História da Igreja
18 Temo ser tarde demais


“Temo ser tarde demais”, capítulo 18 de Santos: A História da Igreja de Jesus Cristo nos Últimos Dias, Volume 2, Nenhuma Mão Ímpia, 1846–1893, 2019

Capítulo 18: “Temo ser tarde demais”

Capítulo 18

Temo ser tarde demais

Imagem
bandeira branca em uma haste

No verão de 1857, Johan e Carl Dorius foram para Sião em uma companhia de carrinhos de mão com cerca de 300 santos escandinavos.1 A maioria dos integrantes da companhia chegara no leste dos Estados Unidos em maio. Tendo permanecido para pregar o evangelho na Noruega e na Dinamarca depois de seu pai e de suas irmãs imigrarem para Sião, Johan sentiu o coração bater de alegria quando finalmente viu os Estados Unidos.2 Em terra, porém, ele e sua companhia logo souberam do assassinato de Parley Pratt e do exército de 1.500 soldados que marchava para subjugar os santos em Utah.3

Souberam também dos emigrantes de carrinhos de mão que pereceram na trilha no ano anterior. Como previsto por Brigham, sob condições normais, a viagem com carrinhos de mão provara ser mais rápida e mais barata do que com os tradicionais carroções. Das cinco companhias de carrinhos de mão que foram para o vale, as três primeiras chegaram sem maiores incidentes. E os resultados trágicos das outras duas poderiam ter sido evitados com um melhor planejamento e com o aconselhamento de alguns líderes de emigração. Para evitar outras catástrofes, os agentes de emigração agora se certificavam de liberar as companhias de carrinho de mão a tempo suficiente para que chegassem ao vale em segurança.4

No final de agosto, Johan, Carl e sua companhia viajaram por algum tempo com o exército bem armado e bem abastecido que marchava para Utah. Embora muitos acreditassem que o objetivo do exército era dominar e oprimir os santos, os emigrantes não receberam assédio nem abusos enquanto viajavam lado a lado.5

Um dia, a cerca de 300 quilômetros do Vale do Lago Salgado, os emigrantes encontraram na trilha um dos bois do exército com um pé machucado. “Vocês podem ficar com o boi”, disse o líder do carroção de suprimentos do exército. “Acho que vocês precisam de um pouco de carne.”

Os santos alegremente aceitaram o animal. Os carroções de apoio do vale deveriam estar a caminho, mas ainda não tinham chegado. Com pouca comida, os santos consideraram a carne uma bênção de Deus.

Por fim, os carrinhos de mão ultrapassaram o exército. À medida que se aproximavam de Utah, Johan ficou ainda mais ansioso para começar a importante tarefa que tinha pela frente. Enquanto cruzavam o Atlântico, ele se casara com uma jovem norueguesa santo dos últimos dias chamada Karen Frantzen. Ao mesmo tempo, o irmão Carl se casara com Elen Rolfsen, outra jovem norueguesa da Igreja. Em Utah, os ex-missionários planejavam se estabelecer pela primeira vez em anos — provavelmente próximos ao restante da família Dorius — e aproveitar a nova vida em Sião.6

No entanto, o futuro ainda estava incerto. Os soldados tinham tratado os santos com bondade na trilha. Será que fariam o mesmo quando entrassem no território?


Em 25 de agosto de 1857, Jacob Hamblin, o presidente da missão indígena, no sul de Utah, acompanhava George A. Smith a Salt Lake City. Eles viajavam para o norte com um grupo de líderes da tribo indígena paiute. Sabendo que os paiutes poderiam se aliar aos santos se a violência irrompesse com o exército, Brigham convidara os líderes para um conselho na cidade.7 Jacob seria o tradutor durante a reunião.8

A meio caminho de Salt Lake City, o pequeno grupo acampou do outro lado de um riacho, perto de uma companhia de emigrantes originários principalmente do Arkansas, um estado no sul dos Estados Unidos. Depois do pôr do sol, alguns homens da companhia do Arkansas se aproximaram do acampamento e se apresentaram.9

A companhia tinha cerca de 140 pessoas, a maioria de jovens ansiosos para começar vida nova na Califórnia. Vários eram casados e viajavam com crianças pequenas. Os líderes eram Alexander Fancher e John Baker. O capitão Fancher, que já viajara antes para a Califórnia, era um líder natural e conhecido por sua integridade e coragem. Ele e a esposa Eliza tinham nove filhos e todos estavam na companhia. O capitão Baker viajava com três de seus filhos adultos e um neto pequeno.

A companhia tinha mulas, cavalos e bois para puxar os carroções e as carruagens. Eles também viajavam com centenas de bois da raça longhorn, que poderiam vender com lucro quando chegassem à Califórnia desde que mantivessem o gado alimentado e saudável na trilha.10

Na época em que o capitão Fancher viajara pela primeira vez para a Califórnia, a rota do Sul passando por Utah tinha muitas áreas abertas de pasto e pontos de irrigação. Desde aquela época, novos assentamentos ao longo da trilha foram tomando aquela área, ficando difícil para as grandes companhias de carroções cuidarem de seus animais sem a cooperação dos santos. Agora, com o exército se aproximando, muitos santos estavam tratando os viajantes com desconfiança e hostilidade. Muitos, inclusive, obedeciam ao conselho de não vender provisões para os forasteiros.11

A indiferença dos santos preocupava a companhia do Arkansas. A trilha à frente passava por uma das áreas mais quentes e secas nos Estados Unidos. A jornada seria difícil se não tivessem um lugar para descansar, reabastecer a companhia, alimentar os animais e dar de beber a eles.12

Jacob Hamblin os informou sobre os bons locais para acampamento ao longo da trilha. O melhor deles era um vale exuberante, ao sul de sua fazenda, com muita água e pasto para o gado. Era um local tranquilo chamado Mountain Meadows.13


