Biblioteca
Capítulo 7: Estudar os Discursos da Conferência Geral


Capítulo 7

Estudar os Discursos da Conferência Geral

Introdução

Os capítulos 1–6 nos dão um entendimento doutrinário do papel dos profetas, videntes e reveladores vivos. O capítulo 7 aborda os ensinamentos dos discursos da edição de conferência da revista A Liahona. Conforme declarado na introdução do curso, a intenção não é que o professor leve o semestre inteiro para ensinar os primeiros seis capítulos. Este curso foi planejado para que a maior parte do tempo em classe seja gasto debatendo e aprendendo com a conferência geral mais recente. Os professores podem usar o tempo de aula para estudar um único discurso ou partes de vários discursos.

O principal objetivo deste curso é ajudar os alunos a aprender as palavras dos profetas vivos. O Élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou aos educadores que eles devem ajudar os alunos a se tornarem autossuficientes espiritualmente:

“Todos conhecemos o ditado de que dar um peixe a um homem garante apenas uma refeição. Se o ensinarmos a pescar, porém, estaremos alimentando esse homem por toda a vida. Como instrutores do evangelho, não estamos trabalhando na distribuição de peixes, mas, sim, no trabalho de ajudar as pessoas a aprenderem a ‘pescar’ e se tornarem espiritualmente autossuficientes. (…)

Observei uma característica comum entre os professores que exerceram maior influência em minha vida. Eles me ajudaram a procurar aprender pela fé. Recusaram-se a dar-me respostas fáceis para perguntas difíceis. Na verdade, não me deram resposta alguma. Em vez disso, indicaram o caminho e me ajudaram a dar os passos para encontrar minhas próprias respostas. Sem dúvida nem sempre apreciei essa abordagem, mas a experiência me permitiu compreender que uma resposta dada por outra pessoa geralmente não é lembrada por muito tempo, se é que será lembrada. Mas uma resposta que descobrimos ou obtemos pelo exercício da fé geralmente é retida por toda a vida. O aprendizado mais importante da vida é alcançado, não ensinado” (David A. Bednar, “Aprender pela Fé”, A Liahona, setembro de 2007, p. 23).

Observação: Os alunos devem ser incentivados a trazer uma cópia pessoal da edição mais recente da revista A Liahona de conferência para a classe sempre que for necessário.

Preparação prévia: No final desta lição, estão duas cópias do discurso do Presidente Dieter F. Uchtdorf “Fazemos uma Grande Obra, de Modo Que Não Poderemos Descer”, da Conferência Geral de abril de 2009 (ver A Liahona, maio de 2009, p. 59) — a primeira é para os professores e a segunda, para os alunos. Faça uma cópia para cada um dos alunos do discurso destinado a eles.

Sugestões Didáticas

Técnicas de Estudo das Escrituras Que Podem Ser Usadas para Estudar os Discursos de Conferência

Pergunte aos alunos:

  • Como estudar e pesquisar é diferente de apenas ler?

Segure um exemplar de um livro escolar em frente aos alunos e pergunte:

  • Que estratégias específicas vocês usaram para melhorar sua compreensão e retenção do material contido nos livros escolares? (Relacione as respostas dos alunos no quadro, como memorizar, reler, marcar as partes importantes e fazer anotações.)

Observação: Não é necessário tomar muito tempo pedindo aos alunos que expliquem essas estratégias. Respostas breves e simples são suficientes.

Segure um exemplar da edição mais recente da revista A Liahona de conferência e pergunte:

  • Além dos textos escritos dos discursos de conferência, que outras partes da revista podem ajudá-los a aprimorar seu estudo? (As respostas podem incluir “Sumário” e “Índice por Assunto” no início da revista e “Eles Falaram para Nós” e “Índice das Histórias Contadas na Conferência” no final da revista.)

Explique para a classe que os discursos da conferência geral podem ser estudados usando muitas das mesmas técnicas usadas para estudar os livros escolares e, mais importante, as técnicas usadas para estudar as escrituras. Pergunte-lhes:

  • Quais são algumas habilidades de estudo das escrituras que vocês usaram para compreender melhor as escrituras? (Acrescente as respostas dos alunos na lista no quadro; elas podem incluir oração, ponderar, ler em voz alta e cruzar referências.)

À medida que os alunos derem uma resposta, incentive-os a explicar brevemente como as técnicas de estudo das escrituras os ajudaram a entender o significado das escrituras.

Imagem
mulher lendo as escrituras

Peça aos alunos que abram na seção 7.2 de Ensinamentos dos Profetas Vivos — Manual do Aluno. Distribua entre os alunos a lista de 17 habilidades de estudo descrita nesta seção. Peça aos alunos que estudem por dois ou três minutos suas técnicas de estudo designadas. Após alguns minutos, peça aos alunos que descrevam essas técnicas de estudo para o restante da classe. À medida que os alunos fizerem suas apresentações, escreva no quadro quaisquer técnicas de estudo ainda não mencionadas.

