Embora Martin Harris tenha perdido as 116 páginas do manuscrito do Livro de Mórmon durante o verão de 1828, ele manteve o desejo de ajudar no surgimento do Livro de Mórmon. Em março de 1829, Martin viajou de sua casa para Nova York a fim de visitar Joseph e Emma Smith em Harmony, na Pensilvânia. Quando lá estava, Martin pediu uma evidência que comprovasse que Joseph tinha as placas de ouro. Joseph perguntou ao Senhor e recebeu a revelação conhecida como Doutrina e Convênios 5. Nessa revelação, o Senhor declarou que seriam chamadas três testemunhas para testificar sobre o Livro de Mórmon e informou a Martin sobre o que ele deveria fazer para se tornar uma dessas testemunhas.
O Senhor revelará Sua palavra nos últimos dias e testemunhas testificarão
Peça aos alunos que respondam às seguintes perguntas:
O que você apenas ouviu falar, mas gostaria de ver com seus próprios olhos? Por que você gostaria de ver isso?
Depois de alguns alunos terem respondido, peça-lhes que leiam Doutrina e Convênios 5:1 em silêncio e identifiquem o que Martin Harris queria ver com os próprios olhos. Depois de os alunos identificarem o que Martin queria ver, você pode perguntar se eles gostariam de ver as placas de ouro. Peça a um ou dois alunos que expliquem suas respostas.
Para ajudar os alunos a entender por que Martin quis receber mais um testemunho da existência das placas, explique-lhes que em março de 1829, Martin planejou viajar de sua casa, em Nova York, para visitar Joseph e Emma Smith em Harmony, na Pensilvânia. Porém, sua esposa, Lucy Harris, estava aborrecida em relação ao tempo e dinheiro que seu marido estava dedicando à publicação do Livro de Mórmon. Ela também estava aborrecida com Joseph Smith pelo fato de ele haver negado os pedidos anteriores dela para ver as placas de ouro. Ela abriu um processo judicial contra Joseph e reuniu muitas pessoas dispostas a testemunhar que ele havia mentido em relação à existência das placas. Além da ameaça de processar Joseph, essas pessoas alertaram Martin Harris que, se ele não se juntasse a eles e testemunhasse a respeito da suposta falsidade ideológica e fraude de Joseph Smith, Martin também seria considerado culpado e seria preso com ele. Nessa época, Martin nunca havia visto as placas de ouro pessoalmente, embora houvesse sido escrevente de Joseph. Depois de viajar para a casa de Joseph, Martin expressou seu desejo de receber um testemunho da existência das placas de ouro. Ele pode ter acreditado que se pudesse ver as placas pessoalmente, estaria preparado para testificar sobre a existência delas e eliminar as acusações que alegavam que ele e Joseph Smith haviam cometido fraudes. Depois de Joseph ouvir o pedido de Martin para ver as placas, ele perguntou ao Senhor e recebeu a revelação em Doutrina e Convênios 5.
Peça a um aluno que leia Doutrina e Convênios 5:2–3 em voz alta. Peça à classe que acompanhe e procure como o Senhor pediu que Joseph Smith respondesse ao pedido de Martin Harris.
Como o Senhor pediu que Joseph respondesse a Martin?
Por que Joseph Smith não podia mostrar as placas a Martin Harris?
Peça aos alunos que pensem em por que o Senhor não permitiu que as placas de ouro fossem mostradas ao mundo? Peça a um aluno que leia a seguinte declaração do presidente Joseph Fielding Smith:
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Presidente Joseph Fielding Smith
“Frequentemente quando as [pessoas] (…) ouvem a história do surgimento do Livro de Mórmon, perguntam se as placas estão em algum museu onde possam ser vistas. Algumas delas dotadas de algum treinamento científico [sugerem] que se estudiosos pudessem ver e examinar as placas, e aprender a lê-las, poderiam então testificar quanto à veracidade do Livro de Mórmon e de Joseph Smith, e assim todo o mundo seria convertido” (Church History and Modern Revelation [História da Igreja e Revelação Moderna], 2 vols., 1953, vol. 1, p. 40).
Divida a classe em duplas. Peça a cada dupla que se reveze na leitura de Doutrina e Convênios 5:5–10 em voz alta, e identifique o motivo pelo qual o senhor disse a Joseph Smith que não mostrasse as placas ao mundo.