Vários dias depois, a companhia do Arkansas parou em Cedar City, 400 quilômetros ao sul de Salt Lake City, para comprar suprimentos antes de se dirigir para Mountain Meadows. Cedar City era o último grande assentamento no sul de Utah e o local onde estava a indústria de ferro dos santos, que enfrentava agora dificuldades. Os residentes estavam empobrecidos e relativamente isolados.14

A companhia encontrou um homem fora da cidade disposto a vender 50 alqueires de trigo em grão. Alguns membros da companhia levaram o trigo, assim como o milho que tinham comprado dos índios, para um moinho operado por Philip Klingensmith, o bispo local, que cobrou um preço excepcionalmente alto para moer os grãos.15

Enquanto isso, outros membros da companhia tentaram fazer compras em um armazém na cidade. O que aconteceu a seguir permanece incerto. Anos mais tarde, os colonos de Cedar City relataram que o balconista da loja não tinha os itens que os emigrantes precisavam — ou simplesmente se recusara a vender.16 Algumas pessoas se lembravam de ver alguns membros da companhia enfurecidos, ameaçando ajudar os soldados a exterminar os santos quando o exército chegasse. Outros colonos disseram que um homem na companhia alegava ter a arma que matara o profeta Joseph Smith.17

O capitão Fancher procurou acalmar os homens irados.18 Contudo, aparentemente alguns deles encontraram a casa do prefeito, Isaac Haight, que também servia como presidente da estaca e major na milícia territorial, e o ameaçaram.19 Issac escapou pela porta dos fundos, encontrou John Higbee, o xerife da cidade, e pediu que prendesse aqueles homens.

Higbee confrontou os homens e lhes disse que perturbar a paz e usar linguagem profana era contra as leis locais. Os homens o desafiaram a prendê-los e depois foram embora.20


No final do dia, Isaac Haight e outros líderes de Cedar City enviaram uma mensagem a William Dame, o comandante da milícia distrital e presidente da estaca em Parowan, pedindo orientação sobre o que fazer com os emigrantes. Embora a maior parte dos integrantes da companhia não tivesse causado problemas, e ninguém tivesse ferido fisicamente os moradores, as pessoas na cidade estavam iradas quando os emigrantes partiram. Alguns até começaram a tramar uma vingança.

William compartilhou a mensagem de Isaac com um conselho composto por líderes da Igreja e da cidade, e eles chegaram à conclusão de que a companhia de Arkansas provavelmente era inofensiva. “Não façam caso das ameaças”, William aconselhou Isaac por carta. “São palavras ao vento e não podem machucar ninguém.”21

Insatisfeito, Isaac mandou chamar John D. Lee, um santo dos últimos dias de uma cidade vizinha. John ensinava os paiutes locais a cultivar a terra e tinha um bom relacionamento com eles. Ele era muito trabalhador e estava ansioso para se tornar conhecido nos assentamentos do sul.22

Enquanto aguardava a chegada de John, Isaac se reuniu com outros líderes em Cedar City para expor seu plano de vingança. Ao sul de Mountain Meadows, ao longo da estrada para a Califórnia, havia um estreito desfiladeiro onde os paiutes poderiam atacar a companhia de carroções, matar alguns ou todos os homens e levar o gado. Os paiutes eram geralmente pacíficos e alguns tinham se filiado à Igreja, mas Isaac acreditava que John conseguiria convencê-los a atacar a companhia.23

Assim que John chegou, Isaac contou sobre os emigrantes, repetindo os rumores de que um deles se gabara de ter a arma que matara o profeta Joseph.24 “A não ser que algo seja feito para prevenir”, disse Isaac, “os emigrantes vão levar avante as ameaças que fizeram e roubar a todos os que vivem nos assentamentos remotos do Sul”.25

Ele pediu que John convencesse os paiutes a atacar a companhia. “Se eles matarem alguns deles ou todos”, ele disse, “muito melhor”. Mas ninguém poderia saber que o ataque tinha sido comandado por colonos brancos.

A culpa teria que recair sobre os paiutes.26


Na tarde de domingo, no dia 6 de setembro, os líderes de Cedar City se reuniram novamente para falar sobre a companhia do Arkansas, agora acampada em Mountain Meadows. Convencidos de que um membro da companhia estava ligado às mortes de Joseph e Hyrum Smith, ou que algumas pessoas estavam dispostas a ajudar o exército a matar os santos, alguns homens do conselho apoiaram o plano para incitar os paiutes a atacar a companhia.27

Outros no conselho pediram cautela, e assim mais homens expressaram dúvidas sobre o plano.28 Frustrado, Isaac se levantou bruscamente da cadeira e saiu da sala. O conselho, enquanto isso, propôs o envio de um correio expresso para saber a opinião de Brigham Young.29 Porém, até o meio-dia da segunda-feira, ninguém tinha sido enviado.

Naquele mesmo dia, 7 de setembro, Isaac recebeu uma mensagem de John D. Lee. Naquela manhã, John e um grupo de paiutes tinham atacado os emigrantes na Mountain Meadows. Embora os paiutes estivessem inicialmente relutantes em participar, John e outros líderes locais prometeram recompensá-los com os espólios se eles se juntassem ao ataque.30

Isaac entrou em choque quando soube da notícia. Segundo o plano, o ataque deveria ter ocorrido depois que a companhia de Arkansas deixasse os prados, não antes. John relatou que sete emigrantes tinham sido mortos e outros 16 ficaram feridos. Os emigrantes tinham colocado os carroções em um círculo, atirado de volta e matado pelo menos um paiute.31

Com um cerco em andamento em Mountain Meadows, Isaac escreveu para Brigham Young em busca de conselho. Ele relatou que os paiutes atacaram uma companhia de carroções. Contou que os emigrantes tinham ameaçado os santos em Cedar City, mas omitiu o papel dos colonos na conspiração e na execução do ataque.32