Dê a cada aluno uma cópia do discurso “Fazemos uma Grande Obra, de Modo Que Não Poderemos Descer”, do Presidente Dieter F. Uchtdorf, da Primeira Presidência (que se encontra no final deste capítulo). Divida a classe em quatro grupos. Peça a cada grupo que leia e procure um dos seguintes itens:

  • Referências cruzadas para as escrituras

  • Incentivos e convites

  • Frases memoráveis

  • Repetições

Observação: Uma cópia do discurso do Presidente Uchtdorf sem marcações está disponível para distribuir aos alunos, assim como outra cópia para o professor com os exemplos desses quatro itens em destaque (ambas as cópias do discurso estão no final deste capítulo, a primeira cópia é dos professores). A cópia do professor mostra apenas alguns dos itens descritos anteriormente. Em seu estudo do discurso, os alunos podem encontrar vários outros exemplos que não estão na cópia do professor.

Após dar aos alunos tempo suficiente para estudar o discurso, peça a cada grupo que relate o que encontrou e descreva como o uso dessa técnica de estudo ampliou sua compreensão da mensagem do Presidente Uchtdorf.

Incentive os alunos durante o restante do curso a usarem as técnicas de estudo descritas no capítulo 7 do manual do aluno para aprimorar seu estudo da edição de conferência da revista A Liahona. Essas técnicas também podem ser usadas de modo eficaz para estudar os discursos dados pelas autoridades em outras ocasiões além da conferência geral, ou para estudar outros artigos que eles escreveram para as revistas da Igreja. Compartilhe com os alunos como você se beneficiou ao usar algumas dessas técnicas em seu estudo das mensagens da conferência geral.

Maneiras de Ensinar os Discursos da Conferência Geral

Certifique-se de que os alunos saibam com antecedência quais discursos serão abordados em classe. Você pode providenciar para a classe um esboço relacionando quais discursos serão debatidos em cada aula. Certifique-se de que cada aluno tenha uma cópia do discurso e incentive-os a ler e estudar o discurso antes da aula. Isso permitirá que os alunos participem mais plenamente dos debates em classe.

Como em qualquer curso, usar técnicas de ensino variadas ajuda a manter o interesse do aluno e a ampliar seu conhecimento do evangelho. A seguir estão algumas sugestões para ensinar os discursos da conferência geral:

  • Mostre trechos da conferência geral. Enquanto estiver passando o vídeo de um discurso, peça aos alunos que acompanhem em sua cópia escrita do discurso. Peça aos alunos que marquem as partes que lhe chamam a atenção. Você pode incentivá-los a levantar a mão se quiserem pausar o vídeo e debater uma parte do discurso. Você pode incentivar os alunos a procurar um detalhe específico ou a resposta a uma pergunta. Se o vídeo não estiver disponível, os discursos de conferência podem ser lidos em classe.

  • Designe relatórios para os alunos. Os alunos podem se voluntariar (ou serem designados) com antecedência para conduzir um debate sobre um discurso específico. Os alunos também podem ser designados para ensinar informações biográficas sobre as Autoridades Gerais.

  • Conte histórias pessoais. Mostre vídeos das Autoridades Gerais compartilhando experiências pessoais. Se o vídeo não estiver disponível, essas experiências podem ser lidas em classe.

  • Use trabalho em grupo em classe. Peça aos alunos que debatam, em duplas ou em pequenos grupos, alguns aspectos de um discurso ou questões específicas relacionadas a ele. Convide grupos para compartilhar seu debate com a classe.

  • Use designações de “busca” para que os alunos estudem discursos em casa. À medida que os alunos estudarem os discursos de conferência em casa, peça-lhes que busquem doutrinas e princípios-chave, que dão fundamento a passagens de escrituras e frases importantes. Você pode designá-los para escrever um breve artigo resumindo, com suas próprias palavras, o que encontraram.

  • Peça aos alunos que mantenham um diário de estudo. Incentive os alunos a registrar impressões espirituais antes da aula, ou dê tempo a eles no fim da aula.

  • Peça aos alunos que escrevam resumos dos assuntos. Designe alunos para escrever textos breves que combinem ensinamentos de vários oradores sobre um assunto específico.

  • Debata a resposta das Autoridades Gerais aos acontecimentos atuais. Peça aos alunos que ponderem e debatam como as Autoridades Gerais respondem a eventos ocorrendo em todo o mundo atualmente por meio de seus ensinamentos na conferência geral.

