Passaporte Espiritual

RootsTech 2014


Há um passaporte espiritual necessário para cada pessoa na Terra qualificar-se para a exaltação. Para serem admitidas, todas as condições devem ser cumpridas.
 

Sejam bem-vindos, todos os presentes neste edifício e todos aqueles que nos ouvem em todo o mundo. Mais de 600 estacas inscreveram-se para assistir ao vivo ou mais tarde quando realizarem eventos da História da Família. Os participantes desta sessão são principalmente os líderes do sacerdócio da ala e estaca, consultores de história da família, Consultores e Diretores de Centro. Estendo as boas-vindas a vocês e a todos os presentes.

Acelerar o Trabalho de Salvação é o convite dos Profetas aos líderes e membros em nossos dias. Acelerar é “mover-se ou agir com rapidez, apressar, aumentar a velocidade; adiantar”.[i] Também significa “fazer (algo) acontecer com mais rapidez”.[ii] O trabalho de Salvação é “ajudar pessoas e famílias a qualificarem-se para a exaltação”.

São quatro as responsabilidades divinamente atribuídas para nos qualificarmos para a exaltação, conforme explicado no Manual 2[iii]. Uma delas é ajudar a possibilitar a salvação dos mortos por meio da edificação de templos e da realização de ordenanças vicárias”.[iv]

O Trabalho de história da família e do templo é uma das maiores evidências da Ressurreição e da vida após a morte. Ao longo dos anos existem evidências convincentes da comunicação através do véu para ajudar esta obra ir adiante.

Estou feliz em informar que estamos progredindo. No ano passado, o número de membros que enviaram nomes para as ordenanças do templo aumentou 17% em relação ao ano anterior. Passou de 2,4 para 2,7 por cento dos membros. Apesar de 17% demonstrar uma melhoria impressionante também demonstra que há mais de 97% dos membros que não estão enviando nomes regularmente para as ordenanças do templo. É um convite para mudar.

Meu propósito hoje é falar com clareza e toda franqueza que vocês podem fazer a diferença na vida dos membros da Igreja. Vou falar sobre o que precisa ser feito e por que e depois compartilhar ideias de como realizar uma mudança.

O que você aprender nesta conferencia só terá valor se houver ação, eu convido a cada um de vocês a agir de acordo com o que aprenderem. Ensine o que aprender nesta sessão a pelo menos uma pessoa nas próximas 24 horas. Você vai aceitar meu convite? Você pode fazer anotações. Suas anotações vão ajudá-lo a lembrar-se.

Coisas importantes para saber e fazer

Há coisas que são importantes saber e agir de acordo com elas

Num dia quente de verão eu dirigia com nosso primeiro filho, um menino, que tinha cerca de um ano de idade. Percebi que ele estava caído e logo descobri que ele tinha desmaiado e parado de respirar em reação a uma vacina. Pode imaginar minha ansiedade. Era urgente e eu fiz uma massagem cardiorrespiratória e lhe dei uma bênção. Eu não tinha tempo para ir até meu pai, líder dos escoteiros ou a um líder do sacerdócio para aprender a fazer massagem cardiorrespiratória ou dar uma bênção do sacerdócio. Felizmente, meu pai, os líderes dos escoteiros e do sacerdócio me ensinaram bem. Fui capaz de dar-lhe uma bênção e revivê-lo. Agora, meu filho tem sua própria família. Meu pai e meus líderes me ajudaram a salvar a vida dele.

Quando eu e a irmã Packer entramos em um novo país precisamos apresentar o passaporte a um oficial de imigração. O passaporte é a credencial de entrada. Se julgar que atendemos aos critérios, o oficial de imigração nos deixará entrar. Caso contrário, teremos que voltar.

Há um passaporte espiritual necessário para cada pessoa na Terra qualificar-se para a exaltação após esta vida. Para serem admitidas, todas as condições devem ser cumpridas. (Uma cópia deste folheto encontra-se em sua bolsa de cadastro ou cópias adicionais estão disponíveis ao sair desta sessão)

Assim como uma massagem cardiorrespiratória salva vidas, o templo e a história da família também salva vidas. Todos precisamos do carimbo em nosso passaporte espiritual.