Isaac entregou a carta a James Haslam, um jovem membro da milícia, e ordenou que fosse a cavalo, o mais rápido possível, para Salt Lake City.33 Em seguida, escreveu para John. “Faça o melhor que puder para manter os índios longe dos emigrantes”, ele escreveu, “e os proteja de maiores danos até novas ordens”.34

Naquela noite, Isaac ficou sabendo que, depois que John e os paiutes atacaram a companhia, alguns santos dos últimos dias armados tinham revistado a área em busca de dois membros da companhia que tinham saído de Mountain Meadows no início da semana para encontrar e trazer de volta o gado disperso. Os homens encontraram os emigrantes e mataram um deles. O outro conseguira escapar e retornara ao acampamento da companhia, ciente de que havia sido atacado por dois homens brancos.

Agora os emigrantes sabiam que os santos dos últimos dias estavam envolvidos no ataque ao acampamento.35


Dois dias depois, em 9 de setembro, Isaac se encontrou com o xerife John Higbee, que acabara de voltar da emboscada.36 Desde os primeiros assassinatos, John D. Lee havia liderado pequenos ataques contra a companhia.37 Higbee sabia que o suprimento de água e de comida dos emigrantes logo acabaria. Porém, nos dias seguintes, outras companhias de carroções poderiam passar pela área e descobrir o papel dos santos no ataque.38

Para esconder o envolvimento dos colonos, Isaac e Higbee decidiram que a milícia local teria que acabar com o cerco. Todos na companhia que pudessem implicar os responsáveis pelos ataques teriam que ser mortos.39

Depois da reunião, Isaac foi a Parowan a fim de obter a permissão de William Dame para ordenar que a milícia atacasse os emigrantes. Ainda acreditando que os emigrantes haviam sido vítimas de um ataque de índios, William e os membros do conselho quiseram enviar a milícia para Mountain Meadows a fim de proteger a companhia e ajudá-la a retomar a viagem.40

Em uma reunião particular com William, no entanto, Isaac admitiu que os santos dos últimos dias estavam envolvidos nos ataques e que os emigrantes sabiam disso. Ele disse que a única opção agora era matar qualquer sobrevivente com idade suficiente para testemunhar contra os colonos.41

Considerando o que lhe fora dito, William deixou de lado a decisão do conselho e autorizou um ataque.42


No dia seguinte, 10 de setembro, Brigham Young se reuniu com Jacob Hamblin em Salt Lake City para saber como os paiutes armazenavam alimentos. Se os santos fossem obrigados a fugir para as montanhas quando o exército chegasse, Brigham queria saber como sobreviver em terrenos difíceis.42

Porém, o exército já parecia menos ameaçador do que os santos tinham imaginado. Um representante do exército chegara recentemente à cidade e declarara que os soldados não pretendiam ferir os santos. Também parecia improvável que a maioria do exército chegasse na área antes do inverno.44

Enquanto Brigham e Jacob conversavam, o mensageiro de Cedar City, James Haslam, interrompeu a reunião com a mensagem sobre o cerco em Mountain Meadows.45 Brigham leu a carta e então olhou para o mensageiro. James cavalgara 400 quilômetros em três dias — praticamente sem dormir. Percebendo que não tinha tempo a perder, Brigham perguntou se ele poderia levar sua resposta de volta a Cedar City. Ele respondeu que sim.46

Brigham lhe disse que dormisse um pouco e retornasse para pegar a resposta.47 James saiu e Brigham escreveu a resposta. “No tocante às companhias de emigrantes que passam por nossas colônias, não podemos interferir com eles até que sejam notificados para manterem distância”, ele instruiu. “Não os provoquem. É esperado que os índios façam o que bem lhes aprouver, mas vocês devem se esforçar para manter um bom relacionamento com eles.

Deixem que sigam em paz”, insistiu Brigham.48

Uma hora depois, Brigham entregou a carta a James e o acompanhou até onde estava o cavalo. “Irmão Haslam”, ele disse, “quero que cavalgue o mais rápido que puder”.49


Embora para os santos de Salt Lake City não fosse mais esperado que os soldados invadissem suas ruas naquela estação, os santos no sul de Utah continuavam sem saber das declarações de paz do exército e das instruções de Brigham para não interferirem nas companhias de emigração. Os santos em Cedar City ainda acreditavam que o exército pretendia destruí-los.

Por mais de uma semana, as mulheres da cidade observaram os homens de sua família cada vez mais agitados em relação aos emigrantes do Arkansas. Eles ficavam até tarde da noite fora de casa, realizavam conselhos e planejavam maneiras de lidar com a situação. Agora, a milícia estava a caminho de Mountain Meadows.50

Na tarde de 10 de setembro, as mulheres se reuniram para a reunião mensal da Sociedade de Socorro. Algumas se sentiram ameaçadas quando os emigrantes passaram por Cedar City. Outras, inclusive Annabella Haight e Hannah Klingensmith, eram esposas de líderes que participaram dos eventos na semana anterior.51

“Estes são tempos difíceis”, disse Annabella às mulheres, “e devemos fazer nossas orações pessoais em favor dos maridos, filhos, pais e irmãos”.

“Sejamos consistentes em nossas orações pessoais em favor de nossos irmãos que estão agindo em nossa defesa”, concordou Lydia Hopkins, a presidente da Sociedade de Socorro. Ela e as conselheiras instruíram as mulheres presentes e designaram várias delas a visitar outras mulheres da cidade.

Antes de terminarem a reunião, cantaram um hino.

