Paulo incentivou os santos de Filipos a empenharem-se juntos em viver o evangelho. Aconselhou-os a seguir o exemplo de humildade e abnegação do Salvador e ensinou-lhes que Deus operava dentro deles para sua salvação. Paulo conta os sacrifícios que fez para seguir Jesus Cristo.
Antes da aula, escreva no quadro a seguinte declaração do Presidente Brigham Young: (Ela se encontra em Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Brigham Young, 1995, p. 264). Substitua as palavras sublinhadas por espaços em branco:
“Toda vez que perseguirem o ‘mormonismo’, estarão impulsionando-o para cima, nunca para baixo. O Senhor Todo-Poderoso assim determina” (Presidente Brigham Young).
Comece a aula perguntando:
Vocês conhecem exemplos, sejam eles do passado ou atuais, de perseguições ou oposição à Igreja do Salvador e a Seus seguidores?
Incentive os alunos a, durante o estudo de Filipenses 1, procurarem uma verdade que os ajude a entender como a oposição pode afetar a obra do Senhor.
Considere a possibilidade de pedir que os alunos encontrem Filipos no mapa 13, “As Viagens Missionárias do Apóstolo Paulo”, da seção de mapas da Bíblia SUD. Diga-lhes que Paulo fundou um ramo da Igreja em Filipos em sua segunda viagem missionária (ver Atos 16). Tempos depois, enquanto era prisioneiro, provavelmente em Roma, escreveu uma epístola aos filipenses. Para resumir Filipenses 1:1–11, comente que Paulo expressou gratidão e amor aos santos de Filipos.
Peça a um aluno que leia Filipenses 1:12–14 em voz alta enquanto os demais acompanham a leitura para identificar qual foi o resultado da oposição que Paulo enfrentou no trabalho missionário.
De acordo com o versículo 12, qual foi o resultado da oposição que Paulo enfrentou? (Essas coisas “contribuíram para maior proveito do evangelho”.)
De acordo com os versículos 13–14, como essa oposição foi benéfica para o evangelho? [Todos os que estavam na “guarda pretoriana” (versículo 13), ou seja, no quartel militar ficaram sabendo que Paulo fora aprisionado por pregar o evangelho de Jesus Cristo. Além disso, a prisão de Paulo inspirou outros membros da Igreja a pregar o evangelho mais ousadamente.]
Que verdade esses versículos nos ensinam quanto ao que pode resultar de enfrentarmos oposição para seguir Jesus Cristo? (Os alunos podem usar outras palavras, mas certifique-se de que identifiquem esta verdade: A oposição que enfrentamos ao seguir Jesus Cristo pode ser benéfica para Sua obra.)
Indique a declaração do Presidente Brigham Young escrita no quadro. Pergunte aos alunos com que palavras eles preencheriam os espaços em branco. Preencha as lacunas com as palavras corretas. Talvez seja preciso explicar que, nesse contexto, impulsionar para cima significa impulsionar o progresso.
Citem alguns exemplos de como a oposição impulsionou o progresso da obra do Senhor.
Para resumir Filipenses 1:15–26, comente que Paulo disse que o que quer que acontecesse a ele mesmo seria para a glória do Salvador.
Peça a um aluno que leia Filipenses 1:27–30 em voz alta e que também leia a Tradução de Joseph Smith, para Filipenses 1:28 (em Filipenses 1:28, nota de rodapé a). Diga à classe que acompanhe a leitura para descobrir o que Paulo incentivou os santos a fazerem. Esclareça que o verbo “portar-se” (portai-vos no versículo 27) se refere à forma de agir ou de comportar-se.
O que Paulo incentivou os santos a fazer?
De acordo com os versículos 29–30, pelo que os membros da Igreja precisam passar pelo Salvador?
Relembre aos alunos a verdade que identificaram anteriormente.
Em sua opinião, que bênçãos os santos de Filipos receberiam caso se lembrassem de que a oposição que enfrentavam para seguir Jesus Cristo podia contribuir para o avanço de Sua obra?