O papel dos líderes do sacerdócio e colaboradores de história da família é ajudar os membros a ter as credenciais corretas em seu passaporte espiritual. Agora, muitos não membros tem o carimbo no passaporte para o trabalho de história da família. Nos Estados Unidos 75% dos membros têm suas quatro gerações na Árvore Familiar. Isso significa que 25%, não têm.

Internacionalmente 70 por cento dos membros não têm ambos os pais na Árvore Familiar. Noventa por cento não têm seus avós registrados na árvore. Noventa e cinco por cento dos membros internacionais não têm seus bisavós na árvore. Os membros são responsáveis por mais do que apenas as quatro primeiras gerações. Precisamos ajudar todos os membros da Igreja a encontrar seus antepassados.

A Igreja construiu e/ou anunciou 171 templos. Com o aumento da capacidade e o aumento da frequência, esses nomes são ainda mais necessários para manter os templos ocupados. Cada distrito de templo deve tornar-se autossuficiente no envio de nomes pelos membros.

As abordagens de ensino e motivação anteriores resultaram apenas em menos de 3% no envio de nomes pelos membros. Para alcançar os outros 97% precisamos mudar o modo de pensar, de ensinar e do que ensinar. Esses 97% são uma prioridade para o departamento.

Precisamos concentrar-nos em ajudar esses 97%, a encontrar e autorizar as ordenanças por seus antepassados. É um convite para ajudar os membros das alas e estacas.

O departamento procurou estacas em que os membros estavam enviando nomes acima da média. Encontramos uma estaca que estava enviando cinco vezes acima da média da Igreja. Doze por cento de seus membros estavam enviando nomes regularmente.

Descobrimos que a nova presidência da estaca havia decidido que eles seriam uma estaca dedicada ao templo. Também sabiam que precisavam de nomes para o templo. Eles usaram de inspiração e liderança com líderes e membros. Eles ensinaram princípios corretos e fizeram um acompanhamento regular e consistente de longo prazo.

Foi simples. Foi fácil. Foi natural e eficiente. Como resultado, eles vão ao templo regularmente em condições difíceis, são autossuficientes no envio de nomes ao templo, têm um profundo testemunho e seus membros agora estão enviando cinco vezes mais nomes do que a média da Igreja.

Essa estaca fica na Costa do Marfim, onde poucas pessoas ou famílias têm um computador. Eles estão de 10 a 12 horas distantes de um templo e precisam viajar através de uma zona de guerra para chegar lá. Os membros dependem de consultores ou de computadores dos edifícios da ala para enviar nomes para ordenanças. Apesar dessas condições, eles vão ao templo duas vezes por ano, levando mais nomes de familiares do que poderiam.

Também ficamos sabendo que outras estacas na área estão repetindo os mesmos princípios com sucesso.

O que líderes inspirados fizeram, nós podemos fazer. Podemos receber inspiração para saber o que fazer. “(…) o Espírito Santo, vos mostrará todas as coisas que deveis fazer.”[v] Podemos ser missionários para ajudar aqueles sob nossos cuidados a ter uma mudança de coração. Podemos edificar a fé, fortalecer o testemunho, inspirar e motivar. Os missionários criam situações em que seus pesquisadores podem ter experiências espirituais. Podemos ajudar os membros a ter uma experiência espiritual. Podemos ajudá-los a sentir o espírito de Elias. O espírito de Elias é o Espírito Santo prestando testemunho da natureza divina da família[vi]. No trabalho missionário chamamos essa mudança de uma “mudança de coração”[vii]. No trabalho de história da família chamamos a isso de “voltar o coração”[viii]. No final, as pessoas ganham um testemunho forte o suficiente para motivá-las. As pessoas são motivadas por seus sentimentos e experiências.