O arrependimento nossa alma vem limpar,

E do pecado nos livrar;

A coroa de glória nos espera e em breve chegará.52


Enquanto isso, em Mountain Meadows, cerca de 60 a 70 milicianos de Cedar City e de outros assentamentos vizinhos estavam reunidos com John D. Lee no rancho de Jacob Hamblin, que ainda não retornara de Salt Lake City.53 Alguns eram adolescentes, mas a maioria tinha entre 20 e 30 anos de idade.34 Uns poucos pensavam que estavam lá para enterrar os mortos.55

À noite, John Higbee, John D. Lee, Philip Klingensmith e outros líderes repassaram os planos do ataque com os milicianos. Um a um, os homens concordaram com o plano, convencidos de que, se deixassem a companhia do Arkansas seguir em frente, os inimigos da Igreja ficariam sabendo a verdade sobre o cerco.56

Na manhã seguinte, em 11 de setembro, Nephi Johnson, de 23 anos de idade, estava no alto de uma colina observando Mountain Meadows. Como falava fluentemente o idioma dos paiutes, foi-lhe ordenado que liderasse o ataque dos índios. Nephi queria esperar a resposta de Brigham Young, mas a milícia insistiu em atacar naquele momento. Ele acreditava que não tinha outra saída a não ser cooperar.57

Ficou observando quando um sargento da milícia, carregando uma bandeira branca de trégua, encontrou um dos emigrantes do lado de fora da barricada da companhia e se ofereceu para ajudar os sobreviventes. Depois que aceitaram a oferta, John D. Lee se aproximou da barricada para negociar o resgate. Ele instruiu a companhia a esconder as armas nos carroções e deixar o gado e os bens como presentes para os paiutes.58

John ordenou os emigrantes a segui-lo. Dois carroções com os doentes, os feridos e as crianças pequenas foram na frente, seguidos por uma fileira de mulheres e crianças maiores. Os meninos mais velhos e os homens andavam a uma certa distância atrás, cada um com um miliciano armado ao lado. Alguns homens e mulheres carregavam crianças pequenas no colo.59

Nephi sabia o que aconteceria em seguida. Os emigrantes passariam pelo rancho de Hamblin. Em algum ponto, Higbee daria o sinal para que cada miliciano se voltasse e atirasse no emigrante ao lado. Nephi ordenaria, então, o ataque dos paiutes.60

Logo, John D. Lee e os emigrantes passaram abaixo de onde Nephi estava escondido com os paiutes. Ele aguardou o sinal de Higbee, mas ele não o fez. Confusos, os paiutes tiveram dificuldade para permanecer escondidos enquanto se apressavam para acompanhar a procissão.61 Por fim, Higbee virou o cavalo para encarar a milícia.

“Parem!”, gritou ele.62


Quando os homens da milícia ouviram o sinal de Higbee, a maioria apontou a arma para os homens e os meninos e os matou instantaneamente. O estrondo do tiroteio parecia ecoar através do prado enquanto a fumaça das armas encobria os emigrantes.63 Nephi deu o sinal para os paiutes atacarem; eles tomaram suas posições e atiraram nos emigrantes mais próximos.64

Os emigrantes que sobreviveram à primeira onda de ataques fugiram para salvar a vida. Higbee e outros homens a cavalo os impediram enquanto os milicianos que estavam a pé os perseguiam e os abatiam, poupando apenas algumas das crianças menores.65 Nos carroções que transportavam os doentes e os feridos, John D. Lee cuidou para que não fosse poupado ninguém que pudesse contar a verdadeira história.66

Depois, o fedor de sangue e de pólvora ficou pairando sobre Mountain Meadows. Mais de 120 emigrantes foram mortos desde o primeiro ataque, quatro dias antes. Enquanto alguns dos atacantes saqueavam os corpos, Philip Klingensmith reuniu 17 crianças pequenas e as levou para o rancho de Hamblin. Quando a esposa de Jacob Hamblin, Rachel, viu as crianças, a maioria chorando e cobertas de sangue, ficou extremamente triste. Uma das crianças mais novas, uma menina de 1 ano, fora atingida por um tiro no braço.67

John D. Lee queria separar a menina ferida das duas irmãs, mas Rachel o convenceu a mantê-las juntas.68 Naquela noite, enquanto Rachel cuidava das crianças angustiadas, John se deitou do lado de fora da casa e dormiu.69


Na manhã seguinte, Isaac Haight e William Dame chegaram no rancho de Hamblin. Era a primeira vez que ambos visitavam Mountain Meadows desde que o cerco começara.70 Quando soube o número de pessoas que foram mortas, William entrou em choque. “Devo reportar esse assunto às autoridades”, ele disse.

“E implicar você mesmo e os outros?”, disse Isaac. “Tudo foi feito sob suas ordens.”71

Mais tarde, John D. Lee levou os dois homens ao local do massacre. Os sinais da carnificina estavam por todos os lados e alguns homens estavam enterrando os corpos em covas rasas.72

“Eu não sabia que havia tantas mulheres e crianças”, disse William com o rosto pálido.73

“O coronel Dame conversou comigo e me ordenou que fizesse isso, e agora ele quer se voltar contra mim”, disse Isaac a John, sua voz enchendo-se de ódio. “Ele tem que assumir o que fez, como um homem.”

“Isaac”, disse William, “eu não sabia que havia tanta gente”.

“Isso não faz diferença”, respondeu Isaac.74


Mais tarde, depois que os mortos foram enterrados, Philip Klingensmith e Isaac falaram aos milicianos que mantivessem em segredo sua participação no massacre.75 Pouco depois, James Haslam, o mensageiro enviado a Salt Lake City, chegou com as instruções por escrito de Brigham Young para que deixassem que os emigrantes partissem em paz.

