Jesus apareceu a Saulo quando ele viajava para Damasco, depois Saulo ficou cego. Depois que Ananias o curou, Saulo foi batizado e começou a pregar em Damasco. Três anos depois, Saulo foi a Jerusalém, mas, quando sua vida foi ameaçada, os apóstolos o enviaram a Tarso. Pedro realizou milagres em Lida e Jope.
Escreva no quadro a seguinte declaração do Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos: (A declaração se encontra em “O Melhor Está por Vir”, A Liahona, janeiro de 2010, pp. 19–20).
“Há algo em muitos de nós que particularmente não consegue perdoar e esquecer os erros anteriores da vida, sejam eles nossos ou de outras pessoas. (…)
Deixe que as pessoas se arrependam. Permita que as pessoas cresçam. Acredite que as pessoas podem mudar e melhorar” (Élder Jeffrey R. Holland).
Peça a um aluno que leia a declaração no quadro em voz alta. Depois, pergunte à classe:
Em que situações é importante permitir que as pessoas mudem e melhorem, e em que devemos acreditar que elas são capazes de fazer isso?
Quais são algumas situações em que deveríamos acreditar que podemos mudar e melhorar?
Peça à classe que, ao estudar Atos 9, identifique princípios que podemos aprender com a experiência de alguém que mudou e melhorou.
Explique-lhes que a maior parte de Atos 9 dá ênfase à experiência de um homem chamado Saulo. Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte descrição de Saulo:
Saulo nasceu na cidade grega de Tarso (ver Atos 21:39) e tinha cidadania romana (ver Atos 16:37). Ele era judeu da linhagem de Benjamim (ver Romanos 11:1) e foi instruído em Jerusalém por Gamaliel (ver Atos 22:3), um conhecido fariseu e respeitado professor das leis judaicas (ver Atos 5:34). Saulo se tornou fariseu (ver Atos 23:6) e falava a “língua hebraica” (provavelmente aramaico) e grego (ver Atos 21:37, 40). Mais tarde, ele ficou conhecido pelo nome latino Paulo (ver Atos 13:9) (ver Guia para Estudo das Escrituras, “Paulo”).
Lembre os alunos de que Saulo estava presente no apedrejamento de Estevão (ver Atos 7:58–59). Peça a um aluno que leia Atos 8:1–3 em voz alta e a outro aluno que leia Atos 9:1–2 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como Saulo tratava os seguidores de Jesus Cristo.
Como Saulo tratava os seguidores de Jesus Cristo?
De acordo com Atos 9:1–2, por que Saulo estava indo para Damasco?
Peça a um aluno que leia Atos 9:3–6 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que aconteceu quando Saulo viajava para Damasco.
Quem apareceu a Saulo?
Chame a atenção dos alunos para a frase “recalcitrar contra os aguilhões”, no versículo 5. Explique-lhes que um aguilhão é uma vara com a ponta afiada usada para mover os animais (se possível, mostre aos alunos uma vara com ponta afiada). Assim, “recalcitrar contra os aguilhões” significa lutar contra Deus.
Peça aos alunos que marquem a pergunta de Saulo no versículo 6.
O que a pergunta de Saulo indica a respeito dele? (Ele queria se submeter à vontade do Senhor.)
Resuma Atos 9:7–9 explicando que aqueles que viajavam com Saulo viram uma luz, mas não ouviram a voz de Jesus enquanto Ele falava com Saulo [ver Tradução de Joseph Smith, Atos 9:7 (em Atos 9:7, nota de rodapé a); Atos 22:9]. Depois da visão, Saulo ficou cego. Ele foi levado a Damasco e não comeu nem bebeu por três dias.
Imagine que você é Saulo. Se tivesse perseguido agressivamente os discípulos de Jesus Cristo, o que estaria pensando e sentindo nessa ocasião?
Saulo é curado por Ananias, de Damasco, é batizado e prega sobre Jesus Cristo
Peça a um aluno que leia Atos 9:10–12 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que o Senhor ordenou que Ananias, um membro da Igreja, fizesse.