  • Leia discursos em classe. Você pode pedir aos alunos que leiam os discursos em silêncio, em voz alta, em duplas ou em pequenos grupos. Ocasionalmente, você também pode ler partes de um discurso para a classe se quiser enfatizar um ensinamento em especial.

  • Compartilhe histórias. Analise as histórias que foram compartilhadas na conferência geral em “Índice das Histórias Contadas na Conferência” localizadas no final de cada edição de conferência da revista A Liahona. Você pode pedir aos alunos que compartilhem por que uma história em particular foi significativa para eles. Ajude os alunos a identificar as doutrinas e os princípios implícitos na história e cruzar as referências com suas escrituras.

Biografias dos Apóstolos

O Apóstolo Paulo aconselhou: “E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que vos presidem no Senhor, e vos admoestam” (1 Tessalonicenses 5:12). Você pode ajudar a fortalecer o testemunho dos alunos a respeito dos profetas, videntes e reveladores, compartilhando informações biográficas curtas sobre eles. Você pode encontrar as informações biográficas em newsroom.LDS.org e nos almanaques da Igreja. Fotos das Autoridades Gerais, disponíveis no centro de distribuição, também incluem informações biográficas no verso.

Fazemos uma Grande Obra, de Modo Que Não Poderemos Descer (Cópia do Professor)

Presidente Dieter F. Uchtdorf

Segundo Conselheiro na Primeira Presidência

A Liahona, maio de 2009, p. 59; grifo do autor.

Imagem
Presidente Dieter F. Uchtdorf

Queridos irmãos, já há alguns meses sei qual a mensagem que quero passar hoje a vocês. Desde essa época, tenho procurado uma história que ilustre o que desejo dizer. Procurei uma história sobre agricultura, procurei uma história sobre animais. Querendo homenagear o Élder Scott, procurei uma história sobre engenharia nuclear e, em homenagem ao Presidente Monson, uma história sobre criação de pombos.

O tempo todo, uma história sempre me ocorria — uma história que está indelével em minha memória há muitos e muitos anos. Não é sobre agricultura, engenharia nuclear nem pombos. É sobre (como já devem ter adivinhado) aviação. Eu a chamo de “A História da Lâmpada”.

A História da Lâmpada ou Como Negligenciar o Que É Mais Importante

Numa escura noite de dezembro, há 36 anos, um jato Lockheed 1011 caiu em Everglades, Flórida, matando mais de 100 pessoas. Esse terrível acidente foi um dos que causou o maior número de vítimas na história dos Estados Unidos.

Um detalhe curioso nesse acidente é que todas as peças e os sistemas vitais da aeronave funcionavam perfeitamente — e o avião poderia facilmente ter aterrissado em segurança em seu destino, Miami, a apenas 30 quilômetros dali.

Ao aproximar-se para o pouso, a tripulação notou que uma luz verde não acendera — a luz que indica que o trem de pouso dianteiro está adequadamente fixado. Os pilotos abortaram a aproximação, colocaram a aeronave voando em círculos, no padrão de espera, sobre o escuro Everglades, e dedicaram-se a detectar o problema.

Ficaram tão concentrados nessa inspeção, que não perceberam que o avião estava descendo gradualmente em direção ao escuro pântano abaixo. Quando alguém percebeu o que estava ocorrendo, era tarde demais para evitar o desastre.

Após o acidente, os técnicos procuraram determinar a causa. O trem de pouso, de fato, estava fixado adequadamente. O avião apresentava condições mecânicas perfeitas. Tudo funcionava corretamente — tudo, exceto uma coisa: uma simples lâmpada que se queimara. Aquela lampadazinha — que custa uns 20 centavos — iniciou uma série de eventos que culminou com a trágica morte de mais de 100 pessoas.

É claro que não foi o defeito da lâmpada que causou o acidente; a queda ocorreu porque a tripulação direcionou sua atenção a algo que parecia importante naquele momento — e perdeu de vista o que era de maior importância.

Concentre Sua Atenção Naquilo Que É Mais Importante

A tendência de concentrar-se nas insignificâncias em detrimento das coisas importantes não acontece apenas com pilotos, mas com todo mundo. [Frase memorável] Todos nós corremos esse risco. O motorista que presta atenção à estrada tem muito mais chances de chegar sem acidentes ao destino do que aquele que se concentra no celular para enviar mensagens.