A doutrina desta obra está bem estabelecida no Velho e no Novo Testamento e nas escrituras modernas. A doutrina da família foi criada no princípio no conselho no céu. A família está no centro do plano de salvação. Depois, Adão e Eva foram criados e ordenados a se multiplicar e encher a Terra e ter alegria e regozijo em sua posteridade. Se a família não existisse ou não fosse ligada, o propósito da Terra seria destruído. Em Malaquias lemos, [Malaquias 4:6] “E ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha, e fira a Terra com maldição”.[ix] Em outra passagem a escritura é repetida e redigida um pouco diferente. “Se assim não fosse, toda a Terra seria completamente destruída na sua vinda.”[x]

No Novo Testamento, lemos que foram realizados batismos pelos mortos. Quando questionado se os mortos ressuscitariam, as escrituras registram [I Coríntios 15:29] “Doutra maneira, que farão os que se batizam pelos mortos, se absolutamente os mortos não ressuscitam? Por que se batizam eles então pelos mortos”?[xi]

Essas doutrinas foram reafirmadas na revelação moderna[xii] enfatizando que as ordenanças devem ser feitas primeiramente para “nossos” mortos. Em seguida, mais tarde, Doutrina e Convênios explica a interdependência de vivos e mortos. [D&C 128:18] “Pois nós, sem eles não podemos ser aperfeiçoados; nem podem eles, sem nós, ser aperfeiçoados. Nem podem eles nem podemos nós ser aperfeiçoados sem os que morreram no evangelho”.[xiii]

Sabemos que as ordenanças realizadas pelos mortos são apenas uma oferta para a pessoa. A pessoa pode aceitar ou rejeitar como quiser. Essas pessoas não são contadas como membros da Igreja. Realizamos as ordenanças como um serviço e um ato de amor. Esse ato de puro amor dos membros é um testemunho da Ressurreição.

Onde podemos começar e o que podemos fazer? Aqui estão algumas sugestões de como ajudar a despertar o interesse da ala e estaca em aumentar o número de membros que enviam nomes para as ordenanças do templo.

A primeira sugestão é ajudar os membros. Ajudar os membros é melhor quando feito individualmente ou em pequenos grupos, especialmente nas famílias. É melhor ainda quando isso é feito em casa. A irmã Julene Davidson, uma consultora de 17 anos de idade, reuniu-se com uma família. Ela começou a ajudar a família ao vestir as crianças para reencenar um evento na vida de um antepassado. A reencenação despertou sentimentos tanto nas crianças quanto nos pais.

Segunda sugestão coloque em primeiro lugar o coração e depois os gráficos. Comece a tocar o coração dos membros com histórias e fotos de seus antepassados para ajudá-los a ter uma experiência espiritual ao sentir o Espírito de Elias.

A abordagem anterior para ajudar alguém novo a iniciar sua história da família era ensiná-lo a usar um programa de computador. Em seguida, iríamos ensinar uma longa lista de regras e métodos para fazer genealogia. Não fomos muito bem-sucedidos em motivar ou inspirar.

Quando começamos pedindo às pessoas que contassem uma história sobre um antepassado, elas contaram. Quando elas contam suas histórias, sentimentos são despertados. Elas sentem o espírito de Elias que é o Espírito Santo. Elas aprendem sobre si mesmas e começam a amar seus antepassados. É esse amor que as motiva a fazer algo por eles.

Reflita um pouco. Pense em um de seus antepassados que lhe influenciou. O que foi que ele fez por você? Como você se sente a respeito dele? Contar histórias e mostrar fotografias promovem experiências espirituais.

Gostaria de contar uma experiência pessoal. Fui criado num lar onde meus pais aplicaram esse princípio. Eles contavam histórias. Muitas histórias eram sobre nossos antepassados. Muitas das fotos e histórias desses antepassados agora estão na Árvore Familiar. Uma dessas histórias era sobre Christina Olsen Wight.

Esta é uma fotografia de Christina Olsen Wight que está na Árvore Familiar. Ela nasceu na Dinamarca, no ano de 1830. A família dela foi convertida ao evangelho. Devido a sua pobreza, eles não podiam ir para o Vale do Lago Salgado em grupo. Primeiro, um irmão foi enviado, mais tarde, os pais imigraram e Christina e duas irmãs adolescentes ficaram para ganhar dinheiro suficiente para então irem para o Vale do Lago Salgado. Três anos mais tarde, elas economizaram o suficiente e conseguiram ir com uma companhia de carrinhos de mão.