Paulo fala da condescendência do Salvador e ensina aos santos como alcançar a salvação
Peça aos alunos que façam a leitura silenciosa de Filipenses 2:2 e identifiquem o conselho que Paulo deu aos santos de Filipos.
Como vocês resumiriam o conselho de Paulo?
Peça aos alunos que formem duplas. Peça aos integrantes de cada dupla que leiam Filipenses 2:2–8 juntos para descobrir o que Paulo disse aos santos que fizessem para ter união. Peça a um membro de cada dupla que escreva no quadro um elemento do conselho encontrado.
De acordo com o que Paulo ensinou, de que forma Jesus Cristo foi um exemplo de humildade e abnegação?
Que princípio capaz de nos ajudar a passar a ser mais unidos aprendemos com os ensinamentos de Paulo? (Os alunos podem usar outras palavras, mas precisam identificar este princípio: Se seguirmos o exemplo de humildade, abnegação e consideração ao próximo dado por Jesus Cristo, teremos mais união.)
De que maneiras podemos seguir o exemplo de humildade e abnegação do Salvador em casa, na escola e nas alas ou nos ramos da Igreja?
Alguma vez vocês já viram alguém colocar as necessidades de outra pessoa em primeiro lugar? Como foi isso? Como isso aumentou a união?
Comente que em Filipenses 2:9–11 lemos que Paulo ensinou que, no final, todos se curvarão e confessarão que “Jesus Cristo é o Senhor” (versículo 11). Incentive os alunos a refletir sobre como gostariam que essa experiência fosse para eles.
Peça a um aluno que leia Filipenses 2:12–13 em voz alta enquanto os demais acompanham a leitura para identificar o que Paulo aconselhou que os filipenses fizessem para que o momento de se curvarem para ser julgados pelo Senhor fosse agradável. Talvez seja preciso explicar que a expressão “com temor e tremor” (versículo 12) se refere a uma extrema reverência, admiração e alegria (ver Salmos 2:11; Guia para Estudo das Escrituras, “Temor”, scriptures.LDS.org).
Comente que às vezes as palavras de Paulo registradas em Filipenses 2:12 são interpretadas erroneamente como significando que somos salvos por nossas próprias obras.
Quem possibilita a nossa salvação? Como?
De acordo com Filipenses 2:13, quais são as duas formas de Deus ajudar as pessoas que estão se esforçando por fazer tudo o que é necessário para ser salvas? [Deus as ajuda a ter o desejo (“querer”) de obedecer à “sua boa vontade”, ou seja, a Seus mandamentos, e a efetivamente obedecer a Eles. Depois que os alunos responderem, escreva esta verdade no quadro: Deus nos ajuda a ter o desejo e a fazer o necessário para sermos salvos, e a salvação é possível graças à Expiação de Jesus Cristo.]
Há certas condições que Deus estipulou para sermos salvos e Ele nos ajuda a cumpri-las. Que condições são essas? (Você pode sugerir que os alunos consultem a terceira e a quarta regras de fé.)
Saliente que, por meio da influência do Espírito Santo, Deus pode ajudar-nos a ter desejos puros e, assim, passar a querer obedecer a Ele (ver Mosias 5:2). Incentive os alunos a meditar sobre como Deus já os ajudou a passar por uma mudança interior que os tenha levado a ter o desejo de obedecer a Ele e sobre como Ele já os ajudou a ser mais fiéis em guardar os mandamentos.
Para resumir Filipenses 2:14–30, comente que Paulo lembrou aos santos que eles resplandecem “como luminares no mundo” (versículo 15) e disse-lhes que enviaria mensageiros para informarem-se e trazerem-lhe notícias de como eles estavam.
Paulo conta os sacrifícios que fez para seguir Jesus Cristo
Peça aos alunos que pensem em algo a que dão valor e a que o mundo também dá valor (por exemplo, família, amigos, estudos, comida, tecnologia ou dinheiro) e que, se possível, mostrem um objeto que represente isso. Diga-lhes que ponderem se há algo pelo qual valesse a pena abrir mão dessas coisas que consideram de valor.