Isaac começou a chorar.76 “Temo ser tarde demais”, ele disse. “Tarde demais.”77

  1. Liljenquist, autobiografia, p. 9; Dorius, “Sketch of the Life”, p. 47; Christian Christiansen Company (1857) list, Pioneer Database, history.ChurchofJesusChrist.org/overlandtravel/companies.

  2. Dorius, “Sketch of the Life”, pp. 6–7, 11–12, 46, 49; ver também Ole Nielsen Liljenquist, “Biografiske Skizzer”, Morgenstjernen, março de 1833, p. 40.

  3. Matthias Cowley to Orson Pratt, June 1, 1857, Latter-day Saints’ Millennial Star, 11 de julho de 1857, vol. 19, p. 446; Liljenquist, autobiografia, p. 9; Frantzen, reminiscência e diário, p. 33.

  4. Dorius, “Autobiography of Carl Christian Nicoli Dorius”, pp. 19–21. Tópico: Companhias de carrinhos de mão.

  5. Christensen, “Reminiscence”, em Jensen, “By Handcart to Utah”, pp. 337, 343–344; Liljenquist, autobiografia, p. 9; Benson, “Recollections”, pp. 3–4; Frantzen, reminiscência e diário, pp. 37–39; Tanner, Biographical Sketch of James Jensen, pp. 23–40; Carl Dorius, esboço biográfico, p. 2.

  6. Dorius, “Sketch of the Life”, pp. 46, 49–50, 52; Carl Dorius, esboço biográfico, pp. 2–3; Dorius, “Autobiography of Carl Christian Nicoli Dorius”, pp. 19–21. Alguns registros mencionam Kaia como um nome alternativo de Karen.

  7. Brigham Young to Jacob Hamblin, Aug. 4, 1857, Letterbook, vol. 3, pp. 737–738, Arquivos do escritório de Brigham Young, Biblioteca de História da Igreja; Hamblin, Journal, pp. 37–38; Jacob Hamblin, Deposition, Nov. 28, 1871, Arquivos do escritório do presidente, 1843–1877, Arquivos do escritório de Brigham Young, Biblioteca de História da Igreja; Historical Department, Office Journal, Aug. 25, 1857; Huntington, Journal, 1º de setembro de 1857.

  8. Ver Little, Jacob Hamblin, p. 31; e Carleton, Report on the Subject of the Massacre at the Mountain Meadows, p. 10.

  9. George A. Smith to Md. St. Clair, Nov. 25, 1869, Escritório do Historiador, Letterpress Copybook, vol. 2, pp. 941–943; George A. Smith, Statement, [Nov. 1896], George A. Smith, documentos, Biblioteca de História da Igreja; ver também Eleanor J. Pratt to “Brother Snow”, May 14, 1857, Biblioteca de História da Igreja.

  10. Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 76–83, 104–105, 244–249, 251–254; Carleton, Report on the Subject of the Massacre at the Mountain Meadows, pp. 4, 6; ver também Hamblin, Journal, pp. 38–40; e Little, Jacob Hamblin, p. 45.

  11. Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 80, 105–113; ver também Atas gerais da Estaca Provo Utah Central, 16 de agosto de 1857, vol. 10, pp. 907–908; “Late Horrible Massacre”, Los Angeles Star, 17 de outubro de 1857, p. 2; e Arrington, Great Basin Kingdom, pp. 148–151.

  12. George A. Smith to Md. St. Clair, Nov. 25, 1869, Escritório do Historiador, Letterpress Copybook, vol. 2, pp. 941–943; George A. Smith, Incidents Connected with the Mountain Meadows Massacre, [Nov. 1869], George A. Smith, documentos, Biblioteca de História da Igreja; Carleton, Report on the Subject of the Massacre at the Mountain Meadows, p. 6; ver também Parker, Recollections of the Mountain Meadows Massacre, p. 11.

  13. Carleton, Report on the Subject of the Massacre at the Mountain Meadows, p. 6; Silas Smith, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s First Trial, vol. 5, p. 229; Jacob Hamblin, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s Second Trial, vol. 1, p. 92.

  14. Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 129–132; “Lee’s Confession”, Sacramento Daily Record-Union, 24 de março de 1877, p. 3; Philip Klingensmith, Testimony, em Rogerson, Shorthand of John D. Lee’s First Trial, vol. 2, p. 19; Boreman, Transcript of John D. Lee’s First Trial, vol. 3, pp. 2, 58–59; “History of Mormonism”, Corinne Reporter, 22 de julho de 1871, p. 2; ver também Shirts e Shirts, Trial Furnace, pp. 372–387.

  15. “History of Mormonism”, Corinne Reporter, 22 de julho de 1871, p. 2; Philip Klingensmith, Testimony, em Rogerson, Shorthand of John D. Lee’s First Trial, vol. 2, p. 19; Boreman, Transcript of John D. Lee’s First Trial, vol. 3, pp. 58–59; Bowering, diário, outono de 1857, p. 230; Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, p. 132; Krenkel, Life and Times of Joseph Fish, p. 57.

  16. “Christopher J. Arthur, Field Notes”; “Christopher J. Arthur, Prepared Report”, 26 de janeiro de 1892, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 80, 82; Parowan Stake, Historical Record, Aug. 9, 1857, pp. 22–23; ver também Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 231; Plat of Cedar City, Oct. 1852, Escritório do Historiador, Documentos históricos coletados, Biblioteca de História da Igreja; e Shirts e Shirts, Trial Furnace, pp. 289–296.

  17. Krenkel, Life and Times of Joseph Fish, pp. 57–58; Bowering, diário, outono de 1857, p. 230; “Christopher J. Arthur, Field Notes”; “Christopher J. Arthur, Prepared Report”, 26 de janeiro de 1892, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 80, 82; Charles Willden, Affidavit, Feb. 18, 1882; Elias Morris, Statement, Feb. 2, 1892, Material coletado referente ao massacre de Mountain Meadows, Biblioteca de História da Igreja; Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 93–94, 132–133.

