Uma questão de honestidade
A autora mora em Utah, EUA.
O que é mais importante: um prêmio ou a verdade?
“Zelamos pelo que é honesto” (2 Coríntios 8:21).
“Christy, isto é para você”, disse a professora, entregando um envelope para Christy.
“Obrigada”, disse ela. Christy abriu o envelope e leu o bilhete.
Parabéns! Você é um dos seis alunos escolhidos pelos colegas de classe para receber o Prêmio Cidadania do 5º ano. Responda ao questionário a seguir e o entregue na secretaria até o final do dia para ser avaliado pelo júri.
Christy amassou o envelope, cheia de entusiasmo. Não via a hora de contar aos amigos!
“Adivinhe o que aconteceu!”, disse ela para Gabriella na hora do recreio. “Talvez eu ganhe um prêmio.”
“Que ótimo!”, exclamou Gabriella.
“Só preciso responder a todas estas perguntas”, explicou Christy. “Mas acho que não tenho muitas coisas interessantes para escrever. Esta aqui diz: ‘De que maneira você tem feito diferença em sua comunidade?’ Não consigo pensar em nada para dizer.”
“Talvez baste escrever algo que você acha que seria bom fazer”, sugeriu Gabriella. “Não é um bicho de sete cabeças. Eles só querem saber que tipo de pessoa você é.”
Christy não se sentia bem em inventar uma resposta, mas talvez pudesse escrever alguma coisa que pretendia fazer no futuro. Enquanto pensava, dava batidinhas com o lápis no papel.
Depois, lembrou-se de um cartaz que tinha visto na biblioteca pública: “Precisa-se de monitores para ajudar leitores mirins”. Ela gostava de ajudar seus irmãos menores a ler. Poderia ser divertido auxiliar outras crianças também. Christy ainda não tinha se oferecido, mas pretendia! Então, escreveu: “Sou voluntária na biblioteca para ajudar crianças a aprender a ler”.
Christy olhou o que tinha escrito e sentiu um nó na garganta que tentou engolir. Parecia que aquele sentimento incômodo só piorava enquanto ela se dirigia para a secretaria a fim de entregar suas respostas.
A caminho de casa, Christy parecia arrastar um peso a cada passo. Na hora do jantar, nem sentiu vontade de comer.
“Tudo bem com você, filha?”, perguntou a mãe.
Christy deu um grande suspiro. “Não, acho que não.”
“Quer conversar?”, perguntou o pai.
Christy explicou o que tinha feito. “Desde aquele momento, não estou me sentindo muito bem.” Ela cruzou os braços e deslizou na cadeira.
“Que bom que você nos contou.” A mãe lhe apertou a mão com carinho. “Esse é o primeiro passo para fazer o que é certo.”
“E sei qual é o próximo passo”, disse Christy com um sorriso. Só de pensar no que ia fazer já se sentiu melhor.
Aquela noite, ao orar, pediu perdão ao Pai Celestial por não ter sido honesta. Ela sabia que Ele poderia ajudá-la a se arrepender e fazer o que era certo.
Na manhã seguinte, Christy foi até a secretaria da escola. Abriu a porta e entrou…
Ilustrações: Morgan Bissant