Transmissões Anuais
“E sobretudo (…) revesti-vos do vínculo da caridade”


“E sobretudo (…) revesti-vos do vínculo da caridade”

Transmissão do Treinamento Anual dos Seminários e Institutos de Religião • 12 de junho de 2019 • Auditório térreo do edifício do escritório da igreja.

Primeiramente, gostaria de agradecer a cada um de vocês por seus esforços, especialmente para colocar o Salvador no centro de seu estudo e ensino do evangelho. Ao observar as aulas e ver vocês e seus alunos identificando os títulos e papéis do Salvador, estudando Suas características e atributos e aprendendo com Seu exemplo perfeito, 1 senti a gratidão do Pai Celestial por testificarem de Seu Filho Amado. Ao seguirem o conselho do élder Clark de ajudarem seus alunos a aprender a conhecer o Salvador e aprender com Ele,2 vi um aumento da influência do Espírito Santo em seu ensino e em seus convites. Recentemente, um professor me disse: “Colocar Jesus no centro de meu ensino trouxe a alegria de volta à minha classe”. Eu os incentivo a continuar buscando inspiração de como fazer isso todos os dias com mais eficácia.

Hoje, gostaria de convidá-los a aumentar seus esforços para ajudar seus alunos a ver o Salvador, não apenas no estudo das escrituras, mas também em vocês, à medida que se empenham em imitar o exemplo e o amor Dele. Vocês talvez se lembrem da declaração do presidente Boyd K. Packer, que considero tanto inspiradora quanto impressionante em seus efeitos:

“Tive o grande privilégio de reconhecer em vocês, irmãos e irmãs, atributos nos quais transparece nada mais nada menos do que a imagem do Mestre dos Mestres. Acredito que, na mesma medida em que vocês desempenham as responsabilidades e os encargos que lhes foram confiados, a imagem de Cristo é gravada em seu semblante. Para todos os efeitos, em sala de aula, naquele momento, com essa expressão e essa inspiração, vocês são Ele e Ele, vocês”.3

Da extensa gama de atributos do Salvador, aquele que parece fornecer a motivação e a base para todos os outros é Seu amor perfeito — Seu amor por Seu Pai Celestial e Seu amor por nós individualmente.

O apóstolo Paulo escreveu: “E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, (…) e não tivesse caridade, nada seria”. 4 Paulo talvez poderia ter dito para um grupo de professores do seminário e do instituto: “Ainda que eu tivesse o dom do carisma e entendesse os princípios básicos para o ensino e o aprendizado, conhecesse técnicas de ensino e, ainda que desse realmente ótimas lições com objetos, se não tivesse caridade, nada seria”. Por favor, não usem essas palavras como desculpa para não trabalharem arduamente a fim de serem professores muito capacitados. Lembrem-se de que quando oramos e buscamos entendimento, conhecimento e até mesmo fé, se não acrescentarmos a caridade, seremos como o “metal que soa ou como o sino que tine”.5

“A caridade é sofredora, é benigna”

O apóstolo Paulo também escreveu: “A caridade é sofredora, é benigna”.6

Um exemplo da bondade do Salvador está registrado em Lucas 19. O publicano Zaqueu se tornara rico trabalhando para os romanos, mas era odiado pelos judeus que se sentiam traídos por ele cobrar impostos. Certo dia, Zaqueu estava tentando ver Jesus, mas não podia porque era muito baixo e não conseguia passar pela multidão, que não queria ajudá-lo. Então, Zaqueu correu adiante no caminho por onde Jesus estava caminhando e subiu em uma figueira brava para vê-Lo quando Ele passasse.

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Zaqueu na árvore

As escrituras dizem: “E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém ficar em tua casa.

E apressando-se, desceu, e recebeu-o com alegria”.7

Conseguem imaginar o que significou para Zaqueu ser visto, e o que o convite do Salvador fez para alguém tão acostumado a ser excluído? Esse pequeno ato de bondade deve ter feito uma enorme diferença.

Nossos alunos precisam de nossa longanimidade e de nossa bondade. O mau comportamento, as interrupções e as atitudes ruins podem, às vezes, tornar o ensino mais difícil. Mas nesses momentos, recomendo que ignorem o comportamento e olhem para a pessoa. Façam uma pausa longa o suficiente para perguntar: “O que mais pode estar causando esse comportamento ou essa atitude?”