Sabemos o que é mais importante na vida: a Luz de Cristo ensina isso a todos. Nós, os fiéis santos dos últimos dias, temos a “companhia constante” do Espírito Santo1 para ensinar-nos quanto às coisas de valor eterno. Considero que qualquer portador do sacerdócio que me ouve hoje, se lhe fosse pedido para falar sobre “o que é mais importante”, poderia fazê-lo, e certamente faria muito bem. Nossa fraqueza repousa na ineficácia com que alinhamos nossas ações a nossa consciência. [Frase memorável]

Pensem por um momento e vejam onde está seu coração e seus pensamentos. Dedicamos a devida atenção ao que é mais importante? Um indício valioso é a maneira como você gasta seus momentos de paz. Para onde voam seus pensamentos quando o clamor de exigências imediatas desaparece? Seu coração e seus pensamentos voltam-se para aquelas coisas efêmeras que importam somente naquele momento, ou naquilo que mais importa? [Convite]

Que rancores você guarda? Quais são suas desculpas de praxe para deixar de ser o marido, pai, filho e portador do sacerdócio que você sabe que deveria ser? O que distrai sua atenção dos seus deveres ou impede que você magnifique seu chamado com maior diligência?

Evitar a Distração

Às vezes aquilo que desvia nossa atenção não é algo mau em si; costuma até nos fazer sentir bem.

É possível até que boas coisas venham em excesso. [Frase memorável] Um exemplo pode ser o do pai ou avô que passa horas pesquisando seus antepassados ou criando um blog, mas que negligencia ou evita passar momentos bons ou significativos com os próprios filhos e netos. Outro é o do jardineiro que gasta vários dias arrancando ervas daninhas dos canteiros, mas ignora as ervas daninhas espirituais que ameaçam sufocar sua alma.

Até alguns programas da Igreja podem tornar-se uma distração, se os levarmos a extremos e permitirmos que ocupem nosso tempo e atenção à custa daquilo que mais importa. Precisamos ter equilíbrio na vida. [Frase memorável]

Quando amamos de verdade nosso Pai Celestial e Seus filhos, demonstramos esse amor por meio das nossas ações. Perdoamo-nos mutuamente e procuramos fazer o bem, pois o nosso “velho [eu] foi com [Cristo] crucificado”.2 [Referência cruzada] “[Visitamos] os órfãos e as viúvas nas suas tribulações” e nos guardamos “da corrupção do mundo”.3 [Referência cruzada]

Meus queridos irmãos do sacerdócio, vivemos nos últimos dias. O evangelho de Jesus Cristo foi restaurado à Terra. As chaves do sacerdócio de Deus foram dadas novamente ao homem. Vivemos uma era de expectativa e de preparação, que Deus nos confiou para preparar a nós, nossa família e nosso mundo para a alvorada que se aproxima — o dia em que o Filho de Deus “descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus”4 e estabelecerá o Seu reino milenar.

Foi-nos confiado o santo sacerdócio e nos foi dada a responsabilidade, o poder e o direito de agirmos como representantes do Rei Celestial.

Essas são as coisas que mais importam. Essas são as coisas de valor eterno que merecem nossa atenção.

Não podemos, nem devemos, nos permitir ser distraídos do nosso dever sagrado. Não podemos, nem devemos, perder a essência daquilo que mais importa. [Frase memorável]

Neemias

No Velho Testamento, Neemias é um grande exemplo de compromisso e enfoque em uma tarefa importante. Ele era um israelita que vivia exilado na Babilônia e servia como copeiro do rei. Certo dia, o rei perguntou a Neemias porque ele estava tão triste. Neemias respondeu: “Como não estaria triste o meu rosto, estando a cidade, o lugar dos [túmulos] de meus pais, assolada, e tendo sido consumidas as suas portas a fogo?”5 [Referência cruzada]

Ao ouvir isso, o coração do rei se enterneceu e ele autorizou Neemias a voltar a Jerusalém e reconstruir a cidade. Todavia, nem todos ficaram felizes com essa ideia. De fato, vários governantes vizinhos de Jerusalém desagradaram-se “extremamente que alguém viesse a procurar o bem dos filhos de Israel”.6 Esses homens “arderam em ira; e escarneceram dos judeus”.7 [Referência cruzada]

Com destemor, Neemias não deixou que a resistência o distraísse. Em vez disso, ele organizou seus recursos e mão de obra e prosseguiu reconstruindo a cidade, “porque o coração do povo se inclinava a trabalhar”.8 [Referência cruzada]

Porém, quanto mais as muralhas subiam, mais se intensificava a resistência. Os inimigos de Neemias ameaçaram, conspiraram e escarneceram. As ameaças eram reais e se tornaram tão assustadoras que Neemias confessou: “Todos eles procuravam atemorizar-nos”.9 [Referência cruzada] Apesar do perigo e da persistente ameaça de invasão, a obra progredia. Foi uma época de apreensão, de modo que todo trabalhador “trazia a sua espada cingida aos lombos, e [edificava]”.10 [Referência cruzada]