  18. “Nephi Johnson, Affidavit, July 22, 1908”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 328.

  19. Annie Hoge, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s First Trial, vol. 4, pp. 26–27.

  20. “Lee’s Confession”, Sacramento Daily Record-Union, 24 de março de 1877, p. 3; “Christopher J. Arthur, Prepared Report”, 26 de janeiro de 1892, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 82–83; ver também “An Act in relation to Profanity and Drunkenness”, Acts, Resolutions e Memorials … of the Territory of Utah, p. 89.

  21. James H. Martineau to Susan, May 3, 1876, James H. Martineau Collection, Biblioteca de História da Igreja; John Chatterly para Andrew Jenson, 18 de setembro de 1919, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 278; Martineau, “Mountain Meadow Catastrophy”, p. 2; ver também Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 55–56, 134–136, 256.

  22. “Lee’s Confession”, Sacramento Daily Record-Union, 24 de março de 1877, p. 3; John D. Lee to Brigham Young, May 23, 1856, Arquivos do escritório de Brigham Young, Biblioteca de História da Igreja; ver também Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 59–67, 136, 139–140.

  23. Lee, Mormonism Unveiled, pp. 219–220; “Ellott Willden, Prepared Report”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 213–214; Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 64–65; ver também Knack, Boundaries Between, p. 2; e Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 137–145.

  24. “Lee’s Confession”, Sacramento Daily Record-Union, 24 de março de 1877, p. 3; Lee, Mormonism Unveiled, pp. 218–220; ver também “Daniel S. Macfarlane, Prepared Report”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 109.

  25. Lee, Mormonism Unveiled, pp. 218, 219; ver também “Elias Morris, Prepared Report—Andrew Jenson Copy”, 2 de fevereiro de 1892, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 253. Citação editada para facilitar o entendimento; o original dizia: “Haight disse que, a menos que algo fosse feito para impedi-los, os emigrantes executariam suas ameaças e roubariam todos os assentamentos no Sul”.

  26. Lee, Mormonism Unveiled, pp. 219–220. Citação editada para facilitar o entendimento; “matassem” no original foi alterado para “matarem”.

  27. Laban Morrill, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s Second Trial, vol. 1, pp. 3–4, 6, 9; Sudweeks, “Life of Laban Morrill”, pp. 1, 8–9; “Elias Morris, Prepared Report—Andrew Jenson Copy”, 2 de fevereiro de 1892, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 254.

  28. Laban Morrill, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s Second Trial, vol. 1, pp. 4, 6, 9, 10–11; Laban Morrill, Testimony, em Patterson, Shorthand Notes of John D. Lee’s Second Trial, vol. 2, pp. 20–21; Sudweeks, “Life of Laban Morrill”, p. 8; “Elias Morris, Prepared Report—Andrew Jenson Copy”, 2 de fevereiro de 1892, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 254; Philip Klingensmith, Testimony, in Boreman, Transcript of John D. Lee’s First Trial, 3:4–5.

  29. Philip Klingensmith, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s First Trial, vol. 3, pp. 4–5; Sudweeks, “Life of Laban Morrill”, pp. 8–9; Laban Morrill, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s Second Trial, vol. 1, pp. 6–8; “Elias Morris, Prepared Report—Andrew Jenson Copy”, 2 de fevereiro de 1892, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 254.

  30. Laban Morrill, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s Second Trial, vol. 1, pp. 6, 8–10; Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 145–148, 157–162.

  31. “Ellott Willden, Prepared Report”; “Ellott Willden, ‘Additional’ Prepared Report”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 213–215, 222; Carleton, Report on the Subject of the Massacre at the Mountain Meadows, p. 8; Lee, Mormonism Unveiled, pp. 226–227; “Lee’s Confession”, Sacramento Daily Record-Union, 24 de março de 1877, p. 3; ver também Joseph Clewes, “Mountain Meadows Massacre”, Salt Lake Daily Herald, 5 de abril de 1877, p. 4; e Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 158–162.

  32. Jacob Hamblin to Brigham Young, Nov. 13, 1871; Jacob Hamblin, Deposition, Nov. 28, 1871, Arquivos do presidente da Igreja, 1843–1877, Arquivos do escritório de Brigham Young, Biblioteca de História da Igreja; James Haslam, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s Second Trial, vol. 1, p. 12; Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 162–164.

  33. James Holt Haslam, Testimony, Dec. 4, 1884, p. 2, em “John D. Lee: Miscellaneous Papers pertaining to His Trials, Guilt, and Death”, 1911, caixa 1, pasta 18, Material coletado referente ao massacre de Mountain Meadows, Biblioteca de História da Igreja; James Haslam, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s Second Trial, vol. 1, p. 12; Rolo de convocação da Companhia D, 2º Batalhão, em Iron Military District, rolos de convocação, de 1856–1857, Divisão de Arquivos e Registros de Utah, Registros de Milícias Territoriais, 1849–1877, Serviço de Arquivos e Registros do Estado de Utah, Salt Lake City.

  34. Joseph Clewes, “Mountain Meadows Massacre”, Salt Lake Daily Herald, 5 de abril de 1877, p. 4.

  35. “Ellott Willden, Prepared Report”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 213, 216–218; ver também Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 159–160, 164.

  36. “Bull Valley Snort”, Statement, Feb. 1894, John M. Higbee Information, Material coletado referente ao massacre de Mountain Meadows, Biblioteca de História da Igreja; “Ellott Willden, Prepared Report”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 211; Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 173–174.

  37. “Nephi Johnson Affidavit, July 22, 1908”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 328; Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 169–170; ver também “Lee’s Confession”, Sacramento Daily Record-Union, 24 de março de 1877, p. 3.

