O pedido de meu coração
Quando eu meu casei, aos 24 anos, estava tão focada em minha carreira que não pensava em ter filhos. Mas, depois de uns dois anos de casados, meu marido e eu começamos a tocar no assunto. Eu tinha um histórico de problemas hormonais que começaram em minha adolescência e, por isso, senti que devia buscar a ajuda de profissionais. Três anos depois, eu ainda não tinha conseguido engravidar naturalmente. Foi então que decidimos tentar tratamentos mais complexos.
Após um exame de sangue, recebi um “falso positivo” e, em seguida, o médico disse que eu havia sofrido um aborto espontâneo. Fiquei muito triste, mas as orações, os jejuns e as idas ao templo mantinham vivas minha fé e minha esperança. Em meu coração, eu sempre tinha um pedido: “Senhor, concede-me a bênção de ser mãe!” E acho que para me lembra de que isso era possível, um versículo das escrituras que se encontra no Livro de Mórmon, em Enos 1:15, fazia parte de minha rotina: “Tudo quanto pedires com fé, acreditando que receberás em nome de Cristo, tu receberás”.
Continuei com os tratamentos, e foram vários, mas nada dava resultado. Tratamentos difíceis, por vezes dolorosos, que me faziam pensar em desistir. Mas o desejo de ser mãe sempre era mais forte e falava mais alto. Foram longos 12 anos tentando. Muitos tratamentos, altos e baixos. Coisas que apenas meu marido e eu sabemos.
Em 2010, nós nos encontramos com um líder de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias para receber uma bênção. Era um domingo e, durante o encontro, meu marido falou sobre nosso desafio de tantos anos tentando ter um filho. Aquele líder nos escutou com muita atenção e compartilhou conosco algumas experiências lindas também. Ele comentou que poucas vezes havia imposto as mãos para bênçãos daquela natureza, mas sentia que deveria fazê-lo. Primeiro, ele abençoou a mim. Foi como se o céu tivesse sido aberto naquele momento. Eu, de olhos fechados, sentia-me como se estivesse flutuando! Ele então abençoou meu esposo. Ele nos pediu que fizéssemos tudo o que estivesse ao nosso alcance para que o Senhor também pudesse fazer a parte Dele. Sabíamos que a vontade do Senhor tinha sido declarada naquela benção, mas sabíamos também que o cumprimento daquela promessa dependia de nossa fé. Naquela tarde, ficamos emocionados e nos sentimos “amados filhos de Deus”.
Dois anos depois dessa experiência, nosso milagre nasceu! Uma menina linda. Tivemos a confirmação da escritura no livro de Enos. Tivemos a certeza de que a fé é o alicerce para grandes feitos, e de que, ao exercermos fé, todas as coisas podem acontecer, de acordo com a vontade do Pai.
Meu marido e eu prestamos testemunho de que milagres acontecem hoje! O sacerdócio é o poder de Deus concedido aos homens aqui na Terra. Precisamos constantemente exercitar nossa fé e praticar boas obras para que as bençãos dos céus sejam alcançadas. Ao olhar para o sorriso meigo e puro de nossa filha, vejo a prova disso.
“Minutos e horas bem aproveitados são os tijolos de uma vida bem vivida. Eles podem inspirar bondade, tirar-nos do cativeiro das imperfeições e nos guiar rumo ao caminho redentor do perdão e da santificação. Com vocês, ergo meu coração em agradecimento à magnífica dádiva da nova oportunidade, da nova vida e da nova esperança.”
— Dieter F. Uchtdorf