Christina registrou que “depois de 70 dias na trilha nossos dois pares de sapatos ficaram desgastados. Eu tinha levado um terceiro par de sapatos amarrado em meu pescoço. Guardei meu terceiro par de sapatos, porque queria andar no Vale do Lago Salgado com os meus sapatos”.[xiv]

Mais tarde ela escreveu, “no último dia de viagem, ao acordar pela manhã havia um pouco de neve no chão. Sentei-me em uma rocha para tirar os sapatos de meu pescoço (…) Tentei colocar os sapatos, mas meus pés estavam tão inchados e cortados que meus sapatos não cabiam. Tive que entrar no Vale do Lago Salgado ainda carregando meus sapatos como havia feito por muitas centenas de quilômetros. Entrei descalça no Vale e a cada passo deixei pegadas de sangue na neve”.

Cristina Olsen Wight moldou minha vida. As histórias compartilhadas por meus pais tornaram essas pessoas reais para mim e eu desenvolvi amor por elas. Cresci querendo não fazer nada que envergonhasse meu legado.

Pense nas Christinas de sua vida. Que impacto elas causam em você?

Elas são pessoas reais. Não são apenas datas em uma lápide. Esta é a lápide de Christina e de seu marido Lyman Wight.

Os nomes e datas na lápide são genealogia e isso é o que a maioria das pessoas pensa quando ouve as palavras história da família. A genealogia é uma parte da história da família, mas a história da família é muito mais. A história da família inclui o passado histórico e as histórias de nossa família. A história da família também inclui o presente ao criarmos histórias vivendo nossas vidas. A história da família também inclui o futuro histórico da vida de nossos descendentes. Podemos moldar o futuro, assim como nossos antepassados moldaram nossas vidas. Podemos moldar o futuro de nossos descendentes, por meio da vida que vivemos e das histórias e fotos que compartilhamos.

Você pode fazer a mesma coisa, seguindo uma fórmula para ajudar as pessoas a ter uma experiência que as leve a uma mudança de coração:

  1. Conte uma história de sua própria família
  2. Convide-as a compartilhar suas histórias de família
  3. Convide-as a descobrir mais sobre este antepassado, conversando com outros parentes
  4. Grave e compartilhe histórias e coloque-as na Árvore Familiar ou registre-as no livreto Minha Família

Há outra maneira de proporcionar uma experiência na qual as pessoas sintam o Espírito de Elias. Se estiver em uma área com acesso à Internet, uma forma eficiente é acessar online a Árvore Familiar e pesquisar fotos e histórias de uma pessoa. Eu fiz exatamente isso ao compartilhar os dados armazenados de minha antepassada Christina Olsen Wight.

Para aqueles que não têm acesso à Internet, use o livreto Minha Família. Comece a acrescentar fotos e histórias. Um consultor de história da família pode ajudá-lo a adicionar as histórias à Árvore Familiar.

Outra sugestão é incentivar a participação nas reuniões familiares. A reunião familiar é um ótimo momento para perguntar aos membros da família sobre os antepassados. Também é um momento divertido para compartilhar histórias que coletou. As famílias podem ser incentivadas a preservar suas histórias e fotos na Árvore Familiar.

A próxima ideia deve mudar a ordem do ensino nas aulas de história da família. Novamente, precisamos ensinar de modo diferente. Coloque em primeiro lugar o coração e depois os gráficos. Comece ajudando o aluno a aprender sobre si mesmo ao aprender sobre um antepassado e compartilhar histórias e fotos.

Meu irmão David e sua esposa Sue dão aulas de história da família. Eles obtiveram sucesso ao dar as duas ou três primeiras aulas compartilhando histórias e deixando que seus alunos compartilhassem seus sentimentos. Eles pedem a seus alunos para escolher alguém que eles quisessem conhecer mais. Eles iniciam com uma pergunta que ajuda os participantes a descobrir seus antepassados, “Por que você escolheu essa pessoa”? “Conte-nos sobre ela”. Um irmão chamado Kelly escolheu seu pai que morreu quando ele tinha apenas oito anos. Ele perdeu o contato com esse lado da família. Ele colocou uma história sobre seu avô na Árvore Familiar e perguntou se alguém sabia alguma coisa. Em poucos dias, ele tinha um contato e um CD com fotos e histórias. Então ele encontrou e conheceu outros parentes e descobriu mais histórias e fotografias. Kelly foi motivado a descobrir. Kelly descreve a Árvore Familiar como “O Facebook dos mortos”.[xv]

Por muitos anos ensinamos primeiro sobre tecnologia e regras de genealogia. Agora, comecemos com histórias e fotos. Ajude as pessoas a se descobrirem. A história da família começa com o coração, não com gráficos.