Que razões o Senhor deu a Joseph Smith para não mostrar as placas ao mundo? [Se as pessoas não acreditavam nas palavras do Senhor reveladas por meio Joseph Smith, elas continuariam a não acreditar caso vissem as placas (ver D&C 5:7); o Senhor resguardou as placas do mundo para um sábio propósito (ver D&C 5:9).]
O que aprendemos com Doutrina e Convênios 5:10 a respeito do chamado singular de Joseph Smith? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas certifique-se de que eles identificam a seguinte verdade: O Senhor chamou Joseph Smith para transmitir Sua palavra ao mundo. Você pode sugerir que os alunos marquem essa verdade nas escrituras deles próximo a Doutrina e Convênios 5:10.)
Por que você acha importante para nós termos um testemunho dessa verdade?
Peça a um aluno que leia Doutrina e Convênios 5:11 em voz alta. Peça à classe que acompanhe e procure o que o Senhor disse que faria para respaldar o testemunho de Joseph Smith a respeito do Livro de Mórmon. Depois de os alunos relatarem o que aprenderam, escreva a seguinte verdade no quadro: O testemunho de Três Testemunhas servirá de evidência da veracidade do Livro de Mórmon.
Peça aos alunos que leiam Doutrina e Convênios 5:11–15 em silêncio e procurem o que as Três Testemunhas ouviriam, veriam e seriam incumbidas de fazer. Peça aos alunos que compartilhem o que encontraram.
Como é útil saber que além de Joseph Smith, o Senhor chamou três testemunhas que viram as placas e ouviram o Senhor declarar sua veracidade?
Explique-lhes que além de orientar Joseph Smith e as Três Testemunhas para prestar testemunho, o Senhor forneceu outros meios pelos quais podemos saber da veracidade do Livro de Mórmon. Peça a um aluno que leia Doutrina e Convênios 5:16–18 em voz alta. Peça à classe que acompanhe e procure o que o Senhor prometeu àqueles que acreditam no Livro de Mórmon.
O que o Senhor disse que enviaria àqueles que acreditam em suas palavras? (Os alunos podem usar palavras diferentes, mas certifique-se de que eles identificam o seguinte princípio: Se acreditarem nas palavras do Senhor, Ele confirmará a veracidade delas por meio de Seu Espírito.)
Para ajudar a classe a ver como podem aplicar as verdades expressas anteriormente, peça a um aluno que leia a seguinte declaração do presidente Ezra Taft Benson. Peça aos alunos que escutem o que devem fazer assim que receberem um testemunho do Livro de Mórmon.
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Presidente Ezra Taft Benson
“Precisamos adquirir nosso próprio testemunho do Livro de Mórmon por meio do Espírito Santo. Depois disso, nosso testemunho aliado ao Livro de Mórmon, deve ser compartilhado com outras pessoas de maneira que elas também possam saber de sua veracidade por meio do Espírito Santo” (“O Livro de Mórmon e Doutrina e Convênios”, A Liahona, julho de 1987, p. 83).
Dê aos alunos alguns minutos para escrever no caderno ou nos diários de estudo das escrituras (1) seu próprio testemunho do Livro de Mórmon ou (2) o que podem fazer para adquirir ou fortalecer o testemunho deles de que o Livro de Mórmon é verdadeiro. Você pode pedir a alguns alunos que compartilhem com a classe o que escreveram.
Peça a um aluno que leia Doutrina e Convênios 5:21–22 em voz alta, substituindo o nome “Joseph” pelo nome deles. Peça ao aluno que faça um resumo do que o Senhor ensina nesses versículos.
Como podemos evitar ceder “às persuasões dos homens”?
O que o Senhor prometeu que Joseph Smith receberia caso fosse fiel, mesmo que ele fosse “assassinado”? (Vida eterna.)
Martin Harris pode ser chamado para ser uma das Três Testemunhas caso se arrependa
Se possível, mostre aos alunos uma lâmpada (ou desenhe uma no quadro). Pergunte o que devemos fazer para que a lâmpada funcione. Depois coloque a lâmpada em um abajur. Conecte o abajur no interruptor e ligue-o. Explique aos alunos que assim como há vários passos para ligar uma lâmpada, Martin Harris ficou sabendo que haveria vários passos para receber o testemunho que ele desejava do Senhor a respeito das placas.
