História da Igreja
Fé para quebrar pedras


Fé para quebrar pedras

Em novembro de 1993, quando Ricardo José Medina Cardoso, de 10 anos, conheceu os missionários de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias pela primeira vez, ele não gostou deles. “Eles vieram à minha casa quando eu estava prestes a brincar com meus amigos”, disse ele, “então achei que a presença deles era muito ruim.”

A mãe de Ricardo, Teresa Ricarda Medina, por outro lado, gostou da mensagem e decidiu que queria se filiar à Igreja. Ricardo e Teresa foram batizados e confirmados no mesmo dia, em março de 1994. “Foi como se um sentimento de paz e alegria tomasse conta de meu coração. Eu não conseguia explicar o que sentia”, disse ele, “e no caminho de volta para a capela, contei à minha mãe o que estava sentindo e ela explicou que era o Espírito Santo confirmando que tínhamos tomado a decisão certa.”

Depois dessa experiência, Ricardo passou a amar os missionários e a Igreja, fez amigos e aprendeu a tocar piano com um casal missionário. Em 2001, ele completou 18 anos e teve o que chamou de “a maior surpresa da minha vida” quando recebeu o chamado para servir como presidente do 4º ramo de Mindelo. Sentindo-se incapaz, Ricardo não sabia o que fazer e pensou em não aceitar o chamado.

“Eu estava com medo porque agora eu tinha que presidir, entrevistar e cuidar das pessoas que sempre cuidaram de mim”, disse ele. “Meu professor da Primária, meus professores dos jovens e dos Rapazes, todos eram mais velhos do que eu.” Apesar de seus temores, Ricardo aceitou o chamado e descobriu que seus queridos irmãos da Igreja lhe davam total apoio. “Senti o amor do Pai Celestial e de todos os membros do ramo. Rapidamente, aprendi a fazer o trabalho administrativo, já que não tinha um secretário. Tudo correu bem.” Ricardo sentiu que esse chamado o preparou para sua missão em 2002, lá ele também serviu como presidente de ramo.

Assim como Ricardo, Rosa Helena Monteiro Veiga, da Ilha do Fogo, exerceu fé diante de uma tarefa difícil. Rosa estabeleceu a meta de economizar dinheiro suficiente para ir com o marido, Arlindo, a um templo onde pudessem receber a investidura e serem selados como casal para toda a eternidade. Começando em 1998, ela acordava às 7 horas todas as manhãs para trabalhar quebrando pedras. Com o martelo na mão, cada golpe nas rochas a deixava um passo mais perto de fazer os convênios do templo.

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mulher quebrando pedras

Rosa quebrava pedras todas as manhãs e ia até a tarde, até que tivesse quebrado pedras suficientes para fazer 2.500 escudos (US$ 26). Ela fez isso durante 15 anos. Em 2013, ela atingiu sua meta, economizando dinheiro suficiente para pagar a longa viagem que ela e Arlindo fizeram até o Templo de Recife Brasil, onde foram selados para o tempo e para toda a eternidade.