Conforme ensinou o élder Jeffrey R. Holland, “se esses alunos se mostram desinteressados, talvez não seja a hora de ensiná-los, mas você pode mostrar seu amor por eles. E se você os amar hoje, talvez possa ensiná-los amanhã.

(…) Nada disso depende deles. Podemos amá-los incondicionalmente, e acontecerão milagres”.8

Mas como é que vocês fazem isso, especialmente quando alguns parecem mais difíceis de serem amados? O élder Holland também nos ajudou com isso quando disse: “Comecem amando a Deus. Depois, peçam que Ele os ajude a estender esse mesmo amor para aqueles que precisam de seu amor”.9 Vocês podem “[rogar] ao Pai, com toda energia de vosso coração, que sejais cheios desse amor”.10 Podem orar para vê-los como Ele os vê. Podem ouvi-los e procurar entendê-los. E como acrescentou o presidente Henry B. Eyring, “Sirvam-nos; descubram pequenas coisas que vocês podem fazer por eles. Paguem o preço do serviço, e Deus honrará esse serviço. Faço-lhes esta promessa. Não se preocupem com o fato de seus alunos nem sempre serem dóceis. Apenas façam algo para eles, então eles se tornarão um pouco mais dóceis para com vocês. Isso será uma dádiva de Deus”.11

A todos vocês que estão participando de apresentações musicais e eventos esportivos de seus alunos ou que estão encontrando outras maneiras de servi-los sem alarde, muito obrigado! Mesmo se eles não os virem, sentirão que seu amor por eles está aumentado porque o Senhor vai abençoá-los com caridade por servir seus alunos.12

Outro exemplo da bondade do Salvador encontra-se no capítulo 5 de Marcos.

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Jesus cura a mulher com fluxo de sangue

Pensem por um momento no que Jesus fez pela mulher com um fluxo de sangue. Ele fez muito mais do que curá-la fisicamente. Ela devia estar exausta devido à dor, à rejeição social e às dificuldades financeiras. Quando Jesus percebeu que virtude saíra Dele, “[olhou] em redor, para ver aquela que isso fizera”.13 A cura física já havia acontecido. Jesus estava a caminho para cumprir outra necessidade urgente, mas, ainda assim, parou. Ele reconhecera a fé daquela mulher, e ternamente dirigiu-se a ela como “filha”.14 O Salvador olhou para ela, não para a doença dela. Ele viu uma pessoa necessitada que precisava ser amada e erguida, não um problema a ser resolvido ou uma tarefa a ser cumprida.15

Seja qual for a tarefa que precisem cumprir, a lição que precisem preparar ou ensinar, o problema que estejam enfrentando relacionado à disciplina, isso sempre será uma oportunidade para erguer as pessoas.

Espero que nosso amor seja estendido àqueles que não estão atualmente matriculados ou frequentando as aulas. Há muitos como Zaqueu e essa mulher, que aguardam atrás da multidão. Então, sigam o exemplo do Salvador e vão ao encontro dessas pessoas.16 Peço que orem e se aconselhem mutuamente ao buscar inspiração para saber como ajudar um número maior de jovens a aprender sobre o Salvador e Seus ensinamentos. Os esforços relacionados a matrículas e à formatura devem ser uma prioridade e algo que nos move com entusiasmo em nosso trabalho para abençoar mais filhos do Pai Celestial.

“E sobretudo, como que com um manto, revesti-vos do vínculo da caridade”

O Senhor disse ao profeta Joseph Smith: “E sobretudo, como que com um manto, revesti-vos do vínculo da caridade, que é o vínculo da perfeição e paz”.17 Como seria ser revestido do vínculo da caridade?

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mulher apanhada em adultério

Em João 8 lemos sobre a mulher que foi trazida ao templo e apresentada a Jesus pelos fariseus. Eles disseram ao Salvador:

“Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.

E na lei nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?”

Jesus inclinou-se e começou a escrever na terra, como se não os tivesse ouvido. E como insistissem em perguntar-lhe, endireitou-Se, e disse-lhes: “Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela”. E tornando a inclinar-se, escreveu na terra.