Peça-lhes que, durante o estudo de Filipenses 3, procurem algo de que Paulo abriu mão para obter uma recompensa que nós também podemos obter.
Para resumir Filipenses 3:1–3, comente que Paulo alertou os filipenses quanto aos mestres corruptos que alegavam que os conversos à Igreja precisavam adotar certos costumes judaicos, inclusive o da circuncisão (ver New Testament Student Manual [Novo Testamento — Manual do Aluno], 2014, p. 436).
Peça a um aluno que leia Filipenses 3:4–6 em voz alta enquanto os demais acompanham a leitura para identificar o que Paulo disse de sua origem judaica.
Que vantagens sociais e religiosas Paulo antes desfrutava na sociedade judaica? (A linhagem israelita, sua posição social como fariseu, o zelo pelo judaísmo e a estrita obediência à lei judaica.)
Peça a um aluno que leia Filipenses 3:7–11 em voz alta enquanto os demais acompanham a leitura para identificar como Paulo via essas vantagens que um dia tivera na sociedade judaica.
Como Paulo via as coisas das quais abrira mão para seguir Jesus Cristo?
Por que Paulo estava disposto a “[sofrer] a perda [de] todas as coisas”? (Versículo 8.) [Para que conhecesse Jesus Cristo, para que “[pudesse] ganhar a Cristo” (versículo 8), ou seja, para fazer convênio com Ele e permanecer fiel, para ser justificado pela fé Nele, sofrer por Ele e participar da ressurreição dos justos (ver a Tradução de Joseph Smith de Filipenses 3:11, em Filipenses 3:11, nota de rodapé a).]
Peça a um aluno que leia Filipenses 3:12–14 em voz alta enquanto os demais acompanham a leitura para identificar o que Paulo reconhecia quanto a seu progresso espiritual.
Em vez de concentrar-se no que tinha perdido, o que Paulo esforçava-se diligentemente em obter? [Explique à turma que o “prêmio da soberana vocação de Deus” (versículo 14) é a vida eterna.]
Que princípio podemos aprender com o exemplo de Paulo referente ao que precisamos fazer para conhecer Jesus Cristo e alcançar a vida eterna? (Os alunos podem usar outras palavras, mas certifique-se de que identifiquem este princípio: Se abandonarmos tudo o que for preciso para seguir Jesus Cristo e seguirmos adiante com fé, aprenderemos a conhecê-Lo e obteremos a vida eterna.)
Peça a um aluno que leia em voz alta esta história relatada pelo Presidente Gordon B. Hinckley a respeito de um oficial da Marinha que foi aos Estados Unidos para participar de um treinamento avançado e foi batizado na Igreja enquanto estava nesse país. Peça à classe que preste atenção para descobrir do que esse rapaz estava disposto a abrir mão para seguir Jesus Cristo.
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Presidente Gordon B. Hinckley
“Ele foi-me apresentado pouco antes de retornar à sua terra natal. (…) Eu disse: ‘Seu povo não é cristão. O que acontecerá quando voltar para casa tendo-se tornado cristão, especialmente cristão mórmon?’
Seu semblante entristeceu-se e ele respondeu: ‘Minha família ficará decepcionada. Pode ser que me expulsem de casa e me considerem morto. Quanto ao meu futuro e à minha carreira, todas as oportunidades me serão negadas’.
‘Está disposto a pagar um preço tão alto pelo evangelho?’ Indaguei.
Os olhos escuros, marejados de lágrimas, brilharam no belo rosto moreno ao responder: ‘É verdadeiro, não é?’
Envergonhado por ter feito a pergunta, eu respondi: ‘Sim, é verdadeiro’.
Ao que ele replicou: ‘Então o que mais importa?’” (“É Verdadeiro, Não É?”, A Liahona, outubro de 1993, pp. 3, 4).
Esse rapaz estava disposto a abrir mão do que para seguir o Salvador?
Do que vocês ou alguém que conheçam já abriram mão para seguir o Salvador?