Quanto mais progredia a obra, mais os inimigos de Neemias se desesperavam. Quatro vezes imploraram a ele que saísse da segurança da cidade para encontrá-los, sob o pretexto de resolverem o conflito, mas Neemias sabia que seu intento era causar-lhe dano. Todas as vezes que se aproximavam dele, sua resposta era a mesma: “Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer”.11 [Referência cruzada]

Que resposta notável! Com tal propósito claro e imutável e com essa firme resolução, os muros de Jerusalém subiram e foram espantosamente reconstruídos em apenas 52 dias.12

Neemias recusava-se a permitir que distrações o desviassem daquilo que o Senhor queria que ele fizesse. [Referência cruzada]

Não Desceremos

Motivam-me e inspiram-me os muitos fiéis portadores do sacerdócio de hoje que têm semelhante firmeza de propósito. Assim como Neemias, vocês amam o Senhor e procuram magnificar o sacerdócio que possuem. O Senhor os ama e atenta para a pureza de seu coração e para a constância de sua resolução. Ele os abençoa por sua fidelidade, dirige seus passos e usa seus dons e talentos na edificação de Seu reino aqui na Terra.

No entanto, nem todos são como Neemias. Ainda há muito que melhorar.

Imagino, meus queridos irmãos do sacerdócio, o que poderíamos realizar se todos nós, como o povo de Neemias, “[nos inclinássemos] a trabalhar”. Imagino o que poderíamos realizar se “[acabássemos] com as coisas de menino”13 e nos entregássemos de corpo e alma a nos tornarmos dignos portadores do sacerdócio e verdadeiros representantes do Senhor Jesus Cristo. [Convite]

Pensem só no que poderia ser concretizado em nossa vida pessoal e profissional, em nossa família e em nossa ala ou ramo. Imaginem como o reino de Deus cresceria em toda a Terra. Pensem em como o mundo se transformaria para melhor se cada portador do sacerdócio de Deus cingisse seus lombos e vivesse de acordo com seu verdadeiro potencial, e se convertesse profundamente em um verdadeiro e fiel homem do sacerdócio, comprometido com a edificação do reino de Deus. [Convite]

É fácil nos distrairmos e ficarmos concentrados em uma lâmpada queimada ou nas ações grosseiras de pessoas, sejam quais forem seus motivos. Entretanto, considerem o poder que teríamos como indivíduos e como portadores do sacerdócio se, em resposta a cada tentativa de desviar nosso foco ou baixar nossos padrões, os padrões de Deus, respondêssemos: “Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer”. [Repetição]

Esta é uma época de grandes desafios e de grandes oportunidades. O Senhor procura homens como Neemias: irmãos fiéis que cumpram o juramento e o convênio do sacerdócio. Ele busca almas resolutas que diligentemente realizem a obra de edificação do reino de Deus; que, ao se defrontarem com a oposição e a tentação, digam em seu coração: “Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer”. [Repetição]

Que diante da provação e do sofrimento, respondam: “Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer”. [Repetição]

E afrontados pelo escárnio e a reprovação, proclamem: “Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer”. [Repetição]

Nosso Pai Celestial Se preocupa com os que se recusam a permitir que as trivialidades impeçam sua busca pelo que é eterno. Ele busca aqueles que não permitem que o fascínio do conforto ou as armadilhas do adversário os distraiam da obra que Ele lhes deu para executar. Ele procura aqueles cujas ações estão em conformidade com suas palavras — que digam com convicção: “Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer”. [Repetição]

Uma Grande Obra a Realizar

Presto solene testemunho de que Deus vive e zela por todos nós individualmente. Ele estenderá a mão e susterá os que se erguerem e portarem o sacerdócio com honra, pois nestes últimos dias Ele tem uma grande obra para executarmos.

Este evangelho não provém do homem. A doutrina da Igreja não é a melhor interpretação possível que alguém tem das escrituras antigas. É a verdade dos céus revelada pelo próprio Deus. Testifico-lhes que Joseph Smith viu o que disse que viu. Verdadeiramente ele contemplou os céus e comungou com Deus, o Pai, com o Filho e com anjos.

Presto testemunho de que o Pai Celestial fala àqueles que O buscam em espírito e em verdade. Sou testemunha ocular e alegremente testifico que, em nossos dias, Deus fala por meio de Seu profeta, vidente e revelador, sim, Thomas S. Monson.

Meus queridos irmãos, como Neemias, temos uma grande obra para realizar. Podemos contemplar o horizonte de nossa própria época. Minha fervorosa oração é que, apesar das tentações, sejam quais forem suas origens, nunca baixemos o nível de nossos padrões; que apesar das distrações, não percamos o foco do que mais importa; que resolutamente estejamos juntos, ombro a ombro, ao portarmos com valentia o estandarte do Senhor Jesus Cristo.

