” e “mim” por “és”, “tu”, “te” e “ti”, à medida que apontam para outra pessoa.

Doutrina e Convénios 76:5, 41–42, 69

Jesus Cristo é o meu Salvador.

• Considere dramatizar com as crianças uma situação em que alguém pergunta: “O que é que Jesus Cristo fez por mim?” Podem procurar juntos possíveis respostas nos versículos 5, 41–42 ou 69 na secção 76. Também podem cantar “Ele Mandou Seu Filho”, Músicas para Crianças, pp. 20–21. Como é que podemos demonstrar a nossa gratidão pelo que o Salvador fez por nós?

Detalhe de Suffer the Children (Deixai as Criancinhas), de J. Kirk Richards

Doutrina e Convénios 76:62

O Pai Celestial quer que eu volte a viver com Ele para sempre.

• Todos juntos, podem ler ou ver parte ou a totalidade do “Capítulo 26: Os Três Reinos do Céu” (em Histórias de Doutrina e Convénios, pp. 97–103, ou o vídeo correspondente na Biblioteca do Evangelho) e depois partilhar o que gostaram sobre a visão que Joseph Smith teve. Deixe que as crianças partilhem os seus pensamentos e sentimentos sobre como seria viver com o Pai Celestial no reino celestial.

  Chapter 26: The Three Kingdoms of Heaven: 16•February 1832

• Também pode ler Doutrina e Convénios 76:62 e pedir às crianças que façam desenhos de si mesmas com o Pai Celestial e Jesus Cristo no reino celestial (ver a página de atividades desta semana).

Doutrina e Convénios 76:12, 15–19, 114–116

Estudar as escrituras pode ajudar-me a “compreender as coisas de Deus”.

• Pode convidar as crianças a ler os versículos 15–19 para descobrir o que Joseph Smith e Sidney Rigdon estavam a fazer quando tiveram a visão em Doutrina e Convénios 76. Conte às crianças uma ocasião em que recebeu inspiração enquanto lia as escrituras e pergunte-lhes se já tiveram experiências semelhantes.

Para mais ideias, leia a edição deste mês da revista o Amigo.

Glory in Degrees (Glória em Graus), de Annie Henrie Nader