O que o Senhor ordenou que Ananias fizesse?
Saliente que a intenção inicial de Saulo, ao ir até Damasco, era prender pessoas como Ananias.
Se você fosse Ananias e soubesse da reputação de Saulo, o que teria pensado depois de receber essa orientação do Senhor?
Peça a um aluno que leia Atos 9:13–16 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que o Senhor ensinou a Ananias sobre Saulo.
Como a visão do Senhor de Saulo era diferente da visão de Ananias?
De acordo com o versículo 15, o Senhor tinha escolhido Saulo para ser e fazer o quê? (Saliente que a frase “vaso escolhido” pode se referir ao fato de que Saulo havia sido ordenado para o seu ministério.)
De acordo com o versículo 16, embora Saulo fosse um vaso escolhido para o Senhor, que experiências ele deveria passar?
Que princípio podemos aprender com esses versículos sobre como o Senhor nos vê? (Os alunos podem identificar diversos princípios, mas certifique-se de enfatizar que o Senhor nos vê como podemos nos tornar e o Senhor conhece nosso potencial para auxiliá-Lo em Sua obra. Escreva esses princípios no quadro.)
Peça aos alunos que pensem em como sua experiência, seus traços de caráter e suas habilidades podem ser usados para auxiliar o Senhor em Sua obra. Peça-lhes que registrem seus pensamentos no caderno de classe ou no diário de estudo das escrituras.
Peça a um aluno que leia Atos 9:17–20 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique o que Ananias fez depois que o Senhor o ajudou a entender o potencial de Saulo e sua futura missão.
O que Ananias fez por Saulo?
De acordo com o versículo 20, o que Saulo fez “logo”, ou imediatamente após ser batizado e ser confortado?
Saliente que o arrependimento, o batismo e a pregação de Saulo demonstraram sua fé em Jesus Cristo e sua submissão à vontade do Senhor.
Peça a um aluno que leia Atos 9:21–22 em voz alta. Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique como o povo reagiu à pregação de Saulo.
Como as pessoas reagiram à pregação de Saulo?
Por que as pessoas ficaram atônitas ao ouvirem Saulo?
Lembre os alunos de que a pergunta que Saulo fez a Jesus, registrada em Atos 9:6, demonstrou sua humildade e seu desejo de se submeter à vontade do Senhor.
Assim como Saulo, o que devemos fazer para mudar e alcançar o potencial que o Senhor vê em nós? (Usando as palavras dos alunos, escreva o seguinte princípio no quadro: Se nos submetermos à vontade do Senhor, então poderemos mudar e atingir o potencial que Ele vê em nós.)
Peça a dois voluntários que vão à frente da classe. Dê a um aluno argila de modelagem macia, e a outro, argila de modelagem dura. (Se não tiver acesso à argila de modelagem, peça aos alunos que imaginem que estão fazendo essa atividade, depois faça as perguntas que seguem a atividade.) Dê aos voluntários 30 segundos, mais ou menos, para criar algo que quiserem usando a argila. Se o aluno com a argila dura disser que é muito difícil, incentive-o a continuar tentando.
Dê um tempo suficiente e, depois, peça aos voluntários que mostrem o que criaram. Pergunte ao aluno que moldou a argila dura:
Por que foi difícil esculpir algo com essa argila?
Agradeça aos voluntários e peça-lhes que voltem a sentar-se. Pergunte à classe:
Como a argila dura pode ser comparada a alguém que não é submisso à vontade do Senhor?
Como a argila maleável pode ser comparada a alguém que é submisso à vontade do Senhor?
Como se submeter à vontade do Senhor ajudou você ou outras pessoas a mudar e atingir o potencial que o Senhor vê em você, ou neles?
Leia em voz alta a seguinte declaração do Presidente Ezra Taft Benson:
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Presidente Ezra Taft Benson
“Para [uma pessoa], não há pergunta mais importante do que aquela que Paulo fez: ‘Senhor, que queres que eu faça?’” (“Listen to a Prophet’s Voice” [Ouvir a Voz do Profeta], Ensign, janeiro de 1973, p. 57).