Oro para que sejamos dignos do santo sacerdócio do Deus Todo-Poderoso e, como homens, ergamos a cabeça e elevemos com firmeza nossa voz, proclamando ao mundo: “Fazemos uma grande obra, de modo que não poderemos descer”. [Repetição] No nome sagrado de Jesus Cristo. Amém.

Notas

  1. Ver Doutrina e Convênios 121:46.

  2. Romanos 6:6.

  3. Tradução de Joseph Smith, Tiago 1:27.

  4. 1 Tessalonicenses 4:16.

  5. Neemias 2:3.

  6. Neemias 2:10.

  7. Neemias 4:1.

  8. Neemias 4:6.

  9. Neemias 6:9.

  10. Neemias 4:18.

  11. Neemias 6:3.

  12. Ver Neemias 6:15.

  13. 1 Coríntios 13:11.

Fazemos uma Grande Obra, de Modo Que Não Poderemos Descer (Cópia do Aluno)

Presidente Dieter F. Uchtdorf

Primeiro Conselheiro na Primeira Presidência

A Liahona, maio de 2009, p. 59.

Imagem
Presidente Dieter F. Uchtdorf

Queridos irmãos, já há alguns meses sei qual a mensagem que quero passar hoje a vocês. Desde essa época, tenho procurado uma história que ilustre o que desejo dizer. Procurei uma história sobre agricultura, procurei uma história sobre animais. Querendo homenagear o Élder Scott, procurei uma história sobre engenharia nuclear e, em homenagem ao Presidente Monson, uma história sobre criação de pombos.

O tempo todo, uma história sempre me ocorria — uma história que está indelével em minha memória há muitos e muitos anos. Não é sobre agricultura, engenharia nuclear nem pombos. É sobre (como já devem ter adivinhado) aviação. Eu a chamo de “A História da Lâmpada”.

A História da Lâmpada ou Como Negligenciar o Que É Mais Importante

Numa escura noite de dezembro, há 36 anos, um jato Lockheed 1011 caiu em Everglades, Flórida, matando mais de 100 pessoas. Esse terrível acidente foi um dos que causou o maior número de vítimas na história dos Estados Unidos.

Um detalhe curioso nesse acidente é que todas as peças e os sistemas vitais da aeronave funcionavam perfeitamente — e o avião poderia facilmente ter aterrissado em segurança em seu destino, Miami, a apenas 30 quilômetros dali.

Ao aproximar-se para o pouso, a tripulação notou que uma luz verde não acendera — a luz que indica que o trem de pouso dianteiro está adequadamente fixado. Os pilotos abortaram a aproximação, colocaram a aeronave voando em círculos, no padrão de espera, sobre o escuro Everglades, e dedicaram-se a detectar o problema.

Ficaram tão concentrados nessa inspeção, que não perceberam que o avião estava descendo gradualmente em direção ao escuro pântano abaixo. Quando alguém percebeu o que estava ocorrendo, era tarde demais para evitar o desastre.

Após o acidente, os técnicos procuraram determinar a causa. O trem de pouso, de fato, estava fixado adequadamente. O avião apresentava condições mecânicas perfeitas. Tudo funcionava corretamente — tudo, exceto uma coisa: uma simples lâmpada que se queimara. Aquela lampadazinha — que custa uns 20 centavos — iniciou uma série de eventos que culminou com a trágica morte de mais de 100 pessoas.

É claro que não foi o defeito da lâmpada que causou o acidente; a queda ocorreu porque a tripulação direcionou sua atenção a algo que parecia importante naquele momento — e perdeu de vista o que era de maior importância.

Concentre Sua Atenção Naquilo Que É Mais Importante

A tendência de concentrar-se nas insignificâncias em detrimento das coisas importantes não acontece apenas com pilotos, mas com todo mundo. Todos nós corremos esse risco. O motorista que presta atenção à estrada tem muito mais chances de chegar sem acidentes ao destino do que aquele que se concentra no celular para enviar mensagens.

Sabemos o que é mais importante na vida: a Luz de Cristo ensina isso a todos. Nós, os fiéis santos dos últimos dias, temos a “companhia constante” do Espírito Santo1 para ensinar-nos quanto às coisas de valor eterno. Considero que qualquer portador do sacerdócio que me ouve hoje, se lhe fosse pedido para falar sobre “o que é mais importante”, poderia fazê-lo, e certamente faria muito bem. Nossa fraqueza repousa na nossa ineficácia com que alinhamos nossas ações a nossa consciência.

Pensem por um momento e vejam onde está seu coração e seus pensamentos. Dedicamos a devida atenção ao que é mais importante? Um indício valioso é a maneira como você gasta seus momentos de paz. Para onde voam seus pensamentos quando o clamor de exigências imediatas desaparece? Seu coração e seus pensamentos voltam-se para aquelas coisas efêmeras que importam somente naquele momento ou naquilo que mais importa?