  38. Martineau, “Mountain Meadow Catastrophy”, p. 2; Whitney, History of Utah, vol. 1, pp. 700–701; Lee, Mormonism Unveiled, p. 240; ver também “Late Horrible Massacre”, Los Angeles Star, 17 de outubro de 1857, p. 2; “Lee’s Confession”, Sacramento Daily Record-Union, 24 de março de 1877, p. 3; e Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 174, 178–179.

  39. “Lee’s Confession”, Sacramento Daily Record-Union, 24 de março de 1877, p. 3; J. H. Beadle, “Interview with Jno. D. Lee of Mountain Meadows Notoriety”, Salt Lake Daily Tribune, 29 de julho de 1872, p. 2; Philip Klingensmith, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s First Trial, vol. 3, p. 82; “Nephi Johnson Affidavit, Nov. 30, 1909”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 329; ver também Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 172–174.

  40. “Elias Morris, Prepared Report—Andrew Jenson Copy”, 2 de fevereiro de 1892; “William Barton, Prepared Report”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 67–69, 254–255.

  41. [Josiah Rogerson], “Review of John D. Lee’s Life and Confessions”, pp. 21–22, em “John D. Lee: Miscellaneous Papers pertaining to His Trials, Guilt, and Death”, 1911, caixa 1, pasta 19, Material coletado referente ao massacre de Mountain Meadows, Biblioteca de História da Igreja; “Lee’s Confession”, Sacramento Daily Record-Union, 24 de março de 1877, p. 3; “Daniel S. Macfarlane, Prepared Report”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 110–111; Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 177–179. Fontes indicam que Elias Morris estava presente na reunião com Isaac Haight e William Dame.

  42. Jacob Hamblin to Brigham Young, Nov. 13, 1871, Arquivos do escritório do presidente, 1843–1877, Arquivos do escritório de Brigham Young, Biblioteca de História da Igreja; “Daniel S. Macfarlane, Prepared Report”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 110–111; Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 178–179.

  43. Jacob Hamblin, Deposition, Nov. 28, 1871, Arquivos do escritório do presidente, 1843–1877, Arquivos do escritório de Brigham Young, Biblioteca de História da Igreja; ver também Jacob Hamblin to Brigham Young, Nov. 13, 1871, Arquivos do escritório do presidente, 1843–1877, Arquivos do escritório de Brigham Young, Biblioteca de História da Igreja.

  44. Brigham Young to Isaac Haight, Sept. 10, 1857; Brigham Young to Orson Pratt Sr., Sept. 12, 1857, Letterbook, vol. 3, pp. 827, 844–848, Arquivos do escritório de Brigham Young, Biblioteca de História da Igreja; ver também Young, Diário do escritório, 8–10 de setembro de 1857.

  45. Jacob Hamblin, Deposition, Nov. 28, 1871, Arquivos do escritório do presidente, 1843–1877, Arquivos do escritório de Brigham Young, Biblioteca de História da Igreja.

  46. James Holt Haslam, Testimony, Dec. 4, 1884, pp. 2–5, em “John D. Lee: Miscellaneous Papers pertaining to His Trials, Guilt, and Death”, 1911, caixa 1, pasta 18, Material coletado referente ao massacre de Mountain Meadows, Biblioteca de História da Igreja; ver também Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 181–183.

  47. James Holt Haslam, Testimony, Dec. 4, 1884, p. 5, em “John D. Lee: Miscellaneous Papers pertaining to His Trials, Guilt, and Death”, 1911, caixa 1, pasta 18, Material coletado referente ao massacre de Mountain Meadows, Biblioteca de História da Igreja; James Haslam, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s Second Trial, vol. 1, p. 12.

  48. Brigham Young to Isaac Haight, Sept. 10, 1857, Letterbook, vol. 3, pp. 827–828, Arquivos do escritório de Brigham Young, Biblioteca de História da Igreja.

  49. Historical Department, Office Journal, Sept. 10, 1857; Hamilton G. Park, Affidavit, Oct. 1907, Material coletado referente ao massacre de Mountain Meadows, Biblioteca de História da Igreja; ver também James Haslam, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s Second Trial, vol. 1, p. 12.

  50. Cedar City Ward, Relief Society Minute Book, Sept. 10, 1857, em Derr e outros, First Fifty Years of Relief Society, pp. 229–230.

  51. Ver “Elias Morris, Prepared Report—Andrew Jenson Copy”, 2 de fevereiro de 1892, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 253; Cedar City Ward, Relief Society Minute Book, Sept. 10, 1857, em Derr e outros, First Fifty Years of Relief Society, pp. 229–230; e Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 134–135.

  52. Cedar City Ward, Relief Society Minute Book, Sept. 10, 1857, em Derr e outros, First Fifty Years of Relief Society, pp. 23–31; Songs of Zion (local da publicação e editor desconhecidos, 1853), em John Freeman, hinário, por volta de 1849, Biblioteca de História da Igreja.

  53. Philip Klingensmith, Testimony; Samuel Pollock, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s First Trial, vol. 3, pp. 7–8, vol. 4, p. 68, vol. 5, p. 182; “Daniel S. Macfarlane, Prepared Report”; “Nephi Johnson Affidavit, July 22, 1908”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 112, 329; Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 158–159, 179, 190; apêndice C, pp. 255–264.

  54. Ver Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, apêndice C, pp. 255–264.

  55. “Nephi Johnson Affidavit, July 22, 1908”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 330; ver também “Daniel S. Macfarlane, Prepared Report”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 111; e Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, p. 179.

  56. Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 187–189.

  57. “Nephi Johnson Affidavit, July 22, 1908”; “Nephi Johnson Affidavit, Nov. 30, 1909”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 328–330, 332; Nephi Johnson, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s Second Trial, vol. 1, pp. 76–77; Nephi Johnson to A. H. Lund, Mar. 1910, Material coletado referente ao massacre de Mountain Meadows, Biblioteca de História da Igreja.