Quando os fariseus começaram a se sentir acusados pela própria consciência, saíram um a um. Quando Jesus e a mulher ficaram sós, Ele gentilmente perguntou: “Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?

E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais”.18

Ao contemplar esse acontecimento, convido-os a ponderar sobre três das muitas lições que podemos aprender com o exemplo perfeito do Salvador.

Primeira, a Expiação de Jesus Cristo nos permite aprender com nossos erros e, por meio do arrependimento, não ser condenados por eles. Em nossas classes, há alunos que cometeram erros. Ao ensinar com compaixão sobre a disposição do Pai Celestial de perdoar e a alegria do arrependimento, 19 ajudamos os alunos (e nossos filhos) a acreditar que a Expiação do Salvador se aplica a eles, porque é isso o que acontece.

E a propósito, esse conselho se aplica igualmente a todos nós. Também precisamos da Expiação do Salvador para nos ajudar a ser perdoados e curados. Então, quando experimentarmos pessoalmente a alegria do arrependimento, seremos capazes de inspirar nossos alunos a se voltarem para o Salvador, porque esse convite virá de nosso coração transformado.

Segunda, o amor é um grande motivador para nos ajudar a ter o desejo de fazer o que é certo. O élder Dale G. Renlund disse: “Jesus certamente não tolerava o adultério. Mas Ele também não condenou a mulher. Ele a incentivou para que ela mudasse a vida dela. Ela foi motivada a mudar por causa de Sua compaixão e de Sua misericórdia. A Tradução de Joseph Smith da Bíblia atesta seu decorrente discipulado: ‘E a mulher glorificou a Deus a partir daquela hora, e creu no nome dele’. (João 8:11, nota de rodapé c)”.20

Como professores, ou pais, podemos ser tentados a conter as expressões necessárias de amor porque nos preocupamos com a possibilidade de que sejam confundidas com desculpar o pecado ou tolerar o mau comportamento. Nossos alunos e nossos filhos normalmente já conhecem nossos sentimentos sobre o Senhor e Seus mandamentos. O que geralmente eles precisam é a garantia de que são amados e valorizados. O amor e a esperança que essa mulher deve ter sentido quando foi abençoada pelos “vínculos da caridade” do Salvador é o que esperamos que todos os nossos alunos sintam ao aprenderem sobre Ele e sobre Seu evangelho.

Terceira, o Salvador ama a doutrina do Pai, mas nunca a usou como uma agremiação. Os fariseus conheciam muito bem a lei de Moisés e até apelaram para ela, citando tanto a lei quanto suas consequências. Mas o próprio Criador da Lei, cuja missão era “restaurar os contritos de coração [e] apregoar liberdade aos cativos”,21 escolheu estender misericórdia. Ele protegeu a mulher das mãos e do coração acusadores dos fariseus e, ao mesmo tempo, deu a eles a necessária autorreflexão e a consciência de que eles mesmos precisavam mudar.

Às vezes, temos alunos e professores que usam a doutrina de uma maneira que leva a um espírito de acusação e condenação. Em vez de encorajar e edificar, essa abordagem rebaixa e pode até mesmo destruir. Seguir o exemplo do Mestre é ensinar de modo a trazer esperança e cura aos quebrantados de coração.

Além do pecado, os corações quebrantados têm origem em uma variedade de circunstâncias. Muitos alunos vivenciam situações difíceis e até traumáticas que os fazem duvidar se são amados e valorizados. Alguns lutam com desafios, com ansiedade ou com um senso de perfeição que os levam a ouvir condenação e não esperança. Outros se sentem rejeitados porque enfrentam tentações ou desafios relacionados à identidade sexual e se sentem aprisionados porque acham que não têm lugar ou futuro na Igreja restaurada de Jesus Cristo.

Como professores, precisamos entender como essas experiências podem afetar nossos alunos. Gostaria de compartilhar com vocês apenas um exemplo da perspectiva de um ex-aluno explicando sua experiência no seminário. Ele disse: “O mandamento é amar ao próximo, mas parece que as pessoas pensam que é para amar ao próximo, a menos que seja gay. A mensagem que se passa é que isso é horrível, e me faz questionar como posso ter autoestima e como o Pai Celestial pode em algum momento me amar”.

