Ouça com atenção e em espírito de oração

Ajudar as pessoas a adquirir conhecimento espiritual

Ouça cuidadosamente, observe e use de discernimento a fim de compreender a natureza das perguntas, sentimentos e crenças dos alunos.

Sugestões

  • Crie um ambiente em que os alunos se sintam seguros para conversar sobre suas dúvidas.

  • Em espírito de oração, ouça ao Espírito e a seus alunos para melhor discernir como responder as perguntas dos alunos.

  • Faça perguntas que convidem os alunos a compartilharem como se sentem sobre suas dúvidas.

Recursos adicionais

O manual Pregar Meu Evangelho oferece o seguinte conselho:

“Se você ouvir atentamente as pessoas, irá compreendê-las melhor. Se elas souberem que os pensamentos e sentimentos delas são importantes para você, será mais provável que se mostrem receptivas a seus ensinamentos, compartilhem experiências pessoais e assumam compromissos. Ouvindo, você será capaz de adaptar mais eficazmente o seu ensino às necessidades e aos interesses das pessoas.

Ouça especialmente os sussurros do Espírito. Quando as pessoas compartilharem seus sentimentos com você, podem surgir pensamentos ou ideias em sua mente que terão sido guiados pelo Espírito. Você também poderá compreender o que as pessoas estão procurando expressar. (…)

Às vezes, os problemas das pessoas são como um iceberg. Somente uma pequena parte é visível acima da superfície. Essas preocupações podem ser complexas e difíceis de resolver. Por esse motivo, você precisa seguir o Espírito e responder da forma mais adequada à situação. Ore pelo dom de discernimento e siga seus sentimentos. O Pai Celestial conhece o coração e a vida de todas as pessoas (o iceberg inteiro) e irá ajudá-lo a saber o que é melhor para cada pessoa.

Quando você ajudar as pessoas a resolverem os problemas que elas têm, procure primeiro compreender quais são esses problemas fazendo perguntas e ouvindo. Confie no Espírito para ajudá-lo a saber como auxiliar as pessoas a resolver seus problemas” (Pregar Meu Evangelho: Guia para o Serviço Missionário, 2004, pp. 200, 202–203).

O Presidente Henry B. Eyring, da Primeira Presidência, ensinou: “Nós podemos ser melhores se não despendermos muito tempo com o que nossos alunos veem como a fonte da dúvida deles. Precisamos ouvir o suficiente para mostrarmos o quanto nos importamos e que não nos incomodamos com o que os está perturbando. Mas o problema deles não reside no que eles pensam que veem; reside no que eles ainda não podem ver.(…) E o melhor a fazer é voltar a conversa brevemente para as coisas do coração, aquelas mudanças de coração que abrem os olhos espirituais” (“And Thus We See: Helping a Student in a Moment of Doubt” [E assim podemos ver: ajudar um aluno em um momento de dúvida] [Uma Autoridade Geral fala a nós, 5 de fevereiro de 1993]”, pp. 3–4).

Responda com amor e com desejo de ajudar.

Sugestões

  • Seja genuíno ao buscar entender as necessidades dos alunos. Responda a eles com sensibilidade e compaixão e faça com que saibam que as perguntas deles são importantes para você.

  • Quando os alunos conversarem com você sobre as dúvidas ou sobre o empenho deles em buscar a orientação do Senhor, expresse gratidão pela confiança que eles têm em você.

  • Evite ser apressado em suas respostas.

Recursos adicionais

O Presidente Thomas S. Monson aconselhou: “Nunca permitam que um problema a ser resolvido se torne mais importante do que uma pessoa a ser amada” (Thomas S. Monson, “Alegria na Jornada”, A Liahona, novembro de 2008, p.86).

O Élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos, contou esta história: “Um rapaz de 14 anos me disse recentemente, com certa hesitação: ‘Élder Holland, não posso dizer ainda que sei que a Igreja é verdadeira, mas creio que é’. Abracei aquele menino com toda a força. Disse-lhe com todo o fervor de minha alma que crer é uma palavra preciosa, um ato ainda mais precioso e que ele nunca deve se desculpar por ‘apenas crer’. Eu lhe disse que o próprio Cristo declarou: ‘Não temas, crê somente’ [Marcos 5:36], uma frase que, a propósito, levou o jovem Gordon B. Hinckley para o campo missionário (ver Gordon B. Hinckley, Conference Report, outubro de 1969, p. 114). Eu disse àquele rapaz que, crer, sempre foi o primeiro passo rumo à convicção e que cada uma das regras de nossa fé coletiva reitera poderosamente a palavra ‘Cremos’ (ver Regras de Fé 1:1–13). Eu lhe disse o quanto me sentia orgulhoso dele pela sinceridade de sua busca” (Jeffrey R. Holland, “Eu creio, Senhor“, A Liahona, maio de 2013, p. 93).

Defina como e quando é o melhor momento para responder a pergunta.

Sugestões

  • Seja sensível ao melhor momento e local para responder as perguntas. Dúvidas de interesse geral podem ser debatidas em sala, ao passo que as relativas a um aluno em particular podem ser respondidas em outro momento.

  • Peça aos alunos que conversem sobre suas dúvidas com seus pais, líderes do sacerdócio ou outras pessoas que os ajudem a edificar a fé.

Recursos adicionais

Jesus Cristo ensinou essa doutrina:

“Portanto, em verdade vos digo: Clamai a este povo; expressai os pensamentos que eu vos puser no coração e não sereis confundidos diante dos homens;

Pois naquela mesma hora, sim, naquele mesmo momento, ser-vos-á dado o que dizer.

Mas um mandamento vos dou, de que tudo o que declarardes declarareis em meu nome, com solenidade de coração, com espírito de mansidão em todas as coisas.

E prometo-vos que, se fizerdes isso, derramar-se-á o Espírito Santo testificando todas as coisas que disserdes” (Doutrina e Convênios 100:5–8).

O Élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou como os membros da Igreja podem responder às críticas ou aos ataques à sua fé. Os princípios ensinados por ele também se aplicam aos professores que estão aprendendo a responder adequadamente às perguntas dos alunos:

“Ao respondermos aos outros, cada circunstância será diferente. Felizmente, o Senhor conhece o coração das [outras pessoas] e como podemos responder a [elas] do modo mais eficaz. Quando os verdadeiros discípulos buscam a orientação do Espírito, eles recebem a inspiração adequada para tratar cada opositor. E a cada um, os verdadeiros discípulos respondem de maneira a convidar o Espírito [do Senhor]. (…)

Perguntas e críticas dão-nos a oportunidade de nos aproximarmos das pessoas e de mostrar que elas são importantes para o Pai Celestial e para nós. Nosso objetivo deve ser o de ajudá-las a entender a verdade, não o de defender nosso ego ou marcar pontos num debate teológico. Nosso testemunho sincero é a resposta mais poderosa que podemos dar. (…) E testemunhos como esses só nascem do amor e da mansidão” (Robert D. Hales, “Coragem cristã: o preço de seguir do discipulado”, A Liahona, novembro de 2008, pp. 73–74).