Que rancores você guarda? Quais são suas desculpas de praxe para deixar de ser o marido, pai, filho e portador do sacerdócio que você sabe que deveria ser? O que distrai sua atenção dos seus deveres ou impede que você magnifique seu chamado com maior diligência?

Evitar a Distração

Às vezes aquilo que desvia nossa atenção não é algo mau em si; costuma até nos fazer sentir bem.

É possível até que boas coisas venham em excesso. Um exemplo pode ser o do pai ou avô que passa horas pesquisando seus antepassados ou criando um blog, mas que negligencia ou evita passar momentos bons ou significativos com os próprios filhos e netos. Outro é o do jardineiro que gasta vários dias arrancando ervas daninhas dos canteiros, mas ignora as ervas daninhas espirituais que ameaçam sufocar sua alma.

Até alguns programas da Igreja podem tornar-se uma distração, se os levarmos a extremos e permitirmos que ocupem nosso tempo e atenção à custa daquilo que mais importa. Precisamos ter equilíbrio na vida.

Quando amamos de verdade Nosso Pai Celestial e Seus filhos, demonstramos esse amor por meio das nossas ações. Perdoamo-nos mutuamente e procuramos fazer o bem, pois o nosso “velho [eu] foi com [Cristo] crucificado”.2 “[Visitamos] os órfãos e as viúvas nas suas tribulações” e nos guardamos “da corrupção do mundo”.3

Meus queridos irmãos do sacerdócio, vivemos nos últimos dias. O evangelho de Jesus Cristo foi restaurado à Terra. As chaves do sacerdócio de Deus foram dadas novamente ao homem. Vivemos uma era de expectativa e de preparação, que Deus nos confiou para preparar a nós, nossa família e nosso mundo para a alvorada que se aproxima — o dia em que o Filho de Deus “descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus”4 e estabelecerá o Seu reino milenar.

Foi-nos confiado o santo sacerdócio e nos foi dada a responsabilidade, o poder e o direito de agirmos como representantes do Rei Celestial.

Essas são as coisas que mais importam. Essas são as coisas de valor eterno que merecem nossa atenção.

Não podemos, nem devemos, nos permitir ser distraídos do nosso dever sagrado. Não podemos, nem devemos, perder a essência daquilo que mais importa.

Neemias

No Velho Testamento, Neemias é um grande exemplo de compromisso e enfoque em uma tarefa importante. Ele era um israelita que vivia exilado na Babilônia e servia como copeiro do rei. Certo dia, o rei perguntou a Neemias porque ele estava tão triste. Neemias respondeu: “Como não estaria triste o meu rosto, estando a cidade, o lugar dos [túmulos] de meus pais, assolada, e tendo sido consumidas as suas portas a fogo?”5

Ao ouvir isso, o coração do rei se enterneceu e ele autorizou Neemias a voltar a Jerusalém e reconstruir a cidade. Todavia, nem todos ficaram felizes com essa ideia. De fato, vários governantes vizinhos de Jerusalém desagradaram-se “extremamente que alguém viesse a procurar o bem dos filhos de Israel”.6 Esses homens “arderam em ira; e escarneceram dos judeus”.7

Com destemor, Neemias não deixou que a resistência o distraísse. Em vez disso, ele organizou seus recursos e mão de obra e prosseguiu reconstruindo a cidade, “porque o coração do povo se inclinava a trabalhar”.8

Porém, quanto mais as muralhas subiam, mais se intensificava a resistência. Os inimigos de Neemias ameaçaram, conspiraram e escarneceram. As ameaças eram reais e se tornaram tão assustadoras que Neemias confessou: “Todos eles procuravam atemorizar-nos”.9 Apesar do perigo e da persistente ameaça de invasão, a obra progredia. Foi uma época de apreensão, de modo que todo trabalhador “trazia a sua espada cingida aos lombos, e [edificava]”.10

Quanto mais progredia a obra, mais os inimigos de Neemias se desesperavam. Quatro vezes imploraram a ele que saísse da segurança da cidade para encontrá-los, sob o pretexto de resolverem o conflito, mas Neemias sabia que seu intento era causar-lhe dano. Todas as vezes que se aproximavam dele, sua resposta era a mesma: “Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer”.11

Que resposta notável! Com tal propósito claro e imutável e com essa firme resolução, os muros de Jerusalém subiram e foram espantosamente reconstruídos em apenas 52 dias.12

Neemias recusava-se a permitir que distrações o desviassem daquilo que o Senhor queria que ele fizesse.