Peça aos alunos que leiam Doutrina e Convênios 5:23–24 em silêncio e identifiquem a promessa condicional que o Senhor deu a Martin Harris usando as palavras se e então. Peça a um aluno que escreva no quadro o que ele encontrou. O aluno pode escrever algo como: “Se Martin Harris orar com humildade, fé e sinceridade, então o Senhor permitirá que ele veja as placas conforme desejou”. Saliente que por meio dessa promessa, o Senhor estava oferecendo a Martin Harris a oportunidade de ser uma testemunha do Livro de Mórmon.
O que você acha que significa orar com humildade, fé e sinceridade?
Para ajudar os alunos a identificar a verdade que se encontra em Doutrina e Convênios 5:24, peça-lhes que reescrevam a declaração “se–então” no quadro de maneira que possa ser aplicada a todos nós. Os alunos devem expressar algo semelhante à seguinte verdade: Se orarmos sinceramente com humildade e fé, então podemos receber as respostas de acordo com nossos desejos justos.
Como você acha que a oração feita com humildade, fé e sinceridade pode nos preparar para receber respostas do Senhor?
Quando você acha que ouviu ou fez uma oração que sentiu ser feita com humildade, fé e sinceridade? O que diferenciou essa oração das outras orações que já ouviu ou fez?
Peça a um aluno que leia Doutrina e Convênios 5:25–26 em voz alta. Peça à classe que acompanhe e procure o que o Senhor esperava que Martin Harris fizesse depois de se tornar uma testemunha do Livro de Mórmon. Peça aos alunos que relatem o que encontrarem.
Peça aos alunos que leiam Doutrina e Convênios 5:27–28, 32 em silêncio e identifiquem mais conselhos ou advertências que o Senhor deu a Martin Harris.
O que o Senhor aconselhou e alertou que Martin Harris fizesse?
O que o Senhor disse que aconteceria a Martin Harris se ele não se humilhasse e recebesse um testemunho (ver D&C 5:32) do Senhor?
Peça aos alunos que anotem no caderno ou nos diários de estudo das escrituras quaisquer impressões que tiveram durante a aula de hoje. Você pode incentivá-los a focar em mudanças específicas que sintam que precisam fazer para orar com mais humildade, fé e sinceridade a fim de conseguirem receber as respostas do Senhor.
O presidente Gordon B. Hinckley aconselhou especificamente sobre confiar em evidências físicas ou científicas apenas para respaldar nossa fé no Livro de Mórmon:
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Presidente Gordon B. Hinckley
“A evidência de sua autenticidade e de sua validade num mundo propenso a exigir evidências, não repousa na arqueologia nem na antropologia, embora possam ser úteis para alguns. Não repousa na pesquisa filológica nem na análise histórica, embora elas possam confirmar a veracidade. A prova de sua verdade e validade repousa entre as capas do próprio livro. Seu teste de autenticidade encontra-se em sua leitura. Ele é um livro de Deus. Pessoas sensatas podem sinceramente questionar sua origem; mas aqueles que o leram em espírito de oração souberam, por intermédio de um poder que ultrapassa os sentidos naturais, que ele é verdadeiro, que contém a palavra de Deus, que define as verdades salvadoras do evangelho eterno, que foi ‘revelado pelo dom e poder de Deus (…) para convencer os judeus e os gentios de que Jesus é o Cristo’ (Página de rosto do Livro de Mórmon)” (“As quatro pedras angulares da fé”, A Liahona, fevereiro de 2004, p. 3).
O presidente Joseph F. Smith ensinou que a manifestação da verdade por meio do Espírito Santo é mais poderosa do que qualquer coisa que possamos perceber por meio de nossos sentidos:
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Presidente Joseph F. Smith
“Podemos ver muitas coisas grandiosas com nossa visão física, mas podemos ser enganados. Podemos ouvir com nossos ouvidos, mas eles podem ser enganados. Nossos sentidos naturais são passíveis de erro. (…) Mas quero lhes dizer que, quando o Todo-Poderoso Se revela ao homem, Ele o faz pelo poder do Espírito Santo, e não pelos olhos ou ouvidos naturais. Ele fala ao homem como se falasse a ele independentemente de seu corpo; Ele fala a seu espírito. Por isso, o Deus Todo-Poderoso fala a vocês e presta testemunho de Sua verdade pelo poder do Espírito Santo, (…) e vocês saberão tanto quanto Deus sabe. Não será algo em que apenas acreditarão; algo que lhes foi comunicado por meio dos sentidos naturais, que podem errar ou ser enganados; mas Deus falará a seu coração, sua alma viva, ao ser eterno do homem, que tal como Deus, é indestrutível e eterno” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph F. Smith, 1998, p. 6).