A despeito dos desafios pessoais com os quais os alunos podem se deparar, precisamos ouvir para entendê-los e demonstrar empatia e amor sinceros. Precisamos ter um ambiente na sala de aula em que as perguntas sejam bem-vindas e as dúvidas sejam debatidas com respeito e consideração. Precisamos ensinar claramente a verdade e ajudar cada aluno a reconhecer sua própria identidade eterna como filhos e filhas de amorosos pais celestiais.22 Precisamos ajudá-los a saber que não estão sozinhos. Mostrar a eles mais amor e compreensão vai convidar a presença do Espírito Santo, aumentar o aprendizado e curar corações quebrantados.23

O presidente Dallin H. Oaks ensinou: “No batismo, fizemos o convênio de ‘carregar os fardos uns dos outros, para que fiquem leves’ (Mosias 18:8). Embora não possamos mudar nossa doutrina, queremos que os membros e as normas respeitem aqueles que enfrentam os desafios da mortalidade”. Ele disse também que “os esforços dos membros em mostrar mais compreensão, compaixão e amor devem aumentar o respeito e o entendimento (…) [e] reduzir o ódio e a contenda que são tão comuns hoje em dia. (…) Esse com certeza é o nosso desejo e esperamos ter a ajuda dos membros e de outras pessoas para alcançar isso”.24

É fundamental que todo professor entenda a doutrina, saiba o que os profetas do Senhor estão falando atualmente sobre esses tópicos e saiba como responder de maneira solícita e compassiva.25 Estamos muito comprometidos em progredir nessas áreas e ofereceremos treinamento e recursos adicionais para ajudá-los.

Se vocês ou os alunos disserem coisas que façam com que alguém se sinta rejeitado, orem pedindo força e compreensão para saber o que podem fazer para diminuir as ofensas. Ajudem seus alunos a lembrar que todos nós ainda estamos crescendo e que precisamos da misericórdia do Salvador. Lúcifer era conhecido como o acusador, que nos acusava “diante do nosso Deus (…) dia e noite”.26 Comparativamente, as mãos, os braços e o amor do Senhor ainda estão estendidos.

Outra característica do amor divino é o desejo de nosso Pai Celestial de que nos tornemos semelhantes a Ele e de que recebamos todas as bênçãos que Ele preparou para Seus filhos.

Nosso Pai Celestial é um Deus de grandes expectativas

O élder D. Todd Christofferson ensinou: “Nosso Pai Celestial é um Deus de grandes expectativas”.27 Ele não desiste de nós. Ele sofre conosco quando vacilamos, confia em nós enquanto nos aperfeiçoamos e pacientemente persevera à medida que crescemos. Um professor que ama os alunos também tem grandes expectativas e se preocupa mais com o progresso eterno deles do que com a preocupação se a aula que ela deu hoje foi boa ou se os alunos gostam dela.

Jesus se preocupava profundamente com o progresso de Seus seguidores.

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Jesus e Pedro andando sobre a água

Por exemplo, Jesus via em Pedro o que ele não via em si mesmo. Ele convidou Pedro a agir com fé, e quando Pedro vacilou, o Salvador o levantou, sempre concentrado em quem Pedro eventualmente se tornaria.

Ter grandes expectativas inspirará os alunos a agir com fé, permitindo que vivenciem as bênçãos prometidas pelo Senhor. O élder Neil L. Andersen ensinou que quando lideramos e ensinamos sem amor e temos expectativas baixas, incentivamos a rebelião. Grandes expectativas sem amor fomentam o desvio. Grande amor, com baixas expectativas cria um sentimento de fraternidade, mas de pouco progresso. No entanto, grande amor e grandes expectativas produzem milagres.28 Esse é o tipo de amor que o Salvador possui e é o tipo de amor que devemos ter se quisermos fazer a diferença na vida de nossos alunos.

Quando pergunto aos alunos do seminário e do instituto como o amor do professor tem abençoado a vida deles, as respostas são dadas rapidamente e repletas de gratidão. Aqui estão apenas alguns exemplos recentes.