Outra sugestão é colocar a família de volta na história da família e no trabalho do templo. Por muitos anos a história da família e o trabalho do templo foram experiências individuais. Tornou-se algo que uma pessoa faz sozinha. Quando alguém quer fazer a história da família, vai para o computador ou à biblioteca sozinho. Nunca levam crianças pequenas para a biblioteca. As crianças não achariam nada para fazer ou seriam convidadas a sair por causa das interrupções. Quando os jovens vão ao templo, com quem vão? Eles vão com sua classe ou quórum. Raramente vão com a família. Até a classe de história da família da escola dominical é apenas para um ou dois membros da família.

Precisamos colocar a família de volta na história da família e no trabalho do templo. Podemos começar tendo aulas em casa com a família. Em vez de ir ao templo, com suas classes e quóruns, promova a ida em família, para realizar ordenanças para os membros da família. Nossa biblioteca de história da família pode tornar-se mais voltada para a família. Você pode ter suas próprias ideias.

Encontramos uma série de dicas comprovadas em uma pesquisa com bispos. O Departamento de História da Família tem pesquisado o que as alas com taxas altas de atividade na história da família estão fazendo. Segue-se a lista do que foi encontrado. Nos lugares em que cinco a sete destas coisas foram feitas, a taxa de atividade no templo foi o dobro da média por ala.

  1. O guia “Voltar o Coração” é fundamental no plano da ala. O conselho da ala desenvolve e trabalha seu plano.
  2. Chamar jovens como consultores de história da família.
  3. Ter três ou mais consultores ativos de história da família.
  4. Os jovens levam nomes de familiares em caravanas ao templo. A Primeira Presidência[xvi] incentivam os jovens a sempre levarem nomes de familiares ou de familiares de outros membros da ala ou estaca ao templo.
  5. Os consultores ajudam os membros pelo menos uma vez por mês.
  6. Os consultores reúnem-se com os líderes do sacerdócio pelo menos uma vez por mês.
  7. Os consultores ajudam os recém-conversos pelo menos uma vez por mês.

Nos lugares em que cinco dessas sete coisas foram feitas, a taxa de envio de nomes ao templo dobrou. Não encontramos nenhuma ala que tenha praticado todas essas dicas. Talvez essa ala tenha sido transladada.

O novo relatório trimestral pode lhe ser útil. A partir deste ano haverá um relatório trimestral revisado. Pela primeira vez, todo líder de ala e estaca receberá comentários a respeito das atividades de história da família e trabalho do templo de sua unidade. Incentivo-os a buscarem essas informações e a usá-las para ajudá-los a serem mais eficientes como líderes. Essas informações do relatório trimestral são fornecidas pela Igreja e não exige nenhum trabalho de sua parte.

Superar Obstáculos

Por muitos anos existiram obstáculos a esse trabalho que impediram muitos de fazer o trabalho do templo e de história da família. Esses obstáculos fixaram percepções profundas na mente das pessoas. Embora a maioria desses obstáculos, se não todos, tenham sido eliminados, a percepção permanece. É hora de ajudar os membros a mudar sua percepção. Aqui estão algumas.

Só pessoas mais velhas fazem. Alguns acreditam que têm de esperar até ficarem mais velhos e aposentados. Esta conferência é a melhor prova que de isso é um mito. Há cerca de 4000 jovens que se inscreveram para o evento de história da família.

Outros acreditam que o trabalho está todo feito. Há alguns anos atrás um parente levou vários netos para sua cabana. Na estrada eles compartilharam várias histórias de seus antepassados com as crianças. Depois de um monte de histórias sobre antepassados uma das crianças menores perguntou: “O que é um antepassado”?

A verdade é que muitos aparentemente não sabem a respeito dos antepassados porque acham que as ordenanças já foram feitas ou que não podem achar mais ninguém por quem possam realizar o trabalho do templo.

As pessoas podem encontrar e autorizar ordenanças não apenas por seus antepassados em linha direta, mas também por primos desses antepassados e seus descendentes. Isso se chama pesquisa de descendência. Um estudo calcula que se voltarmos dez gerações e fizermos o trabalho por seus primos e seus descendentes, se houver quatro filhos por família existe o potencial de cerca de oito milhões de pessoas. Muitos tinham famílias muito maiores. Se você tiver feito oito milhões de nomes, talvez você tenha terminado e possa ajudar outras pessoas. Mas se você ainda não fez oito milhões de nomes, existem nomes para você encontrar.