Não Desceremos

Motivam-me e inspiram-me os muitos fiéis portadores do sacerdócio de hoje que têm semelhante firmeza de propósito. Assim como Neemias, vocês amam o Senhor e procuram magnificar o sacerdócio que possuem. O Senhor os ama e atenta para a pureza de seu coração e para a constância de sua resolução. Ele os abençoa por sua fidelidade, dirige seus passos e usa seus dons e talentos na edificação de Seu reino aqui na Terra.

No entanto, nem todos são como Neemias. Ainda há muito que melhorar.

Imagino, meus queridos irmãos do sacerdócio, o que poderíamos realizar se todos nós, como o povo de Neemias, “[nos inclinássemos] a trabalhar”. Imagino o que poderíamos realizar se “[acabássemos] com as coisas de menino”13 e nos entregássemos de corpo e alma a nos tornarmos dignos portadores do sacerdócio e verdadeiros representantes do Senhor Jesus Cristo.

Pensem só no que poderia ser concretizado em nossa vida pessoal e profissional, em nossa família e em nossa ala ou ramo. Imaginem como o reino de Deus cresceria em toda a Terra. Pensem em como o mundo se transformaria para melhor se cada portador do sacerdócio de Deus cingisse seus lombos e vivesse de acordo com seu verdadeiro potencial, e se convertesse profundamente em um verdadeiro e fiel homem do sacerdócio, comprometido com a edificação do reino de Deus.

É fácil nos distrairmos e ficarmos concentrados em uma lâmpada queimada ou nas ações grosseiras de pessoas, sejam quais forem seus motivos. Entretanto, considerem o poder que teríamos como indivíduos e como portadores do sacerdócio se, em resposta a cada tentativa de desviar nosso foco ou baixar nossos padrões, respondêssemos: “Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer”.

Esta é uma época de grandes desafios e de grandes oportunidades. O Senhor procura homens como Neemias: irmãos fiéis que cumpram o juramento e o convênio do sacerdócio. Ele busca almas resolutas que diligentemente realizem a obra de edificação do reino de Deus; que, ao se defrontarem com a oposição e a tentação, digam em seu coração: “Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer”.

Que diante da provação e do sofrimento, respondam: “Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer”.

E afrontados pelo escárnio e a reprovação, proclamem: “Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer”.

Nosso Pai Celestial Se preocupa com os que se recusam a permitir que as trivialidades impeçam sua busca pelo que é eterno. Ele busca aqueles que não permitem que o fascínio do conforto ou as armadilhas do adversário os distraiam da obra que Ele lhes deu para executar. Ele procura aqueles cujas ações estão em conformidade com suas palavras — que digam com convicção: “Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer”.

Uma Grande Obra a Realizar

Presto solene testemunho de que Deus vive e zela por todos nós individualmente. Ele estenderá a mão e susterá os que se erguerem e portarem o sacerdócio com honra, pois nestes últimos dias Ele tem uma grande obra para executarmos.

Este evangelho não provém do homem. A doutrina da Igreja não é a melhor interpretação possível que alguém tem das escrituras antigas. É a verdade dos céus revelada pelo próprio Deus. Testifico-lhes que Joseph Smith viu o que disse que viu. Verdadeiramente ele contemplou os céus e comungou com Deus, o Pai, com o Filho e com anjos.

Presto testemunho de que o Pai Celestial fala àqueles que O buscam em espírito e em verdade. Sou testemunha ocular e alegremente testifico que, em nossos dias, Deus fala por meio de Seu profeta, vidente e revelador, sim, Thomas S. Monson.

Meus queridos irmãos, como Neemias, temos uma grande obra para realizar. Podemos contemplar o horizonte de nossa própria época. Minha fervorosa oração é que, apesar das tentações, sejam quais forem suas origens, nunca baixemos o nível de nossos padrões; que apesar das distrações, não percamos o foco do que mais importa; que resolutamente estejamos juntos, ombro a ombro, ao portarmos com valentia o estandarte do Senhor Jesus Cristo.

Oro para que sejamos dignos do santo sacerdócio do Deus Todo-Poderoso e, como homens, ergamos a cabeça e elevemos com firmeza nossa voz, proclamando ao mundo: “Fazemos uma grande obra, de modo que não poderemos descer”. No nome sagrado de Jesus Cristo. Amém.

Notas

  1. Doutrina e Convênios 121:46.

  2. Romanos 6:6.

  3. Tradução de Joseph Smith, Tiago 1:27.

  4. 1 Tessalonicenses 4:16.

  5. Neemias 2:3.

  6. Neemias 2:10.

  7. Ver Neemias 4:1.

  8. Neemias 4:6.

  9. Neemias 6:9.

  10. Neemias 4:18.

  11. Neemias 6:3.

  12. Ver Neemias 6:15.

  13. 1 Coríntios 13:11.