Peça aos alunos que ponderem sobre a pergunta: “Senhor, que queres que eu faça?” Peça-lhes que anotem a inspiração que receberem. Depois de algum tempo, leia em voz alta a seguinte declaração do Presidente Benson:
“Para [uma pessoa], não há ação mais grandiosa do que seguir um caminho que a leve à resposta para essa pergunta e, depois, agir de acordo com essa resposta” (“Listen to a Prophet‘s Voice”, p. 57).
Incentive os alunos a continuarem buscando uma resposta para essa pergunta e agirem de acordo com a inspiração que receberem.
A vida de Saulo é ameaçada em Jerusalém e os apóstolos o enviam a Tarso
Saliente que, após a conversão de Saulo, ele morou na Arábia e depois voltou a Damasco (ver Gálatas 1:17). Resuma Atos 9:23–26 explicando que os judeus em Damasco conspiraram para matar Saulo, mas os membros da Igreja o ajudaram a fugir da cidade. Três anos após sua conversão (ver Gálatas 1:18), Saulo foi a Jerusalém, onde os membros da Igreja estavam com receio de recebê-lo porque não acreditavam que ele havia se tornado um discípulo de Jesus Cristo.
Por que você acha que alguns membros estavam relutantes em aceitar que Saulo tinha se tornado um discípulo de Jesus Cristo?
Resuma Atos 9:27–31 explicando que Barnabé, um membro da Igreja (ver Atos 4:36–37), levou Saulo até os apóstolos e contou-lhes sobre a visão de Saulo e sua ousada pregação em Damasco. Os membros da Igreja, então, receberam Saulo entre eles. Quando os judeus gregos em Jerusalém procuraram matar Saulo, os líderes da Igreja o enviaram a Tarso. A Igreja viveu um período de paz e crescimento na Judeia, na Galileia e em Samaria.
Peça aos alunos que formem duplas. Peça a um aluno de cada dupla que leia Atos 9:32–35 e ao outro que leia Atos 9:36–42. Peça-lhes que identifiquem os milagres que Pedro realizou e como as pessoas reagiram. Explique-lhes que esmolas (versículo 36) é a prática de dar ofertas aos pobres.
Dê aos alunos tempo suficiente e, depois, peça-lhes que debatam em dupla os milagres que Pedro realizou e como as pessoas reagiram. Depois, pergunte à classe:
De acordo com os versículos 35 e 42, como as pessoas em Lida e em Jope responderam ao ministério de Pedro?
O que podemos aprender com essas reações sobre os possíveis efeitos de ministrar a outras pessoas? (Usando as palavras dos alunos, escreva o seguinte princípio no quadro: Ao ministrar a outras pessoas, podemos ajudá-las a se voltarem para o Senhor e crer Nele.)
Explique-lhes que conferir bênçãos do sacerdócio é uma maneira de ministrar às pessoas. Para ajudar os alunos a reconhecerem outras maneiras de ministrar às pessoas, pergunte:
De acordo com os versículos 36 e 39, como Tabita ministrou a outras pessoas?
Como alguém que é “[cheio] de boas obras” (versículo 36) e que serve aos outros ajuda as pessoas a se voltarem para o Senhor e crer Nele?
Quando as boas obras de alguém ajudaram vocês, ou outras pessoas, a se voltarem ao Senhor e crer Nele?
Encerre prestando seu testemunho dos princípios ensinados nesta lição.