Uma moça disse: “Adoro entrar na classe do seminário e encontrar meu professor feliz e sorrindo. Não consigo expressar o quanto o amor dele tem feito por mim. Há pouco tempo ele me fez um elogio e eu saí da capela tentando não chorar, isso me deixou muito feliz. Aquele simples elogio foi muito importante para mim. Todos os dias fico animada para ir ao seminário. É o ponto alto do meu dia. O amor do meu professor por mim ensinou-me a amar a todos como um filho ou uma filha de Deus”.

Parafraseando outro aluno: “Nossa aula de hoje realmente me transformou. Tomei coragem de fazer uma pergunta difícil, e minha professora me ouviu de verdade e procurou entender o que eu estava dizendo. Ela então passou um tempo respondendo à minha pergunta. O que ela disse realmente abriu meus olhos para algo em que não tinha pensado antes”.

E por último, um rapaz escreveu: “Comecei esse semestre com uma má atitude. Não estava me importando com o evangelho e nem comigo mesmo, e estava longe de me sentir feliz. Eu disse aos meus pais que queria abandonar o seminário. Então fui para a aula. Meu professor sabia meu nome, mesmo não tendo comparecido antes. O espírito de nossa aula influenciou meu dia inteiro e a vida ficou um pouco melhor. Mudei meus hábitos, comecei a ir mais na Igreja, a ler as escrituras e comecei a pensar. Devido ao amor do professor por nós e pelo evangelho, e à luz de Cristo que vi nele, esforcei-me para ter essa luz e esse amor. Vou me formar no seminário, servir missão e um dia me casar no templo porque meu professor convidou o Espírito e, com o Espírito como companheiro, nos ensinou todos os dias”.

Para terminar, gostaria de expressar meu apreço pelo Senhor e por vocês. Sou grato pelo amor abrangente e imediato do Senhor. Sou grato por Sua paciência à medida que me esforço para aprender todas as lições sobre as quais falamos hoje. O amor e a compaixão do Salvador me fazem querer ser melhor. E quero que saibam como é grande o amor que sentimos por vocês. Reconhecemos seu serviço incansável por aqueles a quem ensinam e ajudam. Sabemos o quanto vocês oram por eles, como se entristecem quando eles têm dificuldades e o quando se alegram quando são bem-sucedidos. Sabemos como carregam seus próprios fardos e buscam diariamente a força do Senhor para vocês e para sua família. Esperamos que saibam que oramos por vocês e que os amamos.

Que vocês ajudem cada aluno a conhecer e a amar o Salvador, ajudando-os a vê-Lo, tanto no estudo das escrituras como em vocês. Minha oração é que simplesmente sejamos gentis, enxergando as pessoas e não os problemas; que procuremos abençoar cada vez mais os filhos do Pai Celestial; que não sejamos ofensivos e ajudemos todos a sentirem que têm um lugar e um futuro na Igreja do Senhor; encorajando nossos alunos a seguir os ensinamentos do Salvador como discípulos de Jesus Cristo ao longo da vida, apegando-nos ao caminho do convênio para que recebam todas as bênçãos que nosso Pai Celestial tem reservadas para eles. Que os ajudemos a sentir o amor de nosso Pai Celestial e de Seu Filho Jesus Cristo e os ajudemos a confiar nele. E nunca se esqueçam de que “a imagem de Cristo [pode] ficar gravada em seu semblante. Para todos os efeitos, em sala de aula, naquele momento, com essa expressão e essa inspiração, vocês são Ele e Ele, vocês”.29

Em nome de Jesus Cristo. Amém.

Notas

  1. Ver Chad H Webb, “Falamos de Cristo, regozijamos em Cristo” (discurso proferido na transmissão do treinamento anual do Sistema Educacional da Igreja, 12 de junho de 2018).

  2. Ver Kim B. Clark, “Aprende de mim”, (Uma Autoridade Geral Fala a Nós, 26 de janeiro de 2018).

  3. Boyd K. Packer, “The Ideal Teacher” (discurso proferido na reunião de professores do seminário e instituto, 28 de junho de 1962), pp. 5–6.

  4. 1 Coríntios 13:2.

  5. 1 Coríntios 13:1.