  58. “Nephi Johnson Affidavit, July 22, 1908”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 329–330; Lee, Mormonism Unveiled, pp. 238–240; “Lee’s Confession”, Sacramento Daily Record-Union, 24 de março de 1877, p. 3; James Lynch, Affidavit, [May 1859], em Turley, Johnson e Carruth, Mountain Meadows Massacre, vol. 1, p. 247.

  59. “Nephi Johnson Affidavit, July 22, 1908”; “Nephi Johnson Affidavit, Nov. 30, 1909”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 329–330, 333; Lee, Mormonism Unveiled, p. 240; “Lee’s Confession”, Sacramento Daily Record-Union, 24 de março de 1877, p. 3; Samuel McMurdy, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s Second Trial, vol. 1, pp. 35–36; Joel White, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s First Trial, vol. 3, p. 126; “Mountain Meadows Massacre”, Daily Arkansas Gazette, 1º de setembro de 1875, p. 3; Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 196–197, 202–205.

  60. Nephi Johnson, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s Second Trial, vol. 1, pp. 76–77; Lee, Mormonism Unveiled, pp. 238, 240; “Nephi Johnson Affidavit, Nov. 30, 1909”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 333; “Lee’s Confession”, Sacramento Daily Record-Union, 24 de março de 1877, p. 3; ver também “Nephi Johnson Affidavit, July 22, 1908”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 329–330.

  61. “Ellott Willden, Bancroft Corrections—Prepared Report”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 156–158; ver também Whitney, History of Utah, vol. 1, p. 706.

  62. Philip Klingensmith, Testimony; Joel White, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s First Trial, vol. 3, pp. 81–82, 126–127; Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, p. 199.

  63. “Ellott Willden, Bancroft Corrections—Prepared Report”; “Nephi Johnson Affidavit, Nov. 30, 1909”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 158, 333; Jacob Hamblin, Testimony, em Carleton, Report on the Subject of the Massacre at the Mountain Meadows, p. 9; Samuel Pollock, Testimony, in Boreman, Transcript of John D. Lee’s First Trial, 5:196; ver também “Lee’s Confession”, Sacramento Daily Record-Union, 24 de março de 1877, p. 3; e Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, p. 200.

  64. “Ellott Willden, Bancroft Corrections—Prepared Report”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 158–159; Albert Hamblin, Testimony, em Carleton, Report on the Subject of the Massacre at the Mountain Meadows, p. 14; William Young, Testimony, in Boreman, Transcript of John D. Lee’s First Trial, 4:53, 5:210–11.

  65. “Ellott Willden, Bancroft Corrections—Prepared Report”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, pp. 158–159; Philip Klingensmith, Testimony, in Boreman, Transcript of John D. Lee’s First Trial, 3:15, 17–18; Philip Klingensmith, Testimony, in Rogerson, Shorthand of John D. Lee’s First Trial, 2:27; Philip Klingensmith, Testimony, U.S. v. John D. Lee (1875), em Patterson, Shorthand Notes of John D. Lee’s First Trial, vol. 3, pp. 2–3; “Ellott Willden, Field Notes”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 202.

  66. Lee, Mormonism Unveiled, pp. 241–242; “Nephi Johnson Affidavit, July 22, 1908”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 330.

  67. “Nephi Johnson Affidavit, July 22, 1908”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 330; Philip Klingensmith, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s First Trial, vol. 3, p. 85; Rachel Hamblin, Testimony; Albert Hamblin, Testimony, em Carleton, Report on the Subject of the Massacre at the Mountain Meadows, pp. 11–12, 14; ver também Jacob Hamblin, Testimony, em Carleton, Report on the Subject of the Massacre at the Mountain Meadows, pp. 7–8; e Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 200, 208–209, 214–215, 246.

  68. Rachel Hamblin, Testimony, em Carleton, Report on the Subject of the Massacre at the Mountain Meadows, pp. 11–12.

  69. Lee, Mormonism Unveiled, p. 245; “Lee’s Confession”, Sacramento Daily Record-Union, 24 de março de 1877, p. 4.

  70. Lee, Mormonism Unveiled, p. 245; “Ellott Willden, Bancroft Corrections—Field Notes”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 144; ver também “John H. Henderson, Field Notes”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 76.

  71. Lee, Mormonism Unveiled, p. 246; “Lee’s Confession”, Sacramento Daily Record-Union, 24 de março de 1877, p. 4.

  72. Lee, Mormonism Unveiled, pp. 245–247; Carleton, Report on the Subject of the Massacre at the Mountain Meadows, p. 29.

  73. “Lee’s Confession”, Sacramento Daily Record-Union, 24 de março de 1877, p. 4; Lee, Mormonism Unveiled, p. 246. Citação editada para facilitar o entendimento; “há” no original foi alterado para “havia”.

  74. Lee, Mormonism Unveiled, pp. 246–247.

  75. Lee, Mormonism Unveiled, pp. 247–248; Nephi Johnson, Testimony, em Boreman, Transcript of John D. Lee’s Second Trial, vol. 1, pp. 77–79; ver também Walker, Turley e Leonard, Massacre at Mountain Meadows, pp. 215–216.

  76. “Nephi Johnson Affidavit, July 22, 1908”, em Turley e Walker, Mountain Meadows Massacre, p. 330; Brigham Young to Isaac Haight, Sept. 10, 1857, Letterbook, vol. 3, pp. 827–828, Arquivos do escritório de Brigham Young, Biblioteca de História da Igreja.

  77. James Haslam, entrevista por Scipio A. Kenner, 4 de dezembro de 1884, em Turley, Johnson e Carruth, Mountain Meadows Massacre, vol. 2, p. 894. Tópico: Massacre de Mountain Meadows.