Comentários e Informações Históricas
Atos 9:1–2. A autoridade de Saulo de levar os membros da Igreja presos a Jerusalém
Saulo recebeu autoridade do sumo sacerdote em Jerusalém para ir além da Judeia e levar os judeus para serem julgados perante o Sinédrio, o que era permitido pelo sumo sacerdote porque “os romanos permitiam que o Sinédrio exercesse a jurisdição civil e criminal (exceto nos casos capitais) sobre toda a comunidade judaica, mesmo fora da Palestina” (J. R. Dummelow, A Commentary on the Holy Bible [Um Comentário sobre a Bíblia Sagrada], 1909, p. 831). Como a lei de Moisés servia como lei civil e como lei religiosa para os judeus, os judeus cristãos podiam ser presos como criminosos. As “cartas” que Saulo levava eram documentos contendo instruções relativas ao propósito de Saulo e à confirmação de sua autoridade de realizar seu objetivo.
O Presidente Harold B. Lee explicou que “Saulo de Tarso era uma pessoa valente, que havia tentado diligentemente acabar com o cristianismo, pois acreditava que era uma seita que contaminava a palavra de Deus” (Conference Report, outubro de 1946, p. 144). Entretanto, a experiência com o Salvador ressurreto provocou uma grande mudança em Saulo. O Élder Bruce R. McConkie, do Quórum dos Doze Apóstolos, descreveu o que pode ter acontecido com Saulo nesses três dias de cegueira:
“Durante os três dias de cegueira [de Saulo], teve início a transformação de caráter que, no devido tempo, mudaria a história do cristianismo. Que angústia na alma ele deve ter sentido, que peso na consciência, que tristeza segundo Deus pelo pecado ao se humilhar em preparação para se submeter à orientação de Ananias” (Doctrinal New Testament Commentary [Comentários Doutrinários do Novo Testamento], 3 vols., 1965–1973, vol. II, p. 90).
O Presidente Howard W. Hunter disse o seguinte sobre a conversão de Saulo:
“Para completar a conversão [de Saulo], ele foi batizado. A vida de Paulo mudou. É notável que o homem que ordenou a execução de Estevão, posteriormente tenha se tornado o chefe defensor dos princípios pelos quais Estevão morreu. (…)
A vida de Paulo tinha sido dividida pela estrada para Damasco. Antes, ele era um agressivo perseguidor do cristianismo, mas, depois da estrada para Damasco, ele se tornou um de seus mais fervorosos propagadores” (Conference Report, outubro de 1964, pp. 108–109).
Atos 9:2. O empenho de Saulo em prender os seguidores de Jesus Cristo
O Presidente David O. Mckay ensinou sobre as intenções de Saulo ao buscar prender os seguidores de Jesus Cristo:
“Ele estava tão determinado a colocar um fim no que pensava ser uma heresia que assegurou seu direito como oficial do Sinédrio de prender os seguidores de Jesus onde quer que os encontrasse. Ele foi de casa em casa, separando homens de suas esposas e filhos. Ele levou até as mulheres e as jogou na prisão! Com certeza as lágrimas e as súplicas das criancinhas devem ter enternecido até mesmo seu coração duro, talvez mais do que o martírio do fiel Estevão. Certamente, ao forçar homens e mulheres a saírem de suas casas, os rostos pálidos de crianças encolhidas e seus gemidos de partir o coração devem ter deixado em sua alma intolerante, impressões que o tornariam humilde se não o perseguissem por toda a vida! Apenas uma coisa poderia lhe consolar mais tarde, ao olhar para trás e lembrar aquelas experiências terríveis. Em suas próprias palavras: ‘Eu verdadeiramente acreditava que contra o nome de Jesus Nazareno devia praticar muitos atos’ (Atos 26:9). Saulo era sincero no que fazia. Ele não acreditava que Jesus Cristo era o Filho de Deus e achava que seria agradável a seu Pai nos céus fazer com que todos os que acreditavam em Cristo negassem Seu nome” (Ancient Apostles [Apóstolos Antigos], 1921, p. 147).
Atos 9:15–16. O Senhor nos vê como podemos nos tornar
O Presidente Thomas S. Monson ensinou aos membros da Igreja a verem as pessoas do jeito que o Senhor as vê (ver “Ver os Outros Como Eles Podem Vir a Ser”, A Liahona, novembro de 2012, pp. 68–71).