  6. 1 Coríntios 13:4.

  7. Lucas 19:5–6; ver Lucas 19:1–6.

  8. Jeffrey R. Holland, “Ensinar e aprender na Igreja”, A Liahona, junho de 2007, p. 70.

  9. Correspondência pessoal.

  10. Morôni 7:48.

  11. Henry B. Eyring, “O Livro de Mórmon mudará sua vida”, A Liahona fevereiro de 2004, p.  18.

  12. Ver 1 João 4:19.

  13. Marcos 5:32, grifo do autor.

  14. Marcos 5:34.

  15. O presidente Thomas S. Monson aconselhou: “Nunca permitam que um problema a ser resolvido se torne mais importante do que uma pessoa a ser amada” (Thomas S. Monson, “Alegria na jornada”, A Liahona, novembro de 2008, p.86).

  16. Ver João 9:1–38.

  17. Doutrina e Convênios 88:125, grifo do autor.

  18. João 8:1–11

  19. “Muitas pessoas consideram o arrependimento uma punição — algo que deve ser evitado, exceto em circunstâncias muito sérias. Entretanto, esse sentimento de punição é engendrado por Satanás. Ele tenta impedir que confiemos em Jesus Cristo, que está de braços abertos, esperando e desejando nos curar, perdoar, limpar, fortalecer, purificar e santificar. (…)

    Nada é mais libertador, mais enobrecedor ou mais crucial para nosso progresso individual do que um enfoque constante, diário no arrependimento. O arrependimento não é um evento, mas um processo. Ele é a chave para a felicidade e a paz de consciência. Quando acompanhado da fé, o arrependimento permite que tenhamos acesso ao poder da Expiação de Jesus Cristo” (Russell M. Nelson, “Podemos fazer mais e ser melhores”, Liahona, maio de 2019, p. 67).

  20. Dale G. Renlund, “Nosso Bom Pastor”, A Liahona, maio de 2017, p. 30.

  21. Isaías 61:1.

  22. Ver “A Família: Proclamação ao Mundo”, A Liahona, maio de 2017, última contracapa.

  23. Pesquisadores da Universidade Brigham Young identificaram professores que obtiveram pontuações muito altas em uma pesquisa com perguntas de fortalecimento espiritual e de expansão intelectual. Foi pedido a eles que contassem detalhes de como ensinavam e interagiam com os alunos. Com o que foi compartilhado pelo corpo docente, os pesquisadores criaram uma pesquisa com 15 questões. Essa pesquisa foi enviada para um grande número de alunos pedindo que indicassem quais comportamentos do professor teriam a maior influência no fortalecimento espiritual e na expansão intelectual deles. De acordo com os resultados da pesquisa, os alunos disseram que o primeiro fator para se alcançar essas duas medidas era o professor “mostrar que acredita no potencial dos alunos”. O sexto fator mais significativo era o professor “sentir e expressar preocupação e empatia pelos alunos”. Para mais informações sobre essa pesquisa, ver Alan L. Wilkins e A. Jane Birch, “Spiritually Strengthening and Intellectually Enlarging Faculty: What Students Want”, Perspective, segundo semestre de 2017, pp. 30–37.

  24. First Presidency Shares Messages from General Conference Leadership Session”, 4 de abril de 2019, mormonnewsroom.org.

  25. Ver Ronald A. Rasband, “Jesus Cristo é a resposta”, (Uma Autoridade Geral Fala a Nós, 8 de fevereiro de 2019); “Suicídio — Instruções para Líderes em Serviço.” A seção “Esperança e ajuda”, no site da Igreja, oferece recursos para ajudar os professores em vários tópicos como abuso; dependência; pornografia; morte, luto e perda; deficiências; divórcio, saúde emocional e mental; Mórmon e gay; gravidez e pais que criam os filhos sozinhos; e suicídio.

  26. Apocalipse 12:10.

  27. D. Todd Christofferson, “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo”, A Liahona, maio de 2011, p. 97.

  28. Ver Neil L. Andersen, “A fé para encontrar e batizar conversos” (Seminário para Novos Presidentes de Missão, 25 de junho de 2016)

  29. Boyd K. Packer, “The Ideal Teacher”, p. 6.