Por que a recompensa de conhecer Jesus Cristo e progredir rumo à vida eterna vale os sacrifícios que vocês fizeram?
Diga aos alunos que reflitam para descobrir se há algo que precisam abandonar para seguir mais plenamente a Jesus Cristo. Peça-lhes que façam por escrito a meta de abandonar isso.
Para resumir Filipenses 3:15–21, comente que Paulo alertou que a destruição aguarda os que se concentram unicamente nos prazeres terrenos. Além disso, ensinou que Jesus Cristo transformará nosso corpo físico imperfeito em um corpo imortal como o Dele.
Para encerrar, preste testemunho das verdades abordadas em aula hoje.
O Élder H. Burke Peterson, dos Setenta, explicou-nos o que significa ser altruísta ou abnegado:
“Existem entre nós pessoas totalmente altruístas — como [Jesus Cristo] foi.
A pessoa altruísta é aquela que se preocupa mais com a felicidade e o bem-estar alheio do que com seu próprio conforto e conveniência; que está disposta a servir mesmo sem lhe ser solicitado ou que seu esforço não seja reconhecido; ou que está disposta a servir até mesmo àqueles de quem não gosta. A pessoa altruísta está disposta a sacrificar-se, a purgar sua mente e seu coração de seus próprios desejos, necessidades e sentimentos. Em vez de almejar louvor e reconhecimento para si mesma, ou a gratificação de seus desejos, a pessoa altruísta atende essas necessidades humanas do próximo” (“Altruísmo: Receita de Felicidade”, A Liahona, julho de 1985, p. 74).
O trecho traduzido como “aniquilou-se” (Filipenses 2:7) vem do grego kenoō, que significa “esvaziar”. O Élder Tad R. Callister, que foi membro da Presidência dos Setenta, falou dos privilégios e do status dos quais Jesus se despojou ou “esvaziou” para vir à Terra:
“Naquela noite, Deus, o Filho, trocou Seu lar celeste com todos os seus adornos celestiais por uma morada terrena com todas as suas características primitivas. Ele, o ‘Rei do céu’ (Alma 5:50), ‘o Senhor Onipotente que reina’ (Mosias 3:5), deixou um trono para herdar uma manjedoura. Trocou o domínio de um Deus pela condição indefesa de um bebê. Desistiu da riqueza, do poder, do domínio e da plenitude da glória — em troca do quê? — da zombaria, do escárnio, da humilhação e da submissão. Foi uma troca de dimensão incomparável, uma condescendência de proporção inimaginável, uma descida de profundidade incalculável” (The Infinite Atonement [A Expiação Infinita], 2000, p. 64).
Filipenses 2:12–13. “Operai a vossa salvação (…), Porque Deus é o que opera em vós”
O Presidente Joseph Fielding Smith ensinou como os membros da Igreja podem “operar [sua própria] salvação” (ver Filipenses 2:12):
“Aos membros da Igreja, faço o apelo de que pratiquem obras de retidão, guardem os mandamentos, busquem o Espírito, amem ao Senhor, coloquem as coisas do reino de Deus em primeiro lugar na vida e, assim, operem a própria salvação com temor e tremor perante o Senhor” (Conference Report, outubro de 1970, p. 8; ver também Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Fielding Smith, 2013, p. 96).
Recebemos de Deus a capacidade de realizar essas obras e é indispensável que as pratiquemos para cumprir as condições por Ele estabelecidas para recebermos todas as bênçãos advindas da Expiação.
O Élder Dallin H. Oaks, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou que nossa salvação se deve à Expiação do Salvador:
“O homem possui, inquestionavelmente, grandes poderes, e consegue realizar grandes coisas com incansável esforço e vontade indomável. Após toda a nossa obediência e boas obras, entretanto, não podemos ser salvos dos efeitos do pecado sem a graça proveniente da Expiação de Jesus Cristo.
(…) A salvação não é algo que somos capazes de conquistar apenas com esforço próprio” (“Que Pensais Vós do Cristo”, A Liahona, janeiro de 1989, p. 71).