Outro equívoco é de que já pesquisaram todos os registros disponíveis. Antes que você pense que não há nenhum registro disponível, estamos acrescentando 1,7 milhões de nomes para pesquisa familiar todos os dias! Recentemente assinamos parcerias com várias empresas, inclusive Ancestor, Find My Past, My Heritage e The New England Genealogical Society. Calculamos que vamos adicionar três a quatro vezes mais o número atual de nomes para pesquisa. Você pode procurar novamente.

Outro obstáculo é a crença de que você precisa ter muito conhecimento técnico. Alguns temem a tecnologia ou o fato de a história da família ter sido muito técnica no passado. O trabalho foi bem simplificado no site e o computador cuida dos detalhes.

O último obstáculo que vou mencionar é a crença de que vocês precisam viajar para ter acesso aos registros. Já não é necessário as pessoas viajarem tanto. Cada vez mais registros estão disponíveis online. Muito pode ser feito usando a Internet e trabalhando com os consultores em casa.

Conclusão

A Igreja lida com muitos viajantes e passaportes. Ocasionalmente um viajante chegará a um país sem todas as credenciais adequadas para entrar. Não demora muito tempo para o viajante ligar pedindo ajuda. O viajante sempre liga para as pessoas que podem ajudá-lo.

Algum dia no futuro, cada um de nós vai precisar apresentar as credenciais espirituais para entrar no reino de Deus. A maioria de nossos antepassados já faleceu. Eles já desembarcaram e permanecem na imigração. Muitos, talvez a maioria, não têm todas as credenciais necessárias para entrar. Faltam as ordenanças. Eles estão ansiosos, até mesmo desesperados, para obter as ordenanças do templo que podem fazê-los seguir adiante. Como eles se sentem nessa situação? Pode sentir a ansiedade deles? Como as pessoas vivas apanhadas pela imigração, eles chamam aqueles que mais podem ajudá-los. Os mortos chamam aqueles que podem ajudá-los, seus descendentes que podem encontrar e autorizar as ordenanças do templo.

Não consegue imaginar os mortos esperando, numa fila de imigração espiritual para alcançar a mão daqueles que podem influenciar, ensinar e motivar seus descendentes? Vocês são aqueles que eles querem alcançar!

Quanto tempo faz desde que você disse a si mesmo: “Eu sabia que devia ter feito isso”? Ou, eu sabia que não devia ter feito isso”. Esses sentimentos são os sussurros do espírito. Não se surpreenda se tiver sentimentos a respeito de um antepassado seu ou de alguém que você conhece.

Você pode sentir os mortos tentando conseguir ajuda? Você pode sentir suas esperanças e desejos? Você pode imaginá-los pedindo ajuda? O Presidente Eyring disse: “Vocês têm as esperanças deles nas mãos”.[xvii]

Todos nós precisamos de nossos passaportes carimbados. Você está na condição de ajudar 97% de pessoas a obter seus carimbos. Você pode fazer a diferença. Você deve fazer a diferença. “Vocês têm as esperanças deles nas mãos”.[xviii]

 


[i] Online: O Dicionário Gratuito da Farlex.

[ii] Dicionário online Merriam-Webster

[iii] Manual 2, 2.2

[iv] Manual da Igreja 2, 2.2

[v] 2 Néfi 32: 5

[vi] Élder Russell M. Nelson , Conferência Geral de abril de 1998

[vii] Alma 5:12

[viii] Malaquias 4:5 – 6, D&C 2

[ix] Malaquias 4:6

[x] D&C 2:3

[xi] I Coríntios 15:29.

[xii] D&C 2:1 – 4

[xiii] Doutrina e Convênios 128:18

[xiv] História de Christina Olsen Wight

[xv] História contada por David Packer

[xvi] Carta da Primeira Presidência de 8 de outubro de 2012, “Nomes para as Ordenanças do Templo”

[xvii] Presidente Henry B. Eyring, discurso na Conferência Geral de maio de 2005

[xviii] Presidente Henry B. Eyring, discurso na Conferência